quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

OS SACRAMENTOS, PRESENÇA DE CRISTO EM NÓS!


JESUS CRISTO, O SACRAMENTO DO AMOR DIVINO.
A nossa comunidade tem muitos sinais de vida. Nós precisamos de sinais para nos comunicar: Abraço, aperto de mão, sorriso. (Usar os sinais com os catequizandos). Vocês estão vendo? Nós podemos fazer muitos sinais. E todo sinal fala de alguma coisa.
Por exemplo, “fumaça” é sinal de fogo. “O sinal da cruz” é sinal do cristão.
Nossa vida é cheia de sinais. Tudo o que ajuda as pessoas a serem mais unidas, mais felizes, o que constrói, é sinal de vida. E tudo o que divide, que prejudica as pessoas, atrapalha a vida, é sinal de morte.
            Quem lembra como viviam os primeiros cristãos? Viviam unidos, eram corajosos e cativavam a simpatia do povo. O amor vivido entre eles é que os diferenciava. Era o sinal de que eram cristãos. E as pessoas que viam o jeito de viver dos cristãos diziam: “Vejam como eles se amam”. E muita gente queria fazer parte daquela comunidade.
            E nossa comunidade, nós cristãos, estamos sendo sinal para os outros? Sinal de que?
            O maior sinal de vida
            Jesus Cristo, o primeiro e o perfeito sinal de Deus entre nós.
            Deus não se contentou em enviar profetas: quis ele mesmo vir ao encontro da humanidade, na pessoa de Jesus, a fim de ensina-la a amar, a viver, a saborear a amizade e o amor do Pai.
            Deus se fez visível na pessoa de Jesus Cristo, sinal verdadeiro de encontro de Deus com o homem. Cristo é a imagem de Deus invisível. “Aquele que me viu, viu o Pai” Jo 14,9.

            Ler 1João 4, 7-10
            Deus é amor. Nós somos capazes de amar porque Deus colocou seu amor em nós. Ele nos amou primeiro. Ele vem ao nosso encontro na pessoa de seu Filho, Jesus Cristo. Jesus é Deus em forma humana, vivendo entre nós para nos unir, nos ensinar a viver e agir como filhos de Deus Pai, como irmãos uns dos outros.
            É por meio de Jesus Cristo que nós nos comunicamos e entramos em comunhão com Deus Pai. Ele mesmo diz: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”. Cristo é nossa ponte de união.
            Assim como Jesus Cristo é sinal de Deus, do mesmo modo a Igreja é sinal de Cristo presente hoje no mundo. A Igreja é sacramento de Cristo. Ele se entregou por ela, deu a vida (Efésios 5,25)
Pertencer a Igreja é pertencer a Cristo.
Ela realiza em nome dEle gestos de salvação.
            Chamamos a estes gestos de SACRAMENTOS.

SACRAMENTOS: SINAIS DA VIDA CRISTÃ
O QUE SÃO SACRAMENTOS?
São sinais visíveis da presença de Deus.
São gestos de salvação.
São sinais que nos levam até Deus e traz Deus até nós.
São sinais comunicadores da graça divina.
Sinais de vida nova, de amor e união.
São o próprio Deus presente nesses sinais.

            Jesus redimiu o mundo com a Sua Morte e Ressurreição e instituiu a Santa Igreja para levar a salvação por Ele conquistada. Jesus deu a seus apóstolos, hoje os nossos Bispos, a missão de levar a salvação a toda a humanidade, pela pregação do Evangelho e a celebração dos sacramentos.
           
Por isso o CIC diz que a Igreja é “Sacramento Universal da Salvação”.
            A IGREJA É A PORTADORA E ADMINISTRADORA DA SALVAÇÃO através dos sete Sacramentos que ela ministra em nome de Jesus. A Igreja é o braço estendido de Cristo. Quando a Igreja nos batiza, é Cristo mesmo que nos batiza; quando a Igreja nos perdoa pela confissão, é Cristo mesmo que nos perdoa.
            Pelos Sacramentos, Cristo toca o cristão não apenas de maneira psicológica ou afetiva, mas de forma concreta. Em cada celebração, Jesus se faz realmente presente. Ele é o único Sacerdote do Novo Testamento, os demais ordenados são seus ministros.
             Os Sacramentos agem pela força do próprio rito, independente da santidade do ministro. Se tiverem validamente ordenados pela Igreja e ministrarem os Sacramentos com a mesma intenção que Cristo fez, então, participam do único Sacerdócio de Cristo e sua ação é eficaz.

            Sem comunidade, sem Igreja, o sacramento perde a sua dimensão real de anúncio e vivência do plano de Deus. Celebrar os sacramentos sem verdadeira comunhão, sem solidariedade, sem vida fraterna, pode ser uma farsa, uma mentira. Não se pode celebrar o sacramento, onde está rompida a fraternidade, onde atua a opressão, onde os direitos fundamentais da pessoa humana são desrespeitados.
           
O ENCONTRO COM JESUS ACONTECE PELA FÉ. MAS PRECISAMOS DE SINAIS.
No caminho de Emaús, dois homens caminham. Afastam-se definitivamente de Jerusalém onde Jesus, seu mestre e amigo, morreu numa cruz. Eles comentam a sua frustração. Jesus se aproxima e começa a caminhar com eles. Eles haviam deixado para trás Maria e os apóstolos. Dito adeus definitivo à cidade de Jerusalém, voltado às costas ao Calvário, recusado a acreditar na ressurreição predita por Jesus e anunciada pelas mulheres. A presença de Jesus tão real permanece imperceptível. Difícil de ser percebida. Será necessário um sinal, um Sacramento. “Eles o reconhecem na fração do pão”. E o sinal é eficaz: eis agora transformados ardentes de fé e esperança. Eles vão ao encontro de seus irmãos, fazem Igreja com eles.
Com os discípulos de Emaús, Jesus se faz ministro de uma celebração sacramental, mas ele não se deixa reconhecer senão pela fração do pão. E seus corações queimam de alegria.
No caminho de Damasco, Paulo, caído por terra, não vê Jesus; cego pela luz, Paulo escuta... o envio para ir à Igreja: Ananias age como ministro de Deus e representante da comunidade. Ele lhe impõe as mãos e lhe confere o Batismo e o Espírito Santo: dois sacramentos.

Os sacramentos atingem todas as etapas e todos os momentos importantes da vida dos Cristãos. Existem três categorias de sacramentos.
           
            OS SACRAMENTOS DA INICIAÇÃO CRISTÃ: NOSSO PROCESSO DE INCORPORAÇÃO A JESUS CRISTO.
            BATISMO: a água é sinal de que o cristão mergulha no mistério de Cristo, morre para o pecado e vive para Deus (Mt 28,19).
            CONFIRMAÇÃO (CRISMA): o cristão pela imposição, das mãos recebe novo impulso do Espírito Santo que é impregnado na crisma como o óleo ungido em sua fronte (At 8,17).
            EUCARISTIA: o Cristo é presença viva e sinal de comunhão pela consagração do pão e do vinho (Lc 22,15-20).
             FAÇO-ME CRISTÃO ATRAVÉS DOS TRÊS SACRAMENTOS. Quem não completou sua iniciação ainda não está totalmente integrado no Projeto de salvação.
            Por que “ritual” de iniciação? O ritual faz com que a pessoa assuma publicamente sua fé.
            Os sacramentos de iniciação cristã lançam os alicerces da vida cristã: os fiéis, renascidos pelo batismo, são fortalecidos pela confirmação e alimentados pela Eucaristia. 
OS SACRAMENTOS DE CURA: são sinais de perdão e conforto para os enfermos físicos e espirituais.
            CONFISSÃO: acontece o perdão de Deus pela absolvição do sacerdote (Jo 20,23).
            UNÇÃO DOS ENFERMOS: a unção com óleo: é sinal de cura e reconforto para o enfermo (Tg 5,14).
           
            OS SACRAMENTO DO SERVIÇO: serve para edificação da igreja.
            ORDEM: pela imposição das mãos do bispo o ministro é ungido para ser pastor (padre) da comunidade (2Tm 1,6).
            MATRIMÔNIO: o homem e a mulher realizam uma aliança de amor e fidelidade (Mc 10,7-9).
            * Os Sacramentos são eficazes (produz efeito) da parte de Deus, mas podem tornar-se ineficazes por parte da pessoa que os recebe, se os recebe sem fé. São como a semente boa jogada no asfalto. E se alguém recebe um sacramento com pouco caso, comete pecado.
            Sacramento não é magia, nem opera automaticamente. No caso do Batismo: ninguém vai entrar no céu só com a certidão de batismo. Jesus disse: "Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado". (Mc 16,16)
Alguns textos bíblicos que fundamentamos sacramentos:
Mt 28,19; Lc 24,45-49; Lc 7,36-50; Jo 20,21-22; Lc 22, 14-20; Lc 13,10-17; Lc 4,40; Tg 5,14-16; Mc 10,1-9; Efésios 5,22-33.

SACRAMENTO DO BATISMO
            É O SACRAMENTO QUE NOS TORNA CRISTÃOS, FILHOS DE DEUS E PARTICIPANTES DA IGREJA.
Por que existe o Batismo? Adão e Eva pecaram gravemente, desobedecendo a Deus, querendo ser iguais a Ele. Fecharam-se as portas para o (céu). Ninguém mais poderia entrar lá. (Foram expulsos do Paraíso).  Passaram a sofrer e a morrer. Deus castigou-os e transmitiu a todos os filhos de Adão, ou seja, a todos os homens, o pecado original. Mas Deus prometeu a Adão e Eva que enviaria seu próprio Filho, para morrer na Cruz e pagar assim o pecado de Adão e Eva e todos os outros pecados para que nos tornássemos filhos de Deus.           
            Mas não basta que Jesus tenha morrido na Cruz. É preciso ainda que essa morte de Jesus seja aplicada sobre nós. Como? Através do batismo.
            Batismo = “Mergulho, Mergulhar, Imergir”
            Como é um mergulho? Isso é o batismo.
            L Primeiro momento: MERGULHAR NA MORTE DE JESUS.     
            M Segundo momento: RESSURGIR PARA “A VIDA NOVA”.

Batismo é o gesto de mergulhar.
            O SENTIDO É: MERGULHAR NA MORTE E RESSURREIÇÃO DE JESUS, não na quantidade de água. Morrer para o pecado, receber vida nova. O pecado é sepultado na água.
            O Batismo faz a pessoa participar da morte e ressurreição de Jesus. É na morte de Cristo que fomos batizados (Romanos 6,3ss).
            Batismo = morrer - viver.
            Ler: Rom 6, 3-4
           
            Na igreja primitiva, aqueles que recebiam o batismo, eram mergulhados totalmente na água. Daí que a palavra batismo significa mergulho. Batizava-se em águas correntes (fontes, rios, mares). Depois, nas igrejas se construíram batistérios (pequenas piscinas) onde o batizando era mergulhado. Faziam-se três (imersões): ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.
            Para os doentes bastava uma infusão com água.
Hoje o significado do Batismo é o mesmo. Só a forma é diferente: é jogada água na cabeça de quem é Batizado (infusão). Porque a Igreja entendeu que precisamos mergulhar na vida de Jesus, não na quantidade de água.
Nos dois mil anos que o cristianismo já durou, a forma de dar cada um dos sacramentos mudou bastante e vão continuar se modificando, por causa da mudança de costumes de mentalidade. O importante é o significado e a intenção. Muda a forma para que o povo compreenda melhor. E para que haja um derramamento mais abundante da graça de Deus.
           
Por que batizamos com água: Quando o A. T. ainda estava sendo escrito, surgiu um texto importante chamado “Didaqué dos doze apóstolos” (instrução ou doutrina) e traz orientações práticas para as comunidades do fim do primeiro século. Não entrou na lista dos livros do N. T., mas se apresenta como se tivesse a aprovação dos doze apóstolos. Esse texto dá orientações acerca de como batizar: “Quanto ao batismo, procedam assim: Depois de ditas todas essas coisas, batizem em água corrente em nome do Pai, Filho, Espírito Santo”. Se você não tem água corrente, batize em outra água; se não puder batizar em água fria, faça-a em água quente. Na falta de uma e outra, derrame 3x água sobre a cabeça em nome do Pai, Filho, Espírito Santo.
           
Deus fez a água ser mãe da vida. Na água nascem os filhos de Deus. Sem água não se vive. Por isso a água é um símbolo universal de vida. A água do batismo nos traz vida nova.
           
            Efeitos do Sacramento do Batismo:
_ É certidão de nascimento cristão;
_ Apaga o pecado original;
_ Apaga os pecados atuais e todas as penas ligadas aos pecados;
_ A pessoa torna-se marcada por um sinal de pertença e propriedade exclusiva de Deus. É o selo da vida eterna. Uma marca, que jamais se apaga (sinal indelével);
_ Faz-nos participar do sacerdócio comum dos fiéis (participar com Cristo na obra da salvação);
_ Recebemos o Espírito Santo (com os 7 dons), as virtudes teologais;
_ O Batismo nos torna filhos de Deus;
_ Irmãos de Jesus Cristo;
_ Templos do Espírito Santo;
_ Herdeiros do céu;
_ Faz-nos membros da Igreja ; Feito membro da Igreja, o batizado não pertence mais a si mesmo, mas a Jesus. Assume o compromisso de viver e testemunhar, a sua fé.
           
Rito Batismal - Os Símbolos:
ORAÇÕES PREPARATÓRIAS.
SINAL DA CRUZ - as crianças são marcadas com o sinal da Cruz.
UNÇÃO PRÉ-BATISMAL COM O ÓLEO DOS CATECÚMENOS. O celebrante unge o peito da criança com o óleo, o que simboliza a força de Cristo entrando na vida dos batizados. Como libertação do pecado original e sinal da luta pelo bem contra o mal
PROMESSAS DO BATISMO - RENÚNCIA A SATANÁS E CREIO. BENÇÃO DA ÁGUA;
MOMENTO PRINCIPAL: BATISMO: ÁGUA: “a vida nova”. (Derrama-se 3 vezes a água na cabeça: gesto sacramental), simbolizando a Santíssima Trindade da qual a pessoa começa a ser Templo, ao mesmo tempo em que se diz a forma: “Eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, Amém.”
UNÇÃO PÓS-BATISMAL: UNÇÃO COM ÓLEO DO CRISMA. Unção com o óleo do Crisma significa que as crianças pelo Batismo, se tornaram Sacerdotes (participam do sacerdócio de Cristo - consagraram suas vidas a Deus), Profetas (anunciadores do Evangelho) e Reis (herdeiros do Reino dos Céus). (tal rito é completado pela Confirmação).
VESTE BRANCA: Veste batismal - simboliza que a criança no Batismo é revestida de Cristo, nova criatura, livre da escravidão do pecado e do demônio, filho de Deus. Branco simboliza pureza e santidade que devem viver ao longo da vida (cobre a nossa vergonha).
VELA ACESA: Iluminados pela Luz de Cristo, os batizados podem, com a ajuda dos pais e padrinhos, tornar-se luz do mundo.
ENTREGA DO SAL (OPOCIONAL) - Vocês são o sal da terra e a luz do mundo.
ÉFETA (OPCIONAL) - O celebrante tocando a boca e os ouvidos da criança e diz:  “O Senhor Jesus que fez os surdos ouvirem e os mudos falarem, lhes conceda que possa logo ouvir sua Palavra e professar a fé para louvor e glória de Deus Pai. Amém”.
Comunidade: Acolhe o novo filho e partilha através da oração com os pais e padrinhos.
            Quando foi que Jesus instituiu o Batismo? No início da sua pregação, quando entrou no rio Jordão para ser batizado por João Batista. O Batismo de João não era um Sacramento. Só quando Jesus santifica as águas do Jordão com sua presença e que a voz do Pai se faz ouvir: “Este é meu Filho bem amado, em quem pus minhas complacências”, e que o Espírito Santo aparece sob a forma de uma pomba (foi então uma visão da Santíssima Trindade), é que fica instituído o Batismo. Essa instituição é confirmada por Jesus quando Ele diz a seus Apóstolos: “Ide e ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, Filho, Espírito Santo”.

            O Ministro do Batismo: Padre ou um ministro. É ele quem recebeu de Deus o poder de trazer a Fé ao coração da pessoa batizada, tornando-a filha de Deus. Mas pode acontecer que seja preciso batizar às pressas alguém. Se não houver um Padre por perto, qualquer pessoa pode batizar, desde que queira fazer o que a Igreja Católica faz no Batismo, que use água e diga as palavras da forma do Batismo.

            Existem três tipos de Batismo
            BATISMO DA ÁGUA;
            O BATISMO DE SANGUE é recebido por uma pessoa que, sem nunca ter sido batizada, seja morta por defender a Fé católica. Foi o caso de muitos mártires: morreram por amor a Jesus.
            O BATISMO DE DESEJO é recebido por uma pessoa que, sem ter como chegar até um Padre morre sem poder receber o Batismo que desejava receber.
            Qualquer desses três modos de receber o Batismo é suficiente para nos dar a Fé e assim nos permitir ir para o Céu. 

            PORQUE BATIZAR CRIANÇAS?
            O costume de batizar as crianças é tradição recebida dos apóstolos.
            SANTO IRINEU (140-202) “Jesus veio salvar a todos os que através dele nasceram de novo (pelo batismo) de Deus: os recém nascidos, os meninos, os jovens, os velhos”.
            ORÍGENES - bispo de Alexandria (184-285) “A Igreja recebeu dos apóstolos a tradição de dar o batismo também aos recém nascidos”.
            SÃO CIPRIANO - bispo de Cartago (210-258) “Do batismo e da graça não devemos afastar as crianças”.
            A igreja ensina que a criança é batizada na fé dos pais e dos padrinhos que transmitem tal dom para seus filhos conforme a criança cresce, a fé recebida deve ser desabrochada, conduzindo-se a maturidade pela catequese. Outro motivo é o fato de que a igreja deseja que até mesmo as crianças recebam a inestimável graça batismal, independente de seu grau de consciência. Deus não coloca nenhuma condição.
            Nenhum pai espera o filho chegar à idade adulta para lhe perguntar se ele quer ser educado, ir para a escola, tomas as vacinas, etc. Quando a criança nasce entra num mundo de ódio, corrupção, guerras, concorrência, materialismo, consumo, injustiças. O mal a rodeia por todo lado, quer influenciar e arrastar essa criança. Ela ainda não tem condições de dizer: "Quero renunciar às forças do mal, quero seguir os passos de Cristo". Seus pais e padrinhos dizem isto por ela e, assim assumem a obrigação de ajudar a criança a vencer o mal, e de mostrar-lhe o caminho do bem.
            A Bíblia dá indícios de que a Igreja sempre batizou crianças:
            · Jesus disse; “Ide, pois, ensinar todas as gentes, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28,19; Mc 16,16). Jesus diz: batizai todas as gentes.
          Nos Atos dos Apóstolos se lê que estes batizavam famílias inteiras. Nas famílias há sempre crianças.
· “Então, naquela mesma hora da noite, ele cuidou deles e lavou-lhes as chagas. Imediatamente foi batizado, ele e toda a sua família”(At 16,32-33).
· Lídia, vendedora de púrpura, “foi batizada juntamente com toda sua família” (At 16,14).
· “Batizei também a família de Estéfanas” (1Cor 1,16).
          Obs: Nessas três vezes em que os apóstolos batizaram, eles o fizeram por infusão e não por imersão, pois não havia nem rios nem riachos, estavam em casa ou no cárcere.
          Conclusão: numa localidade da roça, um padre estava batizando 40 crianças na frente da Igreja. Uma pessoa estava olhando do lado oposto da praça, com a Bíblia, e disse a um jovem: “Fala com o padre. Se encontrar na Bíblia onde está escrito de batizar as crianças, vou lhe dar um milhão”. O padre mandou de volta o jovem: “Se ele me encontrar na Bíblia onde está escrito que só deve batizar os adultos, dou-lhe 10 milhões”. Criança é gente como a gente. Tem direito de se tornar filho de Deus.

            ONDE BATIZAR AS CRIANÇAS: Dever ser na paróquia onde moram os pais.
            PARA BATIZAR FORA DA PARÓQUIA: é necessária a licença do padre por escrito.
Tem muitos pais que não gostam de fazer curso de batismo, batizam em outras seitas, fora da igreja Católica. Não é válido. O ministro do Batismo é o Padre ou um ministro. É ele quem recebeu de Deus o poder de trazer a Fé ao coração da pessoa batizada.
            As crianças batizadas nestas seitas ainda necessitam receber o batismo validamente.
           
            OS PADRINHOS: Devem ser escolhidos entre pessoas católicas e praticantes.
            A função dos padrinhos: é colaborar com os pais na educação cristã dos afilhados. Se por acaso, os pais da criança vier a faltar, o padrinho tem o dever de tomar conta como se fossem seus filhos. É chamado de irresponsabilidade dos pais escolher padrinhos que não praticam a religião ou que pertençam a outras crenças. Agir assim é prejudicar as crianças.

POR QUE DEUS DEMOROU MANDAR O SALVADOR? Depois do pecado de Adão, Deus demorou muitos anos para mandar o Salvador porque Ele queria que o homem conhecesse melhor a gravidade e a desgraça do pecado e sentisse também que só Deus tem poder para salvá-lo.

Catequista: No Antigo Testamento o sinal de pertença a Deus era a circuncisão. No Novo Testamento o sinal de pertença a Deus é o Batismo = circuncisão do coração.

O PENTECOSTES
            Com a morte de Jesus os apóstolos ficaram inseguros, pois haviam perdido seu amado Mestre. Começaram a sentirem-se frágeis e tinham medo de sofrer perseguição e morte como fizeram com Jesus, de não saber falar do Reino com a mesma segurança e sabedoria de Jesus. Jesus sabia que, sozinhos, seus apóstolos não iriam dar conta do recado. Por isso lhes prometeu que mandaria o E. Santo para dar coragem, sabedoria e a força para que se mantivessem fiéis.
            Diante dessa promessa, logo que Jesus subiu ao céu, os Apóstolos se reuniram no cenáculo, em Jerusalém e ficaram esperando o Espírito Santo. E Ele veio no dia de Pentecostes.     
            A palavra Pentecostes, na língua grega, significa “qüinquagésimo”, isto é, cinqüenta dias após a Páscoa judaica.
            A festa do Pentecostes era uma alegre festa agrícola de Israel (festa das colheitas). Nesse dia os Judeus levavam para o Templo os melhores feixes da colheita. Era uma das grandes festas anuais de peregrinação do povo a Jerusalém. Era um momento de encontro das famílias e de partilha com os mais necessitados.
            Páscoa e Pentecostes eram as duas grandes festas dos Judeus. Na Páscoa, os Judeus comemoravam a saída do Egito. No Pentecostes, comemoravam a festa das colheitas.
            Para nós, cristãos, porém o PENTECOSTES ficou sendo a FESTA DA VINDA DO ESPÍRITO SANTO SOBRE OS APÓSTOLOS. É o dia do nascimento da Igreja.
            Nesta história do nascimento da Igreja, o principal ator é o Espírito Santo.

Leitura da Bíblia At 2,1- 8.
            O QUE O ESPÍRITO SANTO FEZ? Os Apóstolos, que antes estavam trancados numa sala, saíram à praça pública e se apresentaram como testemunhas da morte e ressurreição do Senhor, causaram espanto aos judeus, pois, sendo homens sem estudo, falavam com a sabedoria e o poder de Deus. Os peregrinos também ficaram admirados, porque cada um ouvia a pregação em sua própria língua. Pedro, citando os Profetas, provocou aos Judeus dizendo que o Jesus que eles crucificaram era o “CRISTO ou Messias” que Deus havia prometido a seus pais At 2, 14-21.
            É incrível notar a mudança que houve na vida dos Apóstolos após o Pentecostes.
Depois que receberam a efusão do Espírito Santo, eles compreenderam melhor tudo aquilo que Jesus os havia ensinado, amadureceram na fé.

Cristo continua sua obra por meio da Igreja. Por isso deposita nela a força do Espírito Santo que a movimenta e lhe dá vida. O Espírito Santo nos ensina a rezar, a ter fé, a praticar o amor e a fazer sempre o bem. Ele nos revela o sentido das coisas e acontecimentos da vida, nos dá coragem. Sem ele tudo fica vazio, sem vida.

Os Símbolos: aparecem muitas vezes na Bíblia, mostrando a atuação do Espírito Santo na vida e na história dos homens. Os homens precisam de sinais, (exemplos...) Deus também comunica seus dons, sua vida através de sinais. Jesus sempre usou sinais para realizar a salvação.

 

SACRAMENTO DA CONFIRMAÇÃO OU CRISMA

A PRIMEIRA COMUNIDADE CRISTÃ
            A ação do Espírito Santo sobre a Igreja não parou naquele espetáculo de fé ocorrido no dia de Pentecostes. As pessoas convertidas naquele dia quiseram fazer a experiência de viver o Evangelho em comunidade. Surgiu então a primeira comunidade cristã, chamada “comunidade de Jerusalém”. É citada até hoje como exemplo para todos os cristãos.
            Veja bem o que aconteceu depois do Pentecostes:
            Primeiro proclamava-se à palavra de Deus, em seguida, aqueles que acreditavam em Jesus Morto e Ressuscitado, recebiam o Batismo e passavam a participar da comunidade Cristã. E NA COMUNIDADE: faziam-se três coisas:
            a) Continuavam ouvindo a pregação dos Apóstolos.
            b) Celebravam a Eucaristia (fração do pão)
            c) Amavam-se como irmãos, a ponto de repartir seus bens.
            Leitura da Bíblia: At 2,42-47.

O QUE É O SACRAMENTO DA CONFIRMAÇÃO OU CRISMA?

            É O SACRAMENTO QUE CONFERE A EFUSÃO PLENA DO ESPÍRITO SANTO AO QUE JÁ É BATIZADO.

Desde o Batismo, o Espírito Santo habita e gera em nós os (7) dons infusos (derramados). “SEREIS BATIZADOS NO ESPÍRITO SANTO” (Atos 1,4-5): não se trata de um novo sacramento, mas da “RENOVAÇÃO” do mesmo Espírito que já recebemos no Batismo e nos demais sacramentos.
            É O SACRAMENTO DA MISSÃO.
            Crisma é uma palavra da língua grega que significa “Unção” - CRISMAR É UNGIR.
            Confirmação - confirmação da fé. Hora do SIM pessoal de adesão a Jesus Cristo.

            DUAS COISAS são necessárias na administração da Confirmação (Crisma):
            a) A imposição das mãos expressa o gesto bíblico - sinal de bênção, consagração a Deus, transmissão de dons a alguém, cura e envio.
            Gn 48,14-15; Nm 27,18-23; Dt 34,9; Mt9,18; Mt 19,13; Mc 10,14; At 8,17;6,6.
A imposição das mãos (do Bispo) sobre a cabeça do crismando dá o sentido de transmissão do Espírito Santo como força, sabedoria, vivência e testemunho da fé.
                       
            b) A unção com óleo: gesto sacramental (abençoado pelo Bispo na Quinta-feira Santa) na fronte do crismando, com as palavras do Bispo, Assim:
            “N... RECEBE, POR ESTE SINAL O ESPÍRITO SANTO, O DOM DE DEUS.
            Crismando responde: Amém. (É um SIM, um COMPROMISSO).
            O bispo ainda diz: “A PAZ ESTEJA CONTIGO”.
            O crismando responde: “E contigo também”.
            A unção com o óleo é o gesto mais importante de toda a Confirmação. Naquele momento é transmitido o Espírito Santo com seus dons, através da pessoa do bispo.
            A unção em forma de cruz na fronte é sinal que somos do grupo de Cristo. Essa unção é uma marca que não se apaga.
No A.T. a Unção significava força, poder, cura, saúde, alegria, bom odor, beleza e consagração. Reis, sacerdotes, profetas, eram ungidos como instrumentos para o bem conduzir o povo e defender o direito e a justiça. No N.T. Cristo = o Ungido de Deus.
Todo crismando, ao ser ungido assume a missão de defender o direito e a justiça, especialmente dos mais fracos e oprimidos. Portanto será sempre um profeta que anunciará, ou denunciará, no ambiente onde estiver a presença ou a ausência de Deus.

            O óleo usado pelo bispo é chamado “O Crisma”. É preparado com óleo de oliveira e bálsamo (perfume). Significa que assim como Jesus Cristo fez sentir a presença de Deus no meio dos homens, o cristão deve fazer sentir a presença de Cristo no meio do mundo, deve ser como que o perfume cheiroso neste mundo, às vezes apodrecido e malcheiroso.
            A palavra CRISMA, no feminino, é o Sacramento.
            O Crisma é o óleo consagrado.
É importante lembrar que o óleo não é algo mágico que "fecha o corpo". É um símbolo que quer transmitir a força divina. Sem esforço, ninguém consegue vencer o mal e o pecado.
 
O ministro do Sacramento da Confirmação é o Bispo, pois é o pai de todos os fiéis, aquele que lhes confere a maturidade da vida da graça. Em caso de perigo de morte, um simples Padre deve crismar, pois é importante entrarmos no Céu com todas as capacidades de amor a Deus.
A Confirmação não é absolutamente necessária para a salvação (uma pessoa não crismada pode ir para o Céu), mas é muito importante receber a Confirmação desde cedo: só com a Confirmação teremos no Céu a proximidade de Deus e a intensidade de amor que Ele quer nos dar. Além disso, só com a Confirmação teremos todas as forças necessárias para vencer as tentações e caminharmos firmemente no caminho da perfeição. De modo que seria grave negligência dos pais se não preparassem os filhos para receber este Sacramento da perfeição cristã.

Efeitos do Sacramento da Crisma:
            _ É o SIM pessoal de adesão a Jesus Cristo. É o compromisso com a comunidade, feito por escolha pessoal. O Batismo nos insere na comunidade e a Crisma confirma nossa adesão a esta comunidade de fé. A Igreja recomenda que o crismando esteja já na chamada “idade da razão”, isto é, que possa ter uma noção clara da responsabilidade de suas ações.
_ Prepara-nos para a função de DISCÍPULOS e de TESTEMUNHA de Cristo.
_ Tornamo-nos responsáveis pelo serviço da Igreja;
_ Somos guiados pelos difíceis caminhos da vida;
_ Tornamo-nos capazes de amar a Deus com muito mais forças, amar a Igreja, Nossa Senhora, os santos;
_ O Espírito Santo nos dá o gosto pela oração, meditação, estudo, liturgia;
_ Enche nosso coração com muitas alegrias espirituais;
_ Nos torna capazes de defender a nossa fé;
_ De vencer as tentações;
_ De abandonar-se nas mãos de Deus;
_ Aumenta o Amor de Deus em nossos corações;
_ Abre nosso coração para muitas novas graças;
_ A Confirmação, como o Batismo e a Ordem, marca de modo indelével nossa alma, de modo que nunca mais perdemos a marca de crismados. Por essa razão não podemos receber a Confirmação mais de uma vez, como também o Batismo e a Ordem. 
           
PELA CONFIRMAÇÃO SOMOS REVESTIDOS DA FORÇA E ENVIADOS A FAZER QUE TODAS AS NAÇÕES SE TORNEM DISCÍPULOS. PORTANTO, CONFIRMADOS PARA UMA TAREFA.
LC 24,49 MT 28,19 IS 61,1-4.

É a ação do Divino Espírito Santo que realiza isso em nós.
O DIA DE SUA CONFIRMAÇÃO SERÁ O DIA DO SEU PENTECOSTES.

VEJA BEM!!! A Crisma não acrescenta novos compromissos, mas dá ao cristão as forças do Espírito Santo para que possa viver a sua vocação batismal. Os dons são dados em vista da missão. O próprio para a missão. Portanto não cabe dizer que algo faltou no Batismo e que a Crisma vem completar esse algo, mas existe uma íntima conexão entre um e outro.

Por que existem padrinhos para a Crisma? O padrinho ou madrinha da Confirmação exerce o papel de testemunha religiosa. É aquele que apresenta o candidato à comunidade, ao bispo e a Igreja, garantindo que o confirmando é capaz de assumir a vida no Espírito Santo (sugere-se que seja o mesmo do batismo). Por isso os padrinhos da Crisma devem ser bons católicos, terem sido crismados, tendo já idade suficiente para aconselhar seus afilhados.
            Não existe idade fixa para receber a Confirmação. O que se pede ao candidato é maturidade cristã, isto é, a capacidade de deixar o Espírito Santo agir dentro e fora dele.

            ä O momento Solene do Sacramento da Confirmação começa com a renovação das promessas do Batismo.

  Ler Atos, 8,14-17: Instituição da Crisma.
ä Pedro negou Jesus. Depois se trancaram numa sala com medo dos judeus (Jo 20,19). Quando recebeu a Crisma, começou a pregar e converteu umas 300 pessoas Atos 2,1-36.
ä Quem despreza o Sacramento da Crisma, está se arriscando a fracassar na sua vocação cristã, porque está desprezando os dons do Espírito Santo, sem o qual não conseguimos dar testemunho de Jesus. O Batismo só não basta. Ele nos dá a vida de Deus e essa vida nova precisa crescer e produzir frutos.

            Na oração que o Bispo reza, quando impõe as mãos sobre os crismandos, são mencionados sete dons do Espírito Santo. Não quer dizer que o Espírito Santo se esgote nesses sete dons. Essa numeração é um modo de ver os mistérios de Deus do lado humano. Na verdade, o Espírito Santo é uma fonte inesgotável de graças e de dons do Amor de Deus (Isaías 11,2).
           

SACRAMENTO DA UNÇÃO DOS ENFERMOS

É O SACRAMENTO QUE AJUDA O DOENTE NO ALÍVIO DE SEU SOFRIMENTO E A ENTREGAR-SE CONFIANTE NAS MÃOS DE DEUS.

JESUS E OS DOENTES
É impressionante a atenção que Jesus Cristo tinha para com os doentes, quaisquer que fosse a doença ou o doente. Jesus era atencioso e misericordioso com os doentes, restituía-lhes a saúde e aproveitava a ocasião para evangelizar os próprios doentes e as pessoas presentes.

Porque Jesus tinha tanta atenção para com os enfermos?
            Era a atitude natural de Jesus, porém uma forma de reagir contra a mentalidade e os tratamentos inconcebíveis dos Judeus, para com os doentes, porque no tempo de Jesus, as pessoas portadoras de necessidades especiais, tanto Físicas quanto mentalmente eram excluídas da sociedade. Jesus veio para mudar e lutar contra todo esse modo de pensar e agir.
Jesus acolhia-os, curava-os, e até entrava na casa e comia com todas essas pessoas.
O mesmo carinho dedicado aos doentes, Jesus o transmite aos Apóstolos: DEIXANDO NA SUA IGREJA UM SACRAMENTO ESPECIAL PARA ATENDER OS DOENTES:
JESUS VEM “TOCAR” ATRAVÉS DO “SACRAMENTO DA UNÇÃO DOS ENFERMOS“.
A Igreja que vai até a pessoa em nome de Cristo.
É o sacramento da esperança e não do desespero. Reconhecemos que Deus sempre acompanhou a vida dos seres humanos, desde seu nascimento, e que não o abandona nos momentos difíceis:
â É o sacramento que a pessoa recebe, por ocasião de uma doença grave;
â E na velhice avançada.
â Ou em perigo de morte;
â Antes de uma operação cirúrgica;
A Unção dos Enfermos quer ajudar o doente no alívio de seu sofrimento e a entregar-se confiante nas mãos de Deus. Ela é a esperança e confiança de que mesmo morrendo, a vida não nos é tirada, mas transformada.

Rito da Unção dos Enfermos:
Saudação: o padre cumprimenta  a família e o doente. A seguir explica o significado da Unção dos Enfermos; pode-se realizar a aspersão com água benta, lembrando o batismo.
Confissão: (ou ato penitencial): se o doente não tem condições para  se confessar, o sacerdote convida o enfermo e a família a reconhecer as próprias culpas e pedir perdão a Deus;
Leitura bíblica;
Oração dos fiéis onde se pede especialmente pelo enfermo;

Rito Sacramental – este compõe-se:
Imposição das mãos: invocação do Espírito Santo; Benção do óleo; A sagrada unção (tônico espiritual): o sacerdote unge com óleo bento, a fronte e as mãos da pessoa, acompanhada da oração. A unção na fronte e nas mãos (significa a pessoa toda: Pensamento e ação) e diz: “Por esta Santa unção pela sua infinita misericórdia o Senhor venha em teu auxílio com a graça do Espírito Santo para que, liberto dos teus pecados. Ele te salve e na sua bondade alivie teus sofrimentos. Amém”. (Jesus serve-se de sinais para curar; saliva e imposição das mãos).
Pai Nosso (comunhão, se for o caso) e benção final.

ó Para dar um cunho celebrativo comunitário a este sacramento,  a igreja paroquial reúne os anciãos e os doentes que ainda podem locomover-se para que durante uma missa seja administrado o Sacramento da Unção dos enfermos a esses irmãos.

Os Efeitos do Sacramento da Unção dos Enfermos:
_ É a unção que dá, paz e a força, para suportar de maneira cristã a doença ou a velhice.
_ Renova a confiança e a fé em Deus. (A enfermidade, ás vezes, leva a pessoa ao desespero e à revolta contra Deus). Não raro também, a doença provoca uma busca de Deus, um retorno a Ele.
_ Dá força para resistir às tentações do maligno (desânimo, medo da morte);
_ O perdão dos pecados,se o doente não pôde obtê-lo pelo Sacramento da Penitência;
_ Consegue às vezes saúde para o corpo, se não a cura total (pode acontecer);
_ Podem-se receber: curas espirituais; psicológicas; emocionais; familiares; de relacionamento com as pessoas.  Aliás, essas curas são às vezes, mais importantes do que curas físicas.
_ È a preparação para a passagem para a vida eterna.
ù O gesto da Unção dos Enfermos é, ao mesmo tempo, um consolo humano e espiritual, assim como perdão dos pecados.

Notar, porém, que esses efeitos não são mágicos. Eles pressupõem que o enfermo esteja disposto a receber o sacramento, consciente do que ele significa e representa para quem o recebe.
Nós sabemos que Jesus instituiu o Sacramento da Unção dos Enfermos por causa da Epístola de São Tiago, 5,13-16: “Alguém dentre vós está enfermo? Mande chamar os Presbíteros (Padres) da Igreja e orem sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor; e a oração da fé salvará o enfermo e o Senhor o aliviará e os pecados que tiver cometido ser-lhes-ão perdoados” .
Normalmente, devemos receber a Unção dos Enfermos já tendo recebido a absolvição dos pecados. Ao menos devemos ter o arrependimento de todos os nossos pecados.
A Unção dos Enfermos deve ser dada a tempo para que o doente receba o Sacramento ainda plenamente consciente, para que possa acompanhar as orações do Padre e dos familiares. Portanto não devemos esperar a última hora.
Sabemos que os Sacramentos que imprimem caráter (Batismo, Crisma e Ordem) nunca podem ser recebidos mais de uma vez.
A Unção dos Enfermos não imprime caráter. Portanto se o doente se recupera e depois voltar a ficar doente, com perigo de morte, ela poderá receber novamente a Unção dos Enfermos. Mas, enquanto durar a doença, o Sacramento, já recebido uma vez, se mantém na alma e faz daquela pessoa uma alma consagrada a Deus, para que Ele tenha por ela um cuidado todo especial. Por isso, não se deve receber mais de uma vez a Unção dos Enfermos durante a mesma doença. Uma só vez basta para que os efeitos atuem durante todo o tempo que durar aquela doença.
            Leitura da Bíblia: Tg ,5,13-20

            O Concílio Vaticano II expressou seu desejo de que se fale de Unção dos Enfermos, em vez de Extrema Unção; ressalta o consolo que significa esse gesto que “recomenda os enfermos ao Senhor, sofredor e glorificado”. O mesmo Concílio indicou que o sacramento da Unção dos Enfermos não era unicamente o sacramento desses que se encontram para morrer, mas sim que é conveniente, também para esses que começam a estar em perigo de morte por uma enfermidade ou em razão de sua idade avançada.
            A Unção dos Enfermos foi modificada no seu processo histórico. A prática e a doutrina passam de um sacramento dado aos moribundos para um sacramento dos batizados, marcados pela enfermidade ou idade avançada. O Concílio Vaticano II, e o CIC fazem uma ligação entre a Unção dos Enfermos e o sacramento da Penitência. Ambos estão orientados para a cura.
A doença: O fato de que tantos homens encontram na enfermidade o problema existencial do mal, nós, os cristãos não podemos esquecer os aspectos positivos do sofrimento, em comunhão íntima com os sofrimentos de Cristo, porém, ao mesmo tempo, a luta enérgica contra a enfermidade, essa luta que também responde a um querer do Cristo.
            Cristo não aceitou passivamente a dor (Pai afasta de mim este cálice...). Teria escolhido não sofrer. Ele jamais elevou a doença à categoria de bem, mas sim, nos ensinou que nenhum sofrimento deve levar ao desespero, que não se temesse nem mesmo a morte, pois há valores tão profundos que a doença e a morte não podem destruir.
            O dom da vida implica para o homem a responsabilidade de viver, conservando e restaurando a saúde. A doença está inscrita no ser criatura e, portanto, limitado ao ser humano, cujas energias físicas vão se deteriorando com o passar do tempo.
            Deus cria o ser humano para a vida e para a felicidade. A realidade é caótica devido ao pecado. A doença se encontra referida ao pecado. Portanto, contrariando os planos de Deus, ela entrou no mundo, trazendo consigo uma gama imensa de desordens e sofrimentos.
Afirma o rito da Unção dos Enfermos, em sua instrução, que “a doença, mesmo ligada à condição do homem pecador, não pode ser vista como um castigo pelos pecados”. O próprio Jesus, que não conheceu o pecado, cumprindo com o que estava escrito no profeta Isaías, suportou o sofrimento e participou da dor de todos os homens Is 53,4-5. Todo homem deve lutar contra a doença e o sofrimento, buscando com empenho o tesouro da saúde a fim de que possa exercer sua função na sociedade e na Igreja.

SACRAMENTO DA ORDEM
É O SACRAMENTO DA CONSAGRAÇÃO DA VIDA A DEUS E AO SERVIÇO DA COMUNIDADE.
            No Antigo Testamento havia Sacerdotes que ofereciam sacrifícios de animais ou frutos, que eram queimados ou consumidos, em sinal de louvor ou para pedir perdão pelos pecados. Esses Sacerdotes eram apenas figura do único e verdadeiro Sacerdote que viria séculos mais tarde, o próprio Jesus Cristo.
            Só Ele, sendo Deus e sendo homem, podia oferecer ao Pai eterno um sacrifício eficaz e agradável, que nos libertasse dos nossos pecados e fizesse de nós filhos de Deus. Jesus é, pela missão que recebe de salvar nossas almas pelo sacrifício Redentor: Rei, Profeta e Sacerdote.
            E Ele transmite à sua Igreja, no sacerdócio católico, os três poderes que emanam dessas três propriedades.
            Como Rei, Jesus transmite à Igreja o poder de governar as almas.
            Como Profeta, Jesus transmite o poder de ensinar a sua Doutrina.
            Como Sacerdote, Jesus transmite o poder de santificar as almas. 

            A participação no Sacerdócio de Cristo:
            Cristo Sumo Sacerdote e único mediador fez da Igreja “um Reino de sacerdotes para Deus seu Pai” (Ap 1,6). "Raça escolhida, sacerdócio real, nação santa, povo adquirido" (1Pd 2,9).
            Toda a comunidade dos fiéis é, como tal, sacerdotal.  Chama-se “SACERDÓCIO COMUM. O Batismo é, por assim dizer, a “Ordenação Sacerdotal” do cristão.
            Qual o sentido do Sacerdócio comum? Dá a cada cristão a força de consagrar, celebrar... Isto é consagra toda a sua vida e as realidades do mundo para Cristo. Todo cristão é ungido para manifestar e anunciar o amor de Deus. Somos participantes do sacerdócio de Cristo, com capacidade de oferecer sacrifícios com Cristo, acolher a vida como dom de Deus e oferecê-la em ação de graças ao Criador. Assim o cristão poderá orientar todas as coisas para Deus.
            Pelos sacramentos do Batismo e da Confirmação, todos os fiéis são “consagrados para ser um sacerdócio santo” (participam do sacerdócio de Cristo), através da vida de fé, esperança e caridade. Deus Pai quis dar-nos a honra de participarmos com Cristo da obra de salvação da humanidade. Inseridos em Cristo pelo Batismo, nos fazemos um com Ele e, portanto, co-responsáveis pela sua missão redentora.
           
            Já o “SACERDÓCIO MINISTERIAL” está a serviço do sacerdócio comum e é transmitido por sacramento próprio, o sacramento da Ordem.
            Deus, no Antigo Testamento, escolheu um povo e colocou á sua frente um chefe: Moisés. Também colocou um sacerdote para guiar este povo em nome de Deus: Aarão. Jesus escolheu doze apóstolos como os novos guias do povo de Israel. Eles, os continuadores da missão de Jesus, colocam-se a serviço em favor das novas comunidades. Porém, chama Pedro para ser o chefe de todos, em forma de colegiosidade “Tome conta das minhas ovelhas” Jo 21,16. Desde a antiguidade temos na Igreja três graus dentro do Sacramento da Ordem: bispos, presbíteros e diáconos.

A Instituição do Sacramento da Ordem:
            Foi na última Ceia, na Quinta-feira Santa, logo depois de ter celebrado a primeira Missa que Jesus instituiu o Sacramento da Ordem. Ali os Apóstolos receberam o poder de RENOVAR na Santa Missa o sacrifício da cruz com estas palavras: “Fazei isto em minha memória” (Lucas 22,19), os instituiu sacerdotes do Novo Testamento. "Quem vos ouve, a mim ouve; e quem vos rejeita, a mim rejeita; e quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou". (Lc 10,16)
            Este poder foi completado mais tarde, no dia da Ressurreição, quando Jesus deu-lhes o poder de confessar os pecados. "Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos" (Jo 20,23).
            Os Apóstolos receberam de Jesus a plenitude do Sacerdócio, ou seja, o poder de ensinar, de governar e de santificar a Igreja. É este o poder pleno que recebem os Bispos, legítimos sucessores dos Apóstolos. "O Espírito Santo(...) ensinará a vocês todas as coisas e fará vocês lembrarem tudo o que eu lhes disse" (Jo 14,26)
            Como os Apóstolos sabiam que o sacerdócio deveria continuar na Igreja depois deles morrerem, depois de evangelizar uma cidade e antes de deixá-la, impunham as mãos a outros, comunicando-lhes o sacerdócio (II Timóteo 1,6; Atos 14,23).
            Para auxiliá-los nesta missão divina, os Bispos conferem à ordenação sacerdotal aos Padres. Jesus confere aos Padres uma participação no seu poder sacerdotal, não tão plenamente quanto aos Bispos, mas suficientemente para tornar o Padre um representante de Jesus na Terra.
           
O sacramento da Ordem consta de três graus subordinados um ao outro
            O ministro ordenado pode ser: Diácono, Sacerdote ou Bispo.
            O Diácono (servidor) presta serviços em todas as áreas da Igreja, administra os sacramentos do Batismo, Unção dos enfermos e Matrimônio.
            O Sacerdote ( grau da ordem sacerdotal) é pai espiritual. A missão do Padre é oferecer a Deus o Sacrifício da Missa, abençoar e transmitir a Santa Doutrina da Fé. Ele administra o Batismo, Matrimônio, Confissão, Eucaristia e Unção dos enfermos.
            O Bispo ( grau da ordem sacerdotal. Plenitude do sacramento) coordena a Igreja local (particular), a comunicação entre as comunidades e garante a ligação da Igreja local com a Igreja universal; administra os sacramentos da Ordem e Crisma.
            O Sacramento da Ordem é realizado por um Bispo. Só os Bispos têm o poder de transmitir o sacerdócio aos Padres. Numa longa e belíssima cerimônia, o jovem recebe a imposição das mãos do Bispo.

             No serviço eclesial do ministro ordenado, é o próprio Cristo que está presente à sua Igreja. O sacerdote age na pessoa de Cristo cabeça.
            Na verdade, o ministro faz às vezes do próprio sacerdote, Cristo Jesus.
            Quando o padre consagra o pão e o vinho é o próprio Jesus que está consagrando.
            Por isso, o padre tem veste própria para o culto. Para ser sinal de um momento muito especial. Ele é um homem como os outros, mas que consagra a sua vida a Deus pelo Sacramento da Ordem, recebendo daí a missão de presidir o culto divino, a Santa Missa, onde Cristo se torna presente pela Eucaristia.
            Esta presença de Cristo no ministro não deve ser compreendida como se estivesse imune a todas as fraquezas humanas, ao espírito de dominação, aos erros e até aos pecados. A força do Espírito Santo não garante do mesmo modo todos os atos do ministro.
            Nos Sacramentos esta garantia é assegurada, de tal forma que mesmo o pecado do ministro não possa impedir o fruto da graça.
Somente Cristo é o Verdadeiro Sacerdote, os outros são seus ministros.

            Quem celebra a missa?
            É todo o povo de Deus que celebra. Não é o padre que faz a missa para os fiéis, mas é todo o povo de Deus, tendo Cristo como Sacerdote (figura central); o padre como presidente, que eleva a Deus a ação de graças pela ressurreição de Jesus.
            As orações eucarísticas no-lo comprovam. O uso do pronome na primeira pessoa do plural (nós) revela que o padre, exercendo a sua função presidencial, o faz em nome de todo o povo de Deus. É ele o porta-voz dos que foram convocados e reunidos na força do Espírito. Assim, a participação dos fiéis é o exercício do sacerdócio comum conferido pelo batismo.
           
            O sacerdote é um homem consagrado a Deus para sempre
            Em virtude do sacramento da Ordem o sacerdote é ministro de Cristo, mediador entre Deus e os homens para dar culto a Deus:
Adoração: louvor, submissão a Deus, não apenas mental, interior, mas num ato externo, no oferecimento de alguma coisa a Deus: é o fundamento de todo sacrifício;
Ação de graças: agradecimento por tudo que foi recebido de Deus. É o significado da palavra Eucaristia;
Impetração: pedidos de novas graças, de novos dons espirituais como materiais;
Propiciação: é o fim de aplacar a ira divina, irritado pelos nossos pecados. É a expiação pelas faltas cometidas.
            Os poderes que lhe são outorgados, que nem mesmo os anjos possuem, não são passageiros, mas permanentes. As pessoas que recebem este sacramento recebem um caráter indelével e são sacerdotes para sempre.
           
O caráter distingue o ordenado dos demais fiéis: participa do sacerdócio de Cristo de um modo essencialmente distinto.
            Junto com o caráter recebem outras graças na consagração sacerdotal para assemelhar-se com Cristo, de maneira que de todo o sacerdote pode-se dizer que é outro Cristo. Este sacramento só pode ser recebido por homens batizados que reúnam as devidas condições.
            Papa – sucessor de Pedro. Bispos – sucessores dos apóstolos (ministros originários). Padres – são colaboradores (ministros ordinários).

            Os efeitos do Sacramento da Ordem:
            [ Caráter indelével: Os poderes que lhe são outorgados, que nem mesmo os anjos possuem, não são passageiros, mas permanentes. As pessoas que recebem este sacramento recebem um caráter indelével e são sacerdotes para sempre.
            [ Habilita a agir como representante de Cristo, Cabeça da Igreja, em sua tríplice função de Sacerdote, profeta e rei. Como Rei, Jesus transmite à Igreja o poder de governar as almas. Como Profeta, Jesus transmite o poder de ensinar a sua Doutrina. Como Sacerdote, Jesus transmite o poder de santificar as almas. De maneira que de todo o sacerdote pode-se dizer que é outro Cristo.
            [ Por intermédio do ministro ordenado, quem age e opera a salvação é Cristo. Os Sacramentos são atos do único Sacerdote Jesus. Por isso quando o padre celebra a missa ou Sacramentos e está em pecado, a missa vale porque quem celebra é o verdadeiro Sacerdote.
           
Por que ser padre? Cada pessoa tem sua vocação e é feliz na medida em que a realiza. Dizem até; “Vocação acertada, vida feliz”.
Ser Padre é uma vocação especial, um dom de Deus que coloca o homem além dos limites de suas possibilidades. O que o Padre faz, não é mais coisa sua: é de Jesus Cristo. Mas, apesar de sua missão divina, o Padre não vira anjo. Ele continua sendo homem como os outros, com suas tentações, fraquezas e pecados.  Assim: ”PODERÁ COMPREENDER OS QUE IGNORAM E ERRAM”
            A força do Padre não está em si mesmo, mas em Jesus que o escolheu e carinhosamente o chama de “Meu amigo”. O Padre renuncia ao casamento. A isto chamamos de “CELIBATO”. Não quer dizer que o casamento seja um estado de vida imperfeito. O Padre não se casa para não estar “DIVIDIDO”.
            O marido divide sua vida e seu amor com a esposa. A família do Padre é a Igreja, e seus cuidados todos devem ser com a “CASA DE DEUS” como fazia Jesus.
            Todo grande amor é provado com algum sacrifício ou renúncia: Na ordenação sacerdotal, ele renuncia ao casamento. É seu grande amor a Jesus. Quanto maior é o amor, maior é a prova que dele se dá. E esta renúncia é feita com alegria, porque é um presente para a pessoa amada.
Como Jesus chamou os apóstolos? Ler Mateus 4,18-22

            Catequista: Sumo Sacerdote: Responsável pelo Tabernáculo, suas ofertas e funções diárias, e também suas Festas regulares, três vezes por ano: a Páscoa, o Pentecostes e o Dia da Expiação (o oferecimento do sacrifício anual pelos seus próprios pecados, e pelos pecados do povo), quando deveria ele levar o sangue de um bode sacrificado no Lugar Santíssimo, tendo em vista o perdão oferecido pelo Senhor. Para a realização do ofício sacerdotal, era exigido do Sumo Sacerdote, santidade e uma indumentária toda especial – (vestes diferenciadas do vestuário de uso comum. Seriam roupas utilizadas somente no ofício do ministério sacerdotal, exclusivamente separadas para o serviço no Santuário).

SACRAMENTO DO MATRIMÔNIO
É O SACRAMENTO QUE COMPROMETE AO AMOR DE CASADOS, SÍMBOLO DO AMOR DE DEUS PARA COM AS PESSOAS.

            Ler: Gn 2, 24. Deus nos fez para a felicidade, não nascemos para viver sozinho, mas sim com uma companhia. O Pai quando criou o homem, deu a ele uma companhia: Eva. Deus acrescentou: "Por isso o homem deixa o seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne".
            Esse ato de se juntar com o sexo oposto para juntos viverem em uma só carne é o próprio Sacramento do Matrimônio. Este é um Sacramento de Serviço (junto com a Ordem), através dele nos unimos ao sexo oposto para juntos construirmos uma família. O Matrimônio é uma doação total ao outro e a Deus, somos chamados a construir uma família cristã, com pensamentos retos e morais.
            Podemos então chegar à conclusão que o Sacramento do Matrimônio é uma das grandes obras divinas, que foi criado para o Amor Familiar. A Família é o grande investimento que Deus criou, é através dela que se educam cidadãos retos procurando a imitação de Cristo Jesus.
            Quando dois jovens resolvem se casar devem se preparar para receber este Sacramento. Procurar conhecer-se para ver se, de fato, estão prontos para viver o resto de suas vidas juntos. Se existe verdadeiro amor entre eles e não paixão, que logo desaparece. Por isso devem rezar, ouvir os conselhos dos pais e do diretor espiritual. Fundando uma nova família com a bênção divina, os dois devem medir a grande responsabilidade que assumem diante de Deus e a grande graça de receber esta missão especial de colaborar com Deus na Criação dos seus filhos, de levá-los à Fé pelo Santo Batismo, de educá-los e amá-los de modo verdadeiro, exigindo sempre o caminho reto e a vida religiosa.
           
            â O ministro do Sacramento do Matrimônio são os próprios noivos. Isso acontece pelo fato de participarem do sacerdócio de Cristo pelo Batismo e demais Sacramentos. Uma vez que ambos são os ministros do Sacramento, a Igreja lhes solicita: fé, estado de graça, vivência cristã. Que os noivos tenham consciência dessa responsabilidade.
            â O Padre é a testemunha principal, que assiste a este juramento solene que os noivos fazem diante de Deus. Este juramento é um contrato que os dois assinam, pelo qual eles selam esta união para toda a vida, com a finalidade de ter os filhos que Deus quiser lhes dar.
            â Pelo Sacramento do Matrimônio, Jesus Cristo une os esposos num vínculo santo e indissolúvel, ou seja, que nunca poderá ser desfeito, a não ser pela morte de um dos dois. O divórcio é condenado no Evangelho.
            â É uma Aliança que não admite traição de ambas as partes; e é uma Aliança fértil de onde renascem os filhos de Deus pelo Batismo.
            Jesus Cristo instituiu o Sacramento do Matrimônio e quis que fosse indissolúvel, para proteger os filhos e preservar as famílias, base da sociedade cristã.
O Matrimônio, como sacramento, é a expressão simbólica da união do Cristo e da Igreja. Paulo diz: “Amai vossas esposas, como o Cristo amou sua Igreja”.
            A Aliança que une Cristo e a Igreja deve ser considerada como um matrimônio: Cristo, o esposo, e a Igreja, a esposa. Cristo, o amante, o Salvador e protetor da Igreja é proposto ao casal como exemplo a seguir na vida conjugal.
            Um casamento errado é uma infelicidade para os pais e para os filhos. O desentendimento dos pais gera insegurança e medo para as crianças, se quiserem cortar o mal pela raiz, preparem bem o seu casamento.

Motivos que levam a um casamento que nem sempre dão certo:
GRAVIDEZ: Há gente casando por motivo de gravidez, mas nem sempre o casamento é a solução. O casamento é uma opção de vida. Deve ser feito com inteira liberdade, quando os noivos “querem” e não porque “precisam” ou ainda “devem” casar-se. Só se casa por amor.
PAIXÃO: muitos pensam que paixão é amor. Não é. Paixão é um desequilíbrio, ou febre do amor. Costuma acontecer entre os 14, e 17 anos, casamentos de apaixonados é um risco, porque a paixão é transitória quando ela passa, acaba-se o casamento. Só o amor é estável e ajuda a estabilidade do casamento.
IMATURIDADE: às vezes os namorados amam-se de verdade, com equilíbrio. Mas são novos, não chegaram a uma estabilidade psíquica. Sua mentalidade vai mudar. O casamento é uma opção definitiva não pode ser feito numa fase de transição muitas vezes ouvimos dizer: ”nosso casamento não deu certo. A gente se amava, mas, sei lá. A gente pensava diferente”.
SEM AMOR: no casamento deve haver amor consciente e responsável. Não se pode casar para preencher uma carência afetiva isto costuma acontecer com meninas que sofrem muito em casa. Elas embarcam para o casamento na primeira oportunidade. É uma fuga de casa e não uma opção para o casamento.
O SEXO: é uma coisa maravilhosa, criada por Deus. Mas o sexo não é tudo: é apenas parte do amor. O sexo sem amor não é suficiente para fazer o casal feliz. Por isso, a simples atração sexual não é garantia de casamento acertado. A experiência sexual durante o namoro, mais que “Prova de amor” é satisfação do egoísmo. Sexo: celebração do amor conjugal. (Todo casal deve ter uma capela em sua casa. Essa capela é o quarto do casal. Dentro dessa capela existe o altar: a cama do casal. Para a celebração do amor conjugal).

É pecado muito grave. Jovens se não for por amor, não se casem.
Os que desejam casar-se, porém, pensem desde já nestas palavras que um dia vão dizer diante do altar: “Eu te recebo por meu marido (por minha esposa). E te prometo ser fiel na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, amando-te e respeitando-te, todos os dias de minha vida”.
SEXO FORA DO CASAMENTO: Diz São Paulo: ´Nem os impudicos, nem idólatras, nem adúlteros, nem depravados, nem de costumes infames, nem ladrões, nem cobiçosos, como também beberrões, difamadores ou gananciosos terão por herança o Reino de Deus (lCor 6,9; Rom 1l,24´27). Condena o Apóstolo a prostituição (1Cor 6,13ss, 10,8; 2Cor 12,21); Col 3,5). 
O matrimônio cristão tem estas três características:
Indissolubilidade, Fidelidade e Fecundidade.
           
            Os efeitos do Sacramento do Matrimônio:
            [ Origina-se, entre os cônjuges, um vínculo perpétuo e exclusivo;
            [ O SIM é selado pelo próprio Deus, não pode jamais ser dissolvido.
            [ Os cônjuges são fortalecidos por uma graça especial para aperfeiçoar o amor e fortalecer a unidade do casal. Cristo é a fonte desta graça. Fica com eles, dá-lhes a coragem de se levantarem depois das quedas, de se perdoarem mutuamente, de levarem o fardo um do outro, de serem «submissos um ao outro no temor de Cristo» e de se amarem com um amor sobrenatural, delicado e fecundo.
            [ O ministro do Sacramento do Matrimônio são os próprios noivos.

A ORAÇAO SUSTENTA A COMUNIDADE
           
Ler: At 2,42.
A comunidade primitiva era constantemente alimentada pela oração. Reuniam-se nas casas, em pequenos grupos, para conversar sobre suas vidas e o Evangelho de Jesus, para rezar juntos, para celebrar a missa que eles chamavam de “fração do pão”. Eram perseverantes no ensinamento de Jesus. Tinham interesse uns pelos outros. Ninguém pensava só em si, mas no bem de todos. Repartiam seus bens e não havia miséria entre eles. Foi pela profunda união com Cristo, através da oração que a igreja nascente pode realizar a vontade de Deus.
            A oração que sustentava a comunidade primitiva também sustenta nossas comunidades hoje. O que quer dizer comunidade? È a gente viver unido, na família, na escola, no lugar onde mora. É a gente se unir para resolver os problemas comuns. E todo mundo respeitando os direitos e a pessoa do outro. É cada um se interessar para que todos tenham o necessário para viver. João 17,20-23 “Que todos sejam um, como nós somos um, ó Pai”.
            Jesus viveu em comunidade. Depois chamou doze dos seus discípulos para viverem e trabalharem juntos e para que fossem os continuadores de sua missão no meio dos homens. Portanto, a comunidade que reza unida descobrirá mais facilmente quais os planos de Deus e orientações do Espírito a fim de bem cumprir esse plano (cf. At 13,1-5).

            O que é a oração?
            "A elevação da mente e do coração a Deus". Mas, normalmente, nossa oração fica limitada à mente, recitando orações, refletindo sobre algo ou pedindo coisas a Deus. Entretanto, isto é apenas a metade do mistério da oração. A outra metade é a oração do coração onde simplesmente permanecemos com Deus, que está em nós pelo Espírito Santo, que Jesus nos enviou. Para entender o que é oração, pense na oração como se fosse uma grande roda de carruagem (carroça):
            O propósito da roda é mover a carruagem. Oração é a roda que move nossa vida espiritualmente em direção a Deus. Portanto, deve haver um tempo e lugar real em nossa vida diária, para nós dedicarmos à oração. Os raios da roda são como as diferentes formas de oração.
Todas as formas de oração são válidas e efetivas. Nós temos a Eucaristia, a oração de petição e intercessão, os sacramentos, a leitura das Escrituras, as devoções pessoais, o rosário, etc. Diversas pessoas demonstram preferência por determinados caminhos de oração.
            * Jesus dedicou muitas horas à oração, falando com seu Pai e dando o exemplo a seus discípulos, aos quais ensinou a orar.
           
            Deus põe suas condições: orar, humilhar-se, buscar e converter-se. Uma vez que as cumpramos, ele responderá.
            Deus é extremamente atencioso. Está atento a cada pedido que lhe é feito. Mas, ele sabe, exatamente, qual o melhor momento para responder, e de que forma o fazer. Também, ele sabe qual a oração que não deve ser respondida, pois, sabe o que vai nos beneficiar ou não.
            Os motivos pelos quais oramos, muitas vezes, não estão dentro da vontade de Deus, assim, ele não responderá porque o que não é de sua vontade não será bom para nós. Deus, sempre, visa o nosso bem. Mas, é certo que Deus, no momento adequado, se manifestará.
           
Alguém pode perguntar:
“Se Deus é soberano e tudo realiza segundo a sua vontade, qual a necessidade de orar?”.
Lembremos que, embora à vontade de Deus seja “boa, agradável e perfeita”, ele aguarda a nossa oração, pois quer fazer-nos participantes diretos de todos os seus atos.

SACRAMENTO DA EUCARISTIA
FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM
            É O SACRAMENTO ONDE JESUS CRISTO ESTÁ REALMENTE PRESENTE, EM CORPO, SANGUE, ALMA  E DIVINDADE, NO SANTÍSSIMO SACRAMENTO, SOB A APARÊNCIA DE PÃO E VINHO.

A Ceia da páscoa judaica era uma prefiguração da verdadeira e definitiva Ceia Pascal instituída por Jesus.
            Lc 22,17-20. Sabendo que chegara a hora de partir deste mundo para voltar ao Pai, no decorrer de uma refeição - Santa Ceia - o último jantar de Jesus com seus discípulos, Ele instituiu a Eucaristia, e ordenou aos apóstolos que celebrassem -na até a sua volta: “Fazei isto em memória de mim”.
            A Missa é a Ceia do Senhor. Damos hoje o nome de CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA OU MISSA.
“EUCARISTIA” vem do grego e significa “AÇÃO DE GRAÇAS”. É dizer “muito obrigado”. A Eucaristia é um sacrifício de ação de graças que Jesus faz ao Pai, uma bênção pela qual a Igreja exprime o seu reconhecimento a Deus por todos os seus benefícios, por tudo o que ele realizou através da criação, da redenção e da santificação, Eucaristia significa, primeiramente, ação de graças. O nosso muito obrigado tornou-se infinito.
“EUCARISTIA” é, portanto, um “SACRIFÍCIO”. É o gesto sagrado de Jesus que entrega sua vida para que todos tenham vida. Na celebração da eucaristia revivemos e atualizamos essa entrega de Jesus.
Todavia, como a sua morte não devia pôr fim ao seu sacerdócio (Hb. 7, 24.27), na Última ceia, "na noite em que foi entregue" (1Cor 11,13), quis deixar à Igreja, sua esposa muito amada, um sacrifício visível (como o reclama a natureza humana) em que seria re-presentado (feito presente) o sacrifício cruento que ia realizar-se uma vez por todas uma única vez na cruz, sacrifício este cuja memória haveria de perpetuar-se até ao fim dos séculos (1Cor 11,23) e cuja virtude salutar haveria de aplicar-se à redenção dos pecados que cometemos cada dia .
           
“EUCARISTIA” é: “MEMORIAL”: É a autentica renovação do drama do Calvário.
            “Memorial”: não significa uma mera lembrança de um fato passado. A missa não é um teatro. É a autentica renovação do Sacrifício do Calvário. É o próprio Jesus que se oferece sobre o altar, ao Pai, como se ofereceu um dia na cruz (Congela-se o tempo - kronos. Entramos no tempo de Deus – kairós – no momento da Ceia).
            Ambos os sacrifícios, o da Cruz no Calvário, e o da Missa em nossos altares, constituem um único e idêntico sacrifício. O sacrifício perfeito, Jesus. Ele ofereceu a si mesmo como vítima para o perdão dos nossos pecados. Único sacrifício capaz de agradar a Deus. O Sacrifício oferecido por Jesus Cristo não foi um sacrifício de animais, como no Antigo Testamento. Esses antigos sacrifícios eram figuras do único sacrifício, que é aquele oferecido por Cristo na Cruz. A vítima do sacrifício oferecido por Jesus Cristo é Ele próprio. Por isso podemos dizer que Jesus Cristo oferece e é oferecido. Oferece como Padre e é oferecido como vítima.
Hb 7,25-27: “O Sacrifício que Cristo ofereceu uma vez por todas na cruz torna-se sempre atual”.
           
            “BANQUETE SAGRADO”: onde comemos o Corpo e bebemos o Sangue de Cristo. De tanto amor por cada um de nós, Jesus quis ficar conosco, com a mesma glória que está nos céus; na espécie do pão vem a nós para ser o Alimento e o Remédio da nossa alma.
            K Jesus vem a nós na Eucaristia, cheio de amor, mas, muitas vezes o recebemos tão mal!             Muitos, nem mesmo fazem a “ação de graças” após a Comunhão (agradecer ao Senhor tudo o quanto Ele fez e faz pela nossa salvação).
            K Nem mesmo reservam dez minutos para “ficar com Jesus” que vem à nossa morada.
            K Não tem tempo nem de receber as graças que Ele quer nos dar.  Logo que comungam, já saem da igreja, ficam conversando, cantando, às vezes músicas barulhentas e até esquecem que o Senhor da glória “hospeda-se” em cada um de nós. Que maus hospedeiros!
           
NA COMUNHÃO É O MOMENTO DE:
            J Oferecer o nosso coração para nele Jesus repousar.
            J É a hora privilegiada de ir a Ele que nos chama: “Vinde a mim vós todos que estais aflitos e cansados, e Eu vos aliviarei...” (Mt 11,28).
            J É a hora de “estar com o Jesus”, sem pressa...
            J É o momento de abraçá-lo;
            J De desagravar-lhe o coração tão ofendido por ofensas e indiferenças que recebe;
            J É a hora de pedir perdão pelos nossos pecados;
            J Pedir pelas pessoas doentes;
            J Pelas almas do purgatório.
            J Pelas necessidades da Igreja, do Papa, do nosso Bispo, do Clero, das vocações;
            J Pelas famílias, parentes, amigos e por todos que pediram nossas orações;
            J É o momento privilegiado de Jesus curar a nossa alma;
            J É o momento também das pessoas que não podem comungar sacramentalmente, fazerem sua comunhão espiritual;
            J Enfim... É a “HORA DA GRAÇA”.

            A LITURGIA EUCARÍSTICA é a parte principal da Missa, onde a Igreja irá tornar presente o sacrifício que Cristo fez para nossa salvação, só pode ser presidida pelo padre, porque só a ele foi dado o poder.
           
A ORAÇÃO EUCARÍSTICA: ritual central da Missa. É o momento em que Deus vai atender a súplica dos fiéis e santificar as oferendas transformando o pão e o vinho no Corpo e no Sangue de Jesus.
            Na hora da consagração (Tomai todos, e comei...) acontece a TRANSUBSTANCIAÇÃO é a mudança de substância. O Pão e o vinho deixam de ser simples matéria e passam a ser o Corpo real de Cristo. A forma aparente, porém, permanece de pão e vinho.
            Por isso o sacerdote diz: “Eis o mistério da fé”. A comunidade levanta-se e responde: “Anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde Senhor Jesus”.
            Quem anuncia a ressurreição está de pé. Postura de vida, ou certeza de prontidão. A morte prostra e derruba. A ressurreição levanta e renova energias.
            Ponto alto do ritual: (por Cristo.... a vós, Deus Pai todo-poderoso.....)
            A presença eucarística de Cristo começa no momento da consagração e dura também enquanto subsistirem as espécies eucarísticas. Cristo está presente inteiro em cada uma das espécies e inteiro em cada uma das partes delas, de maneira que a fração do pão não divide o Cristo.

            NOMES DADOS A EUCARISTIA: Eucaristia, Ceia do Senhor, Fração do Pão, Assembléia Eucarística, Memorial, Santo Sacrifício, Comunhão, Santa Missa, Aliança, Cordeiro Pascal, Reunião, Refeição, Banquete Fraterno, Páscoa, Santíssimo Sacramento, Sinal de Reconciliação Universal, Sintonia com o Universo, Tempos novos, Santa e divina Liturgia...

EUCARISTIA - FONTE DE FRATERNIDADE
Jesus reparte o pão e realiza a fraternidade.
            Ler Marcos 6,34-44.
Jesus deu o exemplo de fraternidade. Fez o milagre da multiplicação dos Pães para a multidão que estava com fome. O Evangelho diz que havia muita gente com fome. Jesus tem pena da multidão e diz aos apóstolos que procurem saber o que existe entre o povo para ser repartido. Pede ao povo o compromisso de:
            § Organizar-se em grupos; § Viver em amizade, fraternidade e comunhão; § Participar cada um naquilo que pode; § Partilhar os bens.
            “Então Jesus toma os cinco pães e os dois peixes, levanta os olhos aos céus, abençoa-os e os dá aos seus discípulos para que lhes distribuam”. 5+2=7, que significam “muitos”.
            Podemos ver um Deus que se preocupa com o homem em toda sua dimensão. Jesus sente compaixão pela necessidade do material que dá vida biológica ao homem, o alimento.
            Segundo o evangelho, Marcos não deixa dúvida que ali ocorrera um grande milagre que foi a transformação de poucos pães e alguns peixes em alimentos para aquela multidão. Este é um ponto que por mais que se possa tirar varias reflexões não pode negar o milagre ocorrido.
            Quando somos capazes de dividir aquilo que temos certamente, todos são beneficiados pelos nossos gestos e atitudes. 
            Um fato importante neste episódio é que Jesus sacia o povo a partir do povo, isto é, do alimento que alguém carregava e que foi apresentado se tornou alimento para todos. Quando não omitimos; quando apresentamos nossos dons a Deus, Ele pode transformar algo pequeno em grande e assim, muitos serem saciados a partir de partilhas de pequenas coisas. 
Deus ama e se preocupa com o homem no seu todo. Deseja alimentar o Espírito, como também está consciente da realidade e necessidades humanas, e sabe que um dos fundamentos também para segui-lo é estar saudável biológica e psicologicamente. 
           
            Å Mas, também não podemos deixar aqui de refletir este acontecimento numa dimensão profundamente espiritual, onde Jesus prefigura a sua morte e a sua ressurreição nos deixando a Si próprio como alimento espiritual. Deixando-nos Seu corpo, Seu sangue que alimentados nos santifica o corpo e o Espírito até o dia em que todos nos encontraremos na glória eterna. 
            Å Na multiplicação dos pães, ninguém foi deixado de lado. Todos puderam comer até ficarem saciados. De igual modo, na Eucaristia, sendo ceia de fraternidade, ninguém pode ser excluído. Homens, mulheres e crianças são todos bem-vindos, pois existe alimento para todos. 
             Å A Eucaristia é a refeição da família de Deus onde à sagrada mesa desaparece toda diferença de raça ou classe social, permanece somente a participação de todos do mesmo alimento sagrado.
            Å A Eucaristia nos une mais profundamente à Igreja, por isso recebemos um novo impulso para um melhor relacionamento entre as pessoas. Desde que participemos dela com coração sincero.   
            Å Da Eucaristia brota como atitude cristã à partilha fraterna (Jesus nos liberta do egoísmo).
            São Paulo chama a atenção para o individualismo de alguns ricos que desprezavam os pobres.
            Å Acolher Jesus na comunhão é também acolher as pessoas, valorizando-as e respeitando-as, ajudando uns aos outros. Não podemos comungar com Cristo se não procurarmos viver em comunhão com os outros.
           
Å Será que deixamos algum colega de lado? Vamos lembrar aquilo que Jesus fez antes da última ceia: lavou os pés dos discípulos, mostrando que a humildade e o serviço são condições para participarmos dignamente da Eucaristia.
            Å Por isso São Paulo diz: Examine cada um a si mesmo, antes de comer deste pão e beber deste cálice. ”Pois aquele que come e bebe indignamente... come e bebe sua própria condenação” 1Cor 5,27-29.
            Å Quem recebe a Eucaristia em pecado, não recebe as graças proveniente dela. É Jesus vivo mesmo que recebe, mas não tem o benefício da graça.
           
            Prefigurações da Eucaristia:
            Deus faz chover pão do céu, Êxodo 16, 3-5
            Multiplicação dos pães, Marcos 8, 1-9
           
            História: Cristo e Teófilo.
Momento da partilha: (levar algo para ser compartilhado)

“TOMAI E COMEI DELE TODOS VÓS”
Ler: João 6,35-68.
            35. "Jesus disse: Eu sou o pão da vida: aquele que vem a mim não terá fome, e aquele que crê em mim jamais terá sede".
            41-42. Murmuravam então dele os judeus, porque dissera: Eu sou o pão que desceu do céu. E perguntavam: Porventura não é ele Jesus, o filho de José, cujo pai e mãe conhecemos? Como, pois, diz ele: Desci do céu?
            48. Eu sou o pão da vida.
            51. Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão, que eu hei de dar, é a minha carne para a salvação do mundo. 52. A essas palavras, os judeus começaram a discutir, dizendo: Como pode este homem dar-nos de comer a sua carne?
            54. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia. 55. Pois a minha carne é verdadeiramente uma comida e o meu sangue, verdadeiramente uma bebida. 56. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. 60. Muitos dos seus discípulos, ouvindo-o, disseram: Isto é muito duro! Quem o pode admitir? 66. Desde então, muitos dos seus discípulos se retiraram e já não andavam com ele. 67. Então Jesus perguntou aos Doze: Quereis vós também retirar-vos? 68. 69. Respondeu-lhe Simão Pedro: Senhor, a quem iríamos nós? Tu tens as palavras da vida eterna. E nós cremos e sabemos que tu és o Santo de Deus!
           
            ù O primeiro anúncio da Eucaristia dividiu os discípulos, assim como o anúncio da paixão. A Eucaristia e a cruz são pedras de tropeço.
            É o mesmo mistério, e ele não cessa de ser ocasião de divisão.
           
“Vós também quereis ir embora?” Esta pergunta de Jesus ressoa até hoje como convite a nós para descobrirmos que só Ele tem palavras de vida eterna.
            Jesus afirma, repete, reafirma, e explica que o pão que ele vai dar é o "seu próprio corpo" - que seu corpo é uma "comida" - que seu sangue é uma "bebida" - que é um pão celeste que dá a vida eterna. E tudo isso é repetido mais de 50 vezes, sem deixar dúvidas.
           
            Não há dúvida: “isto é o meu corpo... isto é o meu sangue”. Jesus não fala: isto parece ou simboliza o meu corpo, mas “isto é o meu corpo”. Aqui precisamos acreditar que Jesus está presente na hóstia consagrada ou pegar a Bíblia e rasgá-la, pois não há outra alternativa. Ou Jesus está presente na Hóstia consagrada, ou Ele enganou todos, pois não há na Bíblia uma verdade ou doutrina tão clara, tão certa, que não admita dúvidas, como esta.
            (1Cor 10,16) "O cálice de bênção, que benzemos, não é a comunhão do sangue de Cristo? E o pão, que partimos, não é a comunhão do corpo de Cristo?”.
            (1Cor 11,29-30) "Aquele que o come e o bebe sem distinguir o corpo do Senhor, come e bebe a sua própria condenação". "Esta é a razão por que entre vós há muitos adoentados e fracos, e muitos mortos".
            ù As graves conseqüências desse pecado, indicadas por Paulo, mostram que a Eucaristia não é um mero símbolo, mas presença real de Jesus na hóstia consagrada.
            ù A Igreja católica foi muito perseguida desde o início. Os cristãos eram desprezados. Eram vistos como perigo público, como ateus, praticantes de magia, antropófagos.
“Tomai e comei, este é o meu corpo”:
            Jesus nos convida insistentemente a recebê-lo no Sacramento da Eucaristia. Para responder a este convite, devemos preparar-nos fazendo um exame de consciência, pois não devemos receber a Eucaristia em pecado grave. Deve-se receber antes o Sacramento da Reconciliação.
            Para se preparar convenientemente para se receber a Eucaristia deve-se guardar jejum de uma hora antes da comunhão. Água e remédio não quebram o jejum.
            A atitude corporal, os gestos, as roupas, deverão mostrar o respeito, a alegria deste momento em que Jesus torna-se nosso hóspede.
           
            Os efeitos da comunhão:
“A comunhão aumenta a nossa união com Cristo”. Pois o Senhor nos diz: ‘Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele’ (JO 6,56).
 A força física vem dos alimentos, e as forças espirituais vêm de Jesus. Jesus disse: “Eu sou o Pão vivo que desceu do céu”.
A Comunhão apaga os pecados veniais e nos preserva dos mortais.
A Comunhão fortalece a caridade;
A comunhão renova, fortalece, aprofunda a incorporação à Igreja.
           
Eucaristia e missão: A Palavra “Missa” vem do latim e significa “ir em missão”.
            A Eucaristia é o Sacramento da missão, do envio. Dela nasce à missão de todos: "Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura" (Mc 16,15).
            Quem participa da Eucaristia tem o compromisso da missão. Se isso não acontecer não teremos comunhão total com Deus.
            A Eucaristia que não aquece nosso coração e não nos impulsiona para a missão, expressa claramente que não participamos dela e não a vivemos em profundidade.

A COMUNIDADE CELEBRA
Celebrar é sinônimo de comemorar, festejar, encontrar-se, lembrar com especial atenção.
            Celebrar - ação com palavras e gestos, sinais e símbolos, cantos e músicas.
            Ritos = regras
Participar da missa é unir-se ao “Sacrifício Redentor de Jesus”. Essa é a grande adoração aceita pelo Pai.
           
            è As orações feitas pelo sacerdote na ação litúrgica são feitas em nome de toda a assembléia. Quando participamos de uma celebração litúrgica, é o Cristo total que está rezando e nós estamos incluídos, participando, dando “Amém” para assegurar que nossa voz seja ouvida, já que em Cristo temos vez diante do Pai.
           
A missa compõe-se de quatro partes:
            a) Ritos iniciais:
            » Começa com a chegada das pessoas;
            » Procissão de Entrada com Canto (alegria dos irmãos que se encontram; clima agradável e festivo de celebração);
            » Sinal da cruz – sinal do cristão;
» Beijo no Altar (a tradição cristã respeita o altar como símbolo do próprio Cristo);
            » Saudação e acolhida – Anuncia a presença de Jesus Ressuscitado;
» Ato Penitencial: reconhecemos os nossos erros;
            » Hino de Louvor: Glória: Já perdoados, cantamos para louvar e agradecer as maravilhas que o Senhor fez (quaresma e advento não são recitados, pois são tempos de penitência);
            » Oração Coleta (tem esse nome porque ela recolhe as intenções particulares feitas em silêncio): oração pessoal com intenções particulares.
            » Amém: Conclui os ritos iniciais – nossa adesão.
b) Liturgia da Palavra: Deus nos fala, devemos acolhê-la;
            » Primeira Leitura: Passagem tirada do Antigo Testamento (parte bíblica que prepara a vinda do Messias) no tempo pascal a leitura é tirada de Atos;
            » Salmo: É um canto ou um salmo que nos ajuda a entender melhor a mensagem da primeira leitura. É a nossa resposta a Deus ao concordar com a sua Palavra;
            » Segunda Leitura: geralmente cartas de orientações, doutrinas, alertas, testemunhos, elogios, também entram Atos e Apocalipse (faz parte somente da liturgia dos domingos e festas);
            » Aclamação do Evangelho: Nesta hora ouvimos o padre anunciar a MENSAGEM DE JESUS. Por isso cantamos "ALELUIA" (que significa "alegria");
            Antes da leitura do Evangelho, traçamos três cruzes sobre nós; na cabeça, na boca e no coração, para que Deus purifique nossos pensamentos, palavras e sentimentos, a fim de ouvirmos melhor o santo Evangelho.
            » Evangelho: Jesus nos fala apresentando-nos o REINO DE DEUS. Boa notícia;
            » Homilia: Deus nos fala através das leituras e nos fala também através do ministro que preside, o qual ajuda-nos a perceber o sentido dos termos e a vontade de Deus naquele momento e naquela circunstância (apresenta a proposta de Jesus para a vida);
            » Profissão de Fé: (Credo): Momento em que professamos publicamente tudo aquilo que como cristãos devemos acreditar;
            » Oração dos Fiéis: A comunidade reunida reza pela Igreja e por todas as pessoas do mundo. Uma conversa de filos com o pai.
            » Amém: conclusão.
           

c) Liturgia Eucarística: È a parte central e mais importante da celebração. É a celebração da Ceia Pascal do Senhor;
            » Preparação das Oferendas: Momento em que oferecemos a nossa vida, ou seja, tudo o que somos ao Senhor, nossas alegrias e tristezas, nossas preocupações, o fruto do nosso trabalho;
            » Procissão do ofertório: algumas pessoas representando a assembléia trazem para o altar as hóstias, ou seja, pão e vinho (e a água);
            » O Sacerdote apresenta ao Senhor o pão e o vinho, elementos escolhidos por Cristo, que serão os sinais sacramentais da Eucaristia, transformados pela consagração;
            » Oração Eucarística: (ritual central da missa) De modo geral, nela se invoca o nome divino sobre as oferendas, seguindo a narração da Instituição da Eucaristia.
            Após a consagração e a elevação de ambas as espécies (hóstia e vinho), a comunidade aclama o Senhor entre nós. SANTO, SANTO, SANTO;
            » Reza-se ainda pela Igreja militante, isto é, pelos vivos, em união com o Santo Padre, assim como se pede pelos falecidos. Tudo em união com a Igreja celeste.
            » As palavras finais da Oração Eucarística resumem, num ato de louvor tudo o que foi feito na celebração: “Por Cristo, com Cristo e em Cristo”. Trata-se de uma entrega de toda a humanidade e de todo o universo ao pai por Cristo no Espírito Santo. E assim encerra esta grande operação;
            » Com o Pai Nosso a comunidade se prepara para receber a Comunhão;
            » Vem a seguir a paz;
            » a fração do Pão (único pão partido);
            » A assembléia aclama o Cordeiro de Deus e Lhe pede piedade e paz;
            » A Comunhão: Momento em que vamos em direção do banquete do Senhor receber o seu Corpo e o seu Sangue;
            Ao retornar ao banco não é preciso ajoelhar-se, porque o mistério presente no sacrário agora está no próprio coração de quem comungou.
            » Por fim o sacerdote reza a oração chamada pós-comunhão.
            » Amém: conclusão.

            d) Ritos finais:
            » Avisos: O Padre ou algum leigo da comunidade anuncia algum evento ou informa algo de interesse à comunidade;
            » Bênção: O Padre dá a bênção à comunidade. Bênção significa o bem que alguém quer para outra pessoa.
            » Despedida: O Padre se despede da comunidade e recorda que este momento não é mera despedida apressada, mas um novo envio para realizar a missão do cristão no mundo, isto é, anunciar ao mundo o Cristo Vivo. É o momento de consciência apostólica e missionária.
            A Liturgia pode prolongar-se pelas orações particulares. Somente uma participação ativa e consciente permite-nos experimentar os frutos da redenção, de libertação e de crescimento na santidade.
â Não sair antes do padre.

ó A missa não é um show nem um espetáculo, é curtir Jesus Cristo. É ouvir o que Ele tem a dizer (Liturgia da Palavra) e fazer Memória (Celebrar) o que Ele fez na Última Ceia, mandando que a gente faça o mesmo (Liturgia Eucarística). É sentar-se aos pés dele para ouvi-lo, captá-lo, entendê-lo, saboreá-lo, assimilá-lo, como fez Maria, Irmã de Marta Lc 10, 38-42.

Memorize: A liturgia da missa é uma festa onde cristo está presente de diversas maneiras:
1-Agindo na pessoa do Padre.
2-No meio do povo reunido (Mt 18,20).
3-Na Palavra: é Ele mesmo quem fala.
4-No pão e no vinho, que é transformado no Seu Corpo e Seu Sangue.
Leitura da Bíblia: 2º Tm 3,14-17

A COMUNIDADE CELEBRA COM GESTOS E SÍMBOLOS LITÚRGICOS.
            “Em nossas celebrações religiosas há muitos objetos, gestos e atitudes especiais de pessoas. Eles entram na Liturgia como símbolos e sinais significativos”.
            Os Gestos e posturas são muitos importantes como atitude da assembléia em oração. Também são formas de rezar.

Objetos Usados na Missa
Toalha: é sinal de mesa posta para refeição.
Água: Trata-se de água natural. É usada para purificar as mãos do sacerdote e para ser misturada com o vinho, simbolizando a união da Humanidade com a Divindade em Jesus. Também é usada para purificar o TURÍBULO: Recipiente de metal usado para queimar o incenso.
Âmbula: É semelhante ao cálice, mas possui uma tampa. Nele se colocam as hóstias. Após a missa, é guardada no sacrário, juntamente com as hóstias que foram consagradas.
Cálice: É uma taça geralmente revestida de ouro ou prata. Nele se deposita o vinho a ser consagrado.
Corporal: É uma toalhinha quadrada. Chama-se corporal porque sobre ela coloca-se o Corpo do Senhor (cálice e âmbula), no centro do altar.
Crucifixo: Sobre o altar ou acima dele, existe um crucifixo para lembrar que a Ceia do Senhor é inseparável do seu sacrifício redentor. Vemos em Mt 26-28, que Jesus deu a seus discípulos o "sangue da aliança que será derramado por muitos para o perdão dos pecados".
Flores: Em dias festivos pode-se usar flores (representam toda a natureza que participa da celebração eucarística de Cristo), não sobre o altar, mas ao lado deste. Sobre o altar usa-se decoração com motivos litúrgicos, tais como o pão e o vinho, o trigo e a uva, além das velas e crucifixo. No tempo da Quaresma não se usa flores; durante o Advento, admite-se seu uso desde que seja com moderação, para não antecipar a alegria do Natal.
Galhetas: São duas jarrinhas em vidro ou metal. Em uma vai a água e na outra, o vinho. Estão sempre juntas sobre um pratinho no altar.
Hóstia: É feita de pão de trigo. A palavra significa "vítima que será" sacrificada. Há uma hóstia grande para o sacerdote e pequenas para o povo. A do sacerdote é grande para que possa ser vista de longe pelo povo durante a elevação e também para ser repartida entre alguns participantes, em geral os ministros.
Lecionário: Livro que contém todas as leituras da Bíblia, de acordo com a missa do dia.
Manustérgio: Toalha que serve para enxugar as mãos do sacerdote, durante o ofertório. Costuma a acompanhar as galhetas.
Missal: É um livro grosso que contém todo o roteiro do rito da missa, com exceção das leituras que se encontram no lecionário.
Pala: É uma peça quadrada e dura (um cartão revestido de linho). Serve para cobrir o cálice.
Patena: É um pratinho de metal. Sobre ela coloca-se a hóstia maior.
Sanguinho: É uma toalha branca e comprida, usada para enxugar o cálice e a âmbula.
Velas: Sobre o altar ficam duas velas. A chama da vela simboliza a fé que recebemos de Jesus, Luz do Mundo, no batismo e na confirmação. É sinal de que a missa só tem sentido para quem vive a fé.
Vinho: É vinho puro de uva. Assim como o pão se converte no verdadeiro Corpo de Cristo, também o vinho se converte no verdadeiro Sangue do Senhor, vivo e ressuscitado.
TURÍBULO: Recipiente de metal usado para queimar o incenso.
CONOPEU: Cortina colocada na frente do sacrário.
CREDÊNCIA: Mesinha ao lado do altar, utilizada para colocar os objetos do culto.
LAMPARINA: É a lâmpada do Santíssimo.
LAVATÓRIO: Pia da Sacristia. Nela há toalha e sabonete para que o sacerdote possa lavar as mãos antes e depois da celebração.
A cadeira do padre ou bispo chama-se cátedra, isto é, lugar daquele que ensina. Por isso, a igreja onde o bispo preside chama-se catedral.

As Vestes Litúrgicas
            Para lidar com as coisas santas, o sacerdote utiliza-se de sinais sagrados, usando vestes que o distinguem das outras pessoas. As vestes representam o Cristo cheio de glória e simbolizam a comunidade que crê no Cristo ressuscitado.
Alva: É uma veste muito semelhante à túnica, sendo toda branca. Simboliza a nova vida, a pureza e a ressurreição.
Amito: Usado por alguns sacerdotes, é um pano branco que envolve o pescoço e que é colocado sob a túnica ou a alva.
Casula: É colocada sobre todas as vestes e também cobre todo o corpo. A cor da casula varia de acordo com o tempo litúrgico (branca, verde, roxa, vermelha...). É uma veste solene, ampla, usada nos dias festivos como o Natal, a Páscoa e o Corpus Christi. Simboliza a paz e a caridade que devem envolver todos aqueles que se aproximam do altar.
Cíngulo: É um cordão que prende a alva ou a túnica à altura da cintura. Simboliza a vigilância, lembrando as cordas com as quais Jesus foi amarrado.
Estola: É uma faixa vertical, separada da túnica, que desce a partir do pescoço do sacerdote em duas partes sobre o peito, uma de cada lado. Sua cor também varia de acordo com o tempo litúrgico. Simboliza o poder conferido ao sacerdote, a caridade, o perdão, a misericórdia e o serviço.
Túnica: É um manto longo, geralmente na cor branca, bege ou cinza clara, que cobre todo o corpo. Lembra a túnica que Jesus usava, "sem costura de alto a baixo", sobre a qual os soldados romanos tiraram a sorte para decidir quem ficaria com ela.

GESTOS:
Sinal da cruz É o sinal dos cristãos. Faz uma cruz com a mão direita aberta, da testa ao peito, e do ombro esquerdo ao direito, dizendo: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
O sinal da cruz de muita gente parece mais um espanador. O indivíduo dá uma “espanada”, umas “voltinhas” com a mão direita na frente do peito, depois de ter dado uma apontada com o indicador para cima. Termina com um beijinho nos dedos. Cristo morreu numa cruz, não num espanador...
Persignar-se é fazer três cruzes com o dedo polegar da mão direita aberta: a primeira na testa, para que Deus nos livre dos maus pensamentos; a segunda na boca, para que Deus nos livre das más palavras; a terceira no peito, para que Deus nos livre das más obras, que nascem do coração, dizendo: Pelo sinal da santa cruz, livrai-nos, Deus nosso Senhor, dos nossos inimigos.
Genuflexão: Gesto de adoração diante do Santíssimo Sacramento. Só nos ajoelhamos diante de Deus, ou com o pensamento voltado para Ele. Alguns dão um “sustinho” e pensam que está certo.
Inclinação do corpo ou da cabeça é sinal de respeito e humildade. Faz-se na Igreja quando não há Santíssimo.
Sentado: Posição de escuta, para ouvir e acolher as leituras e a homilia. Também permanecemos sentados durante o ofertório, quando as oferendas são apresentadas ao Senhor.
Em pé: Sinal de Ressurreição. Posição daquele que ouve e está pronto para obedecer. Sinal de disponibilidade.
De joelhos: Ajoelhar-se diante de alguém é reconhecer sua soberania. ”Ao nome do Senhor, todo joelho se dobre no céu, na terra e debaixo da terra”. (Fi 2,10)
Inclinado: Sinal de penitência, na oração do ato penitencial e na hora do “sim” durante a bênção.
Mãos levantadas: Sinal de Ressurreição. Simboliza o orante, aquele que suplica, aquele que entrega, aquele que louva.
Em procissão: A história da salvação começou com uma procissão: Abraão e sua família saem rumo à terra prometida; atualmente seu sentido é o de uma peregrinação do povo de Deus rumo à casa do Pai.
Sacrário – A luz acesa significa que o Santíssimo está presente, ou seja, a Hóstia Consagrada.
Santos - São para nos lembrar que alguém já conseguiu chegar à perfeição. Os santos são nossos modelos. Exemplos de vida. Nossos intercessores (O povo pedia a Samuel e a Jeremias que rogasse a Deus por eles. Por isso nós também pedimos pela intercessão dos anjos e santos). Os santos não são deuses. Não podemos colocar os santos antes de Deus.
Imagem é recordação, lembra algo, além dela, fora dela. Imagem sacra recorda uma pessoa santa, alguém que viveu a fé. Nunca a imagem é um ser em si mesmo, aí deixaria de ser imagem, passaria a ser realidade. Deus manda Moisés fazer 2 querubins de ouro e colocá-los por cima da Arca da Aliança. Manda, também, fazer uma serpente de bronze e colocá-la por cima duma haste, para curar os mordidos pelas serpentes venenosas, e esteve exposta no templo 200 anos 2Rs18,4. Manda ainda, a Salomão enfeitar o templo de Jerusalém com imagens de querubins, palmas, flores, bois, leões etc (I Reis 6,23-35 e 7,29). Gedeão, juiz de Israel, fabricou com ouro, uma figura de Javé a quem os israelitas prestavam culto Jz 18,31.  Micas fez uma efígie de prata de Javé e estabeleceu um santuário para prestar-lhe culto Jz18,31. Rei Davi tinha em sua casa imagens divinas. 1Sm19, 11-13.
Eram abundantes a quantidade de imagens, pinturas, estátuas e ornamentos que enchiam o grandioso templo de Javé, em Jerusalém. Não se trata de adorar uma imagem, mas sim de adorar a Deus, através do estímulo que a imagem pode oferecer. Quando você viaja e fica longe da sua mãe. Logo fica com saudade então você pega o retrato dela e beija, acaricia,... Mas está lembrando-se da pessoa. Assim também nós fazemos com as imagens.

Lecionário Dominical – a Palavra de Deus nos Domingos
No Lecionário Dominical encontramos as leituras para todos os Domingos do ano litúrgico, que se dividem em ano A (Mateus), ano B (Marcos) e ano C (Lucas). Para cada Domingo haverá uma seleção de primeira leitura, Salmo responsorial ou de meditação, segunda leitura, aclamação ao Evangelho com o versículo aleluiático e o próprio Evangelho.
Lecionário Semanal – o nosso dia-a-dia guiado pela Palavra de Deus.
Já no caso do Lecionário semanal há uma divisão um pouco diferente. Na semana, o lecionário divide a primeira leitura e o Salmo de meditação entre ano par e ano ímpar. Somente o Evangelho é o mesmo, seja ano par, seja ano ímpar. No caso do Evangelho durante as Eucaristias na semana, no decorrer de um ano litúrgico percorremos os principais textos dos quatro Evangelhos.
Lecionário Santoral – os Santos e Santos vistos à luz da Palavra de Deus.
O lecionário santoral, é utilizado nas festas dos Santos. Traz sempre leituras, Salmos responsoriais e Evangelhos que nos ajudam a focalizar a vida daquele Santo que se deixou guiar pela Palavra de Deus. No Domingo, sempre prevalecem as leituras do Domingo correspondente.

ESCOLHE A VIDA.
            Ao criar o ser humano, disse Deus: “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Que ele reine sobre os peixes do mar, sobre os pássaros do céu, sobre os animais domésticos e sobre toda a terra” Gênese 1,26. É o que está logo no começo da Bíblia.
            Ø Isso quer dizer que, no plano amoroso de Deus, fomos chamados à vida livres para criar e amar.
            Ø Deus não nos criou programados como robôs, com um destino cego. Robôs podem sorrir, falar, e até mesmo fazer as tarefas domésticas, mas eles não podem amar.
            Ø Deus nos criou à Sua imagem, com a capacidade de pensar e escolher, de lembrar, entender e amar.
            Ø Fomos criados predestinados à santidade, ou seja, criados para buscarmos e conquistarmos por livre vontade a vida em Deus.
           
            A liberdade humana:
            _ Deus nos deu o livre arbítrio, podemos discernir entre o bem e o mal.
            _ Podemos pensar com nossos próprios pensamentos.
            _ Refletir sobre nossa existência, buscar e encontrar o sentido de tudo que fazemos.
            _ Somos responsáveis por tudo o que escolhemos: Pelas atitudes que tomamos e pelas conseqüências positivas ou negativas que delas resultam.
_ Deus não somente dá aos seres humanos o existir, mas também a dignidade de agirem eles mesmos.
            _ A liberdade humana é a expressão maior do amor de Deus, pois é a partir dela que nós podemos nos tornar realmente humano.
            _ Somente sendo livres é que podemos ser responsáveis. Ë somente com responsabilidade que, com atitudes, construímos o Reino de Deus depositado em nossas mãos.
_ Diante de nós está a proposta do bem e do mal, do amor e do pecado.
_ Podem, no entanto, desviar-se. Foi assim que o mal entrou no mundo.

            Livres, porém não abandonados.
ó O homem pode esquecer ou rejeitar a Deus. Mas Deus não cessa de chamar todo homem a procurá-lo.
            á Essa liberdade nos é dada por Deus, mas, ao mesmo tempo em que nos aconselha: “Escolhe a vida”.
            ó Apesar de possuirmos uma grande liberdade, não podemos cair na crença de que Deus criou o mundo e caiu fora, deixou tudo em nossa mente a agora cada um é que deve cuidar de sua vida.
            ó Pelo contrário, Deus nos deu a liberdade sim, mas caminha conosco.
            ó Ele não nos abandona nunca, porém, não toma as decisões por nós.
            ó Na verdade nosso Deus nos mostra e propõe o caminho a seguir para que tenhamos a verdadeira vida, a verdadeira felicidade.
            ó A presença de Deus em nosso íntimo é uma realidade. Deus está conosco e age em nós, embora sejamos livres para aceitar isso ou não.
            Y É em nossa consciência que Deus age.
            Y Na intimidade da consciência, o homem descobre uma Lei. Chamando-o sempre a amar e fazer o bem e evitar o mal.
            Y No momento oportuno a voz desta lei lhe soa no coração: faze isto, evita aquilo”.
            Y De fato o homem tem uma lei escrita por Deus em seu coração. Obedecer a ela é a própria dignidade do homem, que será julgado de acordo com esta lei.
            Consciência - voz de Deus no coração. Precisa ser formada retamente. A educação da consciência é indispensável aos seres humanos submetidos a influências negativas e tentados pelo pecado a preferirem o próprio juízo e a recusar os ensinamentos autorizados. A educação da consciência é uma tarefa de toda a vida.

            E nós sempre escolhemos os bons convites? Porque às vezes os convites maus são mais fáceis e atrativos? Muitas vezes não sabemos o que escolher, o que fazer ou falar em nossas vidas. Mas como é que vamos ter a certeza do que devemos escolher?
            Em primeiro lugar, precisamos aprender a ouvir as pessoas experientes e que levam uma vida correta. São muitas estas pessoas: os pais, os professores, os catequistas, os bons amigos...
            No entanto, nem sempre estas pessoas estão conosco para nos ajudar em nossas escolhas de vida. Por isso, precisamos sempre aprender a ouvir a voz de Deus que fala dentro de nós, em nosso coração, ou seja, por meio de nossa consciência.
            Leitura da Bíblia: Dt 30,15-20.
           
            Catequista: o fato de serem primitivos do ponto de vista tecnológicos, mais ou menos como alguns povos indígenas que só conhecem instrumentos de pedra, não impediu o primeiro homem de tomar decisões livres. A qualidade moral duma pessoa e a intensidade de sua fé religiosa não dependem do grau de evolução cultural. De fato, conhecemos pessoas, consideradas altamente civilizadas, que não demonstram possuir nenhum sentimento moral. Ao contrário, existem pessoas culturalmente simples e atrasadas, que têm uma sensibilidade moral e religiosa muito fina: são plenamente capazes de distinguir entre o bem e o mal.

PECADO DIZER NÃO A DEUS E AOS IRMÃOS.
 Pecado é transgredir a lei de Deus
            “Deus nos escolheu em Cristo antes da Criação do Mundo, para sermos santos”.
·         Estamos neste mundo para que participemos da vida divina;
·         Para que desfrutemos do Reino de Deus;
·         Para vivermos no amor;
·         Enfim para que nos realizemos como seres humanos.
            Y Contudo, Deus não fez sua obra completamente acabada.
            Y Ele não nos fez perfeitos, mas estamos a caminho de uma perfeição maior.
            Y Essa perfeição maior somente poderá ser atingida se permanecermos em Deus.
            Y Somente Ele pode nos fazer melhores.
            Y Sozinhos, nada podemos, pois somos fracos e limitados.
            Y Em Deus, tudo podemos! Ele é poderoso e ilimitado.
            Y Deus fez o ser humano livre para crescer e tornar-se cada vez melhor, mais humano, mais realizado como pessoa, deveria escolher estar com Deus.
Caixa de texto:               
Adão e Eva tinham tudo para que fossem felizes. Eles usufruíam perfeita saúde física e mental, viviam num jardim maravilhoso num mundo sem defeito. (Gênesis 2:8; 1:28-31). Deus lhes prometeu filhos e a capacidade de pensar criativamente, e de encontrar satisfação no trabalho de suas mãos (Gênesis 1:28; 2:15).
Eles experimentavam um relacionamento face a face com Seu Criador. Nenhum traço de preocupação, medo ou doença manchavam seus dias felizes.  No entanto, certo dia Eva estava vagueando por perto da árvore proibida. O anjo mau rapidamente apresentou suas audaciosas tentações. Ele argumentou que Deus havia mentido para ela, e que se comesse do fruto da árvore ela não iria morrer, mas se tornaria sábia como o próprio Deus, conhecendo o bem e o mal.     
            M Tragicamente, Eva, e depois Adão, que conheciam apenas o bem, permitiram que o anjo mau os convencesse, e eles provaram do fruto proibido, quebrando, como isso, sua ligação de confiança e obediência a Deus.
            M O primeiro pecado, chamamos, “pecado Original”. O pecado de nossos primeiros pais não foi o simples fato de roubar um “fruto proibido”, foi muito mais que isso.
            M Não quiseram mais ouvir a voz de Deus que soava em seus corações.
            M Auto proclamaram-se donos de seu futuro, conhecedores do que era o bem e o mal para si mesmos.
            M Deus não tinha mais vez no coração humano. O homem e mulher tornaram-se deuses para si mesmos. Fechados em seu orgulho.  
            M Perderam a razão de ser, perderam a raiz de sua felicidade, pois escolheram estar longe de Deus (é esse o significado da “Expulsão do Paraíso” Gn 3,23-24);
            M Perderam a harmonia que havia quando estavam em perfeita comunhão com Deus.
O pecado original enfraqueceu nossa carne. Precisamos da eucaristia, oração, adoração ao Santíssimo, jejum, confissão para nos fortalecer.
           
è No Paraíso, que não pode ser visto como um “lugar”, mas sim “estado de ser”, a comunhão com Deus era perfeita. Porém, nossos primeiros pais escolheram abandonar seu Criador.
            I O pecado afetou toda a criação. Com o pecado veio à morte!
            I Hoje, o “MAL” clama o mundo como seu, e tenta ao máximo escravizar as pessoas: Novelas imorais, filmes pornográficos, sexo explícito, ridicularização da Igreja, campanha a favor do aborto, do homossexualismo, da bebida, do cigarro, do consumismo, do poder... guerras, injustiças, discórdias, divisões, explorações.
            Todos somos tentados e às vezes caímos, mas o importante é levantar. 
           
» Mas Deus deu aos anjos e aos seres humanos de cada geração uma capacidade de fazer escolhas. "Escolham hoje a quem irão servir". Josué 24:15.
            » Nosso Deus nos desafia a escolher fazer o que é correto, pois nosso poder de raciocinar diz que o "jeito de Deus é o melhor".
            » Podemos evitar o que é errado, pois nossa capacidade de raciocinar nos alerta contra os resultados da desobediência e do pecado.
           
            r Todos os pecados subseqüentes são praticados tendo como raiz primeira o pecado de origem.
            r Cada pecado torna a pessoa como senhora de si mesma para deixar Deus e seu projeto num plano inferior.
            r O pecado é uma falta contra a razão, a verdade, a consciência reta;
            r É uma falta de amor verdadeiro, para com Deus e para com o próximo, por causa de um apego perverso a certos bens.
            r O pecado mortal é um "não" a Deus, é um rompimento com Deus, é a perda da sua amizade, da sua graça.
            r  O pecado corta a vida, nas raízes.
            Precisamos reconstruir nosso Paraíso. Ver como deveríamos estar em relação a Deus. Descobrir o que estamos perdendo por culpa dos nossos pecados atuais.
            O Paraíso é também uma profecia futura.
PECADOS VENIAIS E MORTAIS
1 - Pecados veniais são pecados 'leves' ou perdoáveis pela via extra-sacramental, através da realização de obras penitentes. A Igreja, não obstante, recomenda vivamente a confissão dos pecados veniais. São pequenas faltas morais, como, por exemplo, omitir algum fato, negligenciar quanto à obrigação como cristão no âmbito dos deveres impostos pela lei canônica, dizer alguma mentira sem maior importância e etc. O pecado venial acumulado em nossas almas não pode se transformar em pecado mortal, porque o pecado mortal está associado a atos específicos. Um ato pecaminoso em termos veniais, não pode se tornar pecado mortal por acumulação. O pecado venial não agride a substância da lei divina e não apaga a graça em nossa alma. De todo modo, também é uma forma de afastamento do amor e da misericórdia de Deus que deve ser evitada. Principalmente porque, uma vez, acumulado, o pecado venial, nos predispõem ao pecado mortal e debilita a caridade em nossa alma.

2 - O Pecado Mortal é aquela falta moral que sempre elimina a graça divina da nossa alma, rompendo a amizade do homem com Deus. Cometemos pecados sempre quando agimos livre e conscientemente -- ações adotadas por constrangimento externo insuperável ou por ignorância, não constituem pecado, não implicam em culpa pessoal ao autor da referida ação pecaminosa. O único pecado herdado é o pecado original que é transmitido por geração sem responsabilidade pessoal do homem. Existe gravidade diferenciada no âmbito dos pecados considerados de caráter mortal. Pecados mortais são, por exemplo, pecar contra os Dez Mandamentos e pecar contra o Espírito Santo.
            Leitura da Bíblia: Gn 3,1-13.

Para que haja pecado grave (mortal) é necessário:
 1 – pleno conhecimento: ou seja, cometer o ato desordenado sabendo perfeitamente que aquele ato é pecaminoso.
            2 – pleno consentimento: ou seja, cometer o ato desordenado voluntariamente, com total consentimento da vontade por livre e espontânea vontade.
 3 – matéria grave: o ato deve se tratar de matéria grave.

Catequista: Se os primeiros homens tivessem aceitado a amizade de Deus, a nossa existência seria muito diferente. Haveria algum sofrimento, como entre os animais, resultante dos processos da natureza, frio e calor, enchentes e terremotos, e assim por diante. Mas não haveria maldade no coração humano, nem todas as suas conseqüências perversas, para o próprio pecador, a inveja, tristeza, angústia e remorso, ou para os que sofrem os efeitos do ódio e da violência. Reinaria a justiça e a paz, no respeito por Deus e sua lei, e na ajuda solidária entre todos. O nosso organismo seguiria o ciclo vital de crescimento e decomposição. Mas o fim da vida não seria, como agora, uma ruptura dolorosa com o mundo presente, nem um mergulho angustioso no vazio da morte. Este momento final seria experimentado como uma passagem suave e desejada para uma vida ainda melhor, de comunhão plena e definitiva com Deus e com toda a família humana.

O pecado contra o Espírito Santo consiste na rejeição da graça de Deus; é a recusa da salvação. Implica numa rejeição completa à ação, ao convite e à advertência do E. Santo (Mc3.29; Hb10.8).
1º - Desesperar da salvação -- quando a pessoa perde as esperanças na salvação, achando que sua vida já está perdida e que ela se encontra condenada antes mesmo do Juízo. Julga que a misericórdia divina é pequena. Não crê no poder e na justiça de Deus.
2º - Presunção de salvação, ou seja, a pessoa cultiva em sua alma uma idéia de perfeição que implica num sentimento de orgulho. Ela se considera salva, pelo que já fez. Somente Deus sabe se aquilo que fizemos merece o prêmio da salvação ou não. A nossa salvação pode ser perdida, até o último momento da nossa vida, e Deus é o nosso Juiz Eterno. Devemos crer na misericórdia divina, mas não podemos usurpar o atributo divino inalienável do Juízo. O simples fato de já se considerar eleito é uma atitude que indica a debilidade da virtude da humildade diante de Deus. Devemos ter a convicção moral de que estamos certos em nossas ações, mas não podemos dizer que aos olhos de Deus já estamos definitivamente salvos. Os calvinistas, por exemplo, afirmam a eleição definitiva do fiel, por decreto eterno e imutável de Deus. A Igreja Católica ensina que, normalmente, os homens nada sabem sobre o seu destino, exceto se houver uma revelação privada, aceita pelo sagrado magistério. Por essa razão, os homens não podem se considerar salvos antes do Juízo.
3º - Negar a verdade conhecida como tal pelo magistério da Santa Igreja, ou seja, quando a pessoa não aceita as verdades de fé, mesmo após exaustiva explicação doutrinária. É o caso dos hereges. Considera o seu entendimento pessoal superior ao da Igreja e ao ensinamento do Espírito Santo que auxilia o sagrado magistério.
4º - Inveja da graça que Deus dá aos outros. A inveja é um sentimento que consiste em irritar-se porque o outro conseguiu algo de bom. Mesmo que você possua aquilo ou possa ganhar um dia. É o ato de não querer o bem do semelhante. Se eu invejo a graça que Deus dá a alguém, estou dizendo que aquela pessoa não merece tal graça, me tornando assim o juiz do mundo. Estou me voltando contra a vontade divina imposta no governo do mundo. Estou me voltando contra a Lei do Amor ao próximo. Não devemos invejar um bem conquistado por alguém. Se este bem é fruto de trabalho honrado e perseverante, é vontade de Deus que a pessoa desfrute daquela graça.
5º - A obstinação no pecado é a vontade firme de permanecer no erro mesmo após a ação de convencimento do Espírito Santo. É não aceitar a ética cristã. Você cria o seu critério de julgamento ético. Ou simplesmente não adota ética nenhuma e assim se aparta da vontade de Deus e rejeita a Salvação.

            Fruto proibido representado pela maçã: O Evangelho foi escrito em hebraico: “Árvore do mal”. A palavra “mal” tinha também outros significados. Um deles era “macieira”. Exemplos em português de palavra com vários significados: Manga: fruta; Manga: de camisa; Manga: pasto.

O perdão dos pecados cometidos após o Batismo é concedido por um Sacramento próprio chamado:
SACRAMENTO DA CONVERSÃO, DA CONFISSÃO, DA PENITÊNCIA, DA RECONCILIAÇÃO, DO PERDÃO.
            É O SACRAMENTO QUE NOS FAZ VOLTAR À AMIZADE COM DEUS E COM OS IRMÃOS. É O SACRAMENTO DO RETORNO, DA SAUDADE.

O 4º sacramento é o sacramento do RETORNO, da SAUDADE.
            Saudade de um Deus, esperando o retorno do filho (Parábola do filho pródigo Lc 15, 11-32).
            É o mais alegre dos sete sacramentos, embora exija grande humildade. Tudo se transforma em festa, na casa do Pai, quando o filho retorna.
            Quando o pecador, de coração, volta para Deus, ele sempre está plenamente disposto a acolhê-lo com perdão, amor, compaixão, graça e os plenos direitos de um filho.
            Longe de Deus, o homem se mutila, não se realiza.
PENITÊNCIA é o sacramento do perdão de Cristo. É a misericórdia divina na terra. Existe um AMOR muito maior que o nosso pecado, um AMOR muito maior que a nossa própria vida. Este AMOR chama-se PERDÃO.
            Deus nos deixa livres para escolher entre amá-lo ou não, no entanto, a porta da misericórdia divina está sempre aberta. Deus não quer o pecado, mas recebe o pecador contrito.
            No fundo do abismo de nosso pecado, a mão do amor de Deus vai buscar-nos.
            "No céu, haverá maior alegria por um pecador que volta... Vim para os doentes e não para os sadios... Mesmo que teus pecados forem numerosos como as areias das praias do mar, meu perdão existe".
            No sacramento da Penitência, o mais importante não é o pecado, mas o perdão. Contamos nossos pecados e ganhamos a misericórdia de Deus que nos acolhe e perdoa.
            Não conta o ontem, mas conta o hoje, a atitude interna de querer corrigir, melhorar: o arrependimento, a contrição.

PAI PERDÃO PORQUE PEQUEI
            Só se diz sinceramente: “Pai, perdão porque pequei” (Lc 15,21). Quem descobriu a intimidade de um Deus que é um Pai de amor e misericórdia.
            Deus Pai é, para muitos, um grande desconhecido, infelizmente.
            Algumas são as concepções de Deus, construídas durante muito tempo, que, de certo modo, tem impossibilitado um encontro íntimo e pessoal de muitas pessoas com Deus.  Vamos ver algumas:
            v Devido a uma interpretação fundamentalista da Sagrada Escritura, Baseando-se em textos do Antigo Testamento e interpretado-os mal, muitos pregavam um Deus vingador e castigador. Até mesmo algumas catequeses enfocaram um Deus que está esperando cada um para um duro julgamento após a morte aos moldes de olho por olho, dente por dente, ou uma balança das ações boas e más.
            v Uma outra imagem é a de um Deus distante de nossas necessidades. Muitos formularam esta pergunta: Se Deus é bom, é pai, porque tanto sofrimento no mundo?
            v Se Deus é onipotente, porque ele não evitou as grandes catástrofes da humanidade?

            » Deus nos acompanha em tudo, em nossa consciência, indicando-nos o caminho a seguir e dispensando abundantes graças para vivermos bem.
            » Ele está muitas vezes crucificado novamente em muitas de nossas ações.
            » Sem dúvida Deus, que é amor e misericórdia, não tem nada a ver com o mal no mundo.  
» Essa expressão “pai, perdão porque pequei”, nunca deveria ser dita por medo, mas como iniciativa de correr para os braços do Pai que acolhe sempre e a todos.
            Como na historia de Zaqueu Lc 19, 1-10: Jesus se adianta e é Ele quem diz: “Eu quero entrar na sua casa!”.
            Cabe ao pecador o arrependimento sincero, abrindo as portas para que Deus entre.
            Mais ainda: O arrependimento e o perdão exigem a mudança de vida: “Senhor, vou dar a metade dos meus bens aos pobres e, se tiver defraudado, restituirei o quádruplo”.
            O sacramento da confissão é a oportunidade da resposta ao convite de Deus que pede conversão. É o momento da reconciliação daquele que deseja novamente participar da alegria de estar em Deus.
           
            Infelizmente existem pessoas que entendem a reconciliação como algo negativo:
            _ “Deus quer que eu receba um castigo pelo meu pecado!”.
            _ É comum ouvirmos, mesmo da boca de católicos, que “é melhor confessar os pecados diretamente para Deus e não para um pecador (PADRE)”.
I É preciso entender que a CONFISSÃO DOS PECADOS é um mandato De Cristo quando disse: “Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhe-ão perdoados; àqueles a quem retiverdes, ser-lhe-ão retidos.”(Jo 20,23). Foi entregue aos apóstolos e aos seus sucessores o poder de “ligar e desligar” (Mt 16,19), significando que a falta de reconciliação com a Igreja, implica a não comunhão com Deus(CIC 1445).
            I O ser humano necessita de algo concreto para se comunicar com Deus e é por isso que o perdão passa por um gesto sacramental.
            I O penitente precisa de alguém que o escute, dando-lhe um conselho e que lhe diga “ EU TE ABSOLVO DOS TEUS PECADOS...” .
            I Confessar os pecados diante de um sacerdote é, sem dúvida, uma atitude de humildade que faz o penitente assumir de maneira profunda o seu erro.
            I Na confissão dos pecados (acusação), o homem encara de frente os pecados dos quais se tornou culpado: assume a responsabilidade deles, assim, abre-se de novo a Deus e à comunhão da Igreja.
            I A confissão individual dos pecados graves, seguida da absolvição, continua sendo o único meio ordinário de reconciliação com Deus e com a Igreja.
           
I Quando os cristãos se esforçam para confessar todos os pecados que lhes vêm à memória, não se pode duvidar que tenham o intuito de apresentá-los todos ao perdão da misericórdia divina. Os que agem de outra forma tentando ocultar conscientemente alguns pecados não colocam diante da bondade divina nada que ela possa remir por intermédio do sacerdote. Pois, se o doente insistir em esconder do médico sua ferida, como poderá a medicina.curá-lo?
           
I Conforme o mandamento da Igreja, Todo fiel, depois de ter chegado à idade da discrição, é obrigado a confessar fielmente seus pecados graves, pelo menos uma vez ao ano.
            Nós devemos sempre entender o sacramento como algo positivo: O desejo de Deus é dar o abraço de Pai. Ele quer entrar na casa do pecador.
            è Lc 18, 9-14 Parábola do fariseu e do publicano.

è É chamado Sacramento da Conversão, porque realiza sacramentalmente o apelo de Jesus à conversão e o esforço de regressar à casa do Pai da qual o pecador se afastou pelo pecado.
è É chamado Sacramento da Penitência, porque consagra uma caminhada pessoal e eclesial de conversão, de arrependimento e de satisfação por parte do cristão pecador.
è É chamado Sacramento da Confissão, porque o reconhecimento, a confissão dos pecados perante o sacerdote é um elemento essencial deste sacramento. Num sentido profundo, este sacramento é também uma “confissão”, reconhecimento e louvor da santidade de Deus e da sua misericórdia para com o homem pecador.
è É chamado Sacramento do Perdão, porque pela absolvição sacramental do sacerdote, Deus concede ao penitente “o perdão e a paz”.
è É chamado Sacramento da Reconciliação, porque dá ao pecador o amor de Deus que reconcilia: “Deixai-vos reconciliar com Deus” 2 Cor5,20. Aquele que vive do amor misericordioso de Deus está pronto para responder ao apelo do Senhor: “Vai primeiro reconciliar-te com teu irmão” Mt 5,24.

Disposição para receber o Sacramento por parte do penitente:
            1- Arrependimento,
            2- Propósito firme de emendar-se,
            5- Confessar todos os pecados graves e veniais.
A penitência proposta pelo confessor deve levar a uma verdadeira atitude de conversão e de agradecimento pelo perdão recebido, e jamais deve ser entendida como um castigo imposto sobre o penitente.
            Convém preparar a recepção deste sacramento, fazendo um exame de consciência à luz da Palavra de Deus. Os textos mais adaptados a esse fim devem ser procurados na catequese moral dos evangelhos e das cartas apostólicas: Sermão da Montanha, ensinamentos apostólicos (Rom 12-15; 1 Cor 12-13; Gl 5; Ef 4-6).

            Indulgências: para obter a remissão das penas temporais.

         â O penitente perdoado reconcilia-se consigo mesmo no íntimo mais profundo de seu ser, onde recupera a própria verdade interior; reconcilia-se com os irmãos que de alguma maneira ofendeu e feriu; reconcilia-se com a Igreja; e reconcilia-se com toda a criação.

Os passos do rito da Confissão:
Penitência; Confissão; Reconciliação.

A fórmula da absolvição: traçar uma cruz sobre quem está confessando. Enquanto faz esse gesto, o padre pronuncia: “Deus, Pai de misericórdia, que, pela Morte e Ressurreição de seu Filho, reconciliou o mundo consigo e enviou o Espírito Santo para remissão dos pecados, te conceda, pelo ministério da Igreja, o perdão e a paz. E eu te absolvo dos teus pecados, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Ritual Romano, Rito da Penitência).
           
            Os efeitos espirituais do sacramento da Penitência são:
            ó A reconciliação com Deus, pela qual o penitente recobra a graça; Devolve a “graça santificante” que perdemos com o pecado mortal.
            ó O acréscimo de forças espirituais para o combate cristão;
            ó Vem à alma também as Virtudes teologais, as cardeais e os dons do Espírito Santo;
            ó A reconciliação com a Igreja (sofreu com o pecado de um de seus membros 1Cor 12,26);
            ó A remissão da pena eterna devida aos pecados mortais (juízo particular antecipado - Neste sacramento, o pecador, entregando-se ao julgamento misericordioso de Deus, antecipa de certa maneira o julgamento a que será sujeito no fim desta vida terrestre. Pois é agora, nesta vida, que nos é oferecida à escolha entre a vida e a morte, e só pelo caminho da conversão poderemos entrar no Reino do qual somos excluídos pelo pecado grave (1Cor 5,11; Gl 5, 19-21; Ap 22,15). Convertendo-se a Cristo pela penitência e pela fé, o pecador passa da morte para a vida `sem ser julgado` (Jo 5,24);
            ó A remissão, pelo menos em parte, das seqüelas do pecado (caso não possa desfazer o mal);
            ó A paz da consciência e a consolação espiritual;
O sigilo do sacramento da Reconciliação é sagrado e não pode ser traído sob nenhum pretexto. O sigilo sacramental é inviolável; por isso, não é lícito ao confessor revelar o penitente, com palavras, ou de qualquer outro modo, por nenhuma causa.
            Houve casos de sacerdotes que perderam sua razão, sua fé e honra sacerdotal. Mas Deus jamais permitiu que uma dessas vítimas de loucura violassem o segredo da confissão.
Durante a Revolução Francesa, sacerdotes abandonaram sua s obrigações, assassinaram, quebraram seu juramento sagrado, casaram-se. Nenhum traiu o segredo da Confissão.
            Revele suas faltas, suas confissões, sem temor. O próprio sacerdote se esquece muito rápido. É uma faculdade que é dada por Deus. Santo Agostinho disse: “Aquilo que eu sei pela Confissão, eu sei menos do que aquilo que não sei”.
           

            Confissão Comunitária - quando pode ser feita: Em casos de necessidade grave, pode-se recorrer à celebração comunitária da reconciliação com confissão e absolvição gerais. 1- Esta necessidade grave pode apresentar-se quando há um perigo de morte sem que os sacerdotes tenham tempo suficiente para ouvir a confissão de cada penitente. 2- Também quando, tendo-se em vista o número dos penitentes, não havendo confessores suficientes para ouvir devidamente as confissões individuais num tempo razoável, de modo que os penitentes, sem culpa de sua parte, se veriam privados durante muito tempo da graça sacramental ou da sagrada Eucaristia. Nesse caso os fiéis devem ter, para a validade da absolvição, o propósito de confessar individualmente seus pecados no devido tempo. Cabe ao Bispo diocesano julgar se os requisitos para a absolvição geral existem.

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