É um pano de linho de 4,36 x 1,10
m , tecido em forma de espinha de peixe, segundo a
maneira de tecer nos tempos de Cristo. Em sua superfície aparece em tom
laranja-esmaltecido a imagem (frente e verso) de um homem de 1,80 m de altura, morto no
suplício da cruz. Nele aparecem com impressionante realismo os estigmas da
paixão: flagelação, coroação de espinhos, feridas dos cravos nos pés e nas mãos
e a abertura deixada pela lança no lado direito. Tudo parece indicar realmente
o sudário que envolveu o corpo de Cristo, conforme as citações abaixo, e que
tal foi venerado desde os primeiros tempos do cristianismo até nossos dias: “Eles tomaram então o corpo de Jesus e o
envolveram em uns panos de linho com aromas, como os judeus costumavam sepultar”.
Jo 19,40. No primeiro dia da semana, no sepulcro: “Então, chega também Simão Pedro, que o seguia, e entrou no sepulcro; vê
os panos de linho por terra e o sudário que cobrira a cabeça de Jesus. O
sudário não estava com os panos de linho no chão, mas enrolado em um lugar, à
parte”. Jo 20,6-8.
UM MILAGRE: Quando em 1898 foi
tirada a primeira fotografia do sudário, veio a grande surpresa. Ao revelar a
chapa fotográfica o fotógrafo Secondo Pia ficou comovido. Em vez de negativo
fotográfico, ele teve nas mãos uma expressa imagem de Cristo, positiva, com
todos os mínimos detalhes.
Neste período que o
sudário esteve nas mãos da Igreja, ele sempre foi submetido a várias provas
para que fossem comprovadas ou não a sua originalidade.
Em 1977, cientistas da
NASA, aplicando os mais modernos instrumentos de pesquisa, confirmaram que o
sudário não apresenta nenhum vestígio de cor, traço a pincel ou qualquer
esboço, ou seja, ele não foi pintado por mãos humanas. Por todos os testes que
o sudário passou, cerca de 95% dos cientistas confirmaram sua autenticidade.
Em 1988 a Igreja pediu que se
fizesse o teste do carbono 14, um moderno sistema de datação de objetos
antigos. De acordo com o carbono 14, o sudário não teria mais de 728 anos.
Este resultado não é considerado ponto final,
pois para que o Carbono 14 dê um resultado fiel com relação a um objeto, é
preciso que este não tenha sofrido qualquer fator externo que possa ter afetado
seu teor de carbono, o que não aconteceu com o sudário, pois ele tem substâncias
orgânicas acumuladas que, se tivessem de ser retiradas, danifica-lo-iam. O
sudário sofreu um incêndio em 1532 que chegou a fundir a caixa de prata que o
continha, inclusive queimando-o em alguns lugares, e para apagar o fogo,
jogaram água que o molhou, manchando-o em alguns lugares etc... Estes são
assim, alguns fatores que podem ter alterado o teor de carbono do sudário.
Existem cientistas
empenhados, com sofisticados meios de análise, levando em conta tudo o que
sofreu o sudário, para que possam um dia chegar a um resultado mais seguro e
confiável.
Por fim, resta-nos
alegrar pelo enorme interesse e seriedade da Igreja, e, sobretudo do mundo da
ciência, em buscar a verdade total sobre o Santo Sudário. Se porventura, no
futuro, for confirmado que o sudário é realmente falso, levando por terra todas
as provas que hoje se têm em favor dele, não devem ser abalada a fé na paixão,
morte e ressurreição de Jesus, pois a nossa fé jamais deve depender de imagem,
por mais venerável que ela seja.
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