segunda-feira, 29 de junho de 2009

SÃO PEDRO - SÃO PAULO

São para nós hoje personagens muito importantes da história da Igreja. Eles são as duas colunas principais da Igreja católica, e os dois maiores exemplos de fé, de lealdade, fidelidade e amor.

SÃO PEDRO
Quando Jesus começou a vida pública, ele estava passando pelo mar da Galiléia, viu Simão e seu irmão André, que estavam jogando as redes ao mar e Jesus lhes disse: “Sigam-me que eu farei vocês se tornarem pescadores de homens”.
E eles imediatamente deixaram as redes e seguiram Jesus. E foi nessa hora, que Simão conheceu Jesus.  Ele largou tudo que tinha e o seguiu durante toda sua vida pública.

O primado de Pedro
Em Mt 16, 13-19 Jesus fala a Simão: “E eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra eu edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela, e eu te darei as chaves do Reino dos céus, e tudo o que ligares na terra será ligado no céu, e tudo o que desligares na terra será desligado também no céu” (Mt 16, 13-19).
Pedro em latim quer dizer pedra, rocha. Antigamente quando Deus intervinha na vida de uma pessoa Ele mudava o seu nome, indicando que agora, Deus é seu dono. Isso significava que Jesus tinha uma missão para Pedro.
Ter as chaves: símbolo de domínio, potência e poder.
Ligar e desligar: declarar algo como lícito e como ilícito.

Aparição de Jesus aos Apóstolos (João 21)
Depois da ressurreição Jesus apareceu aos seus discípulos junto ao lago de Tiberíades, onde estavam pescando. Naquela noite, nada apanharam. Chegada à manhã, Jesus estava na praia. Perguntou-lhes Jesus: Amigos, não tendes acaso alguma coisa para comer?
Não, responderam-lhe. Disse-lhes ele: Lançai a rede ao lado direito da barca e achareis. Lançaram-na, e já não podiam arrastá-la por causa da grande quantidade de peixes. Ao saltarem em terra, viram umas brasas preparadas e um peixe em cima delas, e pão. Disse-lhes Jesus: Trazei aqui alguns dos peixes que agora apanhastes. Subiu Simão Pedro e puxou a rede para a terra, cheia de cento e cinqüenta e três peixes grandes. Apesar de serem tantos, a rede não se rompeu. Disse-lhes Jesus: Vinde, comei.
Profissão de amor de Pedro:
Tendo eles comido, Jesus perguntou a Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-me mais do que estes? Respondeu ele: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Apascenta os meus cordeiros. Perguntou-lhe outra vez: Simão, filho de João, amas-me? Respondeu-lhe: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Apascenta os meus cordeiros. Perguntou-lhe pela terceira vez: Simão, filho de João, amas-me? Pedro entristeceu-se porque lhe perguntou pela terceira vez: Amas-me? E respondeu-lhe: Senhor, sabes tudo, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Apascenta as minhas ovelhas.
Ovelhas e cordeiros são os cristãos, toda Igreja de Jesus.
Apascentar: significa governar, dirigir, defender, confirmar.

Depois que Jesus subiu aos céus, Pedro dirige e governa a igreja:
- Preside e dirige a escolha de Matias para o lugar de Judas Iscariotes (At 1,1-25).
- É o primeiro a anunciar o Evangelho no dia de Pentecostes (At 2,14).
- Testemunha diante do sinédrio a mensagem de Cristo (quando foi preso juntamente com João, por falar de Cristo Ressuscitado, falou sem medo e foram soltos) (At 4,8).
- Acolhe na Igreja o primeiro pagão, (indivíduo que não foi batizado) Cornélio (At 10,1).
- Fala no Concílio dos Apóstolos, em Jerusalém, e decide sobre a questão da circuncisão (pregadores não aceitaram decisão de Paulo o qual teve que mandá-lo a Pedro At 15,7-12).
- Pedro fundou as principais Igrejas. Ensinou primeiro na Palestina, depois foi para Antioquia e depois para Roma para fixar ali o centro de todas as Igrejas.
- Pedro, em nome de Jesus, fazia muitas curas: Curou um coxo, um paralítico, ressuscita Tábita. Muitas pessoas se convertem com a sua pregação. Muitas pessoas traziam os doentes para as ruas e punham-nos em macas, para que quando Pedro passasse, ao menos a sua sombra cobrisse algum deles.
- Pedro foi muitas vezes perseguido, mas teve muita fé e conseguiu superar todas as perseguições e crueldade daquela época contra os cristãos. (Atos dos apóstolos).

Deus liberta Pedro da prisão
Naqueles dias, o rei Herodes Agripa I, prendeu alguns membros da Igreja, para torturá-los. Mandou matar a espada Tiago, irmão de João. E, vendo que isso agradava aos judeus, mandou também prender a Pedro. Colocaram-no na prisão, guardado por quatro grupos de soldados, com quatro soldados cada um. Herodes tinha intenção de apresentá-lo ao povo, depois da festa da Páscoa. Enquanto Pedro estava na prisão, a Igreja rezava continuamente a Deus por ele.
Naquela mesma noite, Pedro dormia entre dois soldados, preso com duas correntes; e os guardas vigiavam a porta da prisão. Eis que apareceu o anjo do Senhor e uma luz iluminou a cela.
O anjo tocou o ombro de Pedro, acordou-o e disse: “Levanta-te depressa!” As correntes caíram-lhe das mãos. O anjo continuou: “Coloca o cinto e calça tuas sandálias!” Pedro obedeceu e o anjo lhe disse: “Põe tua capa e vem comigo!”
Pedro acompanhou-o, e não sabia que era realidade o que estava acontecendo por meio do anjo, pois pensava que aquilo era uma visão. Depois de passarem pela primeira e segunda guarda, chegaram ao portão de ferro que dá para a cidade. O portão abriu-se sozinho. Eles saíram, caminharam por uma rua e logo depois o anjo o deixou.
Então Pedro caiu em si e disse: “Agora sei, de fato, que o Senhor enviou o seu anjo para me libertar do poder de Herodes e de tudo o que o povo judeu esperava!”.

Morte de são Pedro – Nero foi acusado de ter provocado o incêndio de Roma, no ano de 64, a pretexto do qual moveu intensa perseguição aos cristãos e Pedro foi preso. Naquele tempo, a morte de cruz era a maior humilhação que o povo judeu sofria, mas só os judeus podiam ser crucificados. Pedro foi condenado e levado para fora dos muros de Roma para o martírio. Morreu crucificado de cabeça para baixo, pois não se achava digno morrer na mesma posição de Jesus, seu Mestre. A basílica atual foi construída sobre os alicerces de uma outra, que o imperador Constantino o Grande mandara erguer entre os anos 326 e 333 sobre o túmulo do apóstolo Pedro, na colina do Vaticano, antigo local do circo de Nero.

Os apóstolos receberam os poderes de pregar, ensinar e governar, diretamente de Jesus: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura” Mc16, 15.  
Eles transmitiram esses poderes aos seus sucessores, e estes a outros ainda, até nós, para o bem, a unidade e o aumento da Igreja.
O Papa é o sucessor de Pedro que continua governando e dirigindo a Igreja. Portanto onde há..........................., Aí há a Igreja de Jesus Cristo.
Toda nação deve ter um chefe supremo. Do contrário haverá anarquia. A Igreja de Jesus é a maior organização jamais vista. É o maior povo.
            Os sucessores dos apóstolos atestam claramente a superioridade de Pedro e seus sucessores: Tertuliano disse: A Igreja foi construída sobre Pedro. S.Cipriano disse: Sobre um só foi construída a Igreja: Pedro. S. Ambrósio disse: Onde há Pedro, aí há a Igreja de Jesus Cristo.
Os Bispos são sucessores dos apóstolos. Os Padres são colaboradores.
(A transmissão dos poderes é feita pela imposição das mãos e invocação do Espírito Santo: “Não descures o dom que está em ti e que te foi conferido por designação profética, com a imposição das mãos do colégio dos anciãos” (1Tm4,14).

PAPA BENTO XVI - Benedetto em italiano
Dia 19 de abril de 2005, foi eleito como sucessor de João Paulo II, o cardeal Joseph Ratzinger, que escolheu para si o nome de Bento XVI. Ele nasceu em 16 de abril de 1927, na Baviera, sul da Alemanha, na cidade de Marktl am Inn. Filho de uma família de agricultores, ainda que seu pai fosse policial. No final da guerra de 1939-1945, foi convocado para o serviço militar. Publicou diversas obras teológicas. PAPA BENTO XVI é o 265º sucessor de Pedro.

SÃO PAULO
Seu nome era Saulo e fabricava tendas de tecido de pêlo de cabra.
Saulo conhecia a história de Jesus, que violava a lei, os costumes, acolhia os excluídos da sociedade, se dizia Filho de Deus e tinha morrido na cruz como se fosse um malfeitor.
Um dia ele soube que havia homens, mulheres e crianças seguindo os ensinamentos de Jesus. Começou então uma luta pessoal contra os seguidores de Jesus. Começou a perseguir os cristãos que acreditavam em Jesus Cristo. Prendia-os e tornava-os escravos.
(Atos 9,1-19) Um dia pediu aos sacerdotes, cartas para as sinagogas de Damasco, a fim de levar presos a Jerusalém todos os homens e mulheres que achasse seguindo essa Doutrina. E quando estava a caminho de Damasco, para prendê-los, teve uma visão. Foi cercado por uma luz que veio do céu e caiu por terra. E ouviu uma voz que dizia:
 - Saulo, Saulo, por que me persegues? E Saulo perguntou: Quem és tu Senhor? E a voz lhe respondeu: Eu sou Jesus, a quem você persegue. - Que queres que eu faça? - Levanta-te, entra na cidade, que lhe dirão o que fazer.
E Saulo, naquele momento ficou cego. Os homens que o acompanhavam tomaram-no pelas mãos e o levaram à Damasco, onde ficou três dias sem ver, sem comer nem beber.
Em Damasco, havia um homem chamado Ananias, e Jesus, numa visão lhe disse para ir numa casa ao encontro de Saulo e colocasse as mãos em seus olhos para que ficasse curado.
Mas Ananias disse ao Senhor: - Senhor, eu já ouvi muita gente falar desse homem, e do mal que ele faz aos teus fiéis em Jerusalém, e aqui em Damasco ele irá prender todos os que invocarem teu nome.
Mas Jesus disse a Ananias: Vá porque esse homem é um instrumento que escolhi para anunciar o meu nome aos pagãos, aos reis e ao povo de Israel.
 Ananias entrou na casa de Judas, onde estava Saulo, impôs-lhe as mãos e disse: Saulo, Jesus enviou-me para que recobres a vista e fiques cheio do Espírito Santo. E Saulo ficou curado. Levantou-se, foi batizado e converteu-se ao cristianismo. Conversão de Paulo cerca do ano 33 a 37.

Depois de batizado, Saulo permaneceu alguns dias com os discípulos em Damasco, freqüentando a sinagoga para pregar Jesus e testemunhar: “Ele é o filho de Deus!”
As pessoas que o viam falavam “Não é este o mesmo que veio aqui para prendê-los”?
Saulo, porém, não ligava e continuava pregando.
Para melhor aprofundar a religião Cristã, Saulo dirigiu-se a um lugar solitário. Escolheu o deserto da Arábia, onde permaneceu três anos. Passava os dias entregue à oração e ao estudo da Bíblia. Neste período teve visões e Jesus revelou-lhe diretamente sua doutrina.
Depois de três anos Saulo retornou a Damasco para pregar. Ninguém mais duvidou da sua conversão à Cristo.
Mas logo os judeus começaram ameaçá-lo e teve que fugir de Damasco com a ajuda dos discípulos. Esconderam-no num cesto e desceram-no à noite pelos muros.
Depois Saulo e os discípulos foram para Jerusalém, encontrar-se com os apóstolos e os lugares em que Cristo fora morto e ressuscitara. Em Jerusalém os cristão tinham muito medo dele, mas Barnabé ficou seu amigo e o apresentou aos demais discípulos.
Saulo conheceu Tiago e Pedro, que o acolheram como irmão. Começou a pregar em Jerusalém e as autoridades também começaram a ameaçá-lo de morte. Então Pedro o aconselhou a partir para Tarso.

A Igreja de Cristo começa a espalhar e o Apóstolo é chamado para a missão.
1ª viagem apostólica de dois mil quilômetros (ano 45 – 49) foram: Saulo, Barnabé e Marcos (primo de Barnabé e futuro secretário de Pedro e autor do segundo Evangelho). Evangelizaram várias cidades.
Primeira conversão: Na ilha de Chipre o governador Sérgio Paulo estava disposto a converter-se, mas um mago, tudo fez para desvia-lo de seu propósito. Enquanto Saulo falava, procurava contradize-lo, fazendo com que o governador pensasse que tudo o que Saulo falava era falso. Saulo não agüentando mais disse: Agora a mão do Senhor cairá sobre ti. Hás de ficar cego por tempo indeterminado”. No mesmo instante o mago ficou cego e procurava quem lhe estendesse a mão. Vendo este prodígio, Sérgio Paulo creu. Para recordar esta primeira conversão, Saulo mudou o próprio nome para Paulo.
Em Listra, Paulo cura um paralítico (foram confundidos com divindades e como disseram que não eram deuses, foram apedrejados e arrastados para fora da cidade). Depois retornaram a Jerusalém.

2ª Viagem apostólica (ano 49 – 52): Paulo e Silas conheceram Lucas em Trôade, que resolveu acompanhá-los. Escrevia tudo o que Paulo fazia e dizia.
Muitos se converteram, Paulo expulsava demônios e por isso foram açoitados e presos. Na prisão, começaram a orar e cantar hinos ao Senhor. De repente veio um terremoto que abalou os alicerces da prisão. As portas escancararam-se, mas ninguém quis fugir. O carcereiro vendo o que aconteceu, se converteu e pediu para ser batizado juntamente com toda sua família. Logo depois os magistrados mandaram soltá-los.
E assim continuaram a viagem. Depois Paulo voltou a Jerusalém para fazer penitência no Templo.

3ª Viagem apostólica (ano 53 – 58): Paulo com novos companheiros. Paulo visita muitas cidades e faz muitas curas.  Estando em reunião com os cristãos até altas horas da noite, um jovem que estava assentado em uma janela do andar superior, adormeceu durante o discurso e acabou caindo da janela e morreu. Paulo ao ver a dor dos pais, pegou o cadáver nos braços e o ressuscitou.

Paulo volta a Jerusalém e é preso (ano 58)
Paulo volta a Jerusalém novamente e é recebido com alegria por todos os cristãos. Mas os judeus tendo visto Paulo no Templo, instigaram contra ele o povo, e agarraram-no gritando: “Israelitas, ajudai-nos! Esse é o homem que anda pregando contra a Lei de Moisés”. De fato, pouco antes tinham visto Paulo com pagãos e acharam que ele os tinha introduzido no Templo, o que era proibido pela Lei. Agarraram Paulo e arrastaram para fora do Templo para o matar.
Enquanto o agrediam, outros foram chamar os soldados. Paulo foi algemado e interrogado. Ele dizia que não tinha feito nada de mal, mas o povo gritava: “Mata-o”. Paulo pediu para falar ao povo e foi permitido. Tiraram as algemas e ele contou ao povo como foi a sua conversão e como o Senhor o mandou pregar o Evangelho aos pagãos. Mas os judeus começaram a gritar novamente: “Tiremos do mundo semelhante homem. Não é digno de viver!”
Como tava grande o tumulto, Paulo foi levado para prisão e mandaram açoita-lo. E Paulo disse ao centurião: “Por acaso é lícito açoitar um cidadão romano que não foi ainda julgado?” O centurião correu e contou ao tribuno que Paulo era romano. Ao ouvir isso ficou com medo, pois tinha passado por cima da lei (não era permitido sequer amarrar um cidadão romano antes do julgamento).
Enquanto Paulo estava preso os judeus tramavam contra ele, tendo feito voto de nada comer nem beber enquanto não o tivessem matado. Mas a irmã de Paulo vivia em Jerusalém, e seu filho descobriu a trama dos judeus e foi contar ao tio e ao tribuno.

Paulo é transferido para Cesaréia
Como em Jerusalém ele estava correndo risco contínuo, o tribuno enviou-o a Cesaréia, onde residia o governador Félix. E este compreendeu logo que Paulo era inocente. Cinco dias depois chegaram de Jerusalém alguns sinedritas com um advogado tentando convencer Félix da condenação de Paulo. Ele se defende e Félix diz que vai deixar para resolver a questão depois. E nessa lengalenga se foram dois anos. Paulo, embora preso, gozava de relativa liberdade de movimento, e podia inclusive receber visitas de cristãos e amigos em qualquer hora.
Paulo desejava ser julgado em Roma, por um tribunal nomeado pelo imperador. E o novo governador Festo disse que ia enviá-lo para Roma.

Paulo embarca para a Itália (ano 61)
Depois de algum tempo, Paulo embarcou para a Itália juntamente com outros prisioneiros, sob a vigilância do centurião Júlio, o qual se tornou amigo de Paulo e quando o navio parava em algum porto, deixava-o ir à cidade saudar a comunidade cristã. Continuando viagem, o mar ficou furioso. Lucas que estava acompanhando Paulo foi quem narrou estas coisas.

Tempestade e Naufrágio
Devido à violência das ondas o navio bateu em meio a duas línguas de terra e espedaçou-se. Os soldados queriam matar os prisioneiros para não fugirem, mas o centurião proibiu, porque queria salvar Paulo e mandou que todos que soubessem nadar, se atirassem ao mar para tentar chegar em terra.
Chegaram até a ilha de Malta. Os habitantes os acolheram e acenderam uma fogueira. Paulo foi ajudar e quando ergueu um feixe de lenha, uma víbora enroscou em sua mão. Paulo sacudiu com a maior naturalidade o réptil sobre o fogo. Todos esperavam que ele morresse a qualquer momento, mas como nada aconteceu, começaram a crer que ele era um deus.
Os habitantes da ilha trouxeram então muitas pessoas para serem curadas. A tripulação permaneceu na ilha por três meses.
Com destino a Roma
Depois embarcaram num navio que passara e Paulo chegou a Roma como prisioneiro. Por isso, um guarda o acompanhava sempre, deixando-lhe, porém muita liberdade. Enquanto esperava julgamento, ficou hospedado numa casa onde continuou a pregar por dois anos (ano 63). Os Atos dos Apóstolos, nesta altura terminam a narrativa e nada mais dizem nem de Paulo nem de Pedro.

O QUE ACONTECEU DEPOIS DO ANO 63 É SUPOSIÇÃO E TRADIÇÃO:
Deve ter sido libertado e ido para Espanha, em 63, como está escrito em Romanos 15,28.
Em 65/66 foi para Ásia Menor, passou por Creta e deixou Tito responsável. Passou por Éfeso e deixou Timóteo. Em 66 escreveu na Macedônia a 1Timóteo e Tito. Foi preso pela segunda vez no ano 66 na cidade de Trôade e foi para Roma.
No ano 67 em Roma foi julgado e condenado. Antes escreveu sua última carta: 2Timóteo. 
Paulo não pregava sozinho, teve muitos colaboradores. A equipe principal era Paulo, Timóteo, Silas e Tito. Pregava em sinagogas e em casas. Quando ia embora deixava um líder para a Igreja. Em todas as cidades que passava coletava dinheiro para o Templo de Jerusalém.

Incêndio de Roma e a perseguição romana
Em 19 de julho de 64 teve início um incêndio numa região de trabalhadores de Roma. O incêndio se prolongou por sete dias, consumindo blocos e blocos de conjuntos habitacionais populosos. A lenda nos conta que o imperador romano Nero “tocava” um instrumento musical enquanto Roma era destruída pelas chamas. Muitos de seus contemporâneos achavam que Nero fora o responsável pelo incêndio. Quando a cidade foi reconstruída, mediante o uso de altas somas do dinheiro público, Nero se apoderou de uma grande extensão de terra para si mesmo e construiu ali os Palácios Dourados. O incêndio pode ter sido uma maneira rápida de fazer uma renovação na paisagem urbana. 
Visando tirar a culpa de si mesmo, o imperador criou um conveniente bode expiatório: os cristãos. Eles tinham dado início ao incêndio, acusou o imperador. Como resultado disso, Nero jurou perseguir e matar os cristãos. A primeira onda da perseguição romana se estendeu de um período pouco posterior ao incêndio de Roma até a morte de Nero, em 68 d.C. Com uma enorme sede por sangue, ele crucificou e queimou vários cristãos. Seus corpos foram colocados ao lado das estradas romanas, iluminando-as como tochas. Cristãos vestidos com peles de animais eram afligidos por animais nas arenas. De acordo com a tradição, tanto Pedro quanto Paulo se tornaram mártires da perseguição de Nero: Paulo foi decapitado e Pedro foi crucificado de cabeça para baixo.

Morte de São Paulo – Paulo era judeu, mas havia comprado o título de cidadão romano, então não teve morte de cruz, mas foi decapitado em praça pública em Roma. Pedro morreu provavelmente em 64 e não se encontrou com Paulo em Roma.

          · Paulo quando se refere a seu passado, reconhece ter sido perseguidor da Igreja de Cristo.
          · Paulo foi um trabalhador incansável pela causa de Cristo e da Igreja. Nada, jamais o desviou desse caminho.
· Paulo, como apóstolo dos pagãos, é o maior missionário de todos os tempos. E o maior exemplo de conversão. Escreveu muito sobre o cristianismo e sobre Jesus. Foi também muito perseguido, por ser um cristão e Apóstolo.
· Paulo foi escolhido para fazer com que todos os povos conheçam a Jesus e o proclamem, com a palavra e o testemunho de vida, como o Messias e Filho do Deus vivo.
· São Paulo diz: “Eu trabalhei mais que todos os apóstolos...”, mas também: “Eu sou o menor dos apóstolos... não sou digno de ser chamado de apóstolo”.
· São Paulo foi enviado diretamente por Cristo. É como um dos doze.
· Em poucos segundos de contato direto Jesus o transformou de um ferrenho perseguidor no maior Apóstolo do seu Evangelho em todos os tempos. (25 de Janeiro – conversão de Paulo)


  29 de Junho dia de São Pedro e São Paulo. Também dia do Papa

quarta-feira, 24 de junho de 2009

JOÃO BATISTA

(O PRECURSOR - aquele que prepara o caminho)
                                         
No tempo de Herodes Antipas, rei da Judeia, havia um sacerdote chamado Zacarias. Sua esposa se chamava Isabel. Os dois obedeciam fielmente a todos os mandamentos e ordens do Senhor.
Zacarias e Isabel desejavam muito ter um filho. Era o que pediam a Deus em suas orações. Mas os anos foram passando e o filho não vinha. Isabel era estéril. E os dois perderam as esperanças. Isabel era prima de Maria, mãe de Jesus.
            Certo dia Zacarias fazia o serviço religioso no Templo. Conforme o costume do serviço sacerdotal, ele foi sorteado para entrar no Santuário e fazer a oferta (queimar o incenso). Na hora da oferta todos estavam esperando e orando do lado de fora.
 Então apareceu a Zacarias um anjo do Senhor. Ao vê-lo Zacarias ficou perturbado e cheio de medo, mas o anjo disse: “Não tenha medo Zacarias! Deus ouviu o seu pedido, e a sua esposa vai ter um filho e você lhe dará o nome de João; ele não beberá vinho, nem bebida fermentada, e desde o ventre materno, ficará cheio do Espírito Santo”.
Zacarias perguntou:
“Como vou saber se isso é verdade? Sou velho, e minha mulher é estéril”.
O anjo respondeu: “Eu sou Gabriel. Estou sempre na presença de Deus, e ele me mandou dar esta notícia para você. E eis que você ficará mudo, e não poderá falar até o dia em que essas coisas acontecerem, porque você não acreditou em minhas palavras”.
Todos os que estavam esperando do lado de fora estavam admirados com a demora de Zacarias, e quando ele saiu não podia falar, e eles compreenderam que ele tinha tido uma visão. A mudez inexplicada de Zacarias foi um evidente indício de que algo maravilhoso estava acontecendo.

Quando Isabel estava grávida de seis meses de João, ela recebeu a visita de sua prima MARIA, que já estava grávida de Jesus. E dentro da barriga João sentiu a presença de Jesus estremecendo no ventre da mãe. Foi santificado pela graça divina antes mesmo que seus olhos se abrissem à luz. (Lc 1,40-45).
Completada a gravidez de Isabel, ela deu a luz, e no 8º dia foram circuncidar o menino, e queriam dar-lhe o nome de Zacarias, pois era costume colocar no 1º filho o nome do pai. A mãe disse que não, pois ele ia se chamar João. Os amigos fizeram sinais para Zacarias para ele decidir, pelo nome do menino, e ele pegou uma tabuinha e escreveu João. No mesmo instante a boca de Zacarias se abriu, sua língua se soltou, e ele começou a louvar a Deus, com um canto: Benedictus: Lucas 1, 67-80.

João ia crescendo, e ficando forte de espírito. Quando ficou rapaz, foi morar no deserto. Vestia-se de peles de camelo, comia frutos do mato, gafanhotos e mel silvestre.
Havia uma profecia a respeito do precursor que dizia: “Eis que envio o meu mensageiro a tua frente; ele preparará o teu caminho diante de ti”.
Quando chegou o tempo certo, João foi enviado por Deus para preparar o povo para receber o Messias. Ele falava ao povo para que se convertessem para receber com o coração limpo a mensagem do Filho de Deus, que estava para chegar.
A multidão perguntava-lhe: “Que devemos fazer?” Dizia João: “Façam penitência! Mudem de vida! Saiam dos caminhos errados! Quem tiver roupa de sobra, reparta com seu irmão que não tem. Quem tiver comida, deve repartir com quem não tem. No meio de vocês está aquele que vocês não conhecem”.
Denunciava as atitudes egoístas e opressoras e anunciava o tempo novo. Dizia ele:
“Toda árvore que não produzir bom fruto será cortada e lançada ao fogo. Jesus, o Filho de Deus, se fez nosso irmão”.
Com sua pregação corajosa e lúcida, ele anima as multidões. Muitos dos que o ouviam, realmente queriam viver melhor, então João os levava ao Rio Jordão e os batizava na água, como sinal de que seus antigos pecados tinham sido lavados. Era o batismo de conversão. Batizava todas as pessoas que estavam dispostas a mudar de vida. E por ele batizar as pessoas, deram-lhe o apelido de “João Batista”.
Durante muitos séculos, o povo de Deus esperou a vinda do verdadeiro rei dos judeus, aquele que salvaria o mundo. Os profetas mantiveram viva a espera do Salvador através dos anos. E o povo se animava e tinha mais força e coragem para lutar pela libertação.
João fazia tudo com tanta convicção e autenticidade que muita gente se perguntava se não era João o Messias esperado. O redentor prometido no Antigo Testamento.
Para tirar, de uma vez por todas, esta dúvida, João toma a palavra e diz a todos:
“Meu batismo é um batismo com água e significa uma mudança de vida (conversão, arrependimento), mas eis que vem outro depois de mim e é mais poderoso do que eu, a quem não sou digno de desamarrar as sandálias; ele vos batizará no Espírito Santo e no fogo”. Lucas 3.

Batizar no Espírito Santo e no fogo: Assim como o fogo purifica, ilumina, aquece e alastra, também a nossa vida deve ser purificada, iluminada e aquecida pelo Espírito de Deus que nos leva a alastrar o projeto de Jesus ao mundo inteiro.

BATISMO DE JESUS

            Jesus saiu de Nazaré, também para ser batizado. Embora os dois fossem primos, não se conheciam. Quando João viu Jesus, percebeu que Ele era o Rei que Deus prometera enviar e disse: “Eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. É este de quem eu disse: depois de mim virá um homem, que me é superior, porque existe antes de mim. Eu não o conhecia, mas, se vim batizar em água, é para que ele se torne conhecido em Israel”.
Jesus pediu para ser batizado também por ele, mas João disse: “Eu é que devo ser batizado por ti”. Mas Jesus insistiu e foi batizado por João. Enquanto orava, o céu se abriu e o Espírito Santo desceu sobre ele em forma corpórea, como uma pomba; e veio do céu uma voz: “Tu és o meu Filho bem-amado; em ti ponho minha afeição”.
Jesus não precisava do batismo, mas aceitou porque reconhecia que era à vontade de Deus. Aceitando ser batizado, Jesus quis assemelhar-se aos pecadores. Foi um ato de humildade.
Mais tarde, João Batista dá um novo testemunho aos seus discípulos: “Importa que ele cresça e que eu diminua”.

A VINGANÇA DE HERODÍADES

            O rei Herodes, naquela época vivia com Herodíades, mulher do seu irmão, e João dizia que não era permitida tal situação. Herodes não gostou de ouvir isso e mandou prender João por ter falado dele e da mulher. Herodíades tinha muita raiva de João, e queria matá-lo, mas não conseguia. Herodes tinha medo de João, pois sabia que ele era justo e santo e por isso o protegia e, quando o ouvia, sentia-se embaraçado. Quando chegou o aniversário de Herodes, ele fez uma festa. Salomé, filha de Herodíades, começou a dançar. Herodes ficou encantado com a enteada e disse: Peça o que quiser, que eu lhe dou”. Jurou na frente de todos que daria ainda que fosse a metade do seu reino. Ela saiu e perguntou à sua mãe o que pediria. E a mãe respondeu: “Pede a cabeça de João Batista”.
A moça apressadamente pediu. O rei entristeceu-se, mas por causa de sua promessa, não pôde recusar. Enviou um carrasco para decapitar João, e este lhe trouxe a cabeça de João Batista num prato e a deu à moça, e esta a entregou a sua mãe. Ouvindo isto, os discípulos de João foram tomar o corpo e o depositaram num sepulcro.
João Batista foi o último profeta que veio preparar o povo para receber Jesus. Os profetas são a “boca de Deus” em defesa da vida dos pobres. Jesus falou de João: “Dentre os homens do passado (profetas do A.T.) não há ninguém maior que João. No entanto, o menor do Reino de Deus (iniciado por Jesus) é maior do que ele”.
(O menor do Reino de Deus era Jesus, pois veio para servir a todos e não para ser servido. Mas Jesus declara delicadamente que é superior a João).
24 de Junho celebramos o nascimento de João Batista. E no dia 29 de agosto a igreja lembra o martírio de João Batista.


A FOGUEIRA E A DANÇA – Isabel e Zacarias eram idosos quando ficaram sabendo que seriam pais, então ficaram muito contentes, e prometeram aos amigos que quando o menino nascesse, acenderiam a fogueira para avisar. Quando acenderam a fogueira os amigos todos vieram e começaram a dançar e cantar em volta da fogueira em grande alegria. 

sexta-feira, 19 de junho de 2009

DÍZIMO

Significa a porcentagem de 10% do que ganhamos honestamente. Mas “Conforme o costume”: a Igreja Católica, não estabelece uma quantia ‘exata’ do que se deve entregar, mas deve ser cumprido com freqüência.

DÍZIMO É A PARTE QUE PERTENCE A DEUS.
Devemos devolver a Ele, com fidelidade, uma parte de tudo aquilo que Ele próprio nos dá. Quer dizer que toda vez que Deus nos dá, nós separamos a parte consagrada a Ele e fazemos a devolução.
Þ Se a renda é a colheita, nós daremos o nosso dízimo quando realizarmos a colheita.
Þ Se a renda é o salário, devolveremos o nosso dízimo, como primeiro gesto de gratidão a Deus, logo que recebemos o salário ou a aposentadoria.
Þ Se a renda for o fruto da venda de algum bem daremos o dízimo da nossa renda ao receber o que ganhamos com a venda daquele bem. A oferta é livre, não tem momento certo.

OFERTA: É AQUILO QUE OFERECEMOS DA NOSSA PARTE.
São os donativos entregues durante o ofertório das missas.
No ofertório apresentamos os dons do pão e do vinho que serão consagrados e tornados Corpo e Sangue do Senhor. Ao lado desses dons que apresentamos ao altar do sacrifício Eucarístico somos convidados a doar a nossa vida com tudo o que ela contém: dores, alegrias, o que somos, o que temos. Doamos também algo de nós, um bem material, a oferta em dinheiro.

O dízimo tem destino certo: a Igreja de Jesus Cristo, para a realização da obra de Deus:
Þ Auxiliar a Instituição Religiosa Católica através dos Seminários, na formação dos Sacerdotes para prestarem serviço a Deus e ao seu Povo;
Þ Despesas com o culto: hóstias, folhetos, vinho... (pastorais)
Þ Despesas com o Templo: limpeza, luz, água..., salários de empregados, dos sacerdotes, gasolina... 
Þ Despesas com os mais necessitados;
Þ Evangelização fora da comunidade;
Þ Ajuda a outras paróquias e comunidades;
Þ Obras missionárias.

DÍZIMO MIRIM:
As crianças e adolescentes também são membros vivos da Igreja, e vivem em uma comunidade, queremos que você pequenino seja um dizimista mirim.
Þ Pode ser o valor de um sorvete, de um chocolate, de um refrigerante, de uma ida ao futebol...
Þ Pode ser correspondente a 10% da mesada do pai e do avô...
Þ Pode ser a economia feita na compra de um tênis ou de uma camiseta.
Þ Assim os pequenos dizimistas cobrirão os gastos da catequese: Livros, papéis, cartolinas, pincéis, diversões, retiros, formação de catequistas, terços, materiais, taxas e camisetas para crianças carentes.

Dízimo não é taxa, nem mensalidade. Dízimo é partilha!  Partilhar não é dar o que sobra.  Partilhar é dar o que o outro precisa.

DÍZIMO É OBRIGATÓRIO? A resposta está em Lev 27,30-31.  Porém é bom lembrar que, antes de ser uma obrigação, o dízimo é um privilégio concedido por Deus a cada um de nós, porque só pode ser dizimista quem participa da Igreja.
O quinto mandamento nos pede: “pagar o dízimo segundo o costume”.  Mas quem não pode realmente pagar o dízimo não se preocupe, pois Deus é infinitamente bom e saberá nos entender.

O dízimo se paga na Igreja, no plantão das missas, ou no escritório paroquial.  Não em creches, ou em asilos, ou em rede de televisão ou em portão de casa, ou nos bancos.

MINISTÉRIO DE MÚSICA A SERVIÇO DA IGREJA.

O papel do ministro de música é de levar as pessoas a abrirem o coração ao louvor e a oração por meio da melodia e dos cânticos. Ministrar música é, sobretudo, ministrar o louvor ao Senhor. A música, dentro da nova evangelização, é um meio eficaz para levar o amor de Deus aos corações sofridos, desanimados, cansados, perdidos e resgatá-los para Jesus.
O ministro de música precisa ser plenamente consciente de que é apenas um pequeno instrumento nas mãos de Deus. É um servo de Deus, possui um dom dado por Deus e que este dom não é seu e sim Daquele que por misericórdia lhe deu para que o servisse, levasse o Seu amor, a Sua verdade aos homens e a verdade os liberte. O ministro de música precisa colocar totalmente à disposição de Deus este dom, a sua voz, o seu instrumento, os seus acordes.
Ele não é chamado a utilizar a música como passatempo, para fazer um "show", aparecer ou ser elogiado, mas, para servir a Deus. Para que Ele seja glorificado e amado. Para ajudar a colocar o coração dos homens em sintonia com o de Deus.
A sua música deve ser uma profecia da própria vida, ou seja, deve haver uma unidade entre aquilo que ele canta e aquilo que ele vive ou que ele deseja viver. Somente assim será terra boa onde o Espírito Santo poderá produzir os seus frutos.
Existe um aspecto muito importante que não pode ser esquecido pelo ministro de música, que é a maneira como deve apresentar-se: Roupas coloridas demais, saias curtas, blusas e calças justas não são devidas. Também deve ter o cuidado com a forma que canta e dança, para não expressar sensualidade e descaso.

Além de todos estes aspectos existe um que é o mais importante de todos: estar aos pés do Mestre. O ministro de música precisa ser uma pessoa de oração, de adoração, de estudo bíblico, de busca freqüente aos sacramentos da eucaristia e reconciliação, ter amor e devoção a Maria, fazer parte de um grupo de oração ou comunidade.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

INDULGÊNCIAS

Indulgência tem a ver com graça, pecado, perdão, reconciliação e misericórdia. Ser indulgente é ter compaixão, ter misericórdia com alguém que falhou, errou, pecou. 

            è Apesar de nossa reconciliação com Deus e a Igreja por meio da confissão sacramental, permanecem os “resíduos do pecado” e que não dependem exclusivamente de Deus. Na verdade, além do perdão de Deus, é preciso realizarmos a reconciliação plena conosco, com a natureza e com os outros. Exemplo: Se alguém rouba 100 reais de outra pessoa, ao pedir perdão, Deus perdoa, sim, mas permanece o “resíduo” do pecado, isto é, é preciso pedir perdão a quem foi lesado e devolver o dinheiro roubado. Quem difama caluniosamente o seu próximo, pode pedir e receber o perdão deste, mas fica obrigado a restaurar a honra da pessoa ofendida.
            A Igreja, como delegada de Deus para comunicar seu perdão, assume sua missão, e estabelece as condições, em casos especiais, para que, com o perdão de Deus, aconteça à eliminação dos resíduos do pecado, ou “penas temporais”.

            Reparamos as penas pelas INDULGÊNCIAS ou no PURGATÓRIO, e sem a reparação das penas não podemos entrar no Céu. São Tomás de Aquino nos ensina que “todos nós morremos com alguma pena e por isso, passamos pelo purgatório”.
            v A Igreja tem o poder de perdoar esta pena através das indulgências.
            v A indulgência é a remissão diante de Deus da pena temporal pelos pecados já perdoados no que se refere à culpa, que o fiel adquire mediante a intervenção da Igreja, a qual, como ministra da redenção, dispensa e aplica com autoridade o tesouro das expiações conquistadas por Cristo e pelos santos.
            v A indulgência é parcial ou plenária, dependendo de se libera somente uma parte ou toda a pena temporal causada pelos pecados.
           
            Ninguém pode oferecer a indulgência que adquire por pessoas que ainda vivem.
            As indulgências parciais ou plenárias podem ser aplicadas aos defuntos como sufrágio.
           
            é A indulgência plenária pode ser adquirida somente uma vez ao dia, com exceção em momento de morte. A indulgência parcial pode ser adquirida muitas vezes durante o dia, a não ser que se expresse o contrário.
           
            Z Para que alguém seja capaz de adquirir as indulgências requer-se que seja batizado, não esteja excomungado, esteja em estado de graça pelo menos no final das obras prescritas e seja súdito do que tem autoridade para concedê-las.
            Z Para que a pessoa, que é capaz de recebê-las, realmente as obtenha, deve ter a intenção, aos menos geral, de recebê-las, bem como a de realizar as obras prescritas, no tempo e do modo determinado pelo teor da concessão.
            Z Para conseguir a indulgência plenária é necessário realizar a obra aplicada com indulgência e cumprir três condições: confissão sacramental, comunhão eucarística e oração pelas intenções do Sumo Pontífice.
            Z Requer-se, além disso, que se elimine qualquer afeto ao pecado, ainda que seja venial.

            As três condições mencionadas (confissão, comunhão e oração) podem cumprir-se muitos dias antes ou depois de realizadas a obra prescrita; não obstante, convém que a comunhão e a oração pelas intenções do Sumo Pontífice, sejam feitas no mesmo dia em que se realiza a obra.
            A condição da oração pelas intenções do Sumo Pontífice se cumpre plenamente recitando um Pai-nosso e uma Ave-Maria por suas intenções; apesar disto, cada um dos fiéis tem a liberdade de recitar outras orações, de acordo com a sua piedade e as sua devoções particulares.

            Y As indulgências são momentos de muitas graças. Ao recebermos uma indulgência plenária estamos iguais ao momento do nosso batismo, ou seja, totalmente repletos da graça santificante de Deus.

            Y As penas temporais também são pagas, neste mundo, mediante os sofrimentos, dificuldades e tristezas desta vida.

O que foram antipapas?

Foram papas ilegítimos eleitos por um grupo de cardeais ou mesmo por grupos e pessoas poderosas, descontentes com o papa eleito legitimamente. Foram cerca de 37 em toda a História da Igreja, mas todos acabaram sendo substituídos por Papas legítimos.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

O INCENSO

Com sua especificidade aromática. Sua fumaça simboliza, pois, a oração dos santos, que sobe a Deus, ora como louvor, ora como súplica (Cf. Sl 140(141)2; Ap 8,4).

terça-feira, 16 de junho de 2009

PROCISSÕES

Arca da Aliança, com seus anjos de ouro, não foi somente colocada num lugar de honra e destaque, onde se celebrava o culto, mas também levada pelos sacerdotes, solenemente, em procissão, dando voltas pela cidade, tocando trombetas. Foram diversas procissões. Ainda hoje realizam-se procissões, cujas imagens são, a exemplo dos querubins na Arca, conduzidas para lembrar os heróis do cristianismo, pedindo também, sua intercessão.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

TRAJES

“E fez o Senhor Deus a Adão e sua mulher túnicas de peles e os vestiu”Gn3,21; “E como óleo precioso sobre a cabeça desce sobre a barba, a barba de Aarão e que desce a orla de seus vestidos” Sl 132,2 ou 133,2; “Que vieram homens de Siquém, de Silo e de Samaria; oitenta homens, com a barba raspada e os vestidos rasgados” Jr 41,5;  “Tu os sustentaste durante 40 anos no deserto, e não faltou nada: os seus vestidos não se fizeram velhos e os seus pés não se magoaram” Ne 9,21; “...tirou de si seus vestidos e cobriu-se de sacos...”Jn 3,6.
“Então tomaram a túnica de José e mataram um cabrito, e tingiram a túnica no sangue” Gn 37,31; “E enviaram a túnica, de várias cores, conhece agora se esta será ou não a túnica do teu filho. E reconheceu-a , e disse: é a túnica do meu filho” Gn37,32-33.
“...Trazei depressa o melhor vestido, e vesti-lho...” Lc15,22.

Assim vimos que a Bíblia não diz em lugar nenhum que calça comprida é roupa de homens. A calça comprida para homens é um estilo que entrou em uso na sociedade em 1820 d.c. , na França. As mulheres começaram a usá-la no século XX. O mundo Bíblico, não conhecia a calça comprida. É ignorância pensar que roupa masculina proibida para mulheres segundo Deuteronômio 22,5 fosse calça comprida.

domingo, 14 de junho de 2009

O demônio pode ler nossos pensamentos?

A Igreja nos ensina que os demônios são anjos que foram criados bons, mas que se tornaram maus por própria culpa, por orgulho e soberba; eles não são oniscientes, nem onipresentes e nem onipotentes, mas têm poderes de anjos, puros espíritos. Eles podem influenciar a nossa imaginação com pensamentos maus; é a tentação. Eles não tem capacidade para ler os nossos pensamentos, mas são muito inteligentes e podem deduzir o que estamos pensando em face de nossas atitudes.

sábado, 13 de junho de 2009

Sobre os animais o Catecismo da Igreja ensina que

§2416 – Os animais são as criaturas de Deus, que os envolve com a sua solicitude providencial (Mt6,26). Por sua simples existência, eles o bendizem e lhe dão glória (Dn 3,79-81). Também os homens lhes devem carinho.
§2417 – Deus confiou os animais à administração daquele que criou à sua imagem (Gn2,19-20; 9,1-4). É, portanto, legítimo servir-se dos animais para a alimentação e a confecção das vestes. Podem ser domesticados, para ajudarem o homem em seus trabalhos e lazeres. Se permanecerem dentro dos limites razoáveis, os experimentos médicos e científicos em animais são práticas moralmente admissíveis, pois contribuem para curar ou poupar vidas humanas.
§2418 – É contrário à dignidade humana fazer os animais sofrerem inutilmente e desperdiçar suas vidas. É igualmente indigno gastar com eles o que deveria prioritariamente aliviar a miséria dos homens. Pode-se amar os animais, porém não se deve orientar para eles o afeto devido exclusivamente às pessoas.


sexta-feira, 12 de junho de 2009

Por que a sede da Igreja em Roma?

Deus quis assim porque este foi o maior império de todos e tentou de todas as formas, destruir a Igreja, mas não conseguiu: “As portas do inferno não prevalecerão ...”e porque Pedro e Paulo lá foram martirizados.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

JESUS CHOROU DUAS VEZES

1º - Na morte de Lázaro, depois o ressuscitou. Lázaro está morto. Ele faz lembrar muitas comunidades que se acomodam e não transmitem mais a vida. Jesus chora. Seu amor é compassivo e solidário. Mas seu choro pode ser pela realidade de morte provocada pelo egoísmo de homens que só pensam em seus interesses. 
2º - Domingo de Ramos, em cima de um burrinho, na entrada de Jerusalém. Suas lágrimas são de tristeza porque Jerusalém se tornou uma cidade orgulhosa e exploradora dos pobres. É ali que moram os que articulam o poder político, econômico e religioso. 

terça-feira, 9 de junho de 2009

GRAAL

 Significa vaso, cálice ou taça grande. O Santo Graal, segundo as lendas e livros da cavalaria medieval, era o cálice da última ceia, do qual se serviu Jesus Cristo para instituir a Eucaristia. Neste mesmo cálice José de Arimatéia teria recolhido o sangue que corria das feridas do Cristo crucificado. O fiel amigo de Cristo teria levado depois o vaso sagrado da Palestina para uma região longínqua e misteriosa da Europa. Seria todo ele talhado num bloco único de esmeralda. Acreditava-se que dele fluía um líquido prodigioso e inesgotável, que comunicava força e juventude perene aos que bebiam.

No Deuteronômio 22,5, lemos que a mulher não deve usar roupas masculinas. Não se tratava, evidentemente, de proibição de uso de calça comprida, para o sexo feminino, como muitos, numa interpretação abusiva, pregam, pois, segundo os costumes daquela época, nem os homens usavam calças, adotando apenas o uso de túnicas, vestes, por sua vez, semelhantes a vestidos.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Geena.

Mt 5: 22, 29, 30; 10:28; 18:9; 23:15, 33; Mc 9:43, 45, 47; Lc 12:2; Tg 3:6.

Este vale se situava a sudoeste de Jerusalém; neste local, antes da conquista de Canaã pelos filhos de Israel, cananitas ofereciam sacrifícios humanos ao deus Moloque. Terminados os sacrifícios humanos, este local ficou reservado para depósito do lixo proveniente da cidade de Jerusalém. Juntamente com o lixo vinham cadáveres de mendigos encontrados mortos na rua ou de criminosos e ladrões mortos quando cometiam delito. Estes corpos, ás vezes, eram atirados onde não havia fogo, aparecendo os vermes que lhes devoravam as entranhas num espetáculo dantesco e aterrador. É a este quadro que Isaías se refere no Capítulo 66 verso 24. Por estas circunstâncias, este vale se tornou desprezível e amaldiçoado pelos judeus e símbolo de terror, da abominação e do asco e mencionado por Jesus com estas características. Ser atirado á Geena após a morte, era sinônimo de desprezo ao morto, abandonado pelos familiares, não merecendo ao menos uma cova rasa, estando condenado á destruição eterna do fogo.

Significado dos nomes de antigamente

 Entre os Semitas, descendentes de Sem, os nomes próprios significavam a vocação que a pessoa havia recebido de Deus, ou alguma intervenção de Deus na vida da pessoa, como um nascimento providencial ou mudança de profissão por ordem divina.

domingo, 7 de junho de 2009

A Igreja

Chamada "Igreja de Deus": 1Tm 3,15. Comprada pelo sangue de Cristo: At 20,28; Ef 5,25; Hb 9,12. Cristo amou a Igreja: Ef 5,25-26. Cristo é a cabeça da Igreja: Ef 1,22; 5,23; Cl 1,18.
Cristo é a pedra angular: Sl 118,22; Mt 21,42; Mc 12,10; Lc 20,17; At 4,11; Ef 2,20; 1Pd 2,4.7. Cristo protege a Igreja: Mt 16,18; 20,20. Doutrina, comunidade e rito sagrado (pão): At 2,42. É a coluna e fundamento da verdade: 1Tm 3,15. É infalível: Mt 16,18; 28,20; Mc 16,16; Lc 10,16; 1Tm 3,15. É o Corpo de Cristo: Rm 12,4; 1Cor 12,12; Ef 1,22-23; 5,22; Cl 1,18. É perpétua: Mt 16,18; 28,20. É visível: Mt 5,14; Mc 4,30-32; Ef 2,19-22. Edificada sobre os Apóstolos: 1Cor 3,10; Ef 2,20; Ap 21,14. Expansão no mundo: At 2,41; 2,47; 5,14; 6,7; 11,24. Fundada por Cristo: Mt 16,18; 28,19; Mc 16,15; 1Cor 3,11; Ef 2,20; 1Pd 2,4-6. Presbíteros são ordenados, cuidam do rebanho e administram os sacramentos: At 15,6.23; 1Tm 4,14; 5,22; 1Tm 5,17; Tg 5,13-15; Rm 15,16. Prevista no AT: Tb 13,11-18; Is 2,2-3; Br 5,3; Os 2,14-24; Mq 4,1-3. Seus membros são chamados à santidade: 1Cor 1,2; Cl 3,12. Sucessão apostólica: At 1,15-26; 2Tm 2,2; Tt 1,5. Tem autoridade: Mt 16,18-19; 18,18; Jo 20,23. Tem bons e maus membros: Mt 13,41-48; 22,10.

Concílios Ecumênicos da Igreja: 01. NICEIA I - 20/05 A 25/07 de 325 Papa: Silvestre I (314-335) Assunto principal: a confissão de fé contra Ario: igualdade de natureza do Filho com o Pai. 02. CONSTATINOPLA I - maio a junho de 381 Papa: Dâmaso I (366-384) Assunto principal: a confissão de féna divindade do Espírito Santo 03. EFESO - 22/06 a 17/07 de 431 Papa: Celestino I (422-432) - Cristo é uma só pessoa e duas naturezas Assunto principal: maternidade divina de Maria, contra Nestório, Maria, a mãe de Deus – THEOTOKOS 04. CALDEDONIA - 08/10 a 1º/11 de 451 Papa: Leão I, O Grande (440-461) Assunto principal: afirmação das duas naturezas na única pessoa de Cristo. 05. CONSTANTINOPLA II - 05/05 a 02/07 de 553 Papa: Virgílio (537-555) Assunto principal: condenação dos nestorianos 06. CONSTANTINOPLA III - 07/11 de 680 a 16/09 de 681 Papa: Agato (678-681) e Leão II (662-663) Assunto principal: Condenação do monoteletismo: em Cristo há realmente, duas vontades distintas 07. NICEIA II - 24/09 a 23/10 de 787 Papa: Adriano I (772-795) Assunto principal: contra os inconoclastas: há sentido e liceidade na veneração de imagens.  08. CONSTANTINOPLA IV - 05/10 de 869 a 28/02 de 870 Papa: Nicolau I (858-867) e Adriano II (867-872) Assunto principal: extinção do cisma do patriarca Fócio 09. LATRÃO I - 18/03 a 06/04 de 1123 Papa: Calixto II (1119-1124) Assunto principal: confirmação da Concordata de Worms 10. LATRÃO II - abril de 1139 Papa: inocêncio II (1130-1143) Assunto principal: o cisma de Anacleto II 11. LATRÃO III - 05 a 19 de março de 1179 Papa: Alexandre III ( 1159-1181) assunto principal: fixação da necessidade de dois terços dos votos na eleição do Papa 12. LATRÃO IV - 11 a 30 de novembro de 1215 Papa: Inocêncio III (1198-1216) Assunto principal: confissão de fé contra os cataris; a transubstanciação na Eucaristia; a confissão e a comunhão anuais. 13. LYON I - 28/06 a 17/07 de 1245 Papa: Inocêncio IV (1243-1254) Assunto principal: deposição do imperador Frederico II 14. LYON II - 07/05 a 17/07 de 1274 Papa: Gregório X (1271-1276) Assuntos principais: procedimentos referentes ao conclave; união com os gregos; cruzada 15. VIENA - 16/10 de 1311 a 06/05 de 1312 Papa: Clemente V (1305-1314) Assunto principal: Supressão da Ordem dos Templários; campanha de pobreza dos franciscanos; decretos de reforma 16. CONSTANÇA - 05/11 de 1414 a 22/04 de 1418 Papas: situação de vários antipapas: - resignação do Papa romano, Gregório XII (1405-1415) - deposição do Papa conciliar, João XXIII (1410-1415) em 29/05/1415 - deposição do Papa avinhense, Benedito XIII (1394-1415) em 26/07/1417 - eleição de Martinho V em 11/11/1417 Assuntos principais: extinção do Grande Cisma; condenação de João Hus, Decreto relativo à supremacia do concílio sobre o Papa e decreto relativo à periodicidade dos concílios; concordata com as cinco nações conciliaristas. 17. BASILEIA-FERRAR-FLORENÇA - em Basileia de 23/07/1431 a 07/05/1437 em Ferrara de 18/09/1437 a 1º/01/1438 em Florença de 16/07/1439 a ? em Roma, a partir de 25/04/1442 Papa: Eugênio IV (1431-1447) Assuntos principais: reunião com os gregos em 06/07/1439 com os armênios em 22/11/1439 com os jacobistas em 04/02/1442 18. LATRÃO V - 10/05/1512 a 16/03/1517 Papas: Júlio II (1503-1413) e Leão X (1513-1521) Assunto principal: contra o concílio cismático de Pisa (1511-1512), decretos de reforma 19. TRENTO - 13/12/1545 a 04/12/1563 (em três períodos) Papas: Paulo II (1534-1549) ; Júlio III (1550-1555) e Pio IV (1559-1565) Assuntos principais: contra a Reforma de Lutero; doutrina sobre a Escritura e a Tradição, o pecado original e a justificação, os sacramentos e a missa, a veneração dos santos, decretos de reforma. 20. VATICANO I - 08/12/1869 a 18/07/1870 Papa: Pio IX (1846-1878) Assuntos principais: definição da doutrina da fé católica, do primado e da infalibilidade do Papa 21. VATICANO II - 11/10/1962 a 07/12/1965 Papas: João XXIII (1958-1963) e Paulo VI (1963-1978) Assuntos principais: “Procuremos apresentar aos homens de nosso tempo, íntegra e pura, a verdade de Deus de tal maneira que eles a possam compreender e a ela espontaneamente assentir. Pois somos Pastores...” (João XXIII aos padres conciliares, na homilia de abertura do concílio).