Dogmas
são verdades que Deus revelou, e que a Igreja confirma como reveladas,
obrigando-nos a crer nelas, porque Deus não erra, nem nos engana.
A Igreja não cria dogmas, ela
confirma a existência de dogmas, em decisão solene, infalível, assistida, de
modo especial, pelo Espírito Santo. A confirmação de uma verdade como dogma
pela Igreja, é, portanto, também, uma ação de Deus.
Existem nas Sagradas Escrituras os dogmas
formais e explícitos, que são aqueles dogmas que estão expressamente definidos
nas Escrituras.
E existem os dogmas implícitos
que não estão plenamente definidos, pois alguma parte de sua definição ainda
não é completamente inteligível ao entendimento humano.
Os dogmas implícitos requerem alguma
elaboração filosófica por parte da Igreja, sob a assistência do Espírito Santo.
Em ambos os casos são verdades reveladas por Deus, confirmadas pela Igreja,
como eternas e imutáveis.
A
verdade bíblica não deve ser buscada em apenas um versículo, parágrafo ou
capítulo da Bíblia. Deve ser buscada na sua totalidade. Porque Deus não se
revela de uma só vez. Mas o faz aos poucos, à proporção que o homem pode
compreender. Houve um progresso na revelação e Na pedagogia divina. Por
isso a moral do A.T. é imperfeita em comparação com a moral evangélica. O
mistério de Deus vai se esclarecendo pouco a pouco. A Abraão Deus se
revela como um entre muitos deuses. A Moisés, como o único Deus. Somente
Jesus nos revela o mistério profundo de Deus Uno e Trino.
No
Evangelho de São Marcos encontramos: "Depois lhes disse: 'Ide pelo mundo e
pregai a boa nova a toda criação. O que crer e for batizado se salvará; o que
não crer, será condenado.'" (Mc 16,15-16). "A fé é garantia do que se
espera; a prova das realidades que não se vêem. Foi ela que valeu aos nossos
ancestrais." (Hb 11,1-2).
Os
Santos Padres afirmaram a obrigação de crer integramente na doutrina ensinada
por Jesus Cristo aos Apóstolos. Quando o texto das escrituras estiver
definido pela Igreja como contendo um dogma
revelado, com sentido preciso e
determinado, é um dever estrito para os exegetas católicos aceitá-lo. Um bom caminho para se conhecer os dogmas da
Igreja, é estudar os documentos dos concílios ecumênicos.
Os dogmas
marianos
São
as verdades de fé sobre Maria, sendo quatro estas verdades.
a) Maternidade divina:
Mãe de Deus: Foi definido em 431 d.C., no Concílio de Éfeso. Reconhecer
Maria como Mãe de Deus significa, crer que Jesus, Filho de Maria segundo a
geração humana, é Filho de Deus e Deus Ele próprio. Significa não genitora da
divindade, mas genitora do Verbo encarnado.
b) Virgindade Perpétua: Maria é virgem
antes, durante e depois do parto. Dizemos que Maria é virgem antes do parto
baseados nos relatos de Mt 1, 18-25 e Lc 1, 34-35, ou seja, concebida pelo
poder do Espírito Santo; também é virgem durante o parto, isto definido no
Concílio Lateranense em 649 d.C. Significa dizer que Jesus nasceu de modo
milagroso, sem abrir o seio materno; e Maria é virgem depois do parto, não
tendo, portanto, contato sexual com José e claro, não teve mais filhos.
c) Imaculada Conceição: Proclamado pelo Papa
Pio IX à 8.12.1854, por meio da bula Ineffabilis Deus, afirma a imunidade de
Maria do pecado original, aquele cometido por Eva. A pessoa de Maria é,
desde o momento de sua existência pessoal, por graça de Deus Pai, preservada do
pecado original. A humanidade, caída em desgraça pelo sim de Eva ao mal, é
redimida pelo sim de Maria ao Espírito Santo do Senhor.
d) Assunção: Este dogma, proclamado em 01 de novembro de 1950, pelo
Papa Pio XII, por meio da Constituição Apostólica Munificentissimus Deus, afirma
a glorificação corporal de Maria. Maria é assunta em corpo e alma à glória
celeste, por vontade de Deus Pai e Jesus Cristo, Deus Filho, no Espírito Santo.
Assunção é diferente de Ascensão. Maria é assunta, ou seja, precisou de Deus
para elevá-la ao céu; Jesus ascendeu ao céu, ou seja, foi por vontade própria.
Maria Santíssima - Concebida sem pecado:
Gn 3,15; Lc 1,28. Mãe de Deus: Is 9,6; Mt 1,23; Lc 1,32.35.43; 2,11; Gl 4,4.
Permaneceu sempre virgem: (tipificado em) Ez 44,2; Lc 1,34. Possibilidade da
assunção aos céus, como Enoque e Elias: Gn 5,24; Hb 11,5; 2Rs 2,1-13. Prevista
no AT: Is 7,14; Mq 5,2-3. Responsável pelo 1º milagre de Jesus: Jo 2,1-12.
Virgem: Is 7,14; Mt 1,18-25; Lc 1,27.34.
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