A festa de hoje parece contraditória. Como podemos “exaltar” o instrumento da morte de um inocente? Paulo, no início da era cristã já dizia que a cruz é uma loucura para os pagãos, mas para nós é o sinal da vitória.Jesus venceu a cruz. Por isso ela se tornou bandeira de salvação. Agora é ponte. Era cruz… agora é luz. No antigo testamento o povo foi infiel e sofreu as conseqüências de sua infidelidade. Eram picados por serpentes e morriam. Moisés pediu uma solução para Deus e Ele ordenou que fosse feita uma serpente de bronze e elevada em uma aste. Quem olhasse para aquele objeto seria curado.
O apóstolo João certamente lembrou deste episódio quando viu Jesus elevado da terra na cruz. Lembrou que o próprio mestre dissera um dia: “quando eu for elevado da terra entendereis que Eu Sou”. Contemplemos hoje com fé a cruz de Cristo. Trazemos em nossa carne as marcas desta paixão. Hoje vamos repensar nossas dores e sofrimentos e sofrer unidos ao Senhor Jesus. Assim nosso sofrimento receberá uma dimensão salvífica. Estamos pregados na cruz que Cristo. Ontem, instrumento horrível de dor; hoje, sinal vivo e eterno de amor!
Temos duas origens para o início das Festas da Santa Cruz. Uma delas é a festa de Exaltação de Santa Cruz, realizada em Roma (dia 14 de setembro) e na Gália (03 de maio – chamada Invenção de Santa Cruz), por ocasião da descoberta da Santa Cruz por Santa Helena (fato este que se deu, segundo a historia, no dia 03 de setembro do ano de 320), mãe de Constantino.
Outra interpretação seria a recuperação e reconstituição da Santa Cruz por Heráclito, que conduziu o Santo Lenho pelo Calvário, após tê-lo reconquistado das mãos dos persas, fato esse que se deu no dia 03 de maio.
“Do mesmo modo como Moisés levantou a serpente no deserto,
assim é necessário que o Filho do Homem seja levantado,
para que todos os que nEle crerem tenham a vida eterna”
(Jo 3,14-15)
assim é necessário que o Filho do Homem seja levantado,
para que todos os que nEle crerem tenham a vida eterna”
(Jo 3,14-15)
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