domingo, 30 de agosto de 2015

O ECO

Todos os dias o pequeno Henrique levava suas cabrinhas às montanhas para pastar.
Certa vez, uma delas, a Cigana, escapou e saiu correndo para um grande vale onde o som ecoava. E ele gritava:
-      Cigana...  E o eco respondeu... Cigana...


-      Quem está aí?                                     Eco: Quem está aí?
-      Não me imite, seu menino bobo.           Eco: ...bobo.
-      Venha cá! Vou lhe dar uma surra!         Eco: ...surra.
-      Apareça seu covarde!                           Eco: ...covarde.
Henrique xingava e o eco respondia.
Mais tarde, já em casa...
- Por que você chegou tão tarde, meu filho?
- Bom, mãe, a Cigana fugiu para o vale e eu fui atrás dela. Mas, lá havia um menino malcriado e covarde. Ele me xingou e não quis aparecer, porque eu disse que ia bater nele.
        No dia seguinte, a mãe acompanha Henrique.
        - Quando chegarmos ao vale, chame o menino malcriado e pergunte se ele quer ser seu amigo, e diga apenas coisas boas e bonitas.
E no vale:
- Tá bom, mãe.
        - Menino, quer ser meu amigo?       Eco: ... amigo.
        - Vamos brincar?                           Eco: ...brincar.
        - Você é simpático.                       Eco: ... simpático.
        Então a mãe ensinou o que era Eco, e, explicou que com as pessoas também era assim:

        - Quando quiser ouvir respostas agradáveis, comece você dizendo coisas agradáveis. E você verá que existe um eco na alma de cada um de nós, que responde de acordo com aquilo que nos é dito.

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