sexta-feira, 1 de novembro de 2013

A Comunhão dos Santos

A IGREJA TRIUNFANTE, MILITANTE E PADECENTE

A Igreja é a comunidade religiosa fundada por Cristo e que, por isso, reúne todos os seus seguidores. Como, porém, o Senhor "é Deus de vivos e não de mortos" (cf. Mt 22,32), então todos os membros que O professam atualmente na terra ou O professaram e já se encontram salvos, no céu (bem como aqueles que, também salvos, ainda se purificam no purgatório para ver o Senhor depois) fazem parte desta única e mesma Igreja.
Assim sendo, a Igreja Triunfante (do Céu) designa aqueles membros já falecidos que se encontram salvos, no céu (os Santos), e que têm a alegria indescritível de estar na presença de Deus, vendo-O como Ele é. Além destes, inclui-se também os anjos, que são mensageiros de Deus, e que também intercedem por nós.
Já a Igreja Militante (da terra) designa os membros que vivem hoje sobre a terra, membros estes que lutam incansavelmente contra os poderes diabólicos, do mundo e da própria carne (cf. Ef 6,11-12; Gl 5,17).
Tais conceitos são especialmente importantes para compreendermos o processo da Comunhão dos Santos, fruto da caridade que se difunde entre todos estes membros da Igreja, onde todos caridosamente intercedem uns pelos outros nas orações que são oferecidas ao Pai Eterno e nas boas obras que são feitas por amor ao Seu nome, e que se revertem em preciosos benefícios para os membros da Igreja Militante (nós) e da Igreja Padecente (do purgatório).
“A Igreja se diz peregrina porque só se consumará na glória celeste, quando do retorno glorioso de Cristo. Até lá, "a Igreja avança em sua peregrinação por meio das perseguições do mundo e das consolações de Deus" (Santo Agostinho).
Doutrina sobre as Indulgências: A Doutrina das Indulgências, ensina o que é a indulgência: “Indulgência é a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida aos pecados já perdoados quanto à culpa, que o fiel, devidamente disposto e em certas e determinadas condições, alcança por meio da Igreja, a qual, como dispensadora da redenção, distribui e aplica, com autoridade, o tesouro das satisfações de Cristo e dos Santos”. (Norma 1) É preciso entender bem esta conceituação do que seja a indulgência. Em primeiro lugar, é “remissão”, isto é, livra, liberta, da “pena temporal” devida aos pecados já perdoados. Todo pecado tem duas consequências: o da culpa e o da pena, devido à desordem causada pela culpa. Então, para que alguém fique totalmente redimido do pecado é preciso que obtenha de Deus o perdão da culpa, mediante o sacramento da Reconciliação, e restaure a ordem violada pelo pecado, cumpra a pena. Se alguém difamou uma pessoa, não basta que peça desculpa do seu erro à pessoa ofendida, e seja perdoado, é preciso também restaurar a honra e o bom nome da pessoa. Ora, isto é uma exigência natural da justiça. Cientes disso, os primeiros cristãos, até a idade média, infligiam a si mesmos severas penas (jejum de muitos dias até o pôr do sol, flagelações, longas peregrinações, etc.) mesmo após o perdão dos pecados, para cumprir a pena devida ao pecado.
Afirma o nosso Catecismo, sobre as indulgências que:  “A indulgência se obtém pela Igreja que, em virtude do poder de ligar e desligar que Cristo Jesus lhe concedeu, intervém em favor do cristão, abrindo´lhe o tesouro dos méritos de Cristo e dos santos para obter do Pai das misericórdias as remissões das penas temporais devidas aos seus pecados. Assim a Igreja não só vem em auxílio do cristão, mas também o incita a obras de piedade, de penitência e de caridade”(CIC, 1478

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