Todos os dias o pequeno Henrique levava suas cabrinhas às montanhas para pastar.
Certa
vez, uma delas, a Cigana, escapou e saiu correndo para um grande vale onde o
som ecoava. E ele gritava:
-
Cigana... E o eco respondeu... Cigana...
-
Quem está aí? Eco: Quem está aí?
-
Não me imite, seu menino bobo. Eco:
...bobo.
-
Venha cá! Vou lhe dar uma
surra! Eco: ...surra.
-
Apareça seu covarde! Eco: ...covarde.
Henrique
xingava e o eco respondia.
Mais
tarde, já em casa...
-
Por que você chegou tão tarde, meu filho?
-
Bom, mãe, a Cigana fugiu para o vale e eu fui atrás dela. Mas, lá havia um
menino malcriado e covarde. Ele me xingou e não quis aparecer, porque eu disse
que ia bater nele.
No dia seguinte, a mãe acompanha
Henrique.
- Quando chegarmos ao vale, chame o
menino malcriado e pergunte se ele quer ser seu amigo, e diga apenas coisas
boas e bonitas.
E
no vale:
-
Tá bom, mãe.
- Menino, quer ser meu amigo? Eco:
... amigo.
- Vamos brincar? Eco: ...brincar.
- Você é simpático. Eco: ... simpático.
Então a mãe ensinou o que era Eco, e,
explicou que com as pessoas também era assim:
- Quando quiser ouvir respostas
agradáveis, comece você dizendo coisas agradáveis. E você verá que existe um
eco na alma de cada um de nós, que responde de acordo com aquilo que nos é
dito.
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