O JUÍZO PARTICULAR: A pessoa, logo após a
morte, se encontra diante de Deus onde será julgado. O julgamento se baseará
nas obras, boas ou más, praticadas em vida. O pecador que se arrepende antes de
morrer recebe o perdão de suas obras más.
PURGATÓRIO:
Conforme a mente da
Escritura, é sinônimo de “prisão” passageira, cadeia, (Mt. 5,25-26) ou de
travessia de um “fogo” purificador (Icor. 3,15). Não é punição, nem castigo de
Deus, mas uma exigência purificadora do próprio amor da criatura imperfeita,
diante do amor perfeito de Deus (Is.33,14). É uma questão de justiça:
“...esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça”. (2Pe. 3,13)
Purgatório não se confunde, portanto, com um terceiro caminho, como algumas
pessoas erroneamente interpretam. PURGATÓRIO é um estado transitório de
purificação. É o estágio em que as almas dos justos completam a purificação de
suas penas devidas pelos pecados já perdoados, antes de entrar no céu.
A
existência do purgatório se prova pela Bíblia, pela Tradição e pela razão:
Na
Bíblia:
a)
Os soldados judeus rezavam pelos seus mortos na guerra, para que seus pecados
fossem perdoados. “E puseram-se em oração para implorar-lhe o perdão completo
do pecado cometido”(2Mc 12,42) (2Mc 12,43-46). Judas Macabeu e seus soldados
estavam profundamente convencidos de que podiam libertar dos pecados os seus
amigos mortos através das orações e sacrifícios.
b) “Todo o que falar contra o
Espírito Santo, não alcançará perdão nem neste mundo nem no que há de vir”(Mt
12,31-32). Aqui Jesus admite a possibilidade de que as penas dos pecados podem
ser perdoados depois da morte.
c)
“Se a obra de alguém se extinguir, sofrerá a perda. Ele mesmo, porém, será
salvo, mas passando de qualquer maneira pelo fogo” (1Cor 3,15). Aqui São Paulo
admite claramente que aquele cujas obras forem imperfeitas no momento da morte
se salvará, mas primeiro deverá passar pelo purgatório para se purificar.
A
Razão demonstra a existência do
purgatório:
“Nada
de impuro ou manchado pode entrar no céu”(Is 35,8; Sb 7,25; Ap 21,27). Se uma
pessoa morre em pecado venial, não pode ir para o inferno, mas também não pode
ir direto para o céu, pois “nada de impuro pode entrar na Jerusalém Celeste”
(Ap 21,27). É claro que deve existir um estado intermediário em que as almas
dos mortos possam se purificar e depois subir para a glória de Deus, para
gozá-lo eternamente, face a face: é o purgatório.
INFERNO é fogo misterioso, mas
real e verdadeiro (Ap. 21,8; Jd.1,7; Mt.25,41; Mt.18,9; Mt. 13,40-42). É o
tormento de sentir-se rejeitado. É a frustração total da criatura por Ter
perdido o seu criador (Lc. 16,23-26). Não é, porém, aniquilamento, como alguém
pode imaginar ou pretender interpretar. Deus não poupou nem os anjos que
pecaram, precipitando-os no inferno (2Pe.2,4-5). Deus é bom, mas justo
(Rm.1,18). Por isso, demônios ou anjos maus, precipitados no inferno, não são
um produto da mente humana, da sua fantasia, mas têm sua existência real,
manifestada e sentida na maldade do homem, da sociedade e do mundo.
VIDA NO
CÉU Mt 22,30 – Lc 20,35-36 – Mc 12,25 No céu
seremos parecidos aos anjos e ninguém mais se dará em casamento. A felicidade
de uma mãe no céu, não lhe será diminuída se um filho for parar no inferno,
porque os bem aventurados compreenderão e atacarão a justiça de Deus.
O JUÍZO
FINAL
será apenas uma confirmação da sentença que cada pessoa recebeu ao julgamento a
que foi submetido na hora de sua morte e que chamamos de juízo particular.
Só o Pai conhece a hora e o dia desse
Juízo. Esse revelará o que cada um fez de bom ou deixou de fazer durante sua
vida na terra. Por meio de seu Filho, Jesus Cristo, Ele pronunciará então sua
palavra definitiva sobre toda a história. Conheceremos então o sentido último de
toda a obra da criação e de toda a economia da salvação, e compreenderemos os
caminhos admiráveis pelos quais sua providência terá conduzido tudo para seu
fim último.
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