Esta
obra aborda algumas questões sobre as dificuldades das relações humanas.
É um livro bastante profundo, que apresenta uma
linguagem poética e leve para falar de coisas tão importantes em nossa vida.
Por meio de reflexões filosóficas, textos poéticos e
histórias reais, o autor toca nosso entendimento e nossas emoções,
convidando-nos a um mergulho em nossa subjetividade, afim de nos fazer conhecer
a nós mesmos e a descobrir como viver e conviver melhor não só com as pessoas
que nos cercam, mas com todos que passam pelo nosso caminho.
Veja este comentário
de: Amanda
(amandacarvalho@patricinhaesperta.com.br)
Não é um
livro sobre religião e ele nem faz tantas referências à Igreja, e o próprio
autor fala que a intenção não era escrever um livro religioso, mas ajudar as
pessoas a compreender e perceber situações de sequestro da subjetividade e do
subconsciente. O objetivo é “abrir portas, romper cativeiros, acender luzes,
propor liberdade”. Por isso, trata-se de um livro que eu classificaria mais
como filosofia do que como auto-ajuda ou religioso. O Padre expõe, com relatos de casos e várias histórias,
a ideia de que somos sequestrados de nós mesmos, de que muitas vezes nos
relacionamos com pessoas que destroem nosso sentido e nossa percepção de quem
somos, a ponto de sequer nos reconhecermos.
É
quando nos sentimos perdidos, sem saber quem somos, como chegamos a determinada
situação e por que nosso comportamento virou uma submissão a algo ou alguém que
te arrancou de si, te deixou desnorteado e desgastado. O autor fala de vários
tipos de sequestros, incluindo o do corpo, até chegar ao sequestro da
subjetividade, do nosso próprio Eu.
É
um livro que surpreende pela profundidade e pelas palavras simples, nos levando
a refletir de verdade sobre nossas relações, pois podemos tanto ser sequestrados como ser sequestradores Por isso, o livro nos ajuda a reconhecer
quando nós mesmos estamos tirando de alguém o direito dela ser ela mesma,
quando estamos aprisionando, limitando e destruindo as possibilidades de vida
de alguém.
O
autor fala também sobre a condição de vítima, quando em vez de lutar por nós,
nos submetemos e aceitamos o papel de vítima, fazendo disso uma desculpa para
não agir. Traz também os vários tipos de violência e os mitos em relação ao
amor romântico que nutrimos, além de nos ajudar a superar os cativeiros,
traumas, idealizações, decepções e assumirmos nossa liberdade e nossa própria
vida.
É
realmente um livro que vale a pena ler e que aborda muitas questões que fazem
parte do dia-a-dia das relações e que nem sempre estamos dispostas a enfrentar.
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