Lembra-nos os sofrimentos de Jesus
DOMINGO DE RAMOS:
Domingo
de Ramos abre por excelência a Semana Santa. Relembramos e celebramos a entrada
triunfal de Jesus Cristo em Jerusalém, poucos dias antes de sofrer a Paixão,
morte e ressurreição. Este domingo é chamado assim, porque o povo cortou ramos
de árvores, ramagens e folhas de palmeiras para cobrir o chão onde Jesus
passava montado num jumento. Com folhas de palmeiras nas mãos, o povo o aclamava
"Rei dos Judeus", "Hosana ao Filho de Davi", "Salve o
Messias"... (O povo o aclama
cheio de alegria e esperança, pois Jesus como o profeta de Nazaré da Galiléia,
o Messias, o Libertador, certamente para eles iria libertá-los da escravidão
política e econômica imposta cruelmente pelos romanos naquela época e,
religiosa que massacrava a todos com rigores excessivos e absurdos) E
assim, Jesus entra triunfante em Jerusalém despertando nos sacerdotes e mestres
da lei, muita inveja, desconfiança, medo de perder o poder. Começa então uma
trama para condenar Jesus à morte e morte de cruz.
A
cor litúrgica é a vermelha (simboliza o fogo, o sangue e o martírio).
Catequista: do domingo de ramos até a
morte de Jesus: 6 meses segundo João.
SEGUNDA, TERÇA E QUARTA:
Não temos celebrações especiais. A
liturgia continua a refletir o mistério da Paixão de Jesus.
QUINTA-FEIRA SANTA:
Na
parte da manhã celebra-se a missa dos Santos Óleos. Esta missa é
celebrada na catedral. O Bispo junto com todos os padres da diocese consagra os
óleos que servirão durante o ano todo para a celebração dos sacramentos.
Nesta
celebração os sacerdotes renovam as promessas sacerdotais.
A
cor litúrgica é a branca (simboliza ressurreição).
Óleo
do Crisma - Uma mistura de óleo e bálsamo, significando plenitude do
Espírito Santo, revelando que o cristão deve irradiar "o bom perfume de
Cristo". É usado no sacramento da Confirmação (Crisma) quando o cristão é
confirmado na graça e no dom do Espírito Santo, para viver como adulto na fé.
Este óleo é usado também no sacramento do sacerdócio, para ungir os
"escolhidos" que irão trabalhar no anúncio da Palavra de Deus,
conduzindo o povo e santificando-o no ministério dos sacramentos.
Óleo
dos Catecúmenos - Catecúmenos são os que se preparam para
receber o Batismo, sejam adultos ou crianças, antes do rito da água. Este óleo
significa a libertação do mal, a força de Deus que penetra no catecúmeno, o
liberta e prepara para o nascimento pela água e pelo Espírito.
Óleo
dos Enfermos - É usado no sacramento dos enfermos. Este
óleo significa a força do Espírito de Deus para a provação da doença, para o
fortalecimento da pessoa para enfrentar a dor e, inclusive a morte, se for
vontade de Deus.
COM A MISSA DA CEIA DO SENHOR, celebrada na
tarde ou noite da quinta-feira santa, a Igreja dá início ao chamado TRÍDUO
PASCAL: celebrações em três etapas (não temos a bênção final na quinta e
na sexta) que prepara o ponto máximo da Páscoa. Comemoramos a ÚLTIMA
CEIA:
1 – Instituição da Sagrada
Eucaristia, onde Jesus, na noite em que foi traído, ofereceu a Deus-Pai o seu
Corpo e Sangue sob as espécies do Pão e do Vinho, e os entregou para os
Apóstolos para que os tomassem, mandando-lhes também oferecer aos seus sucessores
(Jesus Cristo, perfeito Deus e
perfeito Homem, não nos deixa um símbolo, mas a própria realidade: fica Ele
mesmo. Irá para o Pai, mas permanecerá com os homens. Não nos deixará um
simples presente que nos lembre a sua memória. Sob as espécies do pão e do
vinho encontra-se o próprio Cristo, realmente presente com seu Corpo, Sangue,
Alma e Divindade).
2 – Instituição do Sacerdócio – “Fazei isto em
memória de mim”. Com essas palavras o Senhor instituiu o sacerdócio católico e
deu-lhes poder para celebrar a Eucaristia.
3 - Durante a missa ocorre a
cerimônia do Lava-Pés que lembra o
gesto de Jesus na Última Ceia, quando lavou os pés dos seus apóstolos. É um
gesto de humildade e de santidade, um exemplo para os discípulos e para a toda
a Igreja. “Eu vim para servir”.
TRANSLADAÇÃO
DO SANTÍSSIMO: O rito atual é simples. Após a oração depois da comunhão, o Santíssimo é
transladado solenemente em procissão para uma capela lateral ou para um dos
altares laterais da igreja, devidamente preparada para receber o santíssimo.
DESNUDAÇÃO
DO ALTAR: A desnudação do
altar hoje é um rito prático, com a finalidade de tirar da igreja todas as
manifestações de alegria e de festa, como manifestação de um grande e
respeitoso silêncio pela Paixão e Morte de Jesus. O sacerdote, ajudado por dois
ministros, remove as toalhas e os demais ornamentos e enfeites dos altares que
ficam assim desnudados até a Vigília Pascal. O significado é o silêncio
respeitoso da Igreja que faz memória de Jesus que sofre a Paixão e sua morte de
Jesus, por isso, despoja-se de tudo o que possa manifestar festa.
SEXTA-FEIRA SANTA:
Paixão do Senhor: Não se celebra
Missa neste dia e sim uma ação litúrgica, Às 15 horas, horário em que
Jesus foi morto, na qual se faz memória da Paixão e morte de Jesus,
em três (quatro) momentos: Liturgia da Palavra; sermão das 7 palavras
(facultativo); adoração da cruz. A cruz é o enfoque principal desta
celebração (Não adoramos a cruz como um objeto de madeira, mas adoramos o
Cristo pregado na cruz); e Comunhão eucarística.
Depois deste momento não há mais
comunhão eucarística até que seja realizada a celebração da Páscoa, no Sábado
Santo.
Sermão das Sete
Palavras, na verdade são sete frases: 1. Pai, perdoa-lhes porque não
sabem o que fazem. (Lc 23,34 a); 2. Hoje estarás comigo no
paraíso. (Lc 23,43); 3. Mulher eis aí o teu filho, filho eis aí a
tua mãe. (Jo 19,26-27); 4. Meu Deus, Meu Deus, porque me
abandonastes?! (Mc 15,34); 5. Tenho sede. (Jo 19,28 b); 6.
Tudo está consumado. (Jo 19,30 a); 7. Pai, em tuas mãos,
entrego o meu espírito. (Lc 23,46 b).
Na sexta geralmente é
feita uma procissão ou ainda a Via Sacra, que seria a
repetição das 14 passagens das principais cenas da Paixão de Cristo. Cor
litúrgica: vermelha.
Via = Lugar por onde se vai, caminho - Sacra =
Sagrada
Estações: Pausa ou Paragem,
num lugar ou no caminho.
I Estação – Jesus é condenado à morte
II Estação – Jesus carrega a cruz
III Estação – Jesus cai pela 1ª vez
IV Estação – Jesus encontra sua mãe no caminho do
Calvário
V Estação – Simão de Cirene ajuda
Jesus a carregar a cruz
VI Estação – Verônica enxuga o rosto de Jesus
VII Estação – Jesus cai pela 2ª vez
VIII Estação – Jesus encontra as mulheres e as
consola
IX Estação – Jesus cai por terra pela 3ª vez
X Estação – Jesus é despido de suas vestes
XI Estação – Jesus é pregado na cruz
XII Estação – Jesus morre na cruz
XIII Estação – Jesus é descido da cruz
XIV Estação – Jesus é sepultado
XV – Estação – Jesus Ressuscita
SÁBADO SANTO:
Durante
o Sábado santo a Igreja permanece junto ao sepulcro do Senhor, meditando sua
paixão e sua morte, sua descida à mansão dos mortos e esperando na oração e no
jejum sua ressurreição. É dia do silêncio em que a comunidade cristã vela junto
ao sepulcro. O altar está despojado. O sacrário aberto e vazio. O Sábado é o
dia em que experimentamos o vazio. É um dia de meditação e silêncio. Mas não é um dia
vazio em que "não acontece nada". Nem uma duplicação da Sexta-feira.
A grande lição é esta: Cristo está no sepulcro, desceu à mansão dos mortos, ao
mais profundo em que pode ir uma pessoa. E junto a Ele, como sua Mãe Maria,
está a Igreja, a esposa. Calada, como ele.
VIGÍLIA
PASCAL: chegada à
noite, entramos no coração de nossas celebrações da semana santa. É a hora da
vigília pascal. É uma Vigília em honra ao Senhor. Nela celebramos em
memória da noite santa em que Cristo ressuscitou. É celebrada em 4
momentos: liturgia da luz (benção do fogo: A bênção do fogo é fora da igreja, entre a
escuridão, para simbolizar que Cristo que ressuscita dos mortos dissipa as
trevas do pecado e da morte); liturgia da Palavra (história do
povo de Israel); liturgia da água (renovação das promessas do batismo: Fomos batizados quando
crianças, de um modo inconsciente. Agora podemos atualizar exigências de nosso
batismo) e liturgia Eucarística (comunhão).
PÁSCOA:
PÁSCOA: Começa com a
ceia do Senhor na quinta-feira santa. Neste dia é celebrada a Instituição da Eucaristia e do sacerdote. Na sexta-feira celebra-se a
paixão e morte de Jesus. No sábado acontece a solene Vigília Pascal.
Forma-se então o Tríduo Pascal que prepara o ponto máximo da páscoa: o Domingo
da Ressurreição. A Festa da Páscoa não se restringe ao Domingo da Ressurreição.
Ela se estende até a Festa de Pentecostes. Cor litúrgica: branca.
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