sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

BÍBLIA

A palavra Bíblia significa livros (vem do grego).
» É Deus, através da Bíblia, que anima e orienta seu povo a continuar a lutar, viver e nunca desanimar. A Bíblia foi escrita por homens e mulheres (profetas), mas todos foram inspirados por Deus. Então o autor da Bíblia é o Espírito Santo.
» A Bíblia não foi escrita de uma só vez, levou muito tempo. Mais de 1000 anos. Começou em torno do ano de 1250 antes de Cristo, e o ponto final só foi colocado 100 anos depois da morte de Cristo.
» A Bíblia saiu da memória do povo, nasceu da preocupação de não esquecer o passado. Alguns deles chegaram a escrever, eles mesmos, as suas palavras ao povo. Outros nem sabiam escrever, só sabiam falar e animar a fé das pessoas. Então suas palavras foram transmitidas oralmente, de boca em boca, durante muitos anos. Só mais tarde outras pessoas decidiram escrever.
» A Bíblia foi escrita em muitos lugares e países diferentes, a maior parte do antigo testamento e novo testamento foi escrita na Palestina, a terra onde o povo vivia, por onde Jesus andou e onde nasceu a Igreja.
» A Bíblia foi escrita em tijolos, papiros e pergaminhos.
» A Bíblia foi escrita em hebraico, aramaico e grego. E foi traduzida para quase dois mil idiomas. As cópias mais antigas estão na biblioteca do Vaticano, Museu Britânico, (Londres, Inglaterra) e no Museu de Jerusalém (Israel).
» A Bíblia está dividida em duas grandes partes: Antigo Testamento: conta a história do povo de Deus, antes do nascimento de Jesus e contém 46 livros. Novo Testamento: conta a vida e os ensinamentos de Jesus e dos apóstolos. Contém 27 livros. » Cada uma das duas partes tem muitos livros, como se fosse uma biblioteca.

Total de livros da Bíblia: 73 livros. 1.333 capítulos e 35.700 versículos.
A Bíblia católica é completa, contém toda a palavra de Deus, é diferente da Bíblia protestante que é incompleta, pois faltam vários livros.
Bíblia católica: tradução grega (completa)
            » Bíblia protestante 66 livros: 39 livros no A.T. 2 27 no N. T. Tradução hebraica.

» A palavra testamento significa aliança, pacto, contrato.
No A.T: Antiga aliança de Deus com a humanidade por meio de Abraão e Moisés.
No N.T: Nova aliança de Deus com a humanidade feita por meio de Jesus Cristo.

» A Bíblia é a palavra de Deus. Sua leitura exige:
Respeito: Porque é a palavra de Deus e é palavra santa.
Humildade: Não querendo poder entender tudo o que há na Bíblia. Quando o leitor encontra algo na Bíblia que não compreende, deve pedir ajuda para o padre.
Prudência: Nunca se apegar a uma só frase, sem conhecer o texto. Nunca arriscar interpretações pessoais.

» Você já viu a famosa Bíblia de sala, que muitas famílias colocam numa mesinha bem enfeitada ou na estante da sala, mas sempre fechada, às vezes tomando poeira? Ou pessoas guardarem na gaveta para as crianças não estragarem? Bíblia fechada, não é palavra de vida, mas sim Palavra adormecida. Como podemos considerar a Palavra de Deus adormecida?

APÓCRIFOS: Existem alguns livros escritos antes ou pouco depois de Cristo que tinham como intenção figurar como Escritura Sagrada. Mas, pelo Magistério da Igreja e assistência do Espírito Santo, esses livros espúrios foram definitivamente afastados, restando apenas o cânon bíblico que guardamos até hoje. Por esse motivo, muitos desapareceram, outros sobreviveram em uma ou outra comunidade antiga, ou, ainda, em traduções, fragmentos ou citações.
» A divisão da Bíblia em capítulos foi feita pelo Cardeal Estêvão Langton (1.228) A divisão em versículos foi feita pelo Frade Santo Pagnino (1.528). A divisão foi feita para facilitar o uso.
» “S” acrescentado depois do capitulo ou versículo, entende-se: capitulo (s) ou versículo (s) seguinte (s).
» Quando se indica apenas uma parte de um versículo longo, acrescenta-se uma letra ao numero que indica o versículo: “a” início; “b” meio; “c” final.
Os maiores escritores da Bíblia foram: A.T: Moisés, Davi e Esdras.
            N.T: Evangelistas (Mateus, Marcos, Lucas e João) e o apóstolo Paulo.

APROFUNDAMENTO SOBRE A BÍBLIA:
Antiga aliança de Deus com a humanidade por meio de Abraão e Moisés.
No N.T: Nova aliança de Deus com a humanidade feita por meio de Jesus Cristo.
A Bíblia foi escrita em muitos lugares e países diferentes, a maior parte do antigo testamento e novo testamento foi escrita na Palestina, a terra onde o povo vivia, por onde Jesus andou e onde nasceu a Igreja.
 Ela foi escrita em hebraico, aramaico e grego. E foi traduzida para quase dois mil idiomas.
Por questão de tradução, alguns livros do A.T. Têm nomes diferentes entre uma Bíblia e outra:
            Alguns trazem: 1º livro dos Reis, 2º, 3º, 4º.  Outros dão, aos mesmos livros: 1º livro de Samuel (corresponde a 1º Reis)
                                   2º          "                                         2º Reis
                                   1º livro dos Reis                              3º Reis
                                   2º          "                                          4º Reis
Alguns trazem:  Livro de Sirac. Outros dão ao mesmo livro: Eclesiástico
Alguns trazem: Coelet. Outros dão ao mesmo livro o nome: Eclesiastes
Isto não muda nada no conteúdo das Bíblias. É somente questão mais antiga e mais recente.   (Troca de palavras são feitas pelas editoras)

O hebraico era a língua do povo hebreu.
Hebreu vem de Heber ou de Hebrim, que era o nome de um dos descendentes de Sem, filho de Noé.
Além do hebraico, havia entre os hebreus outra língua semita. Era o aramaico. Aramaico vem também do nome de outro descendente de Sem, chamado Aram do qual se originou o povo arameu ou sírio.
Portanto a Bíblia foi escrita por um povo semita, isto é, descendente de Sem, filho de Noé.
No tempo de Cristo já não se usava mais o hebraico, e sim o aramaico.
Todo o Antigo Testamento foi escrito em hebraico ou aramaico, menos o Livro da Sabedoria, o Segundo de Macabeus e trechos dos Livros de Daniel e de Ester, que foram escritos em grego. E todo o N.T. foi escrito em grego, menos o Evangelho de Mateus, que foi escrito em aramaico.

COMO FOI ESCRITA A BÍBLIA
A Bíblia foi escrita em chapas de argila cozidas
Foi usado também outro material para escrever a Bíblia. O Papiro. Uma planta que teve sua origem no Egito. Essa planta no Egito chegava a crescer até à altura de 4 metros. Ele era usado para fazer uma espécie de folha de papel para nela escrever. Seu caniço comprido era aberto em tiras, as quais eram prensadas enquanto estavam úmidas. E assim formavam uma folha, semelhante ao nosso papel.
Tais folhas eram escritas em um só lado e depois guardadas em rolos. (também o papiro era usado para confecção de cestos. Moisés foi colocado num cesto de papiro)
            Já na Antigüidade o papiro enfrentou um forte concorrente para a escrita: foi O pergaminho. Pergaminho é couro de carneiro curtido e devidamente preparado para nele se escrever. Chama-se pergaminho porque começou a ser usado como papel na cidade de Pérgamo, pelo rei Eumenes II, 200 anos antes de Cristo. Pérgamo era uma cidade importante da Ásia Menor.
            Vendo a grande importância da Biblioteca de Pérgamo, os egípcios ficaram com inveja e não quiseram mais vender papiro para os moradores daquela cidade. Por isso, o rei de Pérgamo se viu obrigado a recorrer a outro material para a escrita, que foi a pele de ovelha.
            A partir daí, o pergaminho espalhou-se rapidamente para outras regiões. Ficou famoso no mundo inteiro e foi logo preferido ao papiro, especialmente para redação de documentos mais importantes.
            Os pergaminhos eram peças largas, à semelhança da massa de pastel. Os antigos ligavam umas folhas às outras e faziam “rolos”.

DIFERENÇA DA BÍBLIA CATÓLICA E PROTESTANTE
Bíblia Católica: 46 livros no A.T. Bíblia protestante: 39 livros no A.T.
            Os sete livros que faltam na Bíblia protestante são: Judite, Tobias, Sabedoria, Eclesiástico, Baruc, 1Macabeus, 2Macabeus. Além disso, no livro de Daniel, deles, não tem os capítulos 13 e 14, e os versículos 24 a 90 capítulo 3. Não tem também os capítulos 11 a 16 de Ester.
            Esses 7 livros são chamados “deuterocanônicos”. São assim chamados porque sua autenticidade foi posta em dúvida pelos judeus, e depois, pelos protestantes.
            A razão é a seguinte. Os judeus eram radicalmente nacionalistas. Por isso, achavam que Deus só poderia inspirar os livros escritos na língua dos judeus, que era o hebraico. Achavam também que a palavra de Deus só poderia ser escrita dentro do território de Israel, e até o tempo de Esdras.
            A Igreja aceitou os deuterocanônicos como autênticos ou inspirados, pois quando os judeus começaram a espalhar-se pelo mundo, logo após a destruição de Jerusalém (ano70), eles mesmos viram a necessidade de traduzir a Bíblia Sagrada para o Grego, que era a língua mais universal daquela época. E, nessa tradução, foram incluídos esses 7 livros que já estavam escritos em Grego, pelos próprios judeus.
            Foi a partir daí que surgiu essa divergência. Os fariseus, não quiseram aceitar esses sete livros como inspirados por Deus. E essa foi também a decisão de Lutero quando traduziu a Bíblia para o Alemão.
            Mas a Igreja católica, desde os tempos de Jesus e dos Apóstolos, sempre reconheceu esses 7 livros como verdadeiros.
            Os 73 livros da Bíblia sempre foi uma questão pacífica na Igreja. Ver 2Tm 3,16-17.
            Entretanto no século 16, quando Lutero organizou a Bíblia da Reforma, ele não reconheceu os 7 livros como inspirados.
            Mas para não pairar dúvidas, a Igreja definiu de maneira oficial no Concílio de Trento, realizados nos anos de 1545 a 1563, que esses 7 livros são de inspiração divina e fazem parte da Bíblia Sagrada.

Obs: Na numeração dos Salmos, existe uma divergência entre o texto hebraico e a versão latina Vulgata (versão latina da Bíblia em uso na Igreja Católica. Foi feita da versão dos setenta e revista por São Jerônimo). Essa divergência provém, no texto hebraico, da divisão imprópria do Salmo 9, restituída em sua unidade pelas antigas versões. A numeração do texto latino, é conservada na presente tradução.
Para saber a numeração do texto hebraico, aumentar uma unidade o número dos Salmos desde o Salmo 10 até o Salmo 147. (Protestantes: o Salmo 9 é dividido e o Salmo 147 é o nosso 146 e 147).

INTERPRETAÇÃO DA BÍBLIA: a Igreja tem a última palavra sobre a interpretação da Bíblia, porque ela conviveu com Jesus vendo e ouvindo o Mestre de viva voz. Mas não é só por isto. A Igreja tem esse direito de interpretação a Palavra de Deus por vontade expressa de Jesus Cristo.
            “Todo o poder me foi dado no céu e na terra. Ide, pois, ensinai a todos os povos. Batizai-os em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-os a observar todos os meus preceitos. Eis que estou convosco todos os dias até o fim do mundo”. (Mt 28, 18-20)
            Jesus disse aos apóstolos: “Em verdade vos digo: tudo o que ligares sobre a terra será ligado no céu. E tudo o que desligares na terra será desligado no céu”. (Mt 18,18)
            Esse poder Jesus deu coletivamente aos apóstolos, e deu em especial a Pedro, como chefe dos doze: “Eu te declaro: Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja. E o poder do inferno não prevalecerá contra ela. Eu te darei as chaves do reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo que desligares na terra será desligado nos céus”.
            Na própria Bíblia está escrito que a sua interpretação não pode ser feita a gosto de cada um. Precisamente porque não foi escrita por idéias dos homens, mas por inspiração divina.
            “Antes de mais nada, ficai sabendo uma coisa: nenhuma profecia da Escritura é de interpretação particular. Porque a profecia não veio por vontade humana, mas homens inspirados pelo Espírito Santo falaram em nome de Deus”. (2Pd 1,20-21)
O ato de Revelação termina com a morte do último Apóstolo. Aos Apóstolos foi entregue, por Jesus Cristo, o depósito Sagrado, para que eles, com sua autoridade divina, pregassem a todos os povos, até os confins da terra. Cabe, então, à Igreja Católica, o papel de guardar, pregar e explicitar a verdade revelada. Este trabalho da Igreja se faz mediante as declarações autorizadas da Igreja. É a isso que se dá o nome de “dogma”.Dogma é toda verdade revelada por Deus na medida em que ela é proposta pela Igreja para ser crida. E se é verdade que o Depósito da Revelação completa-se com a morte do último Apóstolo, já as explicações, desenvolvimentos e explicitações do que está contido na revelação, continua, sob a autoridade da Igreja e com a assistência do Divino Espírito Santo.Assim, por exemplo, o dogma da “transubstanciação”. A Igreja, mediante uma palavra revelada por Deus, chega a uma conclusão teológica que, por ser essencialmente unida à revelação, é declarada pela Igreja como dogma de fé. Se fosse possível que a substância do pão não se transformasse na substância do Corpo de Cristo, estaria negada a divindade da Revelação. A nossa adesão ao dogma é, então, a mesma da adesão à Revelação.  Seria um pecado grave contra a fé negar um dogma católico, pois estaríamos negando a própria palavra revelada por Deus.
As Escrituras são fruto de um grande mutirão entre Deus e seu povo, entre a ação de seu Espírito e a vontade do povo de ser fiel a Ele. A ação do Espírito de Deus é como a chuva. Ela cai do alto e, junto com a terra cá embaixo, ajuda a semente germinar, de modo que se transforme em planta, floresça e frutifique Is 55, 10-11. A planta é, pois, fruto do céu, isto é, da chuva, e é fruto da terra. Como a planta, a Bíblia também é fruto da ação de Deus e do esforço das pessoas. Ela é a Palavra do Deus do povo na palavra do povo de Deus.
Como a própria Bíblia diz, é preciso sabedoria e discernimento para descobrir o seu sentido Ap 13, 18 e 17,9. É necessário discernir, distinguir a Palavra de Deus em meio à palavra humana . Daí a importância do estudo das Escrituras para que não a leiamos de forma incorreta. Igualmente importante é a abertura ao Espírito de Deus que nos ilumina para a interpretação e percepção da presença misteriosa de Deus não só no texto, mas também no nosso dia-a-dia.
Podemos dizer que a Bíblia não é a Palavra divina caída prontinha do céu. Deus não se revela de forma mágica, fora da história nem dita sua palavra direto a alguém pra que a escreva. Sua revelação acontece na experiência de vida, no cotidiano. 
A Bíblia usa linguagem figurada para nossa melhor compreensão. No tempo em que foi escrita, não havia os conhecimentos científicos de hoje. E a linguagem que o povo simples conhecia era as comparações.
As palavras usadas na Bíblia ainda não foram modernizadas e certas palavras mudaram de significação de um século para outro.
Toda Palavra foi escrita por Deus e redigida por homens. Bíblia é um livro divino e humano. Deus inspira o homem, mas ele usa seu próprio vocabulário. Então o homem contribui com seu próprio conhecimento.

PENTATEUCO – livros conservados nos 5 estojos.
Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio             
Antes era também chamado de Torá = Lei.
Pentateuco expressão grega: Penta – sig 5; Teucos – estojo onde se conservavam os rolos de papiro ou pergaminho. Eram guardados em vasos de barro ou em estojos de madeira ou metal. Pentateuco era um livro só. Para facilitar o manuseio, esse rolo foi dividido em 5 partes.
É formado por quatro documentos: Javista, Eloísta, Deuteronomista, Sacerdotal. O redator sacerdotal uniu os documentos, formando um só texto:
Gn – J+E+S. Ex – J+E+S. Lv – S. Nm – J+E+S. Dt – D+S
ESCRITOS                LOCAL                  ÉPOCA
Javista                        Judá                      IX a X aC
Eloísta                        Israel                     VIII aC
Deuteronomista          Israel e Judá         VII aC VII aC + ou – 620
Sacerdotal                  exílio                      VI aC 586 – 538 aC

Gênesis: palavra grega que significa origem. Narra as origens do mundo e do homem e a formação do Povo de Deus e a história dos Patriarcas.
Êxodo: palavra latina, que significa saída. Trata da saída do Povo de Deus do Egito, a passagem pelo Mar Vermelho; fala dos Dez Mandamentos e a caminhada do Povo à Terra Prometida.
Levítico: Levi era um dos doze descendentes de Jacó. É um Livro que trata das leis sobre o culto divino.
Números: chama-se Números por causa dos recenseamentos e séries de números neles contidos. Narra a parte final da caminhada do Povo de Deus pelo deserto, do Sinai até a Terra de Canaã.Fala das lutas que os israelitas enfrentaram perante os povos que ocupavam as fronteiras da Palestina ou Terra Prometida.
Deuteronômio: Deuteronômio quer dizer Segunda Lei. São Leis que deveriam ser obedecidas quando o Povo entrasse na Terra Prometida.

PROFETAS

Os profetas foram  os  mensageiros  de  Deus  para  o  seu  povo.  Eles avisavam  contra  a  idolatria  e  preveniam  sobre  o  castigo  de  Deus  quando  o  povo desobedecia.  Mas também  mostravam  o  amor  e  a  compaixão  de  Deus  em  perdoar,  chamar  seu  povo  de  volta,  estabelecer  um  novo pacto,  prometer  o  Messias  e  afinal  realizar  seu  divino  propósito  para  o  mundo. A função  principal  dos  profetas  não  era  prever  o  futuro,  mas   comunicar  a  Palavra  de  Deus  ao  povo.  Os  profetas  recordavam  ao  povo  o  Pacto  da  Graça ou  seja,  lembravam  ao  povo  que  Deus  era  o  Deus  deles  e  que  eles  eram  povo  de  Deus.  Em  outras  palavras,  Deus  cuidaria  deles  mas  eles  tinham  de  obedecê-lo. A  mensagem  desses  profetas  foi  rejeitada  pelos  ouvintes  e  eles  foram  muitas  vezes  perseguidos.  Mas  mesmo  assim  comunicaram  a  mensagem  de  Deus.
Três séculos antes de Cristo não havia profetas. Começam então a surgir muitos livros apócrifos. A Bíblia considera proféticos 18 livros: Isaías, Jeremias, Ezequiel, Daniel e os 12 profetas menores - livros pequenos:  Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas (parábola), Miquéias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias.
(O nome é da coleção dos livros, não dos profetas, pois existiram vários profetas)
(Lamentações – livro poético, mas encontra-se nesta categoria por ter sido atribuída a Jeremias por São Jerônimo. Baruc é apresentado como secretário de Jeremias)
(Isaías não é um único profeta: Isaías cap 1 a 39; 2 Isaías – cap 40 a 55 – 3 Isaías cap 56 a 66 são discípulos de Isaías).
Esses livros não foram escritos pelos profetas cujos nomes são indicados logo no início. Os profetas foram oradores e não escritores. São obras dos discípulos e seguidores dos profetas. É provável que alguns profetas tenham escrito pequenos textos.

Isaías: É o maior profeta de Israel. Nasceu em Jerusalém por volta do ano 760 a.C. Com 20 anos começou a profetizar. Exerceu essa missão durante 50 anos. É o profeta da Justiça.
Jeremias: Nasceu no ano 650 a.C. Profetizou durante quarenta anos. Foi o profeta das desgraças. Predisse a deportação dos judeus. Jeremias lutou pela reforma religiosa de Israel.
Lamentações: Composto nos anos após a destruição de Jerusalém, em 586 a.C. Contém orações, lamentações e súplicas. Este Livro era lido anualmente pelos judeus, no aniversário da destruição do Templo.
Baruc: O profeta exorta o povo a fazer penitência. Baruc quer dizer “abençoado”. Foi secretário de Jeremias.
Ezequiel: Ezequiel quer dizer “aquele que Deus faz forte”.Exerceu sua função no meio dos judeus deportados para a Babilônia.
Daniel: O autor do Livro é desconhecido. Daniel é o nome do personagem ideal que sofre no exílio. Tem fé viva e ardor patriótico. Foi escrito durante a perseguição de Antíoco, entre 167-163 a.C. O autor pretende consolar e animar os que são perseguidos pelo rei.
Oséias: Exerceu seu ministério por volta do ano 750 a.C. Fala da infidelidade de Israel para com seu Deus, e compara a união de Deus com seu povo ao amor de um noivado. É o profeta da Ternura de Deus. É chamado de Profeta Menor.
Joel: Profetizou no reino de Judá e Jerusalém, onde nasceu. Fala do culto divino e do amor Divino. É chamado de Profeta Menor.
Amós: Era camponês, de alma simples e fervorosa.Pastor de ovelhas nas proximidades de Belém. Profetizou durante o reinado de Jeroboão II. Amós condenou as injustiças sociais que massacraram a Samaria. É chamado de Profeta Menor.
Abdias: Profetizou pelos anos 550 a.C. Anunciou castigos contra Edom e o triunfo de Israel no dia de Javé. É chamado de Profeta Menor.
Jonas: O Livro deve ser uma espécie de parábola. Mostra que Deus chama à conversão, não somente os judeus, mas também os pagãos. É chamado de Profeta Menor.
Miquéias: Nasceu perto de Hebron. Anunciou a ruína da Samaria. Predisse que o Messias nasceria em Belém. É chamado de Profeta Menor.
Naum: O profeta fala da grandeza de Deus e do poder com que o Criador governa o mundo. Alegra-se com a queda de Nínive, que se deu no ano 608 a.C. É chamado de Profeta Menor.
Habacuc: Profetizou entre os anos 625 a 598 a.C. Predisse a invasão dos caldeus. Foi um profeta filósofo. Anunciou que Deus salvaria os justos e puniria os maus. É chamado de Profeta Menor.
Sofonias: Profetizou no reinado de Josias pelo ano de 625 a.C. Predisse a justiça divina, anunciando o Dia de Deus, ocasião em que serão punidos todos os maus, pagãos ou judeus. Fala também da felicidade dos tempos messiânicos. É chamado de Profeta Menor.
Ageu: Exerceu seu ministério em Jerusalém no ano de 520 a.C, quando era reconstruído o templo. Anima o povo com esperança dos tempos messiânicos. Ageu quer dizer “aquele que nasceu durante a festa” ou “peregrino”. É chamado de Profeta Menor.
Zacarias: É contemporâneo de Ageu. Prega uma reforma moral e exorta o povo a reconstruir o templo. Fala da vinda do Messias e da conversão das nações. É chamado de Profeta Menor.
Malaquias: Malaquias quer dizer “meu mensageiro” Fala do amor de Deus pelo seu povo. Denuncia as infidelidades do povo. É chamado de Profeta Menor.

 

SALMOS

            São  cento  e  cinqüenta  cânticos  e  poemas  espirituais  usados  em   cultos  devocionais  da  igreja  de todas  as  épocas.  Compunham  o  hinário  do  segundo  templo. Os  temas  mais  importantes  são  a  oração  e  o  louvor,  mas  os  salmos  cobrem  uma  grande  variedade  de  experiências  religiosas. São  com  freqüência   chamados  salmos  de  Davi  porque  esse  rei  foi  o  autor  de  um  grande  número  deles.
Autores : Não  se  sabe  quais  foram  os  autores  de  um  grande  número  de  salmos.  A  lista  a  seguir  mostra  o  número  de  salmos  que  os  autores  conhecidos  escreveram :  Davi (73) , filhos  de  Coré (11) ,  Asafe  (12),  Hemã (1 ),  Etã (1) ,  Salomão (2), Moisés (1), Ageu (1) , Zacarias (1),  Esdras (1),  Zacarias (número incerto).

PROVÉRBIOS

Autor :  Salomão.
N°  de  capítulos :  31.
            É  uma  coleção  de  frases  morais  e  religiosas  que  ensinam  sobre  a  maneira  correta  de  viver.  Nos  ensinam  também  sobre  amizade,  obedecer  aos  pais,  como  os  pais  devem  ensinar  os  seus  filhos,  riquezas  e  nossos  sentimentos.

 

LIVROS POÉTICOS OU SAPIÊNCIAIS
Falam da sabedoria dos homens e da experiência do amor de Deus na vida da comunidade. Contêm orações, cânticos e poesias, escritos e vividos à luz da fé.
: Apresenta o problema do sofrimento num estilo poético. Esse Livro trata-se, provavelmente, de uma parábola.
Salmos: Salmos quer dizer “Louvores”. São poesias para serem cantadas. Ao todo são 150 salmos. Boa parte foi composta pelo rei Davi.
Provérbios: Parte deste Livro foi escrita pelo rei Salomão – filho do rei Davi. O autor fala de um Deus criador e justo, misericordioso e inefável.
Eclesiastes: Não se sabe ao certo quem o escreveu. Mostra a instabilidade e a insegurança da vida presente, mas também muitas coisas boas que vem de Deus.
Cântico dos Cânticos: Significa: “O canto por excelência” ou “O mais belo dos cânticos”. É um cântico de amor, bem no estilo oriental. Toma como exemplo o amor do esposo e da esposa, mas quer mostrar o amor de Deus com o seu Povo, com quem fez uma Aliança.
Sabedoria: Foi escrito por um judeu que morava no Egito. O nome do autor não se sabe. Fala da imortalidade da alma e do destino eterno do homem.
Eclesiástico: Conhecido também como “Sirac”. Foi escrito mais ou menos no ano 120 a.C. Mostra o valor estável da Lei de Deus.

 

LIVROS HISTÓRICOS
Contam a história do Povo de Deus. Uma história feita de bênçãos e de castigos, mostrando sempre a fraqueza do homem e a misericórdia de Deus. Essa história tem como cenário a Palestina e os períodos de exílio nas terras pagãs.
Josué: Com a morte de Moisés, Josué conduz o Povo de Israel até Canaã. O Livro narra a conquista da Terra Prometida.
Juízes: Depois da morte de Josué até a Constituição do Reino, as Tribos de Israel eram invadidas por povos inimigos. Então certos líderes defendiam o povo. Tais chefes eram chamados de Juízes. Não se sabe quem escreveu este Livro.
Rute: Conta a história de Rute, que se casa com Booz. Rute é modelo de piedade e de fidelidade. Ela se torna bisavó do rei Davi. Rute era estrangeira – maobita – por isso é sinal de que a salvação de Deus se estende a todos os povos.
I Samuel: Foi o último Juiz de Israel. Foi também um grande Profeta. Consagrado a Deus desde a infância, foi educado pelo sacerdote Eli. Pelo ano de 1200 a.C Samuel unifica as Tribos de Israel para poder enfrentar os filisteus. Como chefe político e religioso, unge Saul como Rei de Israel.
II Samuel: O Livro de Samuel foi dividido em dois. Este segundo Livro narra o reinado de Davi.
I Reis: Conta a história dos israelitas depois da morte do rei Davi (970 a.C) até a destruição de Jerusalém e a deportação do Povo de Israel por Nabucodonosor, no ano 587 a.C.
II Reis: Este Livro narra a história dos reis de Israel e Judá, mostrando os desígnios de Deus.
I Crônicas: Também chamado de “Paralipômenos”, formavam uma só obra com os Livros de Neemias e de Esdras.
II Crônicas: Mostram o culto e a fidelidade do povo de Israel à Aliança.
Esdras: É a continuação do Livro das Crônicas. Supõe-se que o autor seja o mesmo. Conta a restauração religiosa de Israel em 538 a.C, quando Ciro, rei da Pérsia, autorizou a volta dos judeus para Jerusalém.
Neemias: Forma um só Livro com Esdras. Assim que os judeus regressaram a Jerusalém, começaram a reconstrução do Templo e do Muro de Jerusalém.
Tobias: Tobias é exemplo de um israelita justo. É um Livro que mostra a fé e a piedade deste jovem (novela).
Judite: Mostra que a fé e a confiança em Deus são mais forte que um exército armado. Judite é a jovem israelita fiel a Lei. Ela defende seu povo, acreditando na bondade de Deus (novela).
Ester: Forma uma unidade com o Livro de Judite. Ambos têm a mesma finalidade. A rainha Ester era esposa de Assuero, rei da Pérsia. E ela intercede e salva seu povo, os judeus estabelecidos na Pérsia, onde eram duramente hostilizados.
I Macabeus: Abrange um período de 40 anos. Conta a lutas empreendidas pelos Macabeus contra os generais sírios, em defesa de Jerusalém. “Macabeu” quer dizer “martelo”. Eram 5 irmãos, filhos do sacerdote Matatias.
II Macabeus: Foi escrito aproximadamente no ano 100 a.C. Mostra a crença na imortalidade da alma.

Os livros do Novo Testamento foram escritos entre os anos 50 e 110 d. C.
OS EVANGELHOS (Livros Históricos)
Boa Nova ou Boa Notícia
O Evangelho é um só. Quando falamos em quatro Evangelhos, estamos nos referindo às quatro redações do mesmo Evangelho, feita por quatro Evangelistas diferentes e datas diversas. É neste sentido que podemos dizer Evangelho de São Mateus, São Marcos, São Lucas e São João. Os três primeiros são mais semelhantes entre si. Narram quase sempre os mesmos fatos. Por isso, são chamados SINÓTICOS.
Os Evangelistas não pretendem escrever uma biografia de Jesus. Seu objetivo principal é provar que em Jesus, cumpriram-se todas as profecias a respeito do Messias. Por isso, a preocupação dos Evangelistas é mostrar a divindade de Jesus e a Sua missão divina. O conteúdo principal da pregação de Jesus é o “Reino de Deus”.

MATEUS (Ano 80-90)
Autor: Mateus.
N° de Capítulos: 28.
Palavras chave: Cumprimento  e  Reino.
Mateus: é representado pela figura de um Homem, porque começou a escrever seu Evangelho dando a genealogia de Jesus. Mateus é um nome hebraico que significa “dom de Deus”. Mateus era cobrador de impostos em Cafarnaum, por isso se intitulava “Mateus o publicano”. Era também chamado Levi. Foi convidado pessoalmente por Jesus para ser discípulo. Quando  foi  chamado  por  Jesus  deixou  tudo  e  o  seguiu.  Preparou  um  grande  banquete  para  Cristo. O Evangelho de Mateus é dirigido aos judeus convertidos e quer mostrar que Jesus de Nazaré é o herdeiro das promessas feitas por Deus a Davi. Portanto, Jesus é o Messias anunciado pelos profetas. 
Apenas 258 versículos de Mateus são exclusivos, o resto é cópia. Usa palavras hebraicas e aramaicas sem traduzi-las usa muitos números como símbolos: 7,5,3. Usa 70 citações do Antigo Testamento. Narrações: milagres resumidos. Ensino: esticou. Para Mateus Jesus é o novo Moisés. Jesus ressuscitado aparece na Galiléia, onde tudo começou.

MARCOS (Ano 67-70)
Autor :  Marcos.
N°  de  Capítulos : 16.
Marcos: é representado pela figura de um Leão, porque começou a narração de seu Evangelho no deserto, onde mora a fera. Era também chamado de João Marcos. Era  filho  de  Maria, uma  mulher  de  riquezas  e  posição de Jerusalém.  Marcos era primo de Barnabé e discípulo de Pedro. Redigiu o Evangelho a partir das pregações de Pedro. Põe em evidência os milagres de Jesus, pois pretende mostrar a bondade do Senhor e a sua divindade. Seu Evangelho se dirige aos cristãos vindos do paganismo (gregos e romanos).
Intérprete de Pedro, por isso a Paixão e morte de Jesus foi contada nos mínimos detalhes. Escreveu em grego e pensava em aramaico. Não elevava Pedro, pois era ele quem falava. Podemos dizer que o Evangelho é de São Pedro. Pedro ouviu de Jesus, Marcos ouviu de Pedro. Marcos Foi batizado por Pedro e é chamado de seu filho. Quando Pedro morreu Marcos escreveu tudo. Escreveu em Roma para os romanos.
Mateus e Lucas dependem de Marcos: sinóticos – óticos = visão; sin = junto.

LUCAS (80-90)
Autor: Lucas.
N° de Capítulos: 24.
Lucas: é representado pelo Touro, porque começa o Evangelho falando do templo, onde eram imolados os bois. Lucas nasceu em Antioquia da Síria, de família pagã. Converteu-se por volta do ano 40. Estudou Medicina. Não foi discípulo de Jesus, mas foi amigo íntimo e companheiro de viagem de Paulo. Lucas escreveu o Evangelho como historiador. Talvez pelo ano 67 d.C. Dirige seu Evangelho aos cristãos de origem pagã (gregos e romanos). O objetivo de seus escritos é o fortalecimento na fé. É o evangelista que mais fala do nascimento e da infância de Jesus. Dá destaque especial a misericórdia de Deus. É o evangelho do Filho do Homem.  Ressalta a amável atitude de Cristo para com os pobres, humildes e marginalizados.
Lucas, “o médico amado” é também o autor de Atos. 
            589 versículos são exclusivos dele. Escreveu para uma igreja da Grécia, para os pagãos convertidos e grande parte pobre, porque Ele dá grande importância à pobreza. Não cita mais João quando Jesus nasce. No batismo de Jesus não fala de João Batista, mas ele está presente. Todas as aparições de Jesus acontecem em Jerusalém – porque ali Jesus morreu e ressuscitou.

JOÃO (Ano 90-100)
Autor: João.
N° de Capítulos: 21..
João: é representado pela Águia, por causa do elevado estilo de seu Evangelho, que fala da Divindade e do Mistério Altíssimo do Filho de Deus. É filho de Zebedeu e Salomé. Era o irmão mais novo de Tiago.  Era pescador do Mar da Galiléia, por onde Jesus passou e o chamou para ser Apóstolo, juntamente com Tiago, seu irmão. João era chamado o “discípulo amado”. Começou a seguir Jesus quando tinha 19 anos e foi testemunha de toda a missão do Senhor. Fala da “vida eterna” como realidade já presente na terra, na Pessoa de Jesus. João escreve aos cristãos. É considerado por muitos estudiosos como o livro mais profundo da Bíblia.
O Evangelho da Paixão de Jesus é o texto mais importante. Usado toda sexta-feira santa, mesmo nos anos dos outros evangelistas

ATOS (80-90)
Autor: Lucas.
N° de Capítulos: 28.
O Livro dos Atos é uma continuação do Evangelho de Lucas. O livro salienta a ação do Espírito Santo na vida da Igreja. O tema principal é a história do desenvolvimento da igreja primitiva desde a ascensão (subida aos céus) de Cristo até a prisão do apóstolo Paulo em Roma. O livro conta cerca de 30 anos de história do começo da igreja cristã.  Nele encontramos os princípios do trabalho missionário e os padrões para a vida da igreja. Nos capítulos de 1 a 12 encontramos personagens importantes como Pedro, Estevão, Filipe, Barnabé e Tiago.  A partir do capítulo 13 o personagem principal é Paulo.
Foi escrito entre os anos 70 a 80 d.C. Apresenta a experiência vivida pela Igreja primitiva, com aqueles quatro pontos fundamentais para a vida da Igreja:
Querigma: é o primeiro anúncio do Evangelho ou chamado à conversão.
Catequese: educação na fé ou aprofundamento no conhecimento da Palavra de Deus.
Vida em Comunidade: experiências muito forte onde partilhavam os bens, a oração era em comum e a participação na Eucaristia.
Missão: Missão Apostólica – exercício do poder que os Apóstolos receberam de Jesus.

Livros didáticos: 21 EPÍSTOLAS ou CARTAS
CARTAS DE PAULO – 13 cartas
O  livro  de  Atos  dos  Apóstolos  conta  que,  a  igreja  cristã  recebeu  o  Espírito  Santo  e,  quando  começou  a   perseguição,  ela  se   espalhou.  Saindo  de  Jerusalém  e  pregando  o  evangelho  por  onde  passava. Assim  foram  surgindo  igrejas  novas.  Mas  muito  mais  igrejas  surgiram  depois,  durante  as  viagens  missionárias  do  apóstolo  Paulo.  Junto  com  alguns  companheiros,  ele  visitou  várias  cidades  e  lá  deixou  igrejas  organizadas.  Existiam  igrejas  organizadas  por  Paulo  e  igrejas  organizadas  por  outros  cristãos.  O  apóstolo  escreveu  cartas  para  várias  delas  para  ajudar  a resolver  problemas  que  elas  enfrentavam.  Mas   as  cartas  do apóstolo  não  falavam  só  dos   problemas.  Antes  disso  ele  ensinava  sobre  Deus  e  sobre  o  relacionamento  dos  cristãos  com  ele.  Algumas  cartas  foram  escritas  para  uma  igreja  só.  Outras  foram  escritas  para  várias  igrejas. Mas todas elas, como a bíblia toda, são muito importantes para  nós  hoje.
Grandes cartas: Romanos, I e II Coríntios, Gálatas.
Cartas do cativeiro: Efésios, Filipenses, Colossenses, Filêmon.
Cartas pastorais: I e II Timóteo e Tito.
 I e II TESSALONICENSES: Não é uma carta tão doutrinária nem polêmica quanto as outras,  e  sim  uma  das  mais  pessoais. O seu conteúdo consiste de lembranças pessoais e conselhos.

ROMANOS (Em Corinto: inverno de 57-58)
Autor: Paulo.
N° de Capítulos: 16.
É uma carta escrita aos cristãos romanos. Fala das conseqüências do pecado e que o homem é salvo pela fé em Jesus Cristo, por pura misericórdia de Deus. Está dividida em duas partes: a primeira vai do capítulo 1 ao capítulo aos 11 e fala do plano de salvação; a Segunda parte vai do capítulo 12 até o 16 e fala sobre os deveres cristãos. Paulo estava ansioso para ensinar na igreja de Roma, que era muito conhecida, por isso escreveu a carta para preparar o caminho para a sua visita.  A carta foi escrita quando ele estava em Corinto levantando uma oferta para os pobres da Palestina. De lá ele foi a Jerusalém para entregar o dinheiro e depois ele queria viajar para Roma e Espanha.  Mas a prisão de Paulo em Jerusalém mudou os seus planos.  O tema da carta é a justiça de Deus.
I CORÍNTIOS (Em Éfeso, entre 55-57)
Autor: Paulo.
N° de Capítulos: 16.
            São Paulo escreveu de Éfeso aos cristãos da cidade de Corinto, (cidade portuária e um rico centro comercial) para repreendê-los quanto aos abusos e disputas que surgiram na comunidade. Prega a humildade, inspirada na cruz de Jesus. Recomenda a caridade.
                       
II CORÍNTIOS (Na Macedônia, verão de 57)
Autor: Paulo.
N° de Capítulos: 13.
Seis meses depois São Paulo escreve a segunda carta. Havia pessoas na igreja de Corinto que queriam depreciar (tornar sem valor) o ministério e a autoridade de Paulo. Nesta carta Paulo fala de seu próprio ministério.  Abre seu coração e revelam seus motivos, sua paixão espiritual e seu profundo amor pela igreja. Manifesta suas tribulações e esperanças.
GÁLATAS (Em Éfeso, entre 55-57)
Autor: Paulo.
N° de Capítulos: 06.
Esta carta foi escrita às igrejas da Galáxia, que era uma região da Ásia para resolver problemas surgidos por causa dos judeus convertidos, que quiseram impor sua lei judaica aos cristãos vindos do paganismo.

EFÉSIOS (Em Roma, entre 61-63)
Autor: Paulo.
N° de Capítulos: 06.
Escreveu quando estava preso em Roma. Recomenda unidade dos cristãos. Éfeso era uma cidade muito importante, pois era um centro comercial, político e religioso estando ali o templo de Diana.  Em sua terceira viagem missionária Paulo permaneceu na cidade por quase 3 anos e o evangelho de espalhou por toda província romana da Ásia. Depois de Paulo, Timóteo liderou a igreja por algum tempo e, mais tarde, o apóstolo João. O tema principal desta carta é a unidade da igreja, principalmente entre judeus e gentios, pois havia judeus convertidos que queriam ficar separados de seus irmãos gentios.
FILIPENSES (entre 55-57)
Autor: Paulo.
N° de Capítulos: 04.
Esta  carta  provavelmente  tenha sido  escrita   por  Paulo  quando  se  encontrava  peso  em  Roma.  Filipos  era  a  capital  da  Macedônia. A  igreja  de  Filipos  foi  fundada  por  Paulo  em  sua  segunda  viagem  missionária.  Era  uma  igreja  agradecida  e  bondosa. No  começo  eram  apenas  umas  poucas  mulheres  que  se  reuniam  perto  do  rio.  Lídia,  uma  vendedora  de  púrpura,  foi  a  primeira  convertida,  mas  logo  se  uniram  a  ela  o  carcereiro  de  Filipos  e  sua  família. Nesta  carta  Paulo  mostra  seu  amor  espiritual  pela  igreja  com  muito  carinho  e  gratidão.  Mostra  que  tem  muito  interesse  que  a  igreja  esteja firme  na  verdadeira  doutrina.

COLOSSENSES (Em Roma, entre 61-63)
Autor :  Paulo.
N°  de  Capítulos : 04.
Esta  carta  provavelmente  tenha sido  escrita   por  Paulo  quando  se  encontrava  preso  em  Roma.  Colossos  era  uma  cidade  da  Ásia  e  ficava  a  160Km  de  Éfeso. É  uma  mensagem  de  boa  vontade  para  animar  e  ensinar  os  crentes. Esta  carta  se   parece  com  a  de  Efésios.  Em  Efésios  Paulo  enfatiza  a  igreja  como  o  corpo  de  Cristo,  enquanto  em  Colossenses  ele  ressalta  a  Cristo  como  o  cabeça  da  igreja. Nesta  carta  Paulo  também  repete  o  aviso  que  ele  fez  em  1° Coríntios  contra  a  confiança  na  sabedoria  mundana.

I  TESSALONICENSES (Em Corinto, ano 51)
Autor :  Paulo.
N°  de  Capítulos : 05.
Acredita-se  que  esta  tenha  sido  a  primeira  carta  escrita  por  Paulo.  A  igreja  de  Tessalônica  foi  fundada  por  Paulo  em  sua  segunda  viagem  missionária.  Ali  ele  encontrou  muita  gente  contra  o  seu  trabalho,  mas  teve  sucesso  e  ganhou  alguns  judeus  e  muitos  gregos  para  Cristo,  o  que  lhe  permitiu  criar  ali  uma  igreja  fiel. Paulo  escreveu  esta  carta  após  a  volta  de  Timóteo  que  havia  sido  enviado  para  animar  e  fortalecer  a  igreja. Não  é  uma  carta  tão  doutrinária  nem  polêmica  quanto  as  outras,  e  sim  uma  das  mais  pessoais. O  seu  conteúdo  consiste  de  lembranças  pessoais  e  conselhos.

II  TESSALONICENSES (Em Corinto, ano 51)
Autor :  Paulo.
N°  de  Capítulos : 03.
Esta  carta  foi  provavelmente  escrita  em  Corinto  pouco  depois  da  primeira  carta. O  tema  central  da  carta  é  a  segunda  vinda  de  Cristo.  Quando  receberam  a  primeira  carta  alguns  cristãos entenderam  que  Paulo  estava  ensinando  que  a  vinda  de  Cristo  estava  próxima  e  eles ficaram  muitos  preocupados  e  assustados;  por  isso  Paulo  escreve  esta  Segunda  carta  para  esclarecer  sobre  este  assunto.

I  TIMÓTEO (Na Macedônia ano 66)
Autor :  Paulo.
N°  de  Capítulos : 06.
Timóteo  era  filho  de  pai  grego  e  de  mãe  judia  que  se  chamava  Eunice.  Quando  recebeu  a  carta  ele  estava  em  Éfeso  cuidando  do  trabalho  na  província  da  Ásia. O  tema  principal  deste  livro  são  os  conselhos  e  as  palavras  de  ânimo  para  o  jovem  evangelista  Timóteo  sobre  o  seu  comportamento  pessoal  e  seu  trabalho  como  pastor. Timóteo é seu discípulo e companheiro de viagem.

II  TIMÓTEO (Em Roma, ano 67)
Autor :  Paulo.
N°  de  Capítulos : 04.
Paulo  esteve  duas  vezes  preso  em  Roma  e  na  segunda  escreveu  esta  carta.  Suas  prisões  foram  motivadas  pela  perseguição  ordenada  por  Nero.  Antes  ele  havia  tido  alguma  liberdade  e  vivia  numa  casa  alugada.  Nesta  época  ele  podia  encontra-se  com  seus  amigos,  mas  agora  estava  isolado.  Muitos  companheiros  o  haviam  abandonado  e  ele  pensava que  em  breve  seria  executado.  Encontrava-se  triste  e  só  e  desejava  ver  seu  amado  amigo  e  companheiro  Timóteo,  a  quem  chamava  de  seu  “ verdadeiro  filho  na  fé”.  Dá normas de vida para homens, mulheres, diáconos e Bispos. Fala também como devemos tratar as viúvas, os anciãos e os escravos.
 TITO (Na Macedônia ano 66)
Autor :  Paulo.
N°  de  Capítulos : 03.
Tito é um grego, colaborador de Paulo. Era  mensageiro  da  igreja  de  Corinto, bastante  confiável  e  dedicado.  Foi  companheiro  de  Paulo  e  Barnabé  numa  viagem  a  Jerusalém.  Paulo  o  deixou  em  Creta  como  supervisor  das  igrejas.  Esteve  em  Roma  para  visitar  Paulo  na  prisão.  Possuía   melhor  saúde  e  mais  maturidade  que  Timóteo. Nesta carta orienta a respeito de como organizar as comunidades cristãs na ilha de Creta.
FILEMOM (Em Roma, entre 61-63))
Autor: Paulo.
N° de Capítulos: 01.
É  uma  carta  particular  escrita  por   Paulo  em  Roma  e  enviada  para  Filemom  que  estava  em  Colossos.  Filemom  era  membro  da  igreja  de  Colossos,  a  qual  parece  que  se  reunia  em  sua  casa. Onésimo  era  um  escravo  que  havia  fugido  de  Filemom, teria    roubado   algum  dinheiro  de  seu  amo  e  fugido  para  Roma  onde  converteu-se.  Paulo  escreveu  esta  carta  pedindo  a  Filemom  para  perdoar  a  Onésimo  e  voltar  a  confiar  nele.

HEBREUS: homilia de autor desconhecido
N°  de  Capítulos : 13.
Talvez esta carta não tenha sido escrita por Paulo. As idéias são suas, mas o estilo é bem diferente. É dirigida aos judeus que receberam o batismo e sofrem por deixar o templo e a sinagoga. Eles  haviam  se  convertido  e  corriam  o  perigo  constante  de  voltar  ao  judaísmo  ou  então  de  continuar  a  dando  muito  valor  as  leis  do  A. T.

7 cartas católicas: endereçadas a todos os cristãos e não apenas a uma comunidade: (católica significa “universal”)

TIAGO (Ano 60)
Autor :  Tiago.
N°  de  Capítulos : 05.
Existem  no  Novo  Testamento  três  personagens  chamados  Tiago, mas  acredita-se  o  autor  desta  carta  seja  o Tiago Menor, filho de Alfeu. Foi bispo de Jerusalém. A carta tem a espiritualidade do Sermão da Montanha. Traz conselhos para a vida moral. Recomenda a prática da caridade, da justiça e da piedade.

I PEDRO (Ano 61-63)
Autor: Pedro.
N° de Capítulos: 05.Palavra chave: sofrimento.
Quando Pedro escreveu esta carta não era o Simão Pedro do começo, impulsivo e cheio de fraquezas, mas havia se transformado, pois durante anos passou por sofrimentos e provações.  A carta foi escrita durante a última parte de sua vida provavelmente em Roma. A carta foi escrita a todos os cristãos da Ásia Menor, tanto judeu como gentios.  Pedro enviou esta mensagem espiritual de ânimo, instrução e advertência, especialmente às igrejas fundadas por Paulo. O tema central é a vitória sobre o sofrimento como foi mostrada na vida de Cristo e viver vida santa num mundo ímpio (sem fé). 
II PEDRO (Ano 110)
Autor: desconhecido
N° de Capítulos: 03.
É uma carta de aviso contra os falsos mestres e zombadores.  Pedro dá grande ênfase à Palavra de Deus e a certeza do cumprimento das promessas de Deus.  Nesta carta Pedro diz haverá tempos difíceis para a igreja e também fala que a sua morte estava próxima.
I  JOÃO (Ano 90-100)
Autor : João.
N°  de  Capítulos : 05.
Esta  carta  foi  escrita  provavelmente  em  Éfeso.  Não  foi  escrita  para  nenhuma  igreja  em  especial, mas  para  a  igreja  em  geral,  pois  não  tem  saudações  nem  despedidas,  nem  fala  o  nome  de   nenhuma  pessoa.  Esta  carta  fala  do  privilégio  do  conhecimento  espiritual  do cristão,  do  companheirismo  e  do  amor  entre  irmãos (amor fraternal). João  chama  os  crentes  carinhosamente  de  “ Meus   filhinhos ”  e   “ amados ”.  O  tema  central  é  Deus  é  vida,  luz  e  amor. João  fala  as  5  razões  porque  ele  escreveu  a  carta :  Para  aumentar  a  alegria  dos  crentes,  para guardá-los  do  pecado,  para  avisá-los  contra  os  falsos  mestres,  para  fortalecer  a  sua  fé  e  para lhes  a  dar  garantia  da  vida  eterna.

II  JOÃO (Ano 90-100)
Autor : João.
N°  de  Capítulos : 01.
Esta  carta  foi  escolhida  para  uma  senhora  que  vivia  em  Éfeso e  seus  filhos.  As  palavras  mais  destacadas  são  Amor  e  verdade. A  carta  foi  escrita  para  avisar  contra  a  heresia ( falso  ensino )  e  contra  a  associação  com  os  falsos  mestres.  O  principal  ensino  dela  é  andar  nos  mandamentos  de  Cristo. Menor livro da Bíblia. Contem apenas 13 versículos.

III  JOÃO (Ano 90-100)
Autor :  João.
N°  de  Capítulos : 01.
A carta foi  escrita  para  Gaio.  O Pensamento  chave  é  a  hospitalidade  cristã.  O  assunto  centraliza-se  em  4  personagens :
Gaio - Era digno de carinho, cristão praticante, andava na verdade e era hospitaleiro.
Diótrefes – Era  um  líder  da  igreja,  mas  era  egocêntrico  e  fanático.
Demétrio -  Era  um  cristão modelo,  de excelente reputação (fama).
Alguns  evangelistas  cristãos -  Eram  obreiros  itinerantes ( que viajavam)  que  faziam  um  serviço  gratuito  por  amor  a   Cristo.

JUDAS (Ano 90-100)
Autor: Judas.
N° de Capítulos: 01.
Possivelmente o autor é Judas, irmão de Jesus.  Os irmãos de Jesus não creram nele no começo, mas depois da ressurreição se converteram em seguidores dele.  Judas escreve para alertar contra os falsos mestres e contra as heresias (falsos ensinos) que estavam pondo em perigo a fé dos cristãos.

APOCALIPSE
Revelação por Deus ou Anjo através de sonhos e êxtases. Livro profético. Leitura da realidade. Encontramos coisas do passado, do presente e do futuro.
Autor: João.
N° de Capítulos: 22.
Significa “revelação” Trata-se de um Livro profético. Foi escrita às Sete Igrejas (Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia) da Ásia Menor, por volta do ano 100 d.C, por São João Evangelista, quando estava exilado na ilha de Patmos. Naquela época tais Igrejas passavam por dura provação – perseguição religiosa. Muitos cristãos sentiam-se desanimados e até desesperados. É para esses cristãos que João escreve o Apocalipse. Trata-se de uma mensagem sobrenatural, transmitida de maneira misteriosa e simbólica, por causa do clima de perseguição.

É  a  mensagem  que  vem  de  Jesus.  A  igreja  cristã  já  havia  experimentado  perseguição  antes,  mas  nos  dias  em  que  João  escreveu  o  Apocalipse,  a  situação  estava  muito  pior.  O  próprio  João  estava  no  exílio,  por  causa  da  palavra  de  Deus  e  do  testemunho  de  Jesus.  Naqueles  dias  era  muito  perigoso  ser  cristão.  Por isso o  Apocalipse  foi  escrito  em  linguagem  simbólica.  A intenção foi ensinar com símbolos o  que  a  igreja  precisava  saber  naquele  momento  difícil.  As sete igrejas que receberam  cartas  de  Jesus  mostram  bem  a  situação  dos  cristãos.  Havia coisa boa, como  a  dedicação  ao  trabalho  do  Senhor,  amor,  fé,  perseverança  e  fidelidade,  mas  havia  também  pecados  escondidos,  idolatria  e  hipocrisia,  além  da  indiferença  espiritual.  A mensagem é  que  os  cristãos  devem  deixar  a  desobediência  e  resistir  à  perseguição,  porque  Jesus  já  derrotou  o  inimigo  e  essa  vitória  é  nossa.  Por isso devemos ser fiéis. Esta carta foi escrita por João, quando ele se  encontrava  na  ilha  de  Patmos,  para  onde  foi  enviado  por  causa  da  palavra de  Deus. O livro está repleto de símbolos e expressões  dos  escritos  dos  profetas  Isaías,  Ezequiel, Daniel  e  Zacarias.O  número  dominante   é  o  sete :  aparecem  sete  candeeiros,  igrejas,  selos,  anjos,  trombetas,  tronos,  taças,  espíritos  e  estrelas.  Apocalipse quer dizer  revelação. É uma série de visões sobre acontecimentos na história religiosa.  Fala de um grande conflito (luta )  entre  Deus  e  Satanás,  terminando  com  a  vitória  do  cordeiro ( Jesus ). O livro do Apocalipse foi escrito num período em que os cristãos  estavam  sendo  ameaçados  por  Roma  para  renunciarem (desistir ) à  sua  fé  e  aceitarem  culto  ao  imperador.  Esta é uma revelação de Jesus Cristo e Ele  é  o  centro  de  todo  o  livro.  O retorno de Cristo à  terra  é  descrito  no  capítulo  19.  No capítulo 20 é apresentado o seu  reinado  milenar.  Os novos céus e a nova terra são descritos nos  capítulos  20  e  21.

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