domingo, 18 de janeiro de 2009

Depois da Morte

O JUÍZO PARTICULAR: A pessoa, logo após a morte, se encontra diante de Deus onde será julgado. O julgamento se baseará nas obras, boas ou más, praticadas em vida. O pecador que se arrepende antes de morrer recebe o perdão de suas obras más.

PURGATÓRIO:
Conforme a mente da Escritura, é sinônimo de “prisão” passageira, cadeia, (Mt. 5,25-26) ou de travessia de um “fogo” purificador (Icor. 3,15). Não é punição, nem castigo de Deus, mas uma exigência purificadora do próprio amor da criatura imperfeita, diante do amor perfeito de Deus (Is.33,14). É uma questão de justiça: “...esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça”. (2Pe. 3,13) Purgatório não se confunde, portanto, com um terceiro caminho, como algumas pessoas erroneamente interpretam. PURGATÓRIO é um estado transitório de purificação. É o estágio em que as almas dos justos completam a purificação de suas penas devidas pelos pecados já perdoados, antes de entrar no céu.

A existência do purgatório se prova pela Bíblia, pela Tradição e pela razão:
Na Bíblia:
a) Os soldados judeus rezavam pelos seus mortos na guerra, para que seus pecados fossem perdoados. “E puseram-se em oração para implorar-lhe o perdão completo do pecado cometido”(2Mc 12,42) (2Mc 12,43-46). Judas Macabeu e seus soldados estavam profundamente convencidos de que podiam libertar dos pecados os seus amigos mortos através das orações e sacrifícios.
          b) “Todo o que falar contra o Espírito Santo, não alcançará perdão nem neste mundo nem no que há de vir”(Mt 12,31-32). Aqui Jesus admite a possibilidade de que as penas dos pecados podem ser perdoados depois da morte.
c) “Se a obra de alguém se extinguir, sofrerá a perda. Ele mesmo, porém, será salvo, mas passando de qualquer maneira pelo fogo” (1Cor 3,15). Aqui São Paulo admite claramente que aquele cujas obras forem imperfeitas no momento da morte se salvará, mas primeiro deverá passar pelo purgatório para se purificar.
A Razão demonstra a existência do purgatório:
“Nada de impuro ou manchado pode entrar no céu”(Is 35,8; Sb 7,25; Ap 21,27). Se uma pessoa morre em pecado venial, não pode ir para o inferno, mas também não pode ir direto para o céu, pois “nada de impuro pode entrar na Jerusalém Celeste” (Ap 21,27). É claro que deve existir um estado intermediário em que as almas dos mortos possam se purificar e depois subir para a glória de Deus, para gozá-lo eternamente, face a face: é o purgatório.

INFERNO é fogo misterioso, mas real e verdadeiro (Ap. 21,8; Jd.1,7; Mt.25,41; Mt.18,9; Mt. 13,40-42). É o tormento de sentir-se rejeitado. É a frustração total da criatura por Ter perdido o seu criador (Lc. 16,23-26). Não é, porém, aniquilamento, como alguém pode imaginar ou pretender interpretar. Deus não poupou nem os anjos que pecaram, precipitando-os no inferno (2Pe.2,4-5). Deus é bom, mas justo (Rm.1,18). Por isso, demônios ou anjos maus, precipitados no inferno, não são um produto da mente humana, da sua fantasia, mas têm sua existência real, manifestada e sentida na maldade do homem, da sociedade e do mundo.

VIDA NO CÉU  Mt 22,30 – Lc 20,35-36 – Mc 12,25 No céu seremos parecidos aos anjos e ninguém mais se dará em casamento. A felicidade de uma mãe no céu, não lhe será diminuída se um filho for parar no inferno, porque os bem aventurados compreenderão e atacarão a justiça de Deus.

            O JUÍZO FINAL será apenas uma confirmação da sentença que cada pessoa recebeu ao julgamento a que foi submetido na hora de sua morte e que chamamos de juízo particular.
            Só o Pai conhece a hora e o dia desse Juízo. Esse revelará o que cada um fez de bom ou deixou de fazer durante sua vida na terra. Por meio de seu Filho, Jesus Cristo, Ele pronunciará então sua palavra definitiva sobre toda a história. Conheceremos então o sentido último de toda a obra da criação e de toda a economia da salvação, e compreenderemos os caminhos admiráveis pelos quais sua providência terá conduzido tudo para seu fim último.


Nenhum comentário:

Postar um comentário