quinta-feira, 16 de abril de 2015

Qual a razão de só o Sacerdote erguer as mãos à doxologia e a assembleia, não?

Chama-se “doxologia final” à conclusão da Oração eucarística: “Por Cristo, com Cristo, em Cristo, a Vós, Deus Pai todo-poderoso, na unidade do Espírito Santo...”. O Missal não diz que o sacerdote ergue as mãos, mas sim: “Toma o cálice e a patena com a hóstia e, elevando-os, diz”. Elevando-os (a patena e o cálice) e não elevando-as (as mãos). Se ele levanta as mãos é para fazer um gesto de oferta, ao Pai, por Cristo, na unidade do Espírito. Não as levanta por si mesmas, mas para elevar o Corpo e o Sangue de Cristo, para simbolizar que a Missa é a atualização da oferta de Cristo ao Pai feita pela Igreja. O gesto é feito por ele e contemplado pela assembleia, que se une ao seu gesto sacerdotal com um Amém, que deveria sair do fundo do coração e da alma. Porque é que só o Sacerdote deve fazer esse gesto e a assembleia não? Por razões óbvias. Quem eleva a patena e o cálice é o presidente, a assembleia, volto a repetir, contempla e adora Aquele que é elevado. Como ela não tem a patena nem um cálice nas mãos, não as deve levantar. Além de que, toda a Oração eucarística é dita exclusivamente pelo presidente da celebração, e desse “dizer” fazem parte diversos gestos que vão acontecendo ao longo da Oração. O presidente fá-lo, porque preside em nome e na pessoa de Cristo. Ele não é Cristo, mas “empresta-se” a Cristo para que, pelas suas mãos, a oferta da comunidade possa fazer-se também nesse gesto tão expressivo. Não confunda o gesto da elevação na doxologia, com outros momentos em que a assembleia pode ser convidada a dar as mãos, ou a levantá-las para cantar ou dizer, por exemplo, o Pai-Nosso. Como sabe, além dos gestos e atitudes que são comuns e estão assinalados no rito da celebração da Missa, as normas dizem que esses gestos e atitudes podem ser, eventualmente, suprimidos, acrescentados ou mudados de lugar se isso for indicado pelo responsável da orientação da assembleia: “Para se conseguir a uniformidade nos gestos e atitudes do corpo na mesma celebração, os fiéis devem obedecer às indicações que, no decurso da mesma, lhes forem dadas pelo diácono, por um ministro leigo ou pelo sacerdote, de acordo com o que está estabelecido no Missal” (IGMR 43).
Fonte: http://www.portal.ecclesia.pt/sos/resposta.asp?perguntaid=274

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