quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

O que são Dogmas?

            Dogmas são verdades que Deus revelou, e que a Igreja confirma como reveladas, obrigando-nos a crer nelas, porque Deus não erra, nem nos engana.
            A Igreja não cria dogmas, ela confirma a existência de dogmas, em decisão solene, infalível, assistida, de modo especial, pelo Espírito Santo. A confirmação de uma verdade como dogma pela Igreja, é, portanto, também, uma ação de Deus.
            Existem nas Sagradas Escrituras os dogmas formais e explícitos, que são aqueles dogmas que estão expressamente definidos nas Escrituras.
            E existem os dogmas implícitos que não estão plenamente definidos, pois alguma parte de sua definição ainda não é completamente inteligível ao entendimento humano.
            Os dogmas implícitos requerem alguma elaboração filosófica por parte da Igreja, sob a assistência do Espírito Santo. Em ambos os casos são verdades reveladas por Deus, confirmadas pela Igreja, como eternas e imutáveis.

            A verdade bíblica não deve ser buscada em apenas um versículo, parágrafo ou capítulo da Bíblia. Deve ser buscada na sua totalidade. Porque Deus não se revela de uma só vez. Mas o faz aos poucos, à proporção que o homem pode compreender. Houve um progresso na revelação e Na pedagogia divina. Por isso a moral do A.T. é imperfeita em comparação com a moral evangélica. O mistério de Deus vai se esclarecendo pouco a pouco. A Abraão Deus se revela como um entre muitos deuses. A Moisés, como o único Deus. Somente Jesus nos revela o mistério profundo de Deus Uno e Trino.

            No Evangelho de São Marcos encontramos: "Depois lhes disse: 'Ide pelo mundo e pregai a boa nova a toda criação. O que crer e for batizado se salvará; o que não crer, será condenado.'" (Mc 16,15-16). "A fé é garantia do que se espera; a prova das realidades que não se vêem. Foi ela que valeu aos nossos ancestrais." (Hb 11,1-2).
            Os Santos Padres afirmaram a obrigação de crer integramente na doutrina ensinada por Jesus Cristo aos Apóstolos. Quando o texto das escrituras estiver definido pela Igreja como contendo um dogma revelado, com sentido preciso e determinado, é um dever estrito para os exegetas católicos aceitá-lo. Um bom caminho para se conhecer os dogmas da Igreja, é estudar os documentos dos concílios ecumênicos.

Os dogmas marianos
São as verdades de fé sobre Maria, sendo quatro estas verdades.
a) Maternidade divina: Mãe de Deus: Foi definido em 431 d.C., no Concílio de Éfeso. Reconhecer Maria como Mãe de Deus significa, crer que Jesus, Filho de Maria segundo a geração humana, é Filho de Deus e Deus Ele próprio. Significa não genitora da divindade, mas genitora do Verbo encarnado.
b) Virgindade Perpétua: Maria é virgem antes, durante e depois do parto. Dizemos que Maria é virgem antes do parto baseados nos relatos de Mt 1, 18-25 e Lc 1, 34-35, ou seja, concebida pelo poder do Espírito Santo; também é virgem durante o parto, isto definido no Concílio Lateranense em 649 d.C. Significa dizer que Jesus nasceu de modo milagroso, sem abrir o seio materno; e Maria é virgem depois do parto, não tendo, portanto, contato sexual com José e claro, não teve mais filhos.
c) Imaculada Conceição: Proclamado pelo Papa Pio IX à 8.12.1854, por meio da bula Ineffabilis Deus, afirma a imunidade de Maria do pecado original, aquele cometido por Eva. A pessoa de Maria é, desde o momento de sua existência pessoal, por graça de Deus Pai, preservada do pecado original. A humanidade, caída em desgraça pelo sim de Eva ao mal, é redimida pelo sim de Maria ao Espírito Santo do Senhor.
d) Assunção: Este dogma, proclamado em 01 de novembro de 1950, pelo Papa Pio XII, por meio da Constituição Apostólica Munificentissimus Deus, afirma a glorificação corporal de Maria. Maria é assunta em corpo e alma à glória celeste, por vontade de Deus Pai e Jesus Cristo, Deus Filho, no Espírito Santo. Assunção é diferente de Ascensão. Maria é assunta, ou seja, precisou de Deus para elevá-la ao céu; Jesus ascendeu ao céu, ou seja, foi por vontade própria.

Maria Santíssima - Concebida sem pecado: Gn 3,15; Lc 1,28. Mãe de Deus: Is 9,6; Mt 1,23; Lc 1,32.35.43; 2,11; Gl 4,4. Permaneceu sempre virgem: (tipificado em) Ez 44,2; Lc 1,34. Possibilidade da assunção aos céus, como Enoque e Elias: Gn 5,24; Hb 11,5; 2Rs 2,1-13. Prevista no AT: Is 7,14; Mq 5,2-3. Responsável pelo 1º milagre de Jesus: Jo 2,1-12. Virgem: Is 7,14; Mt 1,18-25; Lc 1,27.34.

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