quarta-feira, 30 de abril de 2014

Falta de conhecimento de si e do outro

“Se tu vens, por exemplo, às quatro horas da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz.” (Antoine Saint Exupéry)
Como vimos, não é fácil conhecer a nós mesmos e aos outros. E muitos problemas surgem no casamento, quando cada um dos cônjuges não se conhece e não conhece bem o outro. Não temos o direito de mentir a nós mesmos.
A harmonia conjugal depende muito disso, algo que deve ser cultivado desde o namoro e o noivado.
Infelizmente muitos não namoraram como deveriam; isto é, não se conheceram; por isso, depois de casados se estranham; para alguns parece que se casou com um desconhecido (a).
A vida a dois é um contínuo conhecer-se. Ninguém ama a quem não conhece. Infelizmente, inúmeros casais chegam ao casamento sem se conhecer profundamente, o que dificulta o seu relacionamento e crescimento.
O ajustamento conjugal é algo dinâmico, crescente e que depende desse mútuo conhecimento. Estamos tratando com dois psiquismos vivos, complexos e que progridem. Um casal tem uma vida conjugal harmoniosa não quando não tem problemas, mas quando sabe enfrentá-los com maturidade e resolvê-los, sempre se valorizando, se respeitando e se conhecendo.
Sabemos que dentro de nós existe além do consciente, o inconsciente. Então, além de conhecer o próprio consciente, é preciso conhecer o do seu parceiro, com a ajuda dele. Caso contrário o entendimento e a cooperação mútua ficam dificultados.
Cada um de nós é um “mistério a ser revelado”, uma verdadeira caixa de segredos. Para que alguém nos conheça, é preciso que nós nos revelemos de maneira autêntica e sem fingimentos, sem máscaras. E nisso é preciso cuidado porque temos a incrível capacidade de mostrar ao outro aquilo que nós não somos.
No casamento, as máscaras caem com o tempo, então, para muitos começam as decepções e os desentendimentos. Já encontrei casais que não se conheciam profundamente, e que por isso se separaram. Viveram um relacionamento superficial antes do casamento e depois se assustaram quando os seus defeitos foram aparecendo. Esses defeitos sempre existiram em cada um, mas ficaram escondidos antes do casamento. Faltou-lhes o conhecimento mútuo, mais profundo, através do qual um soubesse a “história da vida do outro”, os seus problemas e as suas aspirações.
É fundamental que cada um conheça o passado do outro, pois toda a vida passada está gravada no nosso inconsciente e, de vez em quando, essas lembranças vêm à tona, influenciando o nosso comportamento e o do outro.
Se não se conhece a história da pessoa com quem se vive, como será possível compreendê-la, aceitá-la e ter paciência com ela? Quanto mais se conhece a pessoa, mais facilidade se tem de acolhê-la, perdoá-la e ajudá-la a crescer. Isso é essencial para o casal.
Muitas vezes rotulamos as pessoas de “chatas”, “antiquadas”, etc., simplesmente porque não as conhecemos bem; e assim cometemos muita injustiça. Se deixarmos a pessoa falar, contar a sua vida, suas lutas e problemas, o nosso ponto de vista sobre ela certamente mudará.
Para garantir um bom e verdadeiro relacionamento, é necessário que cada um saiba se calar e deixar que o outro conte “a história de sua vida”, de sua família, de seus pais, de sua infância… É preciso conhecer as horas amargas e as experiências difíceis que o outro viveu.
Se você quiser conhecer bem seu amado (a), então, conheça os seus pais, seus irmãos, seus hábitos, seus problemas, suas qualidades, etc. Conheça seu tempo de escola, seus dramas passados, seus medos, angústias vividas… Pois tudo isso está vivo nele ou nela.
É bom não esquecer que o seu cônjuge foi criado em uma família diferente da sua.
Cada um de nós leva para o casamento como um “inconsciente familiar”; tudo que herdamos de nossos pais e parentes. Não somos isolados em uma família, pertencemos a uma “constelação familiar” como as estrelas nas galáxias.
Infelizmente os casais se unem conhecendo-se pouco, e este conhecimento não cresce muito após o casamento. É preciso que um revele ao outro o seu mistério: as aspirações, os sonhos, as qualidades, os defeitos, os gostos… Enfim, tudo; porque tudo isso está bem escondido no inconsciente de cada um e será a matéria-prima do diálogo e do conhecimento do casal.
Nada pode ser escondido ou disfarçado. É lógico que cada coisa deve ser contada na hora oportuna e de modo correto, mas nada pode ser camuflado. Essa é uma das causas do sucesso no diálogo.
O essencial na revelação de si mesmo ao outro é que ela seja verdadeira. Jesus Cristo nos ensina: “a verdade vos livrará” (Jo 8,32). É importante conhecer as aptidões e os interesses do parceiro; quais são os seus impulsos mais fortes. Quais deles precisam ser mais trabalhados no outro e em você.
Muitos de nós trazemos recalques da infância e da adolescência; são os problemas que enfrentamos e que não foram bem resolvidos, deixando marcas profundas em nossas almas. Os castigos duros, as advertências ásperas, os medos apavorantes, as ameaças de violência, os conselhos errados, os abandonos sofridos, a superproteção, o lar desajustado, as brigas dos pais, as carências de amor, tudo isso pode ter deixado recalques em nossa alma, e não desapareceram.
Nosso comportamento de hoje tem muito a ver com o nosso passado. Por que sou tímido? Por que sou inseguro? Por que corro atrás do dinheiro de maneira desesperada? Por que me sinto perseguido? Por que tenho tanto medo? Por que não consigo fazer um carinho em minha esposa? Por que não gosto da vida sexual? Por que me sinto inválido, incompetente? Por que sou teimoso? Por que sou escandaloso? Por que tenho tanta necessidade de gastar? Por que sou tão vaidosa? Por que sou egoísta demais? Por que sou egocêntrico e quero tudo girando em torno de mim? Por que sou ganancioso? Por que sou tão inconstante?
Por que tenho inveja das pessoas que se saem melhor do que eu?Por que sou tão crítico e reclamo dos outros? Por que sinto raiva com facilidade?
Pode ter certeza que as respostas a essas perguntas e a muitas outras podem estar escondidas em seu inconsciente; e se você não se conhecer não poderá vencer isso; e além de sofrer faz o outro sofrer.
Quando se toma conhecimento das causas é mais fácil vencer os efeitos negativos.  Por isso não podemos fugir de uma autoanálise corajosa, sem preguiça de refletir e sem medo de enfrentar a nossa realidade e os nossos próprios problemas.
Não podemos ter medo de enfrentar os fantasmas da infância e da adolescência que se esconderam nos labirintos de nosso inconsciente. É preciso acender as luzes e colocá-los para fora com determinação. E é preciso que o seu cônjuge conheça isso para que possa te compreender e te ajudar.
A harmonia conjugal exige a integração harmoniosa dos impulsos que cada um traz para a vida a dois. Isso significa “crescer” a dois. Se isso não acontecer o casal pode ficar cansado um do outro, desencantados e até desanimados. Por exemplo, se um dos cônjuges é perfeccionista, tem o impulso de autoafirmação forte, precisa ser ajudado pelo outro para equilibrar esse impulso e não gerar uma úlcera nervosa.
Na caminhada longa do conhecimento mútuo através do diálogo, é preciso saber ouvir o outro com paciência para se poder entender exatamente o que ele quer dizer, e não haver o mal-entendido que gera muito conflito desnecessário.
O casal nunca pode perder de vista que tem uma missão: construir o outro e a família; isso exige empenho, perícia, cuidado. Lidamos com pessoas como trabalhamos com diamantes.
Prof. Felipe Aquino

terça-feira, 29 de abril de 2014

Hoje senti uma saudade imensa desta pessoa

As pessoas boas que passam em nossa vida deixam marcas indeléveis que não esquecemos jamais. Elas são como bálsamo que perfumam o ambiente e dão um gosto novo às experiências da vida.
Obrigada por tudo meu querido amigo Pe Jair.
A personalidade assemelha-se a um perfume de qualidade: quem o usa é o único que o não sente. 
Gilbert Cesbron

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Falar com o outro é em primeiro lugar, ouvir.

Os homens precisam falar. Sua alma, transbordante de angústia, de tédio ou de alegria, procura desesperadamente exprimir-se. As palavras são veículos da alma e permitem aos homens comungar uns com os outros. Os “caladões” Muitas vezes sofrem intensamente por não poder exprimir-se. A timidez, o temor de não serem compreendidos, a ausência de pessoas disponíveis para ouvi-los, as paralisam. Com efeito, poucos homens são parceiros acolhedores para seus irmãos, porque poucos homens se esquecem inteiramente de si mesmos para concentrar-se no outro…
O homem precisa dizer-se, contar-se, provocar compaixão, provocar elogios, fazer-se levar. Escute o outro, escute mais ainda, escute apaixonadamente. Alguns morrem sem nunca ter encontrado ninguém que lhes tenha prestado a homenagem de calar-se totalmente para ouvi-los.
Se você quiser ser agradável às pessoas que encontra, fale-lhes daquilo que lhes interessa e não daquilo que interessa a você.
Falar com outro é primeiro escutar, mas, muitos poucos sabem ouvir, porque poucos estão vazios de si mesmos, e o seu eu faz barulho.
” Puxa! o seu caso me faz lembrar um que aconteceu comigo…
” Enquanto o outro falava, você só pensava em si mesmo. Não interrompa o outro para falar de si. Deixe-o falar dele até o fim. Se você ficar com vontade de contar alguma coisa a seu respeito, é sinal que só pensa em si. E se você pensa em si, não se entrega ao outro.
Mas, se acontecer que você tenha que falar de si, que seja sempre em função do outro, para esclarecê-lo, iluminá-lo, acalmá-lo, enriquecê-lo, e nunca para valorizar sua pessoa, eclipsar os demais, humilhar, esmagar.
Se o outro se calar diante de você, respeite seu silêncio e, aos poucos, suavemente, vá ajudando-o a falar. Interrogue-o sobre a vida que leva, as preocupações que o angustiam, seus aborrecimentos; pois, falar com o outro, muitas vezes, também é saber perguntar.
Preste atenção para que ele não saia antes de ter dito tudo o que queria. Se, depois de ter saído ele pensar: “ele estava com um ar distante”, é porque você estava longe. Se ele tiver concluído:
“Não insisti porque ele parecia aborrecido”, é porque você não estava disponível… Terá ele coragem de voltar? Você está preocupado, triste, nervoso por numerosos problemas.
Alguém chega para falar com você. Pegue calmamente seu nervosismo, seu mau humor, seus aborrecimentos e dê tudo ao Senhor. Recomece esta operação tantas vezes quantas forem necessárias, e mais depressa do que você pensa, estará livre para ouvir, receber e comungar.
Caminhe em direção ao outro:
Para que ele entre dentro de você, há alguns degraus, estenda a mão, Para erguer o embrulho do chão, é preciso fazer força; estenda a mão.
Estender a mão é sorrir, dar um tapinha no ombro, é dizer:
“e o seu filhinho, como vai?”
“e aquele caso do outro dia, como acabou?”
“e depois… o que foi que aconteceu?”
E em cada uma dessas pequenas frases, ponha-se todo inteiro, ponha todo o amor do Senhor que eternamente convida.
Quando um abcesso está maduro, tem que ser espremido para esvaziar-se. Só depois e que se pode pôr o remédio. Se o outro tiver dificuldades, não se apresse em dar-lhe uma solução…
Ajude-o delicadamente a “esvaziar o abcesso”, em seguida, basta uma palavra amiga, um aperto de mão… e o remédio será eficaz, porque o mal foi removido.
Se você souber ouvir, muitos virão lhe fazer confidências. Então, seja receptivo, silencioso, concentrado. E antes, talvez, que você tenha tido tempo de pronunciar uma palavra construtiva, o outro ir-se-á embora liberto, feliz, aliviado. Pois, o que inconscientemente ele esperava, não era um conselho, uma receita de bom viver, mas alguém a quem pudesse entregar-se para ser carregado.
Se você deve responder, não procure o que dizer enquanto o outro fala, pois antes de mais nada ele precisa de atenção, e só depois, de palavras. Em seguida, abandone-se ao Espírito Santo, pois aquilo que toca as almas não é o fruto de raciocínio, mas o fruto da graça.
Não haverá verdadeiro diálogo se você não fizer em si um profundo silêncio, um silêncio religioso para acolher o outro, pois no outro e pelo outro é Deus que vem a você e só a Fé pode dispô-lo ao diálogo.
Michel Quoist
Retirado do livro “Construir o Homem e o Mundo”

domingo, 27 de abril de 2014

Festa da Misericórdia

Jesus disse à Santa Faustina: “Desejo que a Festa da Misericórdia seja refúgio e abrigo para todas as almas, especialmente para os pobres pecadores.
Neste dia estão abertas as entranhas da Minha Misericórdia.Derramo todo um mar de graças sobre aquelas almas que se aproximam da fonte da Minha Misericórdia. A alma que for à confissão e receber a Sagrada Comunhão obterá remissão total das culpas e das penas. Nesse dia estão abertas todas as comportas divinas, pelas quais se derramam as graças. Que nenhuma alma receie vir a Mim, ainda que os seus pecados sejam tão vivos como escarlate.” (D 699)

sábado, 26 de abril de 2014

"Há momentos na vida em que sentimos tanto a falta de alguém que o que mais queremos é tirar essa pessoa de nossos sonhos e abraçá-la."
Clarice Lispector

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Onde senão no cavalo encontramos nobreza sem arrogância, amizade sem inveja e beleza sem vaidade? 
(Ronald Duncan)

quinta-feira, 24 de abril de 2014

O Mistério do Sofrimento

Santo Agostinho afirmou que, se Deus não soubesse tirar algo de bom do sofrimento, não permitiria jamais que esse nos atingisse.
Há um mistério profundo no sofrimento. Mistério de dor e angústia que Jesus, pelo Seu sofrimento, transformou em mistério de salvação.
Muitos homens e mulheres mudaram de vida radicalmente por causa do sofrimento. Desde que Jesus escolheu o caminho da dor para nos salvar, o sofrimento passou a ser a “matéria-prima” da salvação. São Paulo falava da “loucura da cruz para aqueles que se perdem, mas poder de Deus para aqueles que se salvam” (citação livre de 1 Cor 1,18). De fato, o poder invisível de Deus se manifesta no sofrimento. Cura a alma, salva o espírito, quebranta o orgulho, elimina a vaidade, abate a opulência, iguala os homens.
E no sofrimento que os homens mais se sentem irmãos, filhos do mesmo Pai. E na hora amarga da dor que se valorizam a fraternidade e a solidariedade. E nessa hora sagrada que os corações se unem, as mãos se apertam e o filho lembra-se do Pai. Não fora o sofrimento angustiante daquele filho pródigo do Evangelho, jamais ele teria abandonado a vida devassa e voltado para a casa do Pai.
Sim, o sofrimento é sagrado! É nele que encontramos a nós mesmos e encontramos os outros, sem máscaras, sem enfeites e sem enganos. Ele não foi criado por Deus, mas Cristo lhe deu um enorme sentido. A dor e a morte são obras trágicas do homem, frutos do seu pecado, do desejo obstinado de querer construir a vida sem Deus. São Paulo não teve dúvida: “O salário do pecado é a morte” (Rm 6,23a). E reafirmou: “O pecado entrou no mundo e, pelo pecado, a morte; assim a morte passou a todos os homens” (citação livre de Rm 5,12).
Mas Cristo veio exatamente para destruir o pecado e a morte. Como reza a Igreja, “com a Sua morte destruiu a morte, e com a Sua ressurreição devolveu-nos a vida” (missa do Tempo Pascal). O Senhor bebeu o cálice da dor até a última gota, para que todo o sofrimento da terra fosse resgatado, transformado e divinizado. Qualquer que seja a dor, ela é parte da mesma dor do Senhor, pois Ele a assumiu na Sua santa paixão. E por isso que São Paulo afirma: “Completo na minha carne o que falta às tribulações de Cristo” (citação livre de Cl 1,24). Nosso sofrimento é o mesmo sofrimento de Cristo. Assumindo nossa natureza, pela Sua encarnação, Ele assumiu também nosso sofrimento e fez dele o instrumento da nossa salvação. Portanto, qualquer que seja a nossa dor, oferecida a Deus, unida à paixão de Cristo, ela é extremamente valiosa e salvífica. “As nossas tribulações do momento são leves e nos preparam um peso de glória eterna” (citação livre de II Cor 4,17), nos garante São Paulo.
Santo Afonso de Ligório, doutor da Igreja, afirmou que ”não existe coisa mais agradável a Deus do que sofrer com pa­ciência e paz todas as cruzes por Ele enviadas”. E Santa Teresa D’Ávila disse que “o mérito consiste em sofrer e amar.
É o sofrimento que quebra em nós o ímpeto do pecado, destrói nossas más inclinações interiores e exteriores e nos preparam para o céu.
“Os sofrimentos da presente vida não têm proporção alguma com a glória futura que nos deve ser manifestada” (Rm 8,18). São Francisco chegava ao extremo de dizer: “O bem que espe­ro é tão grande que todo sofrimento é prazer para mim.”
Jesus nos manda: “Tome cada dia a sua cruz e siga-me” (Lc 9,23c). Se Ele assim o diz, é porque isso é o melhor para nós. Não há que duvidarmos do Senhor. E é Ele quem sabe qual é a cruz que devemos carregar… Não é uma livre escolha nossa. Por isso, precisamos tomá-la e carregá-la não à força e com repugnância e lamentação, mas com humildade, paciência e fé. Nesta vida, não teremos verdadeira paz interior, se não abraçarmos com amor os sofrimentos, oferecendo-os a Deus. Segundo Santo Afonso: “Essa é a condição a que estamos reduzidos em consequência da corrupção do pecado.”
O valor do sofrimento é tamanho, que os santos consideravam como presentes as doenças e as dores que Deus lhes mandava. Como somos diferentes deles! São Vicente de Paulo, por exemplo, dizia: “Se conhecêssemos o precioso tesouro contido nas doenças, recebê-las-íamos com a alegria com que se recebem os maiores presentes.”
O sofrimento, acolhido com fé, produz a santidade. Portanto, não devemos desesperar-nos perante ele, mas abraçá-lo na fé. Que Deus nos dê essa grande graça. A Palavra de Deus nos diz: “Todas as coisas concorrera para o bem daqueles que amam a Deus” (Rm 8,28a) e mais:
Em todas as circunstâncias, dai graças, porque esta é a vosso respeito a vontade de Deus em Jesus Cristo” (1 Ts 5,18).
Sofrer e amar, dando graças a Deus!
Prof. Felipe Aquino

quarta-feira, 23 de abril de 2014

"Um amigo me chamou para ajudá-lo a cuidar da dor dele. Guardei a minha no bolso. E fui..." 
Caio Fernando de Abreu

terça-feira, 22 de abril de 2014

"Acreditar que basta ter filhos para ser um pai é tão absurdo quanto acreditar que basta ter instrumentos para ser músico." 
(Mansour Chalita)

segunda-feira, 21 de abril de 2014

"O silêncio saberá proteger-te a voz, como o ninho protege as aves adormecidas." 
(Rabindranath Tagore)

domingo, 20 de abril de 2014

Domingo da Ressurreição

É o dia santo mais importante da religião cristã. Depois de morrer crucificado, o corpo de Jesus foi sepultado, ali permaneceu até a ressurreição, quando seu espírito e seu corpo foram reunificados. Do hebreu "Peseach", Páscoa significa a passagem da escravidão para a liberdade. 

A presença de Jesus ressuscitado não é uma alucinação dos Apóstolos. Quando dizemos "Cristo vive" não estamos usando um modo de falar, como pensam alguns, para dizer que vive somente em nossa lembrança. 

sábado, 19 de abril de 2014

Sábado Santo


O Sábado Santo não é um dia vazio em que "não acontece nada". Nem uma duplicação da Sexta-feira Santa. A grande lição é esta: Cristo está no sepulcro, desceu à mansão dos mortos, ao mais profundo em que pode ir uma pessoa. O próprio Cristo está calado. Ele, que é Verbo, a Palavra, está calado. Depois de seu último grito da cruz "por que me abandonaste?", agora ele cala no sepulcro. Descansa: "tudo está consumado".

Vigília Pascal:

Durante o Sábado santo a Igreja permanece junto ao sepulcro do Senhor, meditando sua paixão e sua morte, sua descida à mansão dos mortos e esperando na oração e no jejum sua ressurreição. Todos os elementos especiais da Vigília querem ressaltar o conteúdo fundamental da Noite: a Páscoa do Senhor, a sua passagem da Morte à Vida.
A celebração é no sábado à noite, é uma Vigília em honra ao Senhor, de maneira que os fiéis, seguindo a exortação do Evangelho (Lc 12, 35-36), tenham acesas as lâmpadas como os que aguardam a seu Senhor quando chega, para que, ao chegar, os encontre em vigília e os convide a sentar à sua mesa. 

Bênção do fogo

Fora da Igreja, prepara-se a fogueira. Estando o povo reunido em volta o sacerdote abençoa o fogo novo. Em seguida o círio pascal é apresentado ao sacerdote. Com um estilete, o presidente faz nele uma cruz dizendo as palavras que falam da eternidade de Cristo.
Assim expressa com gestos e palavras toda a doutrina do império de Cristo sobre o cosmos, exposta em São Paulo. Nada escapa da Redenção do Senhor, e tudo, homens, coisas e tempo estão sob sua potestade.

Procissão do Círio Pascal

As luzes da igreja devem permanecer apagadas. O diácono toma o círio e o ergue por algum tempo proclamando: Eis a luz de Cristo! Todos respondem: Demos graças a Deus!
Os fiéis acendem suas velas no fogo do círio pascal e entram na igreja. O círio pascal representa o Cristo Ressuscitado, a coluna de fogo e de luz que nos guia através das trevas e nos indica o caminho à terra prometida, avança em procissão.

Proclamação da Páscoa

O povo permanece em pé com as velas acesas. O presidente da celebração incensa o círio pascal. Em seguida a Páscoa é proclamada.
Este hino de louvor, em primeiro lugar, anuncia a todos a alegria da Páscoa, alegria do céu, da terra, da Igreja, da assembleia dos cristãos. Esta alegria procede da vitória de Cristo sobre as trevas. Terminada a proclamação apagam-se as velas.

Liturgia da Palavra

Esta noite a comunidade cristã se detém mais que o usual na proclamação da Palavra.
As leituras da Vigília têm uma coerência e um ritmo entre elas. A melhor chave é a que nos deu o próprio Cristo: "E começando por Moisés, percorrendo todos os profetas, explicava-lhes (aos discípulos de Emaús) o que dele se achava dito em todas as Escrituras" (Lc 24, 27).

Liturgia Batismal

A noite de Páscoa é o momento no qual tem mais sentido celebrar os sacramentos da iniciação cristã. O sacerdote que preside nesta noite tem a faculdade de conferir também a Confirmação, para fazer visível a unidade dos sacramentos da iniciação.
Se houver batismo, chamam-se os catecúmenos, que são apresentados pelos padrinhos à Igreja reunida.

Ladainha de todos os Santos

Nós, Igreja peregrina, em profunda comunhão com a Igreja do céu, reafirmamos nossa fé e pedimos a intercessão daqueles que nos precederam na glória do Cristo ressuscitado.

Bênção da água batismal

Durante a oração o sacerdote mergulha o Círio Pascal na água uma ou três vezes. Se houver batismo cada catecúmeno renuncia ao demônio, faz a profissão de fé e é batizado.
A bênção da água se trata sobretudo de bendizer a Deus por tudo o que fez por meio da água ao longo da História da Salvação, implorando-lhe que hoje também este sinal atualize o Espírito de vida sobre os batizados.

Renovação das promessas batismais

Após o rito do batismo (se houver) ou da bênção da água, todos em pé e com as velas acesas, renovam as promessas do batismo.
Terminada a renovação das promessas do batismo, o sacerdote asperge o povo com a água benta, enquanto todos cantam. Neste dia é omitido o creio, em seguida é presidida a oração dos fiéis.

Liturgia Eucarística

A celebração Eucarística é o ápice da Noite Pascoal. É a Eucaristia central de todo o ano, mais importante que a do Natal ou da Quinta-feira Santa. Cristo, o Senhor Ressuscitado, nos faz participar do seu Corpo e do seu sangue, como memorial da sua Páscoa. É o ponto mais importante da celebração.

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Sexta-feira Santa

Sexta-feira da Paixão

A tarde da Sexta-feira Santa apresenta o drama incomensurável da morte de Cristo no Calvário. A cruz erguida sobre o mundo segue de pé como sinal de salvação e de esperança. Com a Paixão de Jesus, segundo o Evangelho de João, contemplamos o mistério do Crucificado, com o coração do discípulo Amado, da Mãe, do soldado que lhe traspassou o lado. Há um ato simbólico muito expressivo e próprio deste dia: a veneração da Santa Cruz, momento em que é apresentada solenemente a cruz à comunidade.

Via-sacra

Ao longo da Quaresma muitos fiéis realizam a Via Sacra com uma forma de meditar e fazer memória do caminho doloroso que Jesus viveu até a crucifixão e morte na cruz.
A Igreja nos propõe esta meditação para nos ajudar a rezar e a mergulhar na doação e misericórdia de Jesus que se doou por nós. Em muitas paróquias e comunidades são realizadas a encenação da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo, através da meditação das 14 estações da Via Crúcis.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Quinta-feira Santa

Santos óleos

Uma das cerimônias litúrgicas da Quinta-feira Santa é a benção dos santos óleos usados durante todo ano pelas paróquias. São três os óleos abençoados nessa celebração: o do Crisma, dos Catecúmenos e dos Enfermos. 

Ela conta com a presença de bispos e sacerdotes de toda a diocese. É um momento de reafirmar o compromisso de servir a Jesus Cristo.

Lava pés

O Lava-pés é um ritual litúrgico, realizado durante a celebração da Quinta-feira Santa, quando recorda a última ceia do Senhor.
Jesus ao lavar os pés dos discípulos quer demonstrar seu amor por cada um e mostrar a todos que a humildade e o serviço são o centro de sua mensagem, portanto esta celebração é a maior explicação para o grande gesto de Jesus que é a Eucaristia. 

O rito do lava-pés não é uma encenação dentro da missa, mas um gesto litúrgico que repete o mesmo gesto de Jesus. O bispo ou padre que lava os pés de algumas pessoas da comunidade está imitando Jesus no gesto, mas não como teatro; ao contrário, como compromisso de estar ao serviço da comunidade, para que todos tenham a salvação, como fez Jesus.

Instituição da Eucaristia

Com a Santa Missa da Ceia do Senhor, celebrada na tarde ou noite da Quinta-feira Santa, a Igreja dá início ao chamado Tríduo Pascal e faz memória da Última Ceia, onde Jesus, na noite em que foi traído, ofereceu ao Pai o seu Corpo e Sangue sob as espécies do Pão e do Vinho, e os entregou aos apóstolos para que os tomassem, mandando-lhes também oferecer aos seus sucessores.

A palavra "Eucaristia" provém de duas palavras gregas "eu-cháris": "ação de graça", e designa a presença real e substancial de Jesus Cristo sob as aparências de pão e vinho.

Instituição do sacerdócio

A Santa Missa é então a celebração da Ceia do Senhor na qual Jesus, um dia como hoje, na véspera da sua paixão, "Durante a refeição, Jesus tomou o pão, benzeu-o, partiu-o e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai e comei, isto é meu corpo." (Mt 26, 26).
Ele quis que, como em sua última Ceia, seus discípulos nos reuníssemos e nos recordássemos d'Ele abençoando o pão e o vinho: "Fazei isto em memória de mim". Com essas palavras, o Senhor instituiu o sacerdócio católico e deu-lhes poder para celebrar a Eucaristia. 

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Quarta-feira Santa

Procissão do encontro

Em muitas paróquias, especialmente no interior, realiza-se a famosa "Procissão do Encontro" na Quarta-feira Santa. 
Os homens saem de uma igreja ou local determinado com a imagem de Nosso Senhor dos Passos e as mulheres saem de outra com Nossa Senhora das Dores. Acontece, então, o doloroso encontro entre a Mãe e o Filho. O padre proclama o célebre "Sermão das Sete Palavras" fazendo uma reflexão que chama os fiéis à conversão e à penitência.

terça-feira, 15 de abril de 2014

Sim, você vai ser feliz. Mas antes a vida vai te ensinar a ser forte. 
Taylor Swift

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver a vida apesar de todos os desafios.

domingo, 13 de abril de 2014

Domingo de Ramos


O Domingo de Ramos abre, por excelência, a Semana Santa celebrando a entrada triunfal de Jesus Cristo, em Jerusalém, poucos dias antes de sofrer a Paixão, Morte e Ressurreição.
Esse domingo é chamado assim, porque o povo cortou ramos de árvores, ramagens e folhas de palmeiras para cobrir o chão por onde o Senhor passaria montado num jumento. Com isso, Ele despertou nos sacerdotes da época e mestres da lei muita inveja, desconfiança, medo de perder o poder. Começa, então, uma trama para condená-Lo à morte. 
A liturgia dos ramos não é uma repetição apenas da cena evangélica, mas sacramento da nossa fé na vitória do Cristo na história, marcada por tantos conflitos e desigualdades.

sábado, 12 de abril de 2014

Quando o coração pode falar, não há necessidade de preparar o discurso. 
Gotthold Lessing

sexta-feira, 11 de abril de 2014

O homem se considera o animal mais inteligente mas é o único animal que destrói a Natureza. 
De Brito

quinta-feira, 10 de abril de 2014

O barbarismo da nossa época é ainda mais espantoso pelo fato de tanta gente não ficar realmente estarrecida com ele. 
Teilhard de Chardin

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Enquanto eu tiver uma gota de esperança, terei um oceano de certeza! 
Patricia Schmidts Puhl

terça-feira, 8 de abril de 2014

Há momentos infelizes em que a solidão e o silêncio se tornam meios de liberdade. 
Paul Valéry

segunda-feira, 7 de abril de 2014

domingo, 6 de abril de 2014

Nosso Jesus Cristo é o Senhor da nossa vida!

E o grande sinal é este: mostra que Jesus é a vida, Ele traz Lázaro novamente à vida para nos demonstrar que Ele tem poder sobre a vida, que Ele é o Senhor da vida. 
”Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá jamais” (João 11, 25-26).
A maravilha da Palavra de Deus, hoje, é Jesus que vai à casa dos seus amigos: Marta, Maria e Lázaro. Ele vai especialmente para se encontrar com Lázaro, porque já recebera a notícia de que ele havia morrido fazia alguns dias. A tristeza toma conta daquele lugar e daquela casa, e as irmãs deste, Marta e Maria, vão ao encontro de Jesus e dizem: ”Mestre, se o Senhor estivesse aqui o nosso irmão não teria morrido”. E Jesus diz: ”Não, o seu irmão ressuscitará”. E Marta responde: “Sim, Senhor. Eu sei que ele há de ressuscitar na ressurreição do último dia”.
E Jesus, categoricamente, apresenta a verdadeira ressurreição, quando nos diz que: ”todo aquele que n’Ele crê, ainda que esteja morto, viverá”, porque Jesus é a ressurreição e Jesus é a vida. E quem se aproxima do Senhor, quem adere à Pessoa de Jesus, quem se coloca do lado d’Ele, se abre para Ele, não conhecerá jamais a morte.
A morte não domina aquele que é do Senhor! Algumas vezes,  nós ficamos tristes, e é mais do que natural A tristeza e a dor da saudade quando alguém muito querido parte para outra vida. Até mesmo Jesus ficou comovido com a morte do amigo, Lázaro, por isso, foi ao encontro dele, para nos dar um sinal. E o grande sinal é este: mostrar que Ele é a vida, Ele traz Lázaro novamente à vida para nos demonstrar que Ele tem poder sobre a vida, que Ele é o Senhor da vida.
Mas a vida que Jesus quer nos dar é a vida plena e a vida eterna; primeiramente para nós que andamos mortos, por causa dos nossos pecados, Ele nos ressuscita e nos tira da escuridão e da zona da morte e nos traz novamente à vida. E depois, aquela morte incômoda, que tira a vida, aquele que crê em Jesus não a experimenta, é apenas uma passagem, pois o Senhor nos transforma de modo que tenhamos, já aqui na Terra, as primícias da eternidade.
A morte é para o justo, para aquele que é de Deus, a porta de entrada para a glória celeste. Hoje é dia de refletirmos sobre o valor da vida, mas não simplesmente o ”viver”; mas sim sobre a vida plena, a vida ressuscitada, a vida que o Senhor veio nos trazer com Sua morte. E todos aqueles que morrem em Cristo, no batismo, morrem para o pecado e têm com Ele o selo da vida.
Que o selo do Cristo Ressuscitado esteja em nós para que a vida nova, que Ele nos trouxe, esteja também conduzindo a nossa vida!
Deus abençoe você!
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sábado, 5 de abril de 2014

Que as mentiras alheias não confundam as nossas verdades. 
Caio Fernando de Abreu

sexta-feira, 4 de abril de 2014

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Podemos viajar por todo o mundo em busca do que é belo, mas se já não o trouxermos conosco, nunca o encontraremos. 
Ralph Emerson

quarta-feira, 2 de abril de 2014

terça-feira, 1 de abril de 2014

Tudo tem sua hora, e é chegada a hora de despertar, é chegado o momento de se levantar, enfrentar a realidade, buscar soluções, esquecer o passado e viver a nova vida que Deus preparou para nós!!!