Um jovem de má vida notória viajava em um transatlântico. Debruçado sobre a proteção da proa do navio, contemplava o mar bravio, quando uma onda gigantesca o fez perder o equilíbrio e cair no mar. Desesperado, gritava por socorro pois não sabia nadar.
Um advogado, que viajava no mesmo navio, vendo o acontecido,
imediatamente lançou-lhe uma corda com uma bóia salva-vidas.
Içado a borda, o náufrago desmanchava-se
em agradecimento ao seu bem feitor que lhe havia salvo a vida. Perguntou-lhe o
que poderia fazer em sinal de sua gratidão. O advogado que conhecia a sua má
conduta disse:
-
Nada quero de ti, apenas que mudes de vida enquanto é tempo, pois estiveste às
portas da morte.
O
jovem prometeu seguir o conselho.
Anos
depois, aquele mesmo jovem foi preso por ter cometido um rime gravíssimo. Ele,
na verdade, continuava com a sua má vida. Sabia que por aquele crime, seria
irremediavelmente condenado à morte e estava profundamente deprimido.
Levado
às barras do tribunal, qual não foi a sua surpresa quando viu, sentado na
cadeira do juiz, aquele mesmo que o salvara do naufrágio! Estou salvo! Pensou.
E
suplicava ao juiz que tivesse compaixão dele pela segunda vez, pois lhe devia a
vida.
Mas
o juiz lhe disse em tom severo:
-
Amigo, quando te salvei pela primeira vez eu era advogado. Aconselhei-te a
mudar de vida, mas não seguiste meu conselho, agora sou juiz. Não me cabe
defender-te, mas julgar-te.
E
o jovem foi condenado à morte.
Moral
da estória:
Enquanto
estamos vivos, Jesus age como advogado em nossa causa, impetrando do Pai a
misericórdia e convidando-nos à conversão. Depois da morte, ele será o juiz.
Não haverá mais tempo para conversão.
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