Indulgência
tem a ver com graça, pecado, perdão, reconciliação e misericórdia. Ser
indulgente é ter compaixão, ter misericórdia com alguém que falhou, errou,
pecou.
è Apesar
de nossa reconciliação com Deus e a Igreja por meio da confissão sacramental,
permanecem os “resíduos do pecado” e
que não dependem exclusivamente de Deus. Na verdade, além do perdão de Deus,
é preciso realizarmos a reconciliação plena conosco, com a natureza e com os
outros. Exemplo: Se alguém rouba 100 reais de outra pessoa, ao pedir
perdão, Deus perdoa, sim, mas permanece o “resíduo”
do pecado, isto é, é preciso pedir perdão a quem foi lesado e devolver o
dinheiro roubado. Quem difama caluniosamente o seu próximo, pode pedir e
receber o perdão deste, mas fica obrigado a restaurar a honra da pessoa
ofendida.
A Igreja, como delegada de Deus para comunicar seu perdão, assume sua
missão, e estabelece as condições, em casos especiais, para que, com o perdão
de Deus, aconteça à eliminação dos resíduos do pecado, ou “penas temporais”.
Reparamos
as penas pelas INDULGÊNCIAS ou no PURGATÓRIO, e sem a reparação das penas não podemos
entrar no Céu. São Tomás de Aquino nos ensina que “todos nós morremos com
alguma pena e por isso, passamos pelo purgatório”.
v A Igreja tem o poder de perdoar esta pena através das
indulgências.
v A indulgência é a remissão diante de Deus da pena temporal pelos
pecados já perdoados no que se refere à culpa, que o fiel adquire mediante a
intervenção da Igreja, a qual, como ministra da redenção, dispensa e aplica com
autoridade o tesouro das expiações conquistadas por Cristo e pelos santos.
v A indulgência é parcial ou plenária, dependendo de se libera
somente uma parte ou toda a pena temporal causada pelos pecados.
♣ Ninguém pode oferecer a indulgência que adquire por pessoas que
ainda vivem.
♣ As indulgências parciais ou plenárias podem ser aplicadas aos
defuntos como sufrágio.
é A indulgência plenária pode ser
adquirida somente uma vez ao dia, com exceção em momento de morte. A
indulgência parcial pode ser adquirida muitas vezes durante o dia, a não ser
que se expresse o contrário.
Z Para que alguém seja capaz de adquirir as indulgências requer-se
que seja batizado, não esteja excomungado, esteja em estado de graça pelo menos
no final das obras prescritas e seja súdito do que tem autoridade para
concedê-las.
Z Para que a pessoa, que é capaz de recebê-las, realmente as
obtenha, deve ter a intenção, aos menos geral, de recebê-las, bem como a de
realizar as obras prescritas, no tempo e do modo determinado pelo teor da
concessão.
Z Para conseguir a indulgência plenária é necessário realizar a obra
aplicada com indulgência e cumprir três condições: confissão sacramental,
comunhão eucarística e oração pelas intenções do Sumo Pontífice.
Z Requer-se, além disso, que se elimine qualquer afeto ao pecado,
ainda que seja venial.
♠ As três
condições mencionadas (confissão, comunhão e oração) podem cumprir-se muitos
dias antes ou depois de realizadas a obra prescrita; não obstante, convém
que a comunhão e a oração pelas intenções do Sumo Pontífice, sejam feitas no
mesmo dia em que se realiza a obra.
♠
A condição da oração pelas intenções do
Sumo Pontífice se cumpre plenamente recitando um Pai-nosso e uma Ave-Maria por
suas intenções; apesar disto, cada um dos fiéis tem a liberdade de recitar
outras orações, de acordo com a sua piedade e as sua devoções particulares.
Y As indulgências são momentos de muitas
graças. Ao recebermos uma indulgência plenária estamos iguais ao momento do
nosso batismo, ou seja, totalmente repletos da graça santificante de Deus.
Y As penas temporais também são pagas,
neste mundo, mediante os sofrimentos, dificuldades e tristezas desta vida.
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