domingo, 4 de janeiro de 2009

ANO LITÚRGICO


Na história da Salvação aconteceram vários momentos especiais. Para que a gente possa tê-los sempre no coração é preciso recordar e celebrar durante o ano.
Para facilitar e organizar a celebração da fé cristã, a Igreja reuniu todos os momentos importantes desta, em celebrações, distribuindo-os em vários domingos.
Esta organização se chama Ano Litúrgico.
& O Ano litúrgico é o Calendário Religioso da Igreja católica.
& O Ano litúrgico nos ajuda a recordar os fatos mais marcantes da história da salvação, desde o anúncio da chegada de Jesus, no Advento, até sua vinda gloriosa, no final dos tempos.

ôNessa história, o grande acontecimento é Cristo. Ele é o centro unitário da história do mundo. Nele tem sentido o passado; Com Ele tem sentido o presente; Por Ele caminha-se para o futuro.
ôEm cada Ano Litúrgico realiza-se através da celebração litúrgica, a vinda de Deus no meio de nós por meio de Cristo.

_ O Ano Litúrgico não é como o ano civil, que começa 1º de janeiro e termina 31 de dez.
_ O Ano Litúrgico começa no 1º domingo do Advento (4 domingos antes do Natal), e termina no último sábado que é a véspera do primeiro domingo do Advento. O Advento é o ponto de partida e de chegada do Ano Litúrgico.
_ O Ano Litúrgico está dividido em três anos A,B,C que se repetem, seqüencialmente, perpetuando-se no tempo.
Ano A, acentua o Evangelho de Mateus. Ano B, Evangelho de Marcos. Ano C, Evangelho de Lucas.
O Evangelho de João foi escrito mais tarde, e é menos narrativo do que os outros três; é mais teológico, por isso ele tem um uso especial.

v Veja: A natureza repete anualmente as 4 estações e, repetindo, parece renovar-se. É uma caminhada cíclica onde se sente à retomada de forças e energias.
ó A vida se repete anualmente, mas não de maneira idêntica: ela traz sempre algo novo.
Assim acontece com o ano litúrgico. Ele volta sempre ao ponto de partida.
Anualmente é apresentado o mesmo Mistério (não no sentido de adivinhação, de coisa misteriosa, mas no sentido de amor tão grande que não podem os atingir totalmente). Mas o cristão deverá estar cada ano mais enriquecido do que no ano anterior, pois a Palavra de Deus não deixa de produzir seus frutos (Is 55, 10-11).
Com isso, o cristão de celebração em celebração, de ano em ano, se encaminha para o Encontro com Cristo.

A Você já imaginou a gente escutar as mesmas leituras todos os anos? Assim a Igreja, sabiamente, escolheu para cada ano litúrgico, uma série de leituras. Portanto, não há repetição e sim ciclos.
Deus é o princípio e o fim de todas as coisas. O A e o Z. Ou podemos dizer: A (alfa) e W (ômega), primeira e última letras do alfabeto grego.

CORES LITÚRGICAS:
As diferentes cores das vestes litúrgicas visam manifestar externamente o que estamos celebrando.
Roxo: Simboliza a preparação, penitência ou conversão.  (Advento, quaresma)
Verde: Simboliza a esperança que todo cristão deve professar. Usada nas missas do Tempo Comum. 1ª PARTE e 2ª PARTE *
Vermelho: Simboliza o fogo purificador, o sangue e o martírio. (Usada nas missas de Pentecostes e santos mártires, Sexta-feira da paixão).
Branco: Simboliza a Ressurreição, vitória, pureza e alegria (batizados, Páscoa, Natal, festa de N.S. e santos, exceto dos mártires). Nas grandes solenidades, pode ser substituído pelo amarelo ou, mais especificamente, o dourado.
Rosa: pode ser usado no 3º domingo do Advento (lembra-nos uma espera alegre) e 4º domingo da Quaresma (Simbolizando uma breve "pausa" na tristeza).
Em alguns lugares, por privilégio, usa-se  o azul celeste na festividade da  Imaculada Conceição.
A ESTRUTURA DO ANO LITÚRGICO

1- O TEMPO DO ADVENTO: cor roxa
            São as quatro semanas que antecedem o Natal (até a Vigília do Natal). É o ponto de partida e de chegada do Ano Litúrgico. É o tempo de expectativa diante do Cristo que irá nascer. A espiritualidade está focalizada na Esperança e Purificação da Vida. O ensinamento da Igreja Católica está direcionado para o anúncio da vinda do Messias e lembra a espera da humanidade, escrava do pecado, pelo libertador. Por isso é tempo de penitência e conversão. A cor predominante é a roxa, mas recomenda-se a  rósea no III domingo do advento. A cor rosada no altar, na mesa da palavra e nas vestes litúrgicas lembra-nos uma espera alegre, enche nossos corações de esperança.

2- O TEMPO DO NATAL: cor branca ou dourada.
            A festa do Natal começa com a vigília do Natal, no dia 24 de dezembro, e seguem-se 3 semanas. O Natal é um tempo de fé, alegria e acolhimento do Filho de Deus que se fez Homem. No ciclo do Natal são celebradas as festas da “Apresentação do Senhor”, da “Sagrada Família”, de “Santa Maria Mãe de Deus” (01 de janeiro) Epifania (primeiro domingo após o dia 1º de janeiro) É uma festa que lembra a manifestação de Jesus como Filho de Deus. Aqui aparecem os reis magos para mostrar que esta manifestação é a todas as nações da Terra, e do “Batismo de Jesus” (domingo ou segunda-feira depois da Epifania, se esta cair nos dias 7 ou 8).

3- O TEMPO COMUM: cor verde
            Ao todo são 33 ou 34 semanas. É um período sem grandes acontecimentos. É um tempo que nos mostra que Deus se fez presente nas coisas mais simples. É um tempo de esperança e acolhimento da Palavra de Deus. "O Tempo comum não é tempo vazio. É tempo de a Igreja continuar a obra de Cristo nas lutas e nos trabalhos pelo Reino”.
 (1ª Parte)
            O início do tempo comum acontecerá na segunda-feira, após o Batismo de Jesus e o término da comemoração ocorrerá na véspera da quarta-feira de cinzas. A espiritualidade visa à esperança e escuta da palavra e o ensinamento baseia-se no anúncio do Reino de Deus. Conhecemos mais sobre a vida, as obras, os milagres, gestos e as mensagens de Jesus. Lembre-se que, nos meses de fevereiro e março, a prioridade da igreja é a preparação da C. F.
(2ª Parte)
            Na segunda-feira, após o Pentecostes, será iniciada segunda parte do Tempo Comum, cujo término só ocorrerá na véspera do primeiro domingo do Advento.

4- O TEMPO DA QUARESMA: cor roxa
            A Quaresma inicia-se na quarta-feira  de cinzas, e se estende até o Domingo de ramos (liturgicamente: quarta-feira santa). Sendo tempo de penitência e conversão, a Igreja se exercita de maneira especial no jejum, esmola e oração. É a preparação para a Páscoa do Senhor, e dura cinco semanas. Neste período não se diz o “Aleluia”, nem se colocam flores na Igreja, não devem ser usados muitos instrumentos e não se canta o Hino de Louvor (Glória), pois é um tempo de sacrifício e penitência, onde buscamos a misericórdia de Deus, e não um momento de louvor. A cor usada é a roxa; como no tempo do Advento. A cor rósea pode ser usada no IV domingo da quaresma, representando uma breve "pausa" na tristeza.

5- O TEMPO DA PÁSCOA: cor branca

            O Tríduo Pascal começa com a Missa da Santa Ceia do Senhor, na Quinta-Feira Santa, neste dia é celebrada a Instituição da Eucaristia e do Sacerdócio. Na Sexta-Feira Santa celebra-se a Paixão e Morte de Jesus Cristo (cor utilizada é a vermelha). É o único dia do ano que não tem missa, acontece apenas uma Celebração da Palavra chamada de “Ação ou Ato Litúrgico”. No Sábado Santo acontece a solene Vigília pascal. Forma-se, então, o Tríduo Pascal, que compreende a Quinta-Feira, Sexta-Feira e o Sábado Santo que preparam o ponto máximo da Páscoa: o Domingo da Ressurreição. A Festa da Páscoa ou da Ressurreição do Senhor, se estende por cinqüenta dias entre o domingo de Páscoa e o domingo de Pentecostes (cor vermelha que lembra o fogo do Espírito Santo. Ele nos dá força para testemunhar a verdade e nos socorre com seus dons), quando comemoramos a volta de Cristo ao Pai e o envio do Espírito Santo. Estas sete semanas devem ser celebradas com alegria e exultação, como se fosse um só dia de festa, ou, melhor ainda, como se fossem um grande domingo, vivendo uma espiritualidade de alegria no Cristo Ressuscitado e crendo firmemente na vida eterna.

Nenhum comentário:

Postar um comentário