terça-feira, 31 de maio de 2011

 A conduta é um espelho no qual todos exibem a sua imagem. (Goehte)

NEOQEAV



 Meus avós já estavam casados há mais de 50 anos e continuavam jogando um jogo que haviam iniciado quando começaram a namorar. A regra do jogo era que um tinha que escrever a palavra “NEOQAV” num lugar inesperado para o outro encontrar e assim quem a encontrasse deveria escreve-la em outro lugar e assim sucessivamente. 
Eles se revezavam deixando “NEOQEAV” escrita por toda a casa e, assim que um a encontrava era sua vez de esconde-la em outro local para o outro achar. 
Eles escreviam “NEOQEAV” com os dedos no açúcar dentro do açucareiro ou no pote de farinha para que o próximo que fosse cozinhar achasse. 
Escreviam na janela embaçada pelo sereno que dava para o pátio onde minha avó nos dava pudim que ela fazia com tanto carinho. 
“NEOQEAV” era escrita no vapor deixado no espelho depois de um banho quente, onde a palavra iria reaparecer depois do próximo banho.
 Uma vez, minha avó até desenrolou um rolo inteiro de papel higiênico para deixar “NEOQEAV” na última folha e enrolou tudo de novo.
 Não havia limites onde “NEOQEAV” pudesse surgir.
Pedacinhos de papel com “NEOQEAV” rabiscado apareciam grudados no volante do carro que eles dividiam. Os bilhetes eram enfiados dentro dos sapatos e deixados debaixo dos travesseiros. 
“NEOQEAV” era escrita com os dedos na poeira sobre as prateleiras e nas cinzas da lareira. Esta misteriosa palavra tanto fazia parte da casa de meus avós quanto da mobília. 
Levou bastante tempo para eu passar a entender completamente e gostar deste jogo que eles jogavam. Meu ceticismo nunca  me deixou  acreditar em um único e verdadeiro amor, que possa  ser realmente puro e duradouro. Porém, eu nunca duvidei do amor entre meus avós. Este amor era profundo. Era mais do que um jogo de diversão, era de um modo de vida. Seu relacionamento era baseado em devoção e uma afeição apaixonada, igual as quais nem todo mundo tem a sorte de experimentar. 
O vovô e a vovó ficavam de mãos dadas sempre que podiam.
Roubavam beijos um do outro sempre que se batiam um contra o outro naquela cozinha tão pequena. 
Eles conseguiam terminar a frase incompleta do outro e todo dia resolviam juntos as palavras cruzadas do jornal. Minha avó cochichava para mim  dizendo o quanto meu avô era bonito, como ele havia se tornado um velho bonito e charmoso. Ela se gabava de dizer que sabia como pegar os namorados mais bonitos. 
Antes de cada refeição eles se reverenciavam e davam graças a Deus e bênçãos aos presentes por sermos uma família maravilhosa, para continuarmos sempre unidos e com boa sorte. 
Mas uma nuvem escura surgiu na vida de meus avós: minha avó tinha câncer de mama. A doença tinha primeiro aparecido dez anos antes.
Como sempre, vovô estava com ela a cada momento. Ele a confortava no quarto amarelo deles, que ele havia pintado dessa cor para que ela ficasse sempre rodeada da luz do sol, mesmo quando ela não tivesse forças para sair.
 O câncer agora estava de novo atacando seu corpo. Com a ajuda de uma bengala e a mão firme de meu avô, eles iam à igreja toda manhã. E minha avó foi ficando cada vez mais fraca, até que, finalmente, ela não mais podia sair de casa.
 Por algum tempo, meu avô resolveu ir à Igreja sozinho, rezando a Deus para zelar por sua esposa. E, então, o que todos nós temíamos aconteceu. Vovó partiu. 
“NEOQEAV” foi gravada em amarelo nas fitas cor-de-rosa dos buquês de flores do funeral da vovó.
 Quando os amigos começaram a ir embora, minhas tias, tios, primos e outras pessoas da família se juntaram e ficaram ao redor da vovó pela última vez. Vovô ficou bem junto do caixão da vovó e, num suspiro bem profundo, começou a cantar para ela. Através de suas lágrimas e pesar, a música surgiu como uma canção de ninar que vinha bem dentro de seu ser.
 Sentindo-me muito triste, nunca vou me esquecer daquele momento. Porque eu sabia que mesmo ainda sem poder entender completamente a profundeza daquele amor, eu tinha tido o privilégio de testemunhar a beleza sem igual que aquilo representava.
 Aposto que a esta altura você deve estar se perguntando: “Mas o que NEOQEAV significa?” Não está?

NEOQEAV = Nunca Esqueça O Quanto Eu Amo Você.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Inquietude



Quero escrever,
Não sei o quê,
Não sei o porquê,
Nem sei pra quê.

Apenas quero escrever,
Sobre coisas que sinto,
Sobre tempos esquecidos,
E principalmente sobre você.

Mas como começar?
Não consigo escolher as palavras,
Nem conjugar verbos,
Qual a concordância
Pra amor inquieto?

Só quero escrever,
Sobre qualquer coisa,
Talvez sobre a vida,
Pode ser sobre você.

Mas que pena,
Não sei escrever
Nenhum poema belo,
Nem mesmo pra você.

Não quero mais escrever,
Sobre mais nada,
Nem mesmo sobre você.

Cansei de tudo,
Principalmente de rimar
Sem saber com o quê.

(Thiago Azevedo)

terça-feira, 17 de maio de 2011

Nós e o espelho

Alguém, muito desanimado, entrou numa igreja

e em determinado momento disse para Deus:
"Senhor, aqui estou porque em igrejas não há espelhos,
pois nunca me senti satisfeito com minha aparência".

Subitamente uma folha de papel caiu aos seus pés,
vinda do alto do templo.
Atônito, ele a apanhou e nela viu a seguinte mensagem:

Minha criatura, nenhuma das minhas obras veio
ou ficou sem beleza, pois a feiúra é invenção dos
homens e não minha.

Não importa se um corpo é gordo ou magro:
ele é o templo do espírito e este é eterno.

Não importa se braços são longos ou curtos:
sua função é o desempenho do trabalho honesto.

Não importa se as mãos são delicadas ou grosseiras:
sua função é dar e receber o Bem.

Não importa a aparência dos pés:
sua função é tomar o rumo do Amor e da Humildade.

Não importa o tipo de cabelo, se ele existe ou não numa cabeça:
o que importa são os pensamentos que por ela passam.

Não importa a forma ou a cor dos olhos:
o que importa é que eles vejam o valor da Vida.

Não importa um formato de nariz:
o que importa é inspirar e expirar a Fé.

Não importa se a boca é graciosa ou sem atrativos:
o que importa são as palavras que saem dela.

Ainda atônito, esse alguém dirigiu-se para a porta de saída,
que tinha algumas partes de vidro.
Nesse exato momento sentiu que toda sua vida se modificaria.
Havia esse lembrete na porta aderido:

"Veja com bons olhos seu reflexo neste vidro
e lembre-se de tudo que deixei escrito.
Observe que não há uma única linha sobre Mim
que afirme que sou bonito".

sábado, 14 de maio de 2011

"Eu só sei que amo verdadeiramente depois de ter esbarrado nas imperfeições do outro, depois de ter conhecido sua pior faceta e mesmo assim continuar reconhecendo-a como parte a que não posso renunciar."(Pe Fábio de Melo)

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Um caso entre tantos outros

“Queridos pais,

Imagino a raiva que têm de mim. Sim, fui muito ingrata com vocês. Larguei os estudos, tornei-me viciada, desapareci. Vim para São Paulo com um amigo e, aqui, passei a viver de pequenos expedientes. Na verdade, afundei-me na lama.
O fato é que, agora, estou na pior. Peguei Aids. O que temo não é a morte. Ela é inevitável para todos nós. Tenho medo é de ficar sozinha. Preciso de vocês. Mas também sei que os maltratei muito e posso entender que queiram manter distancia de mim. Cada um na sua.
É muito cinismo da minha parte vir, agora, pedir socorro. Mas, sei lá, alguma coisa dentro de mim dá forças para que eu escreva esta carta. Nem que seja para saberem que estou no início do fim.
Um dia qualquer, passarei aí em frente de casa, só para dar um último adeus com o olhar. Se por acaso tiverem interesse que eu entre, numa boa, prendam, à goiabeira do jardim, um pano de prato branco ou uma toalha de rosto. Então pode ser que eu crie coragem e dê um alô. Caso contrário, entendo que vocês têm o direito de não querer carregar essa mala pesada e sem alça na qual me transformei. Irei em frente, sem bater à porta, esperando em Deus, que, um dia, a gente se reencontre no outro lado da vida.
Beijos da filha ingrata, mas que ainda os guarda, no fundo do coração, com muito amor."                                                     
Clara


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Três semanas depois, antes da cinco horas da manhã, Clara desembarca na rodoviária e toma um ônibus para a Praia do Canto. É quinta-feira, e o vento sul começa a aplacar o calor, encapelando o mar e silvando entre prédios e janelas. Clara desce na esquina e caminha, temerosa pelo outro lado da rua. Sabe que, a essa hora, seus pais e as duas irmãs costumam estar dormindo.
Ao decifrar a ponta do telhado, seu coração acelera. Olha o portão de ferro, esmaltado de preto, as grades em lança que marcam o limite entre a casa e a calçada. Vislumbra o cume da goiabeira. Seus olhos ficam marejados. De repente, uma coisa branca quebra o antigo cenário. Não é uma toalha nem um pano de prato. É um lençol, com pequenos furos no meio, tremulando entre a árvore e o muro da garagem.
Em prantos, Clara atravessa a rua e corre para casa.

Extraído do romance de Fr. Betto: O vencedor; Ed. Ática, 1995

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Que Deus não permita



Que Deus não permita que eu perca o romantismo, mesmo eu sabendo que as rosas não falam;


Que eu não perca o otimismo, mesmo sabendo que o futuro que nos espera não é assim tão alegre;


Que eu não perca a vontade de viver, mesmo sabendo que a vida é, em muitos momentos, dolorosa;


Que eu não perca a vontade de ter grandes amigos, mesmo sabendo que com as voltas do mundo, eles acabam indo embora de nossas vidas;


Que eu não perca a vontade de ajudar as pessoas, mesmo  sabendo que muitas delas são incapazes de ver, reconhecer e retribuir esta ajuda;


Que eu não perca o equilíbrio, mesmo sabendo que inúmeras forças querem que eu caia;


Que eu não perca a vontade de amar, mesmo sabendo que a  pessoa que eu mais amo pode não sentir o mesmo sentimento por mim;


Que eu não perca a luz e o brilho no olhar, mesmo sabendo que muitas coisas que verei no mundo escurecerão meus olhos;


Que eu não perca a garra, mesmo sabendo que a derrota e a perda são dois adversários extremamente poderosos;


Que eu não perca a razão, mesmo sabendo que as tentações da vida são inúmeras e deliciosas;


Que eu não perca o sentimento de justiça, mesmo sabendo que o prejudicado possa ser eu;
Que eu não perca o meu forte abraço, mesmo sabendo que um dia meus braços estarão fracos;
Que eu não perca a beleza e a alegria de ver, mesmo sabendo que muitas lágrimas brotarão dos meus olhos e escorrerão por minha alma;


Que eu não perca o amor por minha família, mesmo sabendo que ela muitas vezes me exigirá esforços incríveis para manter sua harmonia;


Que eu não perca a vontade de doar este enorme amor que existe em meu coração, mesmo sabendo que muitas vezes ele será subestimado e até rejeitado;
Que eu não perca a vontade de ser grande, mesmo sabendo que o mundo é pequeno.
E acima de tudo...
Que eu jamais me esqueça de que Deus me ama infinitamente, de que um pequeno grão de alegria e esperança dentro de cada um é capaz de mudar e transformar qualquer coisa, pois...


"A VIDA É CONSTRUÍDA NOS SONHOS E CONCRETIZADA NO AMOR!"
Mãezinha

 "Se pela força da distância tu te ausentas
Pelo poder que há na saudade voltarás."

(Pe Fábio de Melo)

" Há três coisas na vida que nunca voltam atrás: a flecha lançada, a oportunidade perdida e a palavra proferida."

terça-feira, 10 de maio de 2011

Você sabe respeitar limites?


Objetivo do tema: Levar a pessoa a separar o que compete a ela e o que compete ao outro. Seja no espaço físico, como nas opiniões.
O que é limite: É saber separar o que é seu e o que é do outro. Respeitar não só o espaço físico, mas também a opinião, a vontade do outro. Saber onde termina a sua liberdade e começa a do outro.
LEIA ESSA ESTÓRIA.
Será que você não está comendo o biscoito do outro?

Certo dia uma moça estava à espera de seu vôo na sala de embarque. Enquanto esperava comprou um livro e um pacote de biscoito. Sentou-se numa poltrona para descansar e ler em paz. Ao lado dela sentou-se um homem.
Quando ela pegou o primeiro biscoito o homem também pegou um. Ela se sentiu indignada, mas não disse nada. Pensou consigo mesma: - Mas que cara de pau. Se eu estivesse mais disposta, lhe daria um soco no olho para que ele nunca mais esquecesse...
A cada biscoito que ela pegava, o homem também pegava um. Aquilo a deixava tão indignada que não conseguia reagir. Restava apenas um biscoito e ela pensou:
“O que será que o abusado vai fazer agora? Então, o homem dividiu o biscoito ao meio, deixando a outra metade para ela. Aquilo a deixou irada e com muita raiva. Ela pegou o seu livro e as suas coisas e dirigiu-se ao embarque”.
Quando se sentou confortavelmente em seu assento, para surpresa dela, o seu pacote de biscoito estava intacto dentro de sua bolsa.
Sentiu muita vergonha, pois quem estava errada era ela, e já não havia mais tempo para pedir desculpas. O homem dividiu os seus biscoitos sem se sentir indignado, ao passo que isto lhe deixara muito transtornada.
Você respeita o limite do outro ou invade seu espaço sem se dar conta disso?
Observe se o biscoito que você está comendo atualmente é do seu próprio pacote. Cuidado você pode estar comendo um biscoito que não seja do seu pacote. Muitas vezes na nossa família, no trabalho, na nossa comunidade invadimos o espaço do outro, achando que é nosso espaço e nem nos damos conta disso. Neste momento dê uma olhadinha no pacote de seu biscoito e certifique-se se ele é seu.

Reflexões:
• Você sabe impor limites?
• Você respeita o limite do outro?
• Você sabe separar o que compete a você e o que compete ao outro fazer?
Conclusão: É importante para vivermos bem conosco mesmo e com o outro respeitarmos limites. Devemos saber impor os nossos limites para que os outros não invadam o nosso espaço, mas também precisamos saber respeitar o limite do outro, o seu espaço físico, a sua opinião, o seu modo de vida. Muitas vezes queremos que o outro acredite naquilo que a gente acredita, viva do modo que a gente acha certo...mas precisamos ficar atentos se não estamos nos “ïntrometendo” demais.

Estória conclusiva:
Não se incomode com a banana do outro.


Um trabalhador ao entrar num bar, ficou surpreso ao notar próximo ao balcão um rapaz com uma banana no ouvido.
Achando isso muito estranho aproximou-se dele e falou:
- Desculpe-me, mas você está com uma banana no ouvido.
Percebendo que o trabalhador dirigia-se a ele e não entendendo o que lhe falava, o rapaz perguntava:
- O quê?
- Você tem uma banana no ouvido – alertava-lhe o trabalhador
Mas o rapaz sem escutar continuava perguntando.
- O quêee...?
E o outro gritava mais alto.
- Você está com uma banana no ouvido.
Neste momento, ainda sem entender, o rapaz conclui o diálogo:
- Desculpe-me, mas para eu escutar, o senhor precisa falar mais alto, pois estou com uma banana no ouvido.

Quando as pessoas estão vivendo de maneira diferente da nossa, ficamos tão incomodados com tais comportamentos, que chegamos até a nos aproximarmos delas, na tentativa de alertá-las e ajudá-las, porém às vezes não passamos de meros intrusos.

Dicas práticas como proposta para a semana:
• Procure dentro da sua rotina, abrir um espaço para você fazer aquilo que gosta.
• Ouça mais a opinião do outro, sem querer impor a sua.
• Na sua vida familiar, no seu trabalho, procure fazer a sua parte, deixando que o outro faça a dele.
• Se você discorda de alguma coisa que o outro faça, apenas exponha seu ponto de vista e não tente impô-lo.
Faça sua parte e permita que o outro faça a dele.

O Milagre da Vida



Como qualquer mãe, quando Karen soube que um bebê estava a caminho, fez todo o possível para ajudar o seu outro filho, Michael, com três anos de idade, a se preparar para a chegada.
Os exames mostraram que era uma menina, e todos os dias Michael
cantava perto da barriga de sua mãe. Ele já amava a sua irmãzinha antes mesmo dela nascer.
A gravidez se desenvolveu normalmente. No tempo certo, vieram as contrações. Primeiro, a cada cinco minutos; depois a cada três; então, a cada minuto uma contração. Entretanto, surgiram algumas complicações e o trabalho de parto de Karen demorou horas.
Todos discutiam a necessidade provável de uma cesariana. Até que, enfim, depois de muito tempo, a irmãzinha de Michael nasceu. Só que ela estava muito mal. Com a sirene no último volume, a ambulância levou a recém-nascida para a UTI neonatal do Hospital Saint Mary.
Os dias passaram. A menininha piorava. O médico disse aos pais: 
 “Preparem-se para o pior. Há poucas esperanças".
Karen e seu marido começaram, então, os preparativos para o funeral.
Alguns dias atrás estavam arrumando o quarto para esperar pelo novo bebê.
Hoje, os planos eram outros.
Enquanto isso, Michael todos os dias pedia aos pais que o levassem para conhecer a sua irmãzinha.
"Eu quero cantar pra ela", ele dizia.
A segunda semana de UTI entrou e esperava-se que o bebê não sobrevivesse até o final dela. Michael continuava insistindo com seus pais para que o deixassem cantar para sua irmã, mas crianças não eram permitidas na UTI.
Entretanto, Karen decidiu. Ela levaria Michael ao hospital de qualquer jeito.
Ele ainda não tinha visto a irmã e, se não fosse hoje, talvez não a visse viva.
Ela vestiu Michael com uma roupa um pouco maior, para disfarçar a idade, e rumou para o hospital.
A enfermeira não permitiu que ele entrasse e exigiu que ela o retirasse dali. Mas Karen insistiu: "Ele não irá embora até que veja a sua irmãzinha!” ·Então ela levou Michael até a incubadora.
Ele olhou para aquela trouxinha de gente que perdia a batalha pela vida.
Depois de alguns segundos olhando, ele começou a cantar, com sua voz pequenininha:

“Você é o meu sol, o meu único sol”.

"Você me deixa feliz mesmo quando o céu está escuro...” ·(Sunshine)

Nesse momento, o bebê pareceu reagir. A pulsação começou a baixar e se estabilizou. Karen encorajou Michael a continuar cantando.

"Você não sabe, querida, quanto eu te amo. Por favor, não leve o meu sol embora...” ·
Enquanto Michael cantava, a respiração difícil do bebe foi se tornando suave.

"Continue, querido!", pediu Karen, emocionada.

"Outra noite, querida, eu sonhei que você estava em meus braços... 

" O bebê começou a relaxar. "Cante mais um pouco, Michael. 

" A enfermeira começou a chorar.

"Você é o meu sol, o meu único sol. Você me deixa feliz mesmo quando o céu está escuro... Por favor, não leve o meu sol embora...” ·
No dia seguinte, a irmã de Michael já tinha se recuperado e em poucos dias foi para casa.
O Woman's Day Magazine chamou essa história de o milagre da canção de um irmão. Os médicos chamaram simplesmente de milagre. Karen chamou de milagre do amor de Deus. Nós estamos chamando de O Milagre da Vida...

NUNCA ABANDONE AQUELE QUE VOCÊ AMA.
O AMOR É INCRIVELMENTE PODEROSO.
AME ACIMA DE QUALQUER COISA.
ORE, CANTE, DANCE...
E NÃO SE ESQUEÇA... SORRIA!

Clamor contra o crime do aborto

O ABORTO é um crime que clama aos céus por vingança. Ceifa preciosas vidas. Esmaga o coração de Deus. É o mais seguro passaporte para a condenação eterna. Se você fica indiferente, é também cúmplice dessa prática homicida e devastadora. PENSE NISSO! 


“Dentre todos os crimes que o homem pode cometer contra a vida, o aborto provocado apresenta características que o tornam particularmente perverso e abominável.” (João Paulo II, Evangelium Vitae, nº 58)

* * *

“A rejeição da vida do homem, nas suas diversas formas, é realmente uma rejeição de Cristo.” (João Paulo II, Evangelium Vitae, nº 104)

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“Matar o ser humano, no qual está presente a imagem de Deus, é pecado de particular gravidade. Só Deus é dono da vida!” (João Paulo II, Evangelium Vitae, nº 55)

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“No caso de uma lei intrinsecamente injusta, como aquela que admite o aborto ou a eutanásia, nunca é lícito conformar-se com ela, nem participar numa campanha de opinião a favor de uma lei de tal natureza, nem dar-lhe a aprovação com o seu voto.” (João Paulo II, Evangelium Vitae, nº 73)

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“Quando uma maioria parlamentar ou social decreta a legitimidade da eliminação, mesmo sob certas condições, da vida humana ainda não nascida, assume uma decisão tirânica contra o ser humano mais débil e indefeso.” (cf João Paulo II, Evangelium Vitae, nº 70)

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“Não pode haver paz verdadeira sem respeito pela vida, especialmente se é inocente e indefesa como a da criança não nascida.” (João Paulo II, Discurso ao Movimento Defesa da Vida, Italiano, 2002)

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“A tolerância legal do aborto ou da eutanásia não pode, de modo algum, fazer apelo ao respeito pela consciência dos outros, precisamente porque a sociedade tem o direito e o dever de se defender contra os abusos que se possam verificar em nome da consciência e com o pretexto da liberdade.” (João Paulo II, Evangelium Vitae, nº 71)

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“Reivindicar o direito ao aborto e reconhecê-lo legalmente, equivale a atribuir à liberdade humana um significado perverso e iníquo: o significado de um poder absoluto sobre os outros e contra os outros. Mas isto é a morte da verdadeira liberdade.” (João Paulo II, Evangelium Vitae, nº 20)

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“É totalmente falsa e ilusória a comum defesa, que aliás justamente se faz, dos direitos humanos – como por exemplo o direito à saúde, à casa, ao trabalho, à família e à cultura, – se não se defende com a máxima energia o direito à vida, como primeiro e fontal direito, condição de todos os outros direitos da pessoa.” (João Paulo II, Christifideles Laci, nº 38)

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“Quando a lei, votada segundo as chamadas regras democráticas, permite o aborto, o ideal democrático, que só é tal verdadeiramente quando reconhece e tutela a dignidade de toda a pessoa humana, é atraiçoado nas suas próprias bases: Como é possível falar ainda de dignidade de toda a pessoa humana, quando se permite matar a mais débil e a mais inocente? Em nome de qual justiça se realiza a mais injusta das discriminações entre as pessoas, declarando algumas dignas de ser defendidas, enquanto a outras esta dignidade é negada? Deste modo e para descrédito das suas regras, a democracia caminha pela estrada de um substancial totalitarismo. O Estado deixa de ser a ‘casa comum’, onde todos podem viver segundo princípios de substancial igualdade, e transforma-se num Estado tirano, que presume poder dispor da vida dos mais débeis e indefesos, como a criança ainda não nascida, em nome de uma utilidade pública que, na realidade, não é senão o interesse de alguns.” (cf. João Paulo II, Evangelium Vitae, nº 20)

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“Ai da nação que mata os seus próprios filhos, porque legalizando o aborto nós teremos o próprio povo matando seus filhos, e isto é uma aberração, é um absurdo, um crime diante da humanidade e diante de Deus.” (João Paulo II)

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“Estamos cansados de ouvir as palavras ‘direitos humanos’, que estão sendo usadas para encobrir crimes horrendos. Quando vamos levantar a nossa voz para falar em direitos de Deus?!” (Sabino Werlich)

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“Deus não fez a morte nem tem prazer em destruir os viventes.” (Sb 1, 13)

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“Antes que no seio de tua mãe fosses formado, Eu já te conhecia, antes de teu nascimento, Eu já te havia consagrado.” (Jer 1,5)

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“Jamais haveremos de calar diante de tanto sangue derramado injustamente.” (Lema do Movimento Gianna Beretta Molla)

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“O aborto não é, como dizem, simplesmente um assassinato. É um roubo… Nem pode haver roubo maior. Porque, ao malogrado nascituro, rouba-se-lhe este mundo, o céu, as estrelas, o universo, tudo. O aborto é o roubo infinito.” (Mário Quintana)

sábado, 7 de maio de 2011

Maria, Mãe de Jesus e Mãe da Igreja


Na qualidade de Mãe de Cristo, cuja vida vivemos, Maria é também a mãe de toda a Igreja. Ela é membro da Igreja, mas um membro totalmente singular. O Vaticano II exprime sua relação conosco como a de um membro supereminente e de todo singular da Igreja, como seu modelo... na fé e na caridade. "E a Igreja católica, instruída pelo Espírito Santo, honra-a com afeto de piedade filial como mãe amantíssima"(Lumen Gentium, nº 53). 
Como uma mãe que aguarda a volta dos seus filhos adultos para casa, Maria nunca cessa de influenciar o curso de nossas vidas. Diz o Vaticano II: "Ela concebeu, gerou, nutriu a Cristo, apresentou-o ao Pai no templo, compadeceu com seu Filho que morria na cruz... Por tal motivo ela se tornou para nós Mãe, na ordem da graça"(Lumen Gentium, nº 61). "por sua maternal caridade cuida dos irmãos de seu Filho, que ainda peregrinam na terra rodeados de perigos e dificuldades, até que sejam conduzidos à feliz pátria"(Lumen Gentium, nº 62). 
Essa Mãe, que viu seu próprio Filho feito homem morrer pelo resto de seus filhos, está esperando e preparando seu lugar para você. Ela é, nas palavras do Vaticano II, seu "sinal da esperança segura e do conforto" (Lumen Gentium, nº 68). 

Concordâncias Bíblicas: Maria Santíssima - Concebida sem pecado: Gn 3,15; Lc 1,28. 
 Foi nos dada como mãe: Jo 19,25-27. Prevista no AT: Is 7,14; Mq 5,2-3.
Possibilidade da assunção aos céus, como Enoque e Elias: Gn 5,24; Hb 11,5; 2Rs 2,1-13.  

terça-feira, 3 de maio de 2011

AFINAL... O QUE É O AMOR ?


Há uma confusão muito grande entre amor verdadeiro e um produto similar, chamado de - amor de troca - uma conduta usada como moeda, para comprar determinados comportamentos do OUTRO. Exemplo típico é a eterna cobrança : Eu sempre cuidei de você, agora que preciso, não o tenho comigo" 
É preciso entender que, o amor cresce dentro de nós e nos convida a estar com o outro. Quando estamos em estado de amor, torna-se inevitável agirmos de forma amorosa. Portanto, o outro , no fundo, nos faz um favor ao se deixar amar por nós. O Amor não é um convite para a infelicidade. Quando numa relação uma pessoa se sente amargurada, deve refletir cuidadosamente, pois o amor impulsiona para a vida, sentimo-nos vivos e em sintonia com Deus, que é amor. Amar não é viver assustado, procurando adivinhar o que o outro quer, para obter sua aprovação, ou temendo o seu mau humor. 
O sentimento do amor nos dignifica e nos dá a verdadeira dimensão do nosso valor; faz-nos sentir que pertencemos à raça humana e que não somos simplesmente meros complemento um do outro. 
Amar não é ficar parado, como um rei, esperando que o outro, pelo fato de estar sendo amado, sinta-se devedor de nosso sentimento. O amor nos proporciona uma sensação de gratidão para com a existência; um sentimento de sermos abençoados por Deus. E, em retribuição, somos levados a cuidar desse amor.
Amar não é simplesmente ter um desejo sexual. Sexo não é o único elemento do amor. As pessoas que vêem o amor como algo puramente genital, acabam por empobrecê-lo. Amar não é uma viagem a ser feita com alguém, onde desvendamos os mistérios que ela nos apresenta a cada momento. O amor é uma força que nos leva a enfrentar todos os nossos medos, criados desde as primeiras experiências dolorosas de aproximação.
O Amor torna-nos corajosos e ousados, prontos a desafiar o tédio e o comodismo, a enfrentar o desafio do cotidiano, sem deixa-lo transformar-se em rotina. Ele nos proporciona uma postura de aprendiz, concedendo-nos, a suprema compreensão de que, quando somos levados pelo impulso do amor, realizamos algo. No amor, não estamos nos submetendo ao outro, mas sim obedecendo às ordens de dentro de nosso coração. 
O amor nos dá coragem para enfrentarmos todas as mensagens negativas ouvidas na infância, do tipo : "homem não presta" "mulher é complicada" casamentos só traz sofrimento", que poluem nossos pensamentos. O amor é um sentimento de seres imperfeitos, portanto, não podemos exigir a perfeição do outro , a função do amor é levar o ser humano à perfeição. O amor é um convite a estar com o outro, é um querer estar compartilhando alegrias e dores, problemas e soluções. O amor nos leva a respeitar a nossa própria individualidade e a do outro.
O amor é a força que nos torna guerreiros, sem revolta, pois, amar é comprometer-se sem garantias, entregar-se completamente, com a esperança de que o nosso amor produza amor no outro.. O amor é uma viagem para dentro de nós mesmos, na busca das respostas que nos revelem o que não está certo conosco, mesmo que o outro esteja sendo desleixado com nosso amor. A palavra amor é muito limitada para expressar a totalidade do seu significado e, por isso, ao procurarmos conceituar o sentimento, é inevitável que o limitemos. 
O Amor é muito mais que a união de dois corpos, muito mais que a união de duas pessoas. Ë a própria existência. No amor seguimos um caminho, realizando uma história, cujo final, apesar de nosso conhecimento, só vamos saber quando a completarmos. A única certeza que temos é a de que o amor é uma condição inerente ao ser humano. Assim como a flor emana o seu perfume, o homem naturalmente exala o amor. Isso é tão inevitável quanto é impossível proibir a terra molhada de desprender o seu cheiro.