A palavra Bíblia significa livros (vem
do grego).
» É Deus, através da Bíblia, que anima e
orienta seu povo a continuar a lutar, viver e nunca desanimar. A Bíblia foi
escrita por homens e mulheres (profetas), mas todos foram inspirados por Deus.
Então o autor da Bíblia é o Espírito Santo.
»
A
Bíblia não foi escrita de uma só vez, levou muito tempo. Mais de 1000 anos.
Começou em torno do ano de 1250 antes de Cristo, e o ponto final só foi
colocado 100 anos depois da morte de Cristo.
»
A
Bíblia saiu da memória do povo, nasceu da preocupação de não esquecer o
passado. Alguns deles chegaram a escrever, eles mesmos, as suas palavras ao
povo. Outros nem sabiam escrever, só sabiam falar e animar a fé das pessoas.
Então suas palavras foram transmitidas oralmente, de boca em boca, durante
muitos anos. Só mais tarde outras pessoas decidiram escrever.
»
A
Bíblia foi escrita em muitos lugares e países diferentes, a maior parte do
antigo testamento e novo testamento foi escrita na Palestina, a terra onde o
povo vivia, por onde Jesus andou e onde nasceu a Igreja.
»
A
Bíblia foi escrita em tijolos, papiros e pergaminhos.
»
A
Bíblia foi escrita em hebraico, aramaico e grego. E foi traduzida para quase
dois mil idiomas. As cópias mais antigas estão na biblioteca do Vaticano, Museu
Britânico, (Londres, Inglaterra) e no Museu de Jerusalém (Israel).
»
A
Bíblia está dividida em duas grandes partes: Antigo Testamento: conta a história do povo de Deus, antes do
nascimento de Jesus e contém 46 livros. Novo
Testamento: conta a vida e os ensinamentos de Jesus e dos apóstolos. Contém
27 livros. » Cada uma das duas
partes tem muitos livros, como se fosse uma biblioteca.
Total de livros da Bíblia: 73 livros.
1.333 capítulos e 35.700 versículos.
A Bíblia católica é completa, contém
toda a palavra de Deus, é diferente da Bíblia protestante que é incompleta,
pois faltam vários livros.
Bíblia católica: tradução grega
(completa)
»
Bíblia protestante 66 livros: 39 livros no A.T. 2 27 no N. T. Tradução
hebraica.
»
A
palavra testamento significa aliança, pacto, contrato.
No A.T: Antiga aliança de Deus com a
humanidade por meio de Abraão e Moisés.
No N.T: Nova aliança de Deus com a
humanidade feita por meio de Jesus Cristo.
»
A
Bíblia é a palavra de Deus. Sua leitura exige:
Respeito: Porque é a palavra de Deus e
é palavra santa.
Humildade: Não querendo poder entender
tudo o que há na Bíblia. Quando o leitor encontra algo na Bíblia que não
compreende, deve pedir ajuda para o padre.
Prudência: Nunca se apegar a uma só
frase, sem conhecer o texto. Nunca arriscar interpretações pessoais.
»
Você
já viu a famosa Bíblia de sala, que muitas famílias colocam numa mesinha bem
enfeitada ou na estante da sala, mas sempre fechada, às vezes tomando poeira?
Ou pessoas guardarem na gaveta para as crianças não estragarem? Bíblia fechada,
não é palavra de vida, mas sim Palavra adormecida. Como podemos considerar a
Palavra de Deus adormecida?
APÓCRIFOS: Existem alguns livros
escritos antes ou pouco depois de Cristo que tinham como intenção figurar como
Escritura Sagrada. Mas, pelo Magistério da Igreja e assistência do Espírito
Santo, esses livros espúrios foram definitivamente afastados, restando apenas o
cânon bíblico que guardamos até hoje. Por esse motivo, muitos desapareceram,
outros sobreviveram em uma ou outra comunidade antiga, ou, ainda, em traduções,
fragmentos ou citações.
»
A
divisão da Bíblia em capítulos foi feita pelo Cardeal Estêvão Langton (1.228) A
divisão em versículos foi feita pelo Frade Santo Pagnino (1.528). A divisão foi
feita para facilitar o uso.
»
“S” acrescentado
depois do capitulo ou versículo, entende-se: capitulo (s) ou versículo (s)
seguinte (s).
»
Quando
se indica apenas uma parte de um versículo longo, acrescenta-se uma letra ao
numero que indica o versículo: “a” início; “b” meio; “c” final.
Os maiores escritores da Bíblia foram:
A.T: Moisés, Davi e Esdras.
N.T: Evangelistas (Mateus, Marcos,
Lucas e João) e o apóstolo Paulo.
APROFUNDAMENTO SOBRE A BÍBLIA:
Antiga
aliança de Deus com a humanidade por meio de Abraão e Moisés.
No N.T:
Nova aliança de Deus com a humanidade feita por meio de Jesus Cristo.
A Bíblia
foi escrita em muitos lugares e países diferentes, a maior parte do antigo
testamento e novo testamento foi escrita na Palestina, a terra onde o povo
vivia, por onde Jesus andou e onde nasceu a Igreja.
Ela foi escrita em hebraico, aramaico e grego.
E foi traduzida para quase dois mil idiomas.
Por questão
de tradução, alguns livros do A.T. Têm nomes diferentes entre uma Bíblia e
outra:
Alguns
trazem: 1º livro dos Reis, 2º, 3º, 4º.
Outros dão, aos mesmos livros: 1º livro de Samuel (corresponde a 1º
Reis)
2º " 2º
Reis
1º livro dos
Reis 3º Reis
2º " 4º
Reis
Alguns
trazem: Livro de Sirac. Outros dão ao
mesmo livro: Eclesiástico
Alguns
trazem: Coelet. Outros dão ao mesmo livro o nome: Eclesiastes
Isto não
muda nada no conteúdo das Bíblias. É somente questão mais antiga e mais
recente. (Troca de palavras são feitas
pelas editoras)
O hebraico
era a língua do povo hebreu.
Hebreu vem
de Heber ou de Hebrim, que era o nome de um dos descendentes de Sem, filho de
Noé.
Além do
hebraico, havia entre os hebreus outra língua semita. Era o aramaico. Aramaico
vem também do nome de outro descendente de Sem, chamado Aram do qual se
originou o povo arameu ou sírio.
Portanto a Bíblia foi escrita por um povo semita,
isto é, descendente de Sem, filho de Noé.
No tempo de
Cristo já não se usava mais o hebraico, e sim o aramaico.
Todo o
Antigo Testamento foi escrito em hebraico ou aramaico, menos o Livro da
Sabedoria, o Segundo de Macabeus e trechos dos Livros de Daniel e de Ester, que
foram escritos em grego. E
todo o N.T. foi escrito em grego, menos o Evangelho de Mateus, que foi escrito
em aramaico.
COMO FOI ESCRITA A BÍBLIA
A Bíblia
foi escrita em chapas de argila cozidas
Foi usado
também outro material para escrever a Bíblia. O Papiro. Uma planta que teve sua origem no Egito. Essa planta no
Egito chegava a crescer até à altura de 4 metros . Ele era usado
para fazer uma espécie de folha de papel para nela escrever. Seu caniço
comprido era aberto em tiras, as quais eram prensadas enquanto estavam úmidas.
E assim formavam uma folha, semelhante ao nosso papel.
Tais folhas
eram escritas em um só lado e depois guardadas em rolos. (também o papiro era
usado para confecção de cestos. Moisés foi colocado num cesto de papiro)
Já
na Antigüidade o papiro enfrentou um forte concorrente para a escrita: foi O pergaminho. Pergaminho é couro de
carneiro curtido e devidamente preparado para nele se escrever. Chama-se
pergaminho porque começou a ser usado como papel na cidade de Pérgamo, pelo rei
Eumenes II, 200 anos antes de Cristo. Pérgamo era uma cidade importante da Ásia
Menor.
Vendo
a grande importância da Biblioteca de Pérgamo, os egípcios ficaram com inveja e
não quiseram mais vender papiro para os moradores daquela cidade. Por isso, o
rei de Pérgamo se viu obrigado a recorrer a outro material para a escrita, que
foi a pele de ovelha.
A
partir daí, o pergaminho espalhou-se rapidamente para outras regiões. Ficou
famoso no mundo inteiro e foi logo preferido ao papiro, especialmente para
redação de documentos mais importantes.
Os
pergaminhos eram peças largas, à semelhança da massa de pastel. Os antigos
ligavam umas folhas às outras e faziam “rolos”.
DIFERENÇA DA BÍBLIA CATÓLICA E PROTESTANTE
Bíblia
Católica: 46 livros no A.T. Bíblia protestante: 39 livros no A.T.
Os
sete livros que faltam na Bíblia protestante são: Judite, Tobias, Sabedoria,
Eclesiástico, Baruc, 1Macabeus, 2Macabeus. Além disso, no livro de Daniel,
deles, não tem os capítulos 13 e 14, e os versículos 24 a 90 capítulo 3. Não tem
também os capítulos 11 a
16 de Ester.
Esses
7 livros são chamados “deuterocanônicos”. São assim chamados porque sua
autenticidade foi posta em dúvida pelos judeus, e depois, pelos protestantes.
A
razão é a seguinte. Os judeus eram radicalmente nacionalistas. Por isso,
achavam que Deus só poderia inspirar os livros escritos na língua dos judeus,
que era o hebraico. Achavam também que a palavra de Deus só poderia ser escrita
dentro do território de Israel, e até o tempo de Esdras.
A
Igreja aceitou os deuterocanônicos como autênticos ou inspirados, pois quando
os judeus começaram a espalhar-se pelo mundo, logo após a destruição de
Jerusalém (ano70), eles mesmos viram a necessidade de traduzir a Bíblia Sagrada
para o Grego, que era a língua mais universal daquela época. E, nessa tradução,
foram incluídos esses 7 livros que já estavam escritos em Grego, pelos próprios
judeus.
Foi
a partir daí que surgiu essa divergência. Os fariseus, não quiseram aceitar
esses sete livros como inspirados por Deus. E essa foi também a decisão de
Lutero quando traduziu a Bíblia para o Alemão.
Mas
a Igreja católica, desde os tempos de Jesus e dos Apóstolos, sempre reconheceu
esses 7 livros como verdadeiros.
Os
73 livros da Bíblia sempre foi uma questão pacífica na Igreja. Ver 2Tm 3,16-17.
Entretanto
no século 16, quando Lutero organizou a Bíblia da Reforma, ele não reconheceu
os 7 livros como inspirados.
Mas
para não pairar dúvidas, a Igreja definiu de maneira oficial no Concílio de
Trento, realizados nos anos de 1545
a 1563, que esses 7 livros são de inspiração divina e
fazem parte da Bíblia Sagrada.
Obs: Na numeração dos Salmos, existe uma divergência
entre o texto hebraico e a versão latina Vulgata (versão latina da Bíblia em
uso na Igreja Católica. Foi feita da versão dos setenta e revista por São
Jerônimo). Essa divergência provém, no texto hebraico, da divisão imprópria do
Salmo 9, restituída em sua unidade pelas antigas versões. A numeração do texto
latino, é conservada na presente tradução.
Para saber a numeração do
texto hebraico, aumentar uma unidade o número dos Salmos desde o Salmo 10 até o
Salmo 147. (Protestantes: o Salmo 9 é dividido e o Salmo 147 é o nosso 146 e
147).
INTERPRETAÇÃO
DA BÍBLIA: a Igreja tem a última palavra sobre a interpretação da Bíblia, porque ela
conviveu com Jesus vendo e ouvindo o Mestre de viva voz. Mas não é só por isto.
A Igreja tem esse direito de interpretação a Palavra de Deus por vontade
expressa de Jesus Cristo.
“Todo o poder me foi dado no céu e na terra.
Ide, pois, ensinai a todos os povos. Batizai-os em nome do Pai, e do Filho e do
Espírito Santo. Ensinai-os a observar todos os meus preceitos. Eis que estou
convosco todos os dias até o fim do mundo”. (Mt 28, 18-20)
Jesus disse aos apóstolos: “Em verdade vos digo: tudo o
que ligares sobre a terra será ligado no céu. E tudo o que desligares na terra
será desligado no céu”. (Mt 18,18)
Esse poder Jesus deu coletivamente aos apóstolos, e deu
em especial a Pedro, como chefe dos doze: “Eu te declaro: Tu és Pedro e sobre esta
pedra edificarei a minha Igreja. E o poder do inferno não prevalecerá contra
ela. Eu te darei as chaves do reino dos céus: tudo o que ligares na terra será
ligado nos céus, e tudo que desligares na terra será desligado nos céus”.
Na própria Bíblia está escrito que a sua interpretação
não pode ser feita a gosto de cada um. Precisamente porque não foi escrita por
idéias dos homens, mas por inspiração divina.
“Antes de mais nada, ficai sabendo uma coisa: nenhuma
profecia da Escritura é de interpretação particular. Porque a profecia não veio
por vontade humana, mas homens inspirados pelo Espírito Santo falaram em nome
de Deus”. (2Pd 1,20-21)
O ato de Revelação
termina com a morte do último Apóstolo. Aos Apóstolos foi entregue, por Jesus
Cristo, o depósito Sagrado, para que eles, com sua autoridade divina, pregassem
a todos os povos, até os confins da terra. Cabe, então, à Igreja Católica, o
papel de guardar, pregar e explicitar a verdade revelada. Este trabalho da
Igreja se faz mediante as declarações autorizadas da Igreja. É a isso que se dá
o nome de “dogma”.Dogma é toda verdade revelada por Deus na medida em que ela é
proposta pela Igreja para ser crida. E se é verdade que o Depósito da Revelação
completa-se com a morte do último Apóstolo, já as explicações, desenvolvimentos
e explicitações do que está contido na revelação, continua, sob a autoridade da
Igreja e com a assistência do Divino Espírito Santo.Assim, por exemplo, o dogma
da “transubstanciação”. A Igreja, mediante uma palavra revelada por Deus, chega
a uma conclusão teológica que, por ser essencialmente unida à revelação, é
declarada pela Igreja como dogma de fé. Se fosse possível que a substância do
pão não se transformasse na substância do Corpo de Cristo, estaria negada a
divindade da Revelação. A nossa adesão ao dogma é, então, a mesma da adesão à
Revelação. Seria um pecado grave contra
a fé negar um dogma católico, pois estaríamos negando a própria palavra
revelada por Deus.
As Escrituras são fruto de um grande mutirão entre
Deus e seu povo, entre a ação de seu Espírito e a vontade do povo de ser fiel a
Ele. A ação do Espírito de Deus é como a chuva. Ela cai do alto e, junto com a
terra cá embaixo, ajuda a semente germinar, de modo que se transforme em
planta, floresça e frutifique Is 55, 10-11. A planta é, pois, fruto do céu, isto é, da
chuva, e é fruto da terra. Como a planta, a Bíblia também é fruto da ação de
Deus e do esforço das pessoas. Ela é a Palavra do Deus do povo na palavra do
povo de Deus.
Como a própria Bíblia diz, é preciso sabedoria e
discernimento para descobrir o seu sentido Ap 13, 18 e 17,9. É necessário
discernir, distinguir a Palavra de Deus em meio à palavra humana . Daí a
importância do estudo das Escrituras para que não a leiamos de forma incorreta.
Igualmente importante é a abertura ao Espírito de Deus que nos ilumina para a
interpretação e percepção da presença misteriosa de Deus não só no texto, mas
também no nosso dia-a-dia.
Podemos dizer que a Bíblia não é a Palavra divina
caída prontinha do céu. Deus não se revela de forma mágica, fora da história
nem dita sua palavra direto a alguém pra que a escreva. Sua revelação acontece
na experiência de vida, no cotidiano.
A Bíblia usa linguagem figurada para nossa
melhor compreensão. No tempo em que foi escrita, não havia os conhecimentos
científicos de hoje. E a linguagem que o povo simples conhecia era as
comparações.
As palavras usadas na Bíblia ainda não foram
modernizadas e certas palavras mudaram de significação de um século para outro.
Toda Palavra foi escrita por Deus e redigida
por homens. Bíblia é um livro divino e humano. Deus inspira o homem, mas ele
usa seu próprio vocabulário. Então o homem contribui com seu próprio
conhecimento.
PENTATEUCO
– livros conservados nos 5 estojos.
Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e
Deuteronômio
Antes era também chamado de
Torá = Lei.
Pentateuco expressão
grega: Penta – sig 5; Teucos – estojo onde se conservavam os rolos de papiro ou
pergaminho. Eram guardados em vasos de barro ou em estojos de madeira ou metal.
Pentateuco era um livro só. Para facilitar o manuseio, esse rolo foi dividido
em 5 partes.
É formado por quatro
documentos: Javista, Eloísta, Deuteronomista, Sacerdotal. O redator sacerdotal
uniu os documentos, formando um só texto:
Gn – J+E+S. Ex – J+E+S. Lv – S. Nm – J+E+S. Dt – D+S
ESCRITOS LOCAL ÉPOCA
Javista Judá IX a X aC
Eloísta Israel VIII aC
Deuteronomista Israel e Judá VII aC VII aC + ou – 620
Sacerdotal exílio VI aC 586 – 538 aC
Gênesis: palavra grega que
significa origem. Narra as origens do mundo e do homem e a formação do Povo de
Deus e a história dos Patriarcas.
Êxodo: palavra latina, que
significa saída. Trata da saída do Povo de Deus do Egito, a passagem pelo Mar
Vermelho; fala dos Dez Mandamentos e a caminhada do Povo à Terra Prometida.
Levítico: Levi era um dos doze
descendentes de Jacó. É um Livro que trata das leis sobre o culto divino.
Números: chama-se Números por
causa dos recenseamentos e séries de números neles contidos. Narra a parte
final da caminhada do Povo de Deus pelo deserto, do Sinai até a Terra de
Canaã.Fala das lutas que os israelitas enfrentaram perante os povos que
ocupavam as fronteiras da Palestina ou Terra Prometida.
Deuteronômio: Deuteronômio quer dizer
Segunda Lei. São Leis que deveriam ser obedecidas quando o Povo entrasse na
Terra Prometida.
PROFETAS
Os profetas foram
os mensageiros de
Deus para o
seu povo. Eles avisavam
contra a idolatria
e preveniam sobre
o castigo de
Deus quando o povo
desobedecia. Mas também mostravam
o amor e
a compaixão de
Deus em perdoar,
chamar seu povo
de volta, estabelecer
um novo pacto, prometer
o Messias e
afinal realizar seu
divino propósito para
o mundo. A função principal
dos profetas não
era prever o
futuro, mas comunicar
a Palavra de
Deus ao povo.
Os profetas recordavam
ao povo o
Pacto da Graça ou
seja, lembravam ao
povo que Deus
era o Deus
deles e que
eles eram povo
de Deus. Em
outras palavras, Deus
cuidaria deles mas
eles tinham de
obedecê-lo. A mensagem desses
profetas foi rejeitada
pelos ouvintes e eles foram
muitas vezes perseguidos.
Mas mesmo assim
comunicaram a mensagem
de Deus.
Três séculos antes de Cristo não havia profetas. Começam
então a surgir muitos livros apócrifos. A Bíblia considera proféticos 18
livros: Isaías, Jeremias, Ezequiel, Daniel e os 12 profetas menores
- livros pequenos: Oséias, Joel, Amós,
Abdias, Jonas (parábola), Miquéias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias e
Malaquias.
(O nome é da coleção dos livros, não dos profetas, pois
existiram vários profetas)
(Lamentações – livro
poético, mas encontra-se nesta categoria por ter sido atribuída a Jeremias por
São Jerônimo. Baruc é apresentado como secretário de Jeremias)
(Isaías não é um
único profeta: Isaías cap 1 a 39; 2 Isaías – cap 40 a 55 – 3 Isaías cap 56 a 66
são discípulos de Isaías).
Esses livros não
foram escritos pelos profetas cujos nomes são indicados logo no início. Os
profetas foram oradores e não escritores. São obras dos discípulos e seguidores
dos profetas. É provável que alguns profetas tenham escrito pequenos textos.
Isaías: É o maior profeta de
Israel. Nasceu em Jerusalém por volta do ano 760 a.C. Com 20 anos começou a
profetizar. Exerceu essa missão durante 50 anos. É o profeta da Justiça.
Jeremias: Nasceu no ano 650 a.C.
Profetizou durante quarenta anos. Foi o profeta das desgraças. Predisse a
deportação dos judeus. Jeremias lutou pela reforma religiosa de Israel.
Lamentações: Composto nos anos após a
destruição de Jerusalém, em 586 a.C. Contém orações, lamentações e súplicas.
Este Livro era lido anualmente pelos judeus, no aniversário da destruição do
Templo.
Baruc: O profeta exorta o povo a
fazer penitência. Baruc quer dizer “abençoado”. Foi secretário de Jeremias.
Ezequiel: Ezequiel quer dizer
“aquele que Deus faz forte”.Exerceu sua função no meio dos judeus deportados
para a Babilônia.
Daniel: O autor do Livro é
desconhecido. Daniel é o nome do personagem ideal que sofre no exílio. Tem fé
viva e ardor patriótico. Foi escrito durante a perseguição de Antíoco, entre
167-163 a.C. O autor pretende consolar e animar os que são perseguidos pelo
rei.
Oséias: Exerceu seu ministério
por volta do ano 750 a.C. Fala da infidelidade de Israel para com seu Deus, e
compara a união de Deus com seu povo ao amor de um noivado. É o profeta da
Ternura de Deus. É chamado de Profeta Menor.
Joel: Profetizou no reino de
Judá e Jerusalém, onde nasceu. Fala do culto divino e do amor Divino. É chamado
de Profeta Menor.
Amós: Era camponês, de alma
simples e fervorosa.Pastor de ovelhas nas proximidades de Belém. Profetizou durante
o reinado de Jeroboão II. Amós condenou as injustiças sociais que massacraram a
Samaria. É chamado de Profeta Menor.
Abdias: Profetizou pelos anos 550
a.C. Anunciou castigos contra Edom e o triunfo de Israel no dia de Javé. É
chamado de Profeta Menor.
Jonas: O Livro deve ser uma
espécie de parábola. Mostra que Deus chama à conversão, não somente os judeus,
mas também os pagãos. É chamado de Profeta Menor.
Miquéias: Nasceu perto de Hebron.
Anunciou a ruína da Samaria. Predisse que o Messias nasceria em Belém. É
chamado de Profeta Menor.
Naum: O profeta fala da
grandeza de Deus e do poder com que o Criador governa o mundo. Alegra-se com a
queda de Nínive, que se deu no ano 608 a.C. É chamado de Profeta Menor.
Habacuc: Profetizou entre os anos
625 a 598 a.C. Predisse a invasão dos caldeus. Foi um profeta filósofo.
Anunciou que Deus salvaria os justos e puniria os maus. É chamado de Profeta
Menor.
Sofonias: Profetizou no reinado de
Josias pelo ano de 625 a.C. Predisse a justiça divina, anunciando o Dia de
Deus, ocasião em que serão punidos todos os maus, pagãos ou judeus. Fala também
da felicidade dos tempos messiânicos. É chamado de Profeta Menor.
Ageu: Exerceu seu ministério em
Jerusalém no ano de 520 a.C, quando era reconstruído o templo. Anima o povo com
esperança dos tempos messiânicos. Ageu quer dizer “aquele que nasceu durante a
festa” ou “peregrino”. É chamado de Profeta Menor.
Zacarias: É contemporâneo de Ageu.
Prega uma reforma moral e exorta o povo a reconstruir o templo. Fala da vinda
do Messias e da conversão das nações. É chamado de Profeta Menor.
Malaquias: Malaquias quer dizer “meu
mensageiro” Fala do amor de Deus pelo seu povo. Denuncia as infidelidades do
povo. É chamado de Profeta Menor.
SALMOS
São cento
e cinqüenta cânticos e
poemas espirituais usados
em cultos devocionais
da igreja de todas
as épocas. Compunham
o hinário do
segundo templo. Os temas
mais importantes são
a oração e
o louvor, mas
os salmos cobrem
uma grande variedade
de experiências religiosas. São com
freqüência chamados salmos
de Davi porque
esse rei foi
o autor de
um grande número
deles.
Autores : Não se
sabe quais foram
os autores de
um grande número
de salmos. A
lista a seguir
mostra o número
de salmos que
os autores conhecidos
escreveram : Davi (73) ,
filhos de Coré (11) ,
Asafe (12), Hemã (1 ),
Etã (1) , Salomão (2), Moisés
(1), Ageu (1) , Zacarias (1), Esdras
(1), Zacarias (número incerto).
PROVÉRBIOS
Autor
: Salomão.
N° de capítulos :
31.
É uma
coleção de frases
morais e religiosas
que ensinam sobre
a maneira correta
de viver. Nos
ensinam também sobre
amizade, obedecer aos
pais, como os
pais devem ensinar
os seus filhos,
riquezas e nossos
sentimentos.
LIVROS
POÉTICOS OU SAPIÊNCIAIS
Falam da sabedoria dos
homens e da experiência do amor de Deus na vida da comunidade. Contêm orações,
cânticos e poesias, escritos e vividos à luz da fé.
Jó: Apresenta o problema do
sofrimento num estilo poético. Esse Livro trata-se, provavelmente, de uma
parábola.
Salmos: Salmos quer dizer
“Louvores”. São poesias para serem cantadas. Ao todo são 150 salmos. Boa parte
foi composta pelo rei Davi.
Provérbios: Parte deste Livro foi
escrita pelo rei Salomão – filho do rei Davi. O autor fala de um Deus criador e
justo, misericordioso e inefável.
Eclesiastes: Não se sabe ao certo quem
o escreveu. Mostra a instabilidade e a insegurança da vida presente, mas também
muitas coisas boas que vem de Deus.
Cântico dos Cânticos: Significa: “O canto por
excelência” ou “O mais belo dos cânticos”. É um cântico de amor, bem no estilo
oriental. Toma como exemplo o amor do esposo e da esposa, mas quer mostrar o
amor de Deus com o seu Povo, com quem fez uma Aliança.
Sabedoria: Foi escrito por um judeu
que morava no Egito. O nome do autor não se sabe. Fala da imortalidade da alma
e do destino eterno do homem.
Eclesiástico: Conhecido também como
“Sirac”. Foi escrito mais ou menos no ano 120 a.C. Mostra o valor estável da Lei
de Deus.
LIVROS
HISTÓRICOS
Contam a história do Povo
de Deus. Uma história feita de bênçãos e de castigos, mostrando sempre a
fraqueza do homem e a misericórdia de Deus. Essa história tem como cenário a
Palestina e os períodos de exílio nas terras pagãs.
Josué: Com a morte de Moisés,
Josué conduz o Povo de Israel até Canaã. O Livro narra a conquista da Terra
Prometida.
Juízes: Depois da morte de Josué
até a Constituição do Reino, as Tribos de Israel eram invadidas por povos
inimigos. Então certos líderes defendiam o povo. Tais chefes eram chamados de
Juízes. Não se sabe quem escreveu este Livro.
Rute: Conta a história de Rute,
que se casa com Booz. Rute é modelo de piedade e de fidelidade. Ela se torna
bisavó do rei Davi. Rute era estrangeira – maobita – por isso é sinal de que a
salvação de Deus se estende a todos os povos.
I Samuel: Foi o último Juiz de
Israel. Foi também um grande Profeta. Consagrado a Deus desde a infância, foi
educado pelo sacerdote Eli. Pelo ano de 1200 a.C Samuel unifica as Tribos de
Israel para poder enfrentar os filisteus. Como chefe político e religioso, unge
Saul como Rei de Israel.
II Samuel: O Livro de Samuel foi
dividido em dois. Este segundo Livro narra o reinado de Davi.
I Reis: Conta a história dos
israelitas depois da morte do rei Davi (970 a.C) até a destruição de Jerusalém
e a deportação do Povo de Israel por Nabucodonosor, no ano 587 a.C.
II Reis: Este Livro narra a
história dos reis de Israel e Judá, mostrando os desígnios de Deus.
I Crônicas: Também chamado de “Paralipômenos”,
formavam uma só obra com os Livros de Neemias e de Esdras.
II Crônicas: Mostram o culto e a
fidelidade do povo de Israel à Aliança.
Esdras: É a continuação do Livro
das Crônicas. Supõe-se que o autor seja o mesmo. Conta a restauração religiosa
de Israel em 538 a.C, quando Ciro, rei da Pérsia, autorizou a volta dos judeus
para Jerusalém.
Neemias: Forma um só Livro com
Esdras. Assim que os judeus regressaram a Jerusalém, começaram a reconstrução
do Templo e do Muro de Jerusalém.
Tobias: Tobias é exemplo de um
israelita justo. É um Livro que mostra a fé e a piedade deste jovem (novela).
Judite: Mostra que a fé e a
confiança em Deus são mais forte que um exército armado. Judite é a jovem
israelita fiel a Lei. Ela defende seu povo, acreditando na bondade de Deus
(novela).
Ester: Forma uma unidade com o
Livro de Judite. Ambos têm a mesma finalidade. A rainha Ester era esposa de
Assuero, rei da Pérsia. E ela intercede e salva seu povo, os judeus
estabelecidos na Pérsia, onde eram duramente hostilizados.
I Macabeus: Abrange um período de 40
anos. Conta a lutas empreendidas pelos Macabeus contra os generais sírios, em
defesa de Jerusalém. “Macabeu” quer dizer “martelo”. Eram 5 irmãos, filhos do
sacerdote Matatias.
II Macabeus: Foi escrito
aproximadamente no ano 100 a.C. Mostra a crença na imortalidade da alma.
Os livros do Novo Testamento foram escritos entre os anos 50 e
110 d. C.
OS
EVANGELHOS (Livros Históricos)
Boa Nova ou
Boa Notícia
O Evangelho é um só. Quando
falamos em quatro Evangelhos, estamos nos referindo às quatro redações do mesmo
Evangelho, feita por quatro Evangelistas diferentes e datas diversas. É neste
sentido que podemos dizer Evangelho de São Mateus, São Marcos, São Lucas e São
João. Os três primeiros são mais semelhantes entre si. Narram quase sempre os
mesmos fatos. Por isso, são chamados SINÓTICOS.
Os Evangelistas não
pretendem escrever uma biografia de Jesus. Seu objetivo principal é provar que
em Jesus, cumpriram-se todas as profecias a respeito do Messias. Por isso, a
preocupação dos Evangelistas é mostrar a divindade de Jesus e a Sua missão
divina. O conteúdo principal da pregação de Jesus é o “Reino de Deus”.
MATEUS
(Ano 80-90)
Autor:
Mateus.
N° de Capítulos: 28.
Palavras
chave: Cumprimento e Reino.
Mateus: é representado pela figura
de um Homem, porque começou a escrever seu Evangelho dando a genealogia
de Jesus. Mateus é um nome hebraico que significa “dom de Deus”. Mateus era
cobrador de impostos em Cafarnaum, por isso se intitulava “Mateus o publicano”.
Era também chamado Levi. Foi convidado pessoalmente por Jesus para ser
discípulo. Quando foi chamado
por Jesus deixou
tudo e o
seguiu. Preparou um
grande banquete para
Cristo. O Evangelho de Mateus é dirigido aos judeus convertidos e quer
mostrar que Jesus de Nazaré é o herdeiro das promessas feitas por Deus a Davi.
Portanto, Jesus é o Messias anunciado pelos profetas.
Apenas 258 versículos
de Mateus são exclusivos, o resto é cópia. Usa palavras hebraicas e aramaicas
sem traduzi-las usa muitos números como símbolos: 7,5,3. Usa 70 citações do
Antigo Testamento. Narrações: milagres resumidos. Ensino: esticou. Para Mateus
Jesus é o novo Moisés. Jesus ressuscitado aparece na Galiléia, onde tudo
começou.
MARCOS (Ano 67-70)
Autor
: Marcos.
N° de Capítulos : 16.
Marcos: é
representado pela figura de um Leão, porque começou a narração de seu
Evangelho no deserto, onde mora a fera. Era também chamado de João Marcos.
Era filho de
Maria, uma mulher de
riquezas e posição de Jerusalém. Marcos era primo de Barnabé e discípulo de
Pedro. Redigiu o Evangelho a partir das pregações de Pedro. Põe em evidência os
milagres de Jesus, pois pretende mostrar a bondade do Senhor e a sua divindade.
Seu Evangelho se dirige aos cristãos vindos do paganismo (gregos e romanos).
Intérprete de Pedro,
por isso a Paixão e morte de Jesus foi contada nos mínimos detalhes. Escreveu
em grego e pensava em aramaico. Não elevava Pedro, pois era ele quem falava.
Podemos dizer que o Evangelho é de São Pedro. Pedro ouviu de Jesus, Marcos
ouviu de Pedro. Marcos Foi batizado por Pedro e é chamado de seu filho. Quando
Pedro morreu Marcos escreveu tudo. Escreveu em Roma para os romanos.
Mateus e Lucas
dependem de Marcos: sinóticos – óticos = visão; sin = junto.
LUCAS
(80-90)
Autor:
Lucas.
N° de Capítulos: 24.
Lucas: é representado pelo Touro,
porque começa o Evangelho falando do templo, onde eram imolados os bois. Lucas
nasceu em Antioquia da Síria, de família pagã. Converteu-se por volta do ano
40. Estudou Medicina. Não foi discípulo de Jesus, mas foi amigo íntimo e
companheiro de viagem de Paulo. Lucas escreveu o Evangelho como historiador.
Talvez pelo ano 67 d.C. Dirige seu Evangelho aos cristãos de origem pagã
(gregos e romanos). O objetivo de seus escritos é o fortalecimento na fé. É o
evangelista que mais fala do nascimento e da infância de Jesus. Dá destaque
especial a misericórdia de Deus. É o evangelho do Filho do Homem. Ressalta a
amável atitude de Cristo para com os pobres, humildes e marginalizados.
Lucas, “o médico amado” é também o
autor de Atos.
589 versículos são exclusivos dele.
Escreveu para uma igreja da Grécia, para os pagãos convertidos e grande parte
pobre, porque Ele dá grande importância à pobreza. Não cita mais João quando
Jesus nasce. No batismo de Jesus não fala de João Batista, mas ele está
presente. Todas as aparições de Jesus acontecem em Jerusalém – porque ali Jesus
morreu e ressuscitou.
JOÃO (Ano
90-100)
Autor:
João.
N° de Capítulos: 21..
João: é representado pela Águia, por causa do elevado
estilo de seu Evangelho, que fala da Divindade e do Mistério Altíssimo do Filho
de Deus. É filho de Zebedeu e Salomé. Era o irmão mais novo de Tiago. Era pescador do Mar da Galiléia, por onde
Jesus passou e o chamou para ser Apóstolo, juntamente com Tiago, seu irmão.
João era chamado o “discípulo amado”. Começou a seguir Jesus quando tinha 19
anos e foi testemunha de toda a missão do Senhor. Fala da “vida eterna” como
realidade já presente na terra, na Pessoa de Jesus. João escreve aos cristãos.
É considerado por muitos estudiosos como o livro mais profundo da Bíblia.
O Evangelho da Paixão de Jesus é o texto mais
importante. Usado toda sexta-feira santa, mesmo nos anos dos outros
evangelistas
ATOS (80-90)
Autor:
Lucas.
N° de Capítulos: 28.
O Livro dos Atos é uma continuação do
Evangelho de Lucas. O livro salienta a ação do Espírito Santo na vida da
Igreja. O tema principal é a história do desenvolvimento da igreja primitiva
desde a ascensão (subida aos céus) de Cristo até a prisão do apóstolo Paulo em Roma. O livro conta cerca
de 30 anos de história do começo da igreja cristã. Nele encontramos os princípios do trabalho
missionário e os padrões para a vida da igreja. Nos capítulos de 1 a 12 encontramos personagens
importantes como Pedro, Estevão, Filipe, Barnabé e Tiago. A partir do capítulo 13 o personagem
principal é Paulo.
Foi escrito entre os anos
70 a 80 d.C. Apresenta a experiência vivida pela Igreja primitiva, com aqueles
quatro pontos fundamentais para a vida da Igreja:
Querigma: é o primeiro anúncio do
Evangelho ou chamado à conversão.
Catequese: educação na fé ou
aprofundamento no conhecimento da Palavra de Deus.
Vida em Comunidade: experiências muito forte
onde partilhavam os bens, a oração era em comum e a participação na Eucaristia.
Missão: Missão Apostólica –
exercício do poder que os Apóstolos receberam de Jesus.
Livros didáticos: 21
EPÍSTOLAS ou CARTAS
CARTAS DE PAULO – 13 cartas
O
livro de Atos
dos Apóstolos conta
que, a igreja
cristã recebeu o
Espírito Santo e,
quando começou a
perseguição, ela se
espalhou. Saindo de
Jerusalém e pregando
o evangelho por
onde passava. Assim foram
surgindo igrejas novas.
Mas muito mais
igrejas surgiram depois,
durante as viagens
missionárias do apóstolo
Paulo. Junto com
alguns companheiros, ele
visitou várias cidades
e lá deixou
igrejas organizadas. Existiam
igrejas organizadas por
Paulo e igrejas
organizadas por outros
cristãos. O apóstolo
escreveu cartas para
várias delas para
ajudar a resolver problemas
que elas enfrentavam.
Mas as cartas
do apóstolo não falavam
só dos problemas.
Antes disso ele
ensinava sobre Deus
e sobre o
relacionamento dos cristãos
com ele. Algumas
cartas foram escritas
para uma igreja
só. Outras foram
escritas para várias
igrejas. Mas todas elas, como a bíblia toda, são muito importantes
para nós
hoje.
Grandes cartas: Romanos, I e II
Coríntios, Gálatas.
Cartas do cativeiro: Efésios,
Filipenses, Colossenses, Filêmon.
Cartas pastorais: I e II Timóteo e
Tito.
I e II TESSALONICENSES: Não é uma carta tão
doutrinária nem polêmica quanto as outras,
e sim uma
das mais pessoais. O seu conteúdo consiste de
lembranças pessoais e conselhos.
ROMANOS (Em
Corinto: inverno de 57-58)
Autor:
Paulo.
N° de Capítulos: 16.
É uma carta escrita aos cristãos
romanos. Fala das conseqüências do pecado e que o homem é salvo pela fé em
Jesus Cristo, por pura misericórdia de Deus. Está dividida em duas partes: a
primeira vai do capítulo 1 ao capítulo aos 11 e fala do plano de salvação; a
Segunda parte vai do capítulo 12 até o 16 e fala sobre os deveres cristãos.
Paulo estava ansioso para ensinar na igreja de Roma, que era muito conhecida,
por isso escreveu a carta para preparar o caminho para a sua visita. A carta foi escrita quando ele estava em
Corinto levantando uma oferta para os pobres da Palestina. De lá ele foi a
Jerusalém para entregar o dinheiro e depois ele queria viajar para Roma e
Espanha. Mas a prisão de Paulo em
Jerusalém mudou os seus planos. O tema
da carta é a justiça de Deus.
I CORÍNTIOS
(Em Éfeso, entre 55-57)
Autor:
Paulo.
N° de Capítulos: 16.
São Paulo escreveu de Éfeso aos cristãos da cidade de
Corinto, (cidade portuária e um rico centro comercial) para repreendê-los
quanto aos abusos e disputas que surgiram na comunidade. Prega a humildade,
inspirada na cruz de Jesus. Recomenda a caridade.
II
CORÍNTIOS (Na Macedônia, verão de 57)
Autor:
Paulo.
N° de Capítulos: 13.
Seis meses depois São Paulo escreve a
segunda carta. Havia pessoas na igreja de Corinto que queriam depreciar (tornar
sem valor) o ministério e a autoridade de Paulo. Nesta carta Paulo fala de seu
próprio ministério. Abre seu coração e
revelam seus motivos, sua paixão espiritual e seu profundo amor pela igreja.
Manifesta suas tribulações e esperanças.
GÁLATAS (Em
Éfeso, entre 55-57)
Autor:
Paulo.
N° de Capítulos: 06.
Esta carta foi escrita às igrejas da
Galáxia, que era uma região da Ásia para resolver problemas surgidos por
causa dos judeus convertidos, que quiseram impor sua lei judaica aos cristãos
vindos do paganismo.
EFÉSIOS (Em
Roma, entre 61-63)
Autor:
Paulo.
N° de Capítulos: 06.
Escreveu quando estava
preso em Roma. Recomenda unidade dos cristãos. Éfeso era uma cidade muito
importante, pois era um centro comercial, político e religioso estando ali o
templo de Diana. Em sua terceira viagem
missionária Paulo permaneceu na cidade por quase 3 anos e o evangelho de
espalhou por toda província romana da Ásia. Depois de Paulo, Timóteo liderou a
igreja por algum tempo e, mais tarde, o apóstolo João. O tema principal desta
carta é a unidade da igreja, principalmente entre judeus e gentios, pois havia
judeus convertidos que queriam ficar separados de seus irmãos gentios.
FILIPENSES
(entre 55-57)
Autor:
Paulo.
N° de Capítulos: 04.
Esta
carta provavelmente tenha sido
escrita por Paulo
quando se encontrava
peso em
Roma. Filipos era
a capital da
Macedônia. A igreja de
Filipos foi fundada
por Paulo em
sua segunda viagem
missionária. Era uma
igreja agradecida e
bondosa. No começo eram
apenas umas poucas
mulheres que se
reuniam perto do
rio. Lídia, uma
vendedora de púrpura,
foi a primeira
convertida, mas logo
se uniram a
ela o carcereiro
de Filipos e
sua família. Nesta carta
Paulo mostra seu
amor espiritual pela
igreja com muito
carinho e gratidão.
Mostra que tem
muito interesse que
a igreja esteja firme
na verdadeira doutrina.
COLOSSENSES
(Em Roma, entre 61-63)
Autor
: Paulo.
N° de Capítulos : 04.
Esta
carta provavelmente tenha sido
escrita por Paulo
quando se encontrava
preso em
Roma. Colossos era
uma cidade da
Ásia e ficava
a 160Km de
Éfeso. É uma mensagem
de boa vontade
para animar e
ensinar os crentes. Esta
carta se parece
com a de
Efésios. Em
Efésios Paulo enfatiza
a igreja como o
corpo de Cristo,
enquanto em Colossenses
ele ressalta a Cristo
como o cabeça
da igreja. Nesta carta
Paulo também repete
o aviso que
ele fez em 1° Coríntios contra
a confiança na
sabedoria mundana.
I TESSALONICENSES (Em Corinto, ano 51)
Autor
: Paulo.
N° de Capítulos : 05.
Acredita-se que
esta tenha sido a primeira
carta escrita por
Paulo. A igreja
de Tessalônica foi
fundada por Paulo
em sua segunda
viagem missionária. Ali
ele encontrou muita
gente contra o
seu trabalho, mas
teve sucesso e
ganhou alguns judeus
e muitos gregos
para Cristo, o que lhe
permitiu criar ali
uma igreja fiel. Paulo
escreveu esta carta
após a volta
de Timóteo que
havia sido enviado
para animar e
fortalecer a igreja. Não
é uma carta
tão doutrinária nem
polêmica quanto as
outras, e sim
uma das mais
pessoais. O seu conteúdo
consiste de lembranças
pessoais e conselhos.
II TESSALONICENSES (Em Corinto, ano 51)
Autor : Paulo.
N° de Capítulos : 03.
Esta
carta foi provavelmente
escrita em Corinto
pouco depois da
primeira carta. O tema
central da carta
é a segunda
vinda de Cristo.
Quando receberam a
primeira carta alguns
cristãos entenderam que Paulo
estava ensinando que
a vinda de
Cristo estava próxima
e eles ficaram muitos
preocupados e assustados;
por isso Paulo
escreve esta Segunda
carta para esclarecer
sobre este assunto.
I TIMÓTEO (Na Macedônia ano 66)
Autor
: Paulo.
N° de Capítulos : 06.
Timóteo era
filho de pai
grego e de
mãe judia que se chamava
Eunice. Quando recebeu
a carta ele estava em
Éfeso cuidando do
trabalho na província
da Ásia. O tema
principal deste livro
são os conselhos
e as palavras
de ânimo para
o jovem evangelista
Timóteo sobre o
seu comportamento pessoal
e seu trabalho
como pastor. Timóteo é seu
discípulo e companheiro de viagem.
II TIMÓTEO (Em Roma, ano 67)
Autor
: Paulo.
N° de Capítulos : 04.
Paulo
esteve duas vezes
preso em Roma
e na segunda
escreveu esta carta.
Suas prisões foram
motivadas pela perseguição
ordenada por Nero.
Antes ele havia
tido alguma liberdade
e vivia numa
casa alugada. Nesta
época ele podia
encontra-se com seus
amigos, mas agora
estava isolado. Muitos
companheiros o haviam
abandonado e ele
pensava que em breve
seria executado. Encontrava-se
triste e só
e desejava ver
seu amado amigo
e companheiro Timóteo,
a quem chamava
de seu “ verdadeiro
filho na fé”. Dá
normas de vida para homens, mulheres, diáconos e Bispos. Fala também como
devemos tratar as viúvas, os anciãos e os escravos.
TITO (Na Macedônia ano 66)
Autor
: Paulo.
N° de Capítulos : 03.
Tito é um grego, colaborador de Paulo.
Era mensageiro da
igreja de Corinto, bastante confiável
e dedicado. Foi
companheiro de Paulo
e Barnabé numa
viagem a Jerusalém.
Paulo o deixou
em Creta como
supervisor das igrejas.
Esteve em Roma
para visitar Paulo
na prisão. Possuía
melhor saúde e
mais maturidade que
Timóteo. Nesta carta orienta a respeito de como organizar as comunidades
cristãs na ilha de Creta.
FILEMOM (Em
Roma, entre 61-63))
Autor:
Paulo.
N° de Capítulos: 01.
É
uma carta particular
escrita por Paulo
em Roma e
enviada para Filemom
que estava em
Colossos. Filemom era membro
da igreja de
Colossos, a qual
parece que se
reunia em sua
casa. Onésimo era um
escravo que havia
fugido de Filemom, teria roubado
algum dinheiro de
seu amo e
fugido para Roma
onde converteu-se. Paulo
escreveu esta carta
pedindo a Filemom
para perdoar a
Onésimo e voltar
a confiar nele.
HEBREUS:
homilia de autor desconhecido
N° de Capítulos : 13.
Talvez esta carta não tenha
sido escrita por Paulo. As idéias são suas, mas o estilo é bem diferente. É
dirigida aos judeus que receberam o batismo e sofrem por deixar o templo e a
sinagoga. Eles haviam se
convertido e corriam
o perigo constante
de voltar ao
judaísmo ou então
de continuar a
dando muito valor
as leis do A.
T.
7
cartas católicas: endereçadas a todos os cristãos e não apenas a uma
comunidade: (católica
significa “universal”)
TIAGO (Ano
60)
Autor
: Tiago.
N° de Capítulos : 05.
Existem no
Novo Testamento três
personagens chamados Tiago, mas
acredita-se o autor
desta carta seja o
Tiago Menor, filho de Alfeu. Foi bispo de Jerusalém. A carta tem a
espiritualidade do Sermão da Montanha. Traz conselhos para a vida moral.
Recomenda a prática da caridade, da justiça e da piedade.
I PEDRO
(Ano 61-63)
Autor:
Pedro.
N° de Capítulos: 05.Palavra chave: sofrimento.
Quando Pedro escreveu esta carta não
era o Simão Pedro do começo, impulsivo e cheio de fraquezas, mas havia se
transformado, pois durante anos passou por sofrimentos e provações. A carta foi escrita durante a última parte de
sua vida provavelmente em
Roma. A carta foi escrita a todos os cristãos da Ásia Menor,
tanto judeu como gentios. Pedro enviou
esta mensagem espiritual de ânimo, instrução e advertência, especialmente às
igrejas fundadas por Paulo. O tema central é a vitória sobre o sofrimento como
foi mostrada na vida de Cristo e viver vida santa num mundo ímpio (sem
fé).
II PEDRO
(Ano 110)
Autor:
desconhecido
N° de Capítulos: 03.
É uma carta de aviso contra os falsos
mestres e zombadores. Pedro dá grande
ênfase à Palavra de Deus e a certeza do cumprimento das promessas de Deus. Nesta carta Pedro diz haverá tempos difíceis
para a igreja e também fala que a sua morte estava próxima.
I JOÃO (Ano 90-100)
Autor :
João.
N° de Capítulos : 05.
Esta
carta foi escrita
provavelmente em Éfeso.
Não foi escrita
para nenhuma igreja
em especial, mas para a igreja
em geral, pois
não tem saudações
nem despedidas, nem
fala o nome
de nenhuma pessoa.
Esta carta fala
do privilégio do
conhecimento espiritual do cristão,
do companheirismo e
do amor entre
irmãos (amor fraternal). João
chama os crentes
carinhosamente de “ Meus
filhinhos ” e “ amados ”.
O tema central
é Deus é
vida, luz e
amor. João fala as
5 razões porque
ele escreveu a
carta : Para aumentar
a alegria dos
crentes, para guardá-los do
pecado, para avisá-los
contra os falsos
mestres, para fortalecer
a sua fé
e para lhes a
dar garantia da
vida eterna.
II JOÃO (Ano 90-100)
Autor :
João.
N° de Capítulos : 01.
Esta
carta foi escolhida
para uma senhora
que vivia em
Éfeso e seus filhos.
As palavras mais
destacadas são Amor e verdade. A carta
foi escrita para
avisar contra a
heresia ( falso ensino ) e
contra a associação
com os falsos
mestres. O principal
ensino dela é
andar nos mandamentos
de Cristo. Menor
livro da Bíblia. Contem apenas 13 versículos.
III JOÃO (Ano 90-100)
Autor
: João.
N° de Capítulos : 01.
A carta foi escrita
para Gaio. O Pensamento
chave é a
hospitalidade cristã. O
assunto centraliza-se em
4 personagens :
Gaio
- Era digno de
carinho, cristão praticante, andava na verdade e era hospitaleiro.
Diótrefes
– Era um
líder da igreja,
mas era egocêntrico
e fanático.
Demétrio
- Era
um cristão modelo, de excelente reputação (fama).
Alguns evangelistas
cristãos - Eram
obreiros itinerantes ( que
viajavam) que faziam
um serviço gratuito
por amor a
Cristo.
JUDAS (Ano
90-100)
Autor:
Judas.
N° de Capítulos: 01.
Possivelmente o autor é Judas, irmão
de Jesus. Os irmãos de Jesus não creram
nele no começo, mas depois da ressurreição se converteram em seguidores
dele. Judas escreve para alertar contra
os falsos mestres e contra as heresias (falsos ensinos) que estavam pondo em
perigo a fé dos cristãos.
APOCALIPSE
Revelação
por Deus ou Anjo através de sonhos e êxtases. Livro profético. Leitura da
realidade. Encontramos coisas do passado, do presente e do futuro.
Autor:
João.
N° de Capítulos: 22.
Significa “revelação”
Trata-se de um Livro profético. Foi escrita às Sete Igrejas (Éfeso, Esmirna,
Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia) da Ásia Menor, por volta do
ano 100 d.C, por São João Evangelista, quando estava exilado na ilha de Patmos.
Naquela época tais Igrejas passavam por dura provação – perseguição religiosa.
Muitos cristãos sentiam-se desanimados e até desesperados. É para esses
cristãos que João escreve o Apocalipse. Trata-se de uma mensagem sobrenatural,
transmitida de maneira misteriosa e simbólica, por causa do clima de
perseguição.
É
a mensagem que
vem de Jesus.
A igreja cristã
já havia experimentado
perseguição antes, mas
nos dias em que João escreveu
o Apocalipse, a
situação estava muito
pior. O próprio
João estava no
exílio, por causa
da palavra de
Deus e do
testemunho de Jesus.
Naqueles dias era
muito perigoso ser
cristão. Por isso o Apocalipse
foi escrito em
linguagem simbólica. A intenção foi ensinar com símbolos o que
a igreja precisava
saber naquele momento
difícil. As sete igrejas que receberam cartas
de Jesus mostram
bem a situação
dos cristãos. Havia coisa boa, como a
dedicação ao trabalho
do Senhor, amor,
fé, perseverança e
fidelidade, mas havia
também pecados escondidos,
idolatria e hipocrisia,
além da indiferença
espiritual. A mensagem é que
os cristãos devem
deixar a desobediência
e resistir à
perseguição, porque Jesus
já derrotou o
inimigo e essa
vitória é nossa.
Por isso devemos ser fiéis. Esta carta foi escrita por João, quando ele
se encontrava na
ilha de Patmos,
para onde foi
enviado por causa
da palavra de Deus. O livro está repleto de símbolos e expressões dos
escritos dos profetas
Isaías, Ezequiel, Daniel e
Zacarias.O número dominante
é o sete :
aparecem sete candeeiros,
igrejas, selos, anjos,
trombetas, tronos, taças,
espíritos e estrelas.
Apocalipse quer dizer revelação. É uma série de visões sobre
acontecimentos na história religiosa.
Fala de um grande conflito (luta )
entre Deus e
Satanás, terminando com
a vitória do
cordeiro ( Jesus ). O livro do Apocalipse foi escrito num período em que
os cristãos estavam sendo
ameaçados por Roma
para renunciarem (desistir )
à sua
fé e aceitarem
culto ao imperador.
Esta é uma revelação de Jesus Cristo e Ele é
o centro de
todo o livro.
O retorno de Cristo à terra é descrito no
capítulo 19. No capítulo 20 é apresentado o seu reinado
milenar. Os novos céus e a nova
terra são descritos nos capítulos 20
e 21.
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