Mais esperança nos meus passos do que tristeza nos meus ombros. Cora Coralina
terça-feira, 31 de dezembro de 2013
segunda-feira, 30 de dezembro de 2013
domingo, 29 de dezembro de 2013
sábado, 28 de dezembro de 2013
sexta-feira, 27 de dezembro de 2013
quinta-feira, 26 de dezembro de 2013
segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
domingo, 22 de dezembro de 2013
segunda-feira, 16 de dezembro de 2013
domingo, 15 de dezembro de 2013
quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
terça-feira, 10 de dezembro de 2013
Frase
"O homem que sabe reconhecer os limites da sua própria inteligência está mais perto da perfeição."
Johann Goethe
segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
Frase
Vida!
Quero viver todas as tuas horas
As que prendi na mão...
As que prendi na mão...
E as que nunca alcancei.
(Olegário Mariano)
domingo, 8 de dezembro de 2013
Maria
Foi o primeiro sacrário vivo da divindade. Ela trazia em seu seio, sob os véus da humanidade o próprio Filho de Deus.
sábado, 7 de dezembro de 2013
sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
O advento de Maria – a esperança
A figura de uma mulher grávida é mensageira de esperança. Que dirá a figura daquela que trazia em seu ventre o Redentor do mundo! Ao gerar Jesus, Maria encarnou ela própria a verdadeira esperança: do seio de uma virgem, chegava o Messias. O Deus da vida, desafiava o entendimento humano como que a nos mostrar que para Ele nada é impossível.
Maria é para a humanidade a porta-voz da vida e da esperança. Através dela Deus se faz homem e vem habitar entre nós. O conhecimento humano jamais poderá entender este milagre, mas o conhecimento do coração e da fé é capaz de ver esse mesmo milagre acontecer ainda hoje no rompimento de tantas situações de morte transformadas em vida.
Nesses últimos dias do tempo do Advento, podemos imaginá-La a começar a caminhada até Belém. Caminho difícil, viagem esgotante para quem está perto de dar à luz. Mas aquela família que caminha junta pelas estradas da Palestina se transforma na primeira romaria da história cristã: fiéis que caminham junto com Seu Deus, para junto Dele dar graças pela maravilha que está prestes a acontecer.
Nesta caminhada, certamente o coração de Maria está cheio de expectativa: como será o parto? Como será o rosto de seu menino? Como será a maternidade, o cuidar de uma criança? Como cuidar do próprio Deus? Ao mesmo tempo, é um coração cheio de esperança: a esperança própria daqueles que caminham com Deus, prontos para servi-Lo e confiantes em sua fidelidade.
Subamos à Belém com Maria. Andemos com Ela pelas estradas empoeiradas. Durmamos com Ela naquela estrebaria. E, com o coração pleno de esperança, vejamos com Ela o Menino chegar ao mundo e inundá-Lo com sua paz.
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
quarta-feira, 4 de dezembro de 2013
Advento
O Tempo do Advento é um tempo de preparação para a Festa do Natal de Jesus. Este foi o maior acontecimento da História: o Verbo se fez carne e habitou entre nós. Dignou-se a assumir a nossa humanidade, sem deixar de ser Deus. Esse acontecimento precisa ser preparado e celebrado a cada ano.
terça-feira, 3 de dezembro de 2013
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
Cultivar a alma mais que o corpo
Você já percebeu que o mundo está dominado pelo consumismo, pela vaidade do corpo, pelo amor à vanglória e pela busca do prazer (hedonismo).
O importante hoje é a “cultura do corpo”, não mais a do espírito; e esta inversão pôs o homem de cabeça para baixo. Por isto ele está desnorteado, sem rumo.
As academias de ginástica, os salões de beleza, os consultórios dos cirurgiões plásticos, se multiplicam a cada dia, mas os homens e as mulheres continuam infelizes. Falta-lhes algo invisível…
A indústria de cosméticos é uma das que mais fatura em todo o mundo…
O valor maior da pessoa humana é o espírito, a alma criada à imagem do Criador; depois vem o corpo, a bela morada da alma.
Se o corpo pesa sobre o espírito, este agoniza, e o homem fica aniquilado, frustrado, vazio.
Se você bater num tambor cheio de água, ele não fará barulho; mas se você bater num tambor vazio, vai fazer um barulhão.
Os homens também são assim, fazem muito barulho quando estão vazios…
Se a hierarquia de valores for invertida, a grandeza do homem fica comprometida.
Quando você permite que as paixões do corpo sufoquem o espírito, não há mais homem ou uma mulher em você, mas uma “caricatura” de homem ou de mulher.
O homem do século XX dominou a matéria e a tecnologia, mas lamentavelmente está de cabeça para baixo. É por isso que vimos a matança de dez milhões de irmãos na primeira guerra mundial, cinquenta milhões na Segunda e mais de cem milhões de vítimas do comunismo.
Além disso, saiba de uma realidade muito triste: neste século das maravilhas da tecnologia, não houve um dia sequer sem que houvesse, em algum lugar do planeta, uma guerra.
Em nenhum dia deste século XX que a pouco terminou, a humanidade conheceu cem por cento o gosto da paz!
Não é a toa que a nossa geração é a que mais consome antidepressivos e remédios para dormir, e necessita cada vez mais de psicólogos e psiquiatras.
Não é mais o corpo que está doente; é a alma. E quando o espírito adoece, toda a pessoa fica enferma.
A cultura do corpo, da glória e do prazer deixa um vazio; porque o homem só pode se satisfazer com aquilo que está acima dele, e não com o que está abaixo.
O prazer, sobretudo se é imoral, passa e deixa sabor de morte; a alegria, que é a satisfação do espírito, deixa gosto de vida.
Se você se frustar no nível biológico, porque tem algum defeito físico, pode sublimar esta frustração e ser feliz se realizando num nível mais alto, o da cultura, o do saber.
Se você não pode se realizar no nível racional, pode se realizar no nível espiritual, que é o mais elevado, numa relação íntima com Deus.
Mas se você desprezar o nível espiritual, não poderá se realizar porque acima deste não há outro onde possa buscar a compensação.
Lembre-se: “O essencial é invisível aos olhos”.
A razão é simples: tudo que é visível e material passa e acaba; o invisível, o espiritual, fica para sempre.
Você sabe que todos os seres criados voltam ao seu nada, voltam ao pó da terra. Por quê?
Porque a força que os mantém vivos está em cada um, mas não lhes pertence.
O poder de ser uma rosa está na rosa, mas não é da rosa.
Quando você vê uma bela flor murchar, é como se ela estivesse lhe dizendo: “a beleza estava em mim, mas não me pertencia; Deus a tinha me emprestado”.
Quando uma bela artista envelhece, e surgem as rugas, ela está dizendo que a beleza estava nela, mas não era propriedade sua.
Deus disse a Moisés: “Eu Sou Aquele que Sou! Yahweh!”. Isto quer dizer: Somente EU sou a fonte da vida, e todos os seres dependem de Mim para existir.
Se você ficar cultivando apenas o seu belo corpo e esquecer da sua alma, amanhã estará amargurado, pois, do mesmo jeito que a rosa murchou, o seu corpo também envelhecerá; e isto é para todos, de maneira inexorável.
Por outro lado, quanto mais você viver, mais a alma pode se tornar bela e jovem, mais o espírito pode se renovar.
São Paulo expressou muito bem esta mensagem cristã: “É por isso que não desfalecemos. Ainda que exteriormente se desconjunte nosso homem exterior, nosso interior renova-se de dia para dia… Porque não miramos as coisas que se veem, mas sim as que não se veem . Pois as coisas que se veem são temporais e as que não se veem são eternas”. (2Cor 4,16-17)
Você não foi criado apenas para esta vida transitória e passageira, onde tudo fica velho e se acaba. Você foi feito para a eternidade; para uma vida que nunca acaba.
Santo Agostinho, um dia chegou a esta conclusão: “De que vale viver bem, se não posso viver sempre?”. Para você viver sempre, vai precisar cultivar a sua alma, muito mais do que o seu corpo.
Prof. Felipe Aquino
domingo, 1 de dezembro de 2013
sábado, 30 de novembro de 2013
O que é Escatologia?
O estudo da Escatologia diz respeito aos acontecimentos que afetarão cada indivíduo no fim de sua jornada terrestre. São eles: Morte, Juízo Particular, Purgatório, Inferno e Céu. E a Escatologia coletiva trata dos acontecimentos relacionado com o fim dos tempos, a saber: Parousia (2a. vinda de Cristo), Ressurreição da Carne, Juízo Final ou Universal e os “Novos Céus e Nova Terra”.
A MORTE é onde se dá a separação entre o corpo e a alma. Deus não é o autor da morte. Foi o homem que, usando mal a liberdade que Deus lhe deu, pecou, e ao pecar, permitiu que a morte entrasse no mundo.
O JUÍZO PARTICULAR ocorre imediatamente após a morte, e define se a alma vai para o Céu, inferno ou purgatório. Não há uma ação violenta de Deus, mas simplesmente a alma terá nítida consciência do que foi sua vida terrestre, e assim, se sentirá irresistivelmente impelida para junto de Deus (Céu), ou para longe da presença de Deus (Inferno) ou ainda para um estágio de purificação (Purgatório).
O PURGATÓRIO é o estado em que as almas dos fiéis que morrem no amor a Deus, mas ainda com tendências pecaminosas, se libertam delas através de uma purificação do seu amor. Ou seja, são almas justificadas, mas que ainda precisam ser santificadas (clique AQUI para maiores detalhes). O Purgatório fortalecerá o amor de Deus no íntimo da pessoa, a fim de expurgar as más tendências. Todas as almas do Purgatório, posteriormente, irão para o Céu.
O INFERNO é um estado de total infelicidade. É viver eternamente sem Deus, sem amar, sem ser amado. A alma percebe que Deus é o Bem Maior, mas sua livre vontade o rejeita e sabe que estará para sempre incompatibilizada com Deus. Isso gera um imenso vazio na alma que passa a odiar a Deus e às suas criaturas. Só vai para o inferno quem faz uma recusa a Deus consciente, livre e voluntária. Mas como pode existir o inferno se Deus é bom e nos ama? Veja a resposta AQUI.
O CÉU não é um lugar acima das nuvens, mas sim, um estado de total Felicidade capaz de realizar todas as aspirações do ser humano. No Céu participamos da Vida de Deus. E quanto maior for o amor que a pessoa desenvolveu neste mundo, mais penetrante será a participação na Vida de Deus. Assim, no Céu todos são felizes, mas em graus variados, pois cada um é correspondido na medida exata do seu amor. Deus é Amor, amor que se dá a conhecer a quem ama. Não há monotonia no Céu, mas sim, uma intensa atividade de Conhecer e Amar.
Vale aqui o registro de que o Limbo seria o “local” eterno onde ficariam as crianças que morrem sem o Batismo. Não teriam a visão sobrenatural de Deus, mas uma visão natural mais perfeita do que temos. No entanto, o Limbo sempre foi uma suposição e jamais foi um artigo de fé. Ao invés disso, tais crianças são confiadas pela Igreja à misericórdia de Deus, que acreditamos ter um caminho de salvação própria a elas.
D. Estêvão Bettencourt
Fonte: Apostila do Mater Ecclesiae – Escatologia
sexta-feira, 29 de novembro de 2013
Frase
Recria tua vida, sempre, sempre.
Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça.
Cora Coralina
quinta-feira, 28 de novembro de 2013
Fenômenos Psicofisiológicos
Dá-se este nome aos fenômenos que operam conjuntamente na alma e no corpo e que se referem mais ou menos ao êxtase. Os principais são:
A elevação no ar
Os eflúvios luminosos
Os eflúvios odoríferos
A abstinência ou inédia
Os estigmas
» 1. A elevação no ar
É um fenômeno que faz com que o corpo permaneça elevado no ar, sem tocar o solo, ou seja, sem se apoiar em qualquer coisa natural; é o que chamamos de “êxtase ascensional”. Às vezes o corpo se eleva a grandes alturas (chamamos então “vôo extático”). Outras vezes o corpo percorre velozmente a superfície do solo, sem tocá-lo porém (é o que chamamos “marcha extática”).
Lemos numerosos casos de elevação no ar na vida de muitos santos: São Paulo da Cruz, São Felipe Néri, mSanto Estevão de Hungria, São José de Cupertino, São Pedro de Alcântara, São Francisco Xavier, entre outros.
A este fenômeno se refere também o “peso extraordinário”, que consiste na impossibilidade de se remover do solo o extático, por mais força que se empregue.
Os racionalistas têm tentado explicar este fenômeno de um modo natural, seja pela aspiração profunda de ar nos pulmões, seja por uma força física desconhecida, seja pela intervenção dos espíritos ou almas. Nenhum deles, entretanto, oferece uma explicação séria sobre o fenômeno. Mais prudente foi o papa Benedito XIV, exigindo que se fizesse primeiramente uma comprovação para se evitar toda espécie de fraude. Após, declarou:
Que a elevação no ar, quando bem comprovada, não possuía qualquer explicação natural.
Que, portanto, não supera as forças de um anjo ou de um demônio, que podem, evidentemente, suspender um corpo no ar.
Que, nos santos, esse fenômeno é uma forma antecipada do dom da agilidade, próprio dos corpos gloriosos.
» 2. Os Eflúvios Luminosos
A êxtase, às vezes, é acompanhada por fenômenos luminosos, através de uma auréola de luz em volta da cabeça ou revestindo de luz todo o corpo do extático.
Cabe-nos observar aqui o ensinamento de Benedito XIV: primeiro devemos estudar o caso, em todas as suas circunstâncias, para nos certificar de que a luz não tem uma explicação natural. Em particular devemos examinar:
Se o fenômeno ocorre durante o dia ou durante a noite; neste último caso, se a luz é mais brilhante que qualquer outra.
Se é apenas uma breve centelha (semelhante a uma faísca elétrica) ou o fenômeno se prolonga por bom tempo ou se repete várias vezes.
Se é produzido durante um ato religioso, uma êxtase, um sermão, uma oração.
Se é resultado de efeitos da graça, de conversões duradouras etc.
Se a pessoa que emite a luz é virtuosa e santa.
Somente depois de se examinar estes pormenores é que poderemos deduzir o caráter sobrenatural de tais feitos.
Este fenômeno também é uma forma antecipada da claridade, própria dos corpos gloriosos.
» 3. Os Eflúvios Odoríferos
Às vezes Deus permite que do corpo dos santos vivos ou já falecidos exale deliciosos aromas, símbolo do bom odor das virtudes que praticam [ou praticaram, se mortos].
Assim aconteceu com as chagas de São Francisco de Assis, que exalavam suaves perfumes; durante 9 meses um delicioso perfume saiu de seu sepulcro e, quando seu corpo foi exumado, um óleo perfumado escorreu de seus restos. Muitos outros casos semelhantes existem relatados.
Benedito XIV indicou como tal milagre deve ser examinado com o intuito da comprovação:
Se o odor é suave e persistente.
Se nada junto ao corpo ou na terra possa explicar o odor.
Se algum milagre foi operado a partir do uso da água ou óleo recolhido do santo corpo.
» 4. A abstinência prolongada
Têm havido santos, especialmente entre os estigmatizados, que viveram muitos anos sem qualquer outro alimento além da sagrada eucaristia. Eis alguns exemplos citados pelo dr. Imbert Goubeyre:
Beata Angela de Foligno: 12 anos
Santa Catarina de Sena: aprox. 8 anos
Beata Isabel de Rento: mais de 15 anos
Santa Litwina: 28 anos
Catarina de Racconigi: 10 anos
Rosa Andriani: 28 anos
Luísa Lateau: 14 anos
A Igreja mostra-se muito séria na investigação de tal fenômeno, exigindo permanente vigilância durante todos os momentos e testemunhas hábeis visando descobrir eventuais fraudes. Estas testemunhas examinarão se a abstinência é total (compreendendo alimentos líquidos e sólidos), se o fenômeno é duradouro e se a pessoa continua a ocupar-se de seus afazeres.
A este fenômeno corresponde também a “abstinência de sono”. São Pedro de Alcântara, durante 40 anos, não dormiu mais que 1 hora e meia por dia; Santa Catarina de Ricci não dormia mais que 1 hora por semana!
» 5. Os estigmas
a. Natureza e Origem
Este fenômeno consiste numa espécie de impressão das chagas de Cristo nos pés, nas mãos, nas costelas e no rosto. Aparecem espontaneamente, sem qualquer provocação por ferimento exterior, e, periodicamente, emanam sangue límpido.
O primeiro estigmatizado de que se tem notícia foi São Francisco de Assis: durante um êxtase sublime que teve no monte Alvernia, em 17 de setembro de 1222, viu um serafim que ilustrava Jesus crucificado e que lhe imprimiu os sagrados estigmas. Conservou as chagas até a morte, de onde emanava um sangue rosado. Tentou ocultar o milagre mas não obteve sucesso pois, ao falecer, em 11 de outubro de 1226, o prodígio tornou-se público. Depois dele, multiplicaram-se os casos, sendo mais de 40 do sexo masculino; mais de 62 foram canonizados.
Parece estar comprovado que a estigmatização ocorre somente com extáticos, sendo precedida e acompanhada de fortes tormentos físicos e morais, tornando a pessoa muito semelhante ao próprio Jesus crucificado. A ausência de tais padecimentos é mau sinal já que os estigmas nada mais são que o símbolo da união com o Divino Crucificado e da participação em seus tormentos.
A existência da estigmatização é atestada por tantas pessoas que até mesmo os incrédulos admitem a sua possibilidade, ainda que tentem explicá-la de maneira natural; afirmam que em alguns sujeitos dotados de excepcional sensibilidade pode ocorrer, por sobrexcitação da imaginação, suores de sangue parecidos com os estigmas. Contudo, na verdade, alguns resultados que conseguiram obter são extremamente distintos do que se observa com os estigmatizados.
b. Sinais para se Discernir os Estigmas
Por essa razão, para se distinguir claramente a estigmatização dos fenômenos artificiais provocados por certos indivíduos, torna-se necessário prestar muita atenção às circunstâncias que caracterizam os verdadeiros estigmas:
Os estigmas estão localizados nas mesmas partes do corpo em que Nosso Senhor recebeu as cinco chagas (coisa que não ocorre na transpiração de sangue de pessoas hipnotizadas).
Em geral, a renovação das chagas e sofrimentos dos estigmatizados ocorre nos dias ou tempos que trazem à memória a recordação da Paixão do Senhor, como a sexta-feira santa ou alguma festividade de Nosso Senhor.
As chagas jamais se supuram; o sangue que delas emana é puro e límpido, ao contrário de qualquer lesão natural, por menor que seja, ocorrida em qualquer outra parte do corpo, que produz supuração até mesmo nos estigmatizados. Os estigmas também não se cicatrizam, por mais medicamentos que se lhes apliquem, e podem durar 30, 40 anos…
Os estigmas produzem abundantes hemorragias; isto poderia parecer natural no primeiro dia, quando aparecem; entretanto, o fato torna-se inexplicável nos dias seguintes. A abundância das hemorragias também tem pouca explicação: geralmente os estigmasse acham à flor da pele, distantes dos grandes vasos sanguíneos; apesar disto, emanam muitíssimo sangue.
Por último – e o mais importante: os estigmas não se encontram senão em pessoas que praticam as virtudes mais heróicas e têm particular amor à Cruz.
O estudo de todas essas circunstâncias mostra muito bem não ser os estigmas um caso ordinário em patologia, mas que neles intervém uma causa inteligente e livre, que opera nos estigmatizados para conformá-los mais ao Divino Crucificado.
Fonte: “Compendio de Teologia Ascetica y Mistica” (pp. 967-972)
Autor: Tanquerey (cf. trad. Daniel Garcia Hughes, da 6ª ed. franc.)
Prof. Felipe Aquino
assessoria@cleofas.com.br
quarta-feira, 27 de novembro de 2013
terça-feira, 26 de novembro de 2013
Divorciados e Recasados
Em síntese: O Código de Direito Canônico promulgado em 1917 era muito severo em relação aos fiéis católicos divorciados e recasados, por viverem em situação religiosamente irregular. A partir do Concilio do Vaticano II, a Igreja, sem retocar a lei divina que proclama a indissolubilidade de um matrimônio validamente contraído e consumado, procura estimular tais fiéis a não se afastarem do convívio da comunidade católica; procurem, antes, tomar parte em atividades da paróquia compatíveis com o seu estado; rezem e tudo façam para educar os filhos na fé católica. É claro, porém, que não podem ter acesso à Comunhão Eucarística, pois esta supõe o estado de graça, que a situação conjugal desses fiéis exclui.
O artigo abaixo enuncia minuciosamente os itens que definem a posição dos divorciados recasados frente à Igreja e examina as objeções levantadas contra a praxe da Igreja.
A situação dos fiéis católicos divorciados e recasados constitui um dos mais graves problemas da Igreja em nossos dias. Sempre houve dificuldade de desarmonia conjugal. Eis, porém, que atualmente se tornam mais prementes, pois se têm multiplicado os casos. A Igreja está atenta a tais situações e vem acompanhando os cônjuges infelizes com especial zelo pastoral.
A seguir, serão propostas
1) as principais intervenções do Magistério neste particular;
2) os elementos essenciais da doutrina católica;
3) as críticas levantadas contra essa doutrina e as respostas a lhes ser dadas.
Os recentes Pronunciamentos do Magistério
Nas décadas de 1960 e 1970 o divórcio foi legalizado em vários países de população católica em sua maioria – o que tornou candente o problema dos fiéis divorciados e recasados. O Direito Canônico promulgado em 1917 e ainda vigente na época considerava tais cristãos como pecadores públicos (cânon 2356, § 1º), privados dos sacramentos da Penitência e da Eucaristia, enquanto vivessem conjugalmente. Verdade é que já então se faziam ouvir vozes de clérigos, principalmente nos Estados Unidos, que julgavam demasiado severa tal legislação: lembravam a diversidade das situações e, principalmente, o caso daqueles cônjuges divorciados recasados que tinham dúvidas fundadas a respeito da validade de sua primeira união, mas não podiam apresentar provas suficientes para iniciar um processo de declaração de nulidade. Havia também quem adotasse uma solução de foro meramente interno, afirmando que, em certos casos e sob certas condições, o confessor poderia autorizar os divorciados a receber os sacramentos da Penitência e da Eucaristia.
Diante destes fatos, a Congregação para a Doutrina da Fé enviou, aos 11/4/1973, uma Carta a cada Bispo, reafirmando a indissolubilidade do matrimônio sacramental. Quanto ao problema dos que vivessem em situação irregular, pedia que se observasse a doutrina vigente e lembrava “o possível recurso à praxe da Igreja no foro interno”.
Tal Carta tinha por objetivo defender a indissolubilidade do matrimônio, ameaçada por vários lados. Mas a expressão “recurso à praxe da Igreja no foro interno” se prestava a interpretações diversas. A Congregação para a Doutrina da Fé entendia-se no sentido de que os divorciados recasados se poderiam aproximar dos sacramentos desde que passassem a viver como irmão e irmão e evitassem qualquer escândalo. Todavia não foi assim que muitos interpretaram os dizeres da Igreja: julgavam que os fiéis recasados poderiam receber os sacramentos mesmo mantendo sua união conjugal ilegítima; colocavam também o problema daqueles que estavam subjetivamente convictos da nulidade da sua união precedente.
Esses questionamentos vieram à tona no Sínodo Mundial dos Bispos realizado em 1980. Como fruto das reflexões ocorrentes nessa assembleia, o Santo Padre João Paulo II, aos 22 de novembro de 1981, assinou a Exortação Apostólica Familiaris Consortio, que traçava diretrizes a ser observadas no tocante ao sacramento do matrimônio, inclusive com referência aos divorciados recasados.
Em 1983 foi promulgado o novo Código de Direito Canônico, que confirmou a praxe vigente: não se admitam à Comunhão Eucarística os fiéis divorciados recasados (cânon 915; o mesmo vale para os católicos de rito oriental, conforme o Direito respectivo, cânon 712). O Código de 1983 atribui exclusivamente aos tribunais eclesiásticos a competência para examinar a validade do matrimônio dos católicos como também estipula novos impedimentos que tornam nulo o casamento sacramental. Tais impedimentos levam em conta a incapacidade psicológica, que afeta não poucos indivíduos, de assumir uma vida a dois em caráter vitalício; são aí considerados os diversos casos que ajudam a compreender a crise e a angústia de muitos casais.
Apesar das explícitas declarações de Familiaris Consortio, do Catecismo da Igreja Católica (nº 1650s) e documentos congêneres, havia na Igreja quem estimulasse os divorciados recasados a receber a Comunhão Eucarística, principalmente quando levassem vida fiel à sua nova união. Em 1993, os Bispos da Província Eclesiástica do Alto Reno (Alemanha) publicaram uma Carta Pastoral a respeito do acompanhamento pastoral de pessoas infelizes em seu casamento, divorciadas e divorciadas recasadas. Essa Carta reafirmava a indissolubilidade do matrimônio frente a certa insegurança e hesitação existente em algumas paróquias, mas admitia que em certos casos se poderia dar a Comunhão Eucarística a divorciados recasados que em sua consciência se julgassem aptos e para tanto obtivessem o parecer favorável de um sacerdote prudente e experimentado.
Tal atitude dos três Bispos mencionados encontrou cá e lá ecos positivos, mas suscitou outrossim a réplica de muitos prelados e organismos da Cúria Romana que pediram à Congregação para a Doutrina da Fé uma tomada de posição. Outras vozes, porém, pediam a abolição das normas vigentes, em favor de maior liberalização; assim, por exemplo, alguns propunham que dos fiéis divorciados e recasados se exigisse um período de reflexão e penitência, após o qual seriam readmitidos aos sacramentos em geral. Outros ainda proclamavam que se deixasse a decisão à consciência dos interessados ou dos sacerdotes.
Diante deste cruzamento de sentenças, a Congregação para a Doutrina da Fé houve por bem publicar uma Carta aos Bispos sobre a recepção da Comunhão Eucarística por parte dos fiéis divorciados e recasados, com a data de 14/9/94. Tal documento reafirmava as normas clássicas da Igreja para o caso.
Vejamos agora
Os Pontos Essenciais da Doutrina Católica
Pode-se compendiar em sete pontos a doutrina católica concernente ao assunto.
Os fiéis divorciados recasados estão em situação que contrasta com o Evangelho.
Basta lembrar a palavra de Jesus em Mc 10,11s:
Basta lembrar a palavra de Jesus em Mc 10,11s:
“Quem repudia a sua mulher e desposa outra, comete adultério contra ela; se a mulher repudia o marido e desposa outro homem, comete adultério”.
Em consequência, a Igreja afirma que ninguém, nem mesmo o Papa, tem o poder de declarar nulo um matrimônio validamente contraído e consumado. Aliás, a própria lei natural, impregnada no íntimo de cada ser humano, rejeita o divórcio, isto é, a dissolução do casamento com direito a novas núpcias. Do divórcio se distingue a separação conjugal, que pode ser legítima, quando a vida matrimonial se torna muito difícil ou insustentável.
Os fiéis divorciados e recasados continuam sendo membros da Igreja dentro da comunidade eclesial e devem experimental o amor de Cristo e o acompanhamento materno da Igreja.
As segundas núpcias de pessoas divorciadas privam da Comunhão Eucarística, mas não acarretam a excomunhão. Esta é uma pena jurídica, de foro externo, e prova, de modo geral, da comunhão com a Igreja e não apenas priva da Eucaristia.
A solicitude materna da Igreja deve estender-se a todos os filhos, inclusive aos que vivem em situação irregular. A Igreja é chamada a procurar promover a salvação de todos. Daí as palavras de João Paulo II:
“A Igreja não pode abandonar aqueles que, ligados pelo vínculo matrimonial sacramental, passam a novas núpcias. Por isto Ela se esforçará incansavelmente por colocar à sua disposição os meios de salvação” (Familiaris Consortio, nº 84).
Não somente os sacerdotes, mas também os fiéis leigos ou toda a Igreja têm a obrigação de procurar fazer que os irmãos de vida irregular não se considerem separados da Igreja:
“A Igreja reze por eles, estimule-os, mostre-se Mãe misericordiosa e assim os sustente na fé e na esperança” (ibid. nº 84).
Leve-se em conta que há diversas situações de cristãos divorciados recasados: existem aqueles que passaram a novas núpcias depois de haver tentado todos os meios possível para salvar seu casamento, e existem aqueles que culpadamente destruíram seu matrimônio. Existem aqueles que contraíram novas núpcias em vista da educação dos filhos e, no momento, não se podem separar. Existem também os que se recasaram porque, em consciência, julgavam ter sido nulo o primeiro casamento (embora não pudessem provar a nulidade). Por fim, há também aqueles que em sua nova união descobriram os valores da fé e perfazem uma caminhada religiosa de grande significado; cf. Familiaris Consortio nº 84.
3) Na qualidade de cristãos batizados, os fiéis divorciados recasados são chamados a tomar parte ativa na vida da Igreja na medida em que isto seja compatível com a sua situação dentro da Igreja.
“Juntamente com o Sínodo, exorto vivamente os pastores e a inteira comunidade dos fiéis a ajudar os divorciados, promovendo com caridade solícita que eles não se considerem separados da Igreja, podendo e, melhor, devendo, enquanto batizados, participar na sua vida. Sejam exortados a ouvir a Palavra de Deus a frequentar o Sacrifício da Missa, a perseverar na oração, a incrementar as obras de caridade e as iniciativas da comunidade em favor da justiça, a educar os filhos na fé cristã, a cultivar o espírito e as obras de penitência para assim implorarem, dia a dia, a graça de Deus. Reze por eles a igreja, encoraje-os, mostre-se mão misericordiosa e sustente-os na fé e na esperança” (Familiaris Consortio nº 84).
A pertença à Igreja não se manifesta apenas na frequentação da Comunhão Eucarística. Existem várias possibilidades de participar da vida da Igreja no campo extra-sacramental.
4) Em virtude da sua situação irregular, os fiéis divorciados recasados não podem exercer certas funções na comunidade católica.
Tais funções seriam, entre outras, a de padrinho ou madrinha do Batismo e da Crisma, pois tal tarefa implica dar testemunho e vivência católica aos afilhados, que necessitam de ver concretamente a fidelidade dos mais velhos.
Eis outras funções excluídas: a de ministros extraordinários na Liturgia, a de catequista, a de membro do Conselho Pastoral, pois tais encargos exigem lúcido testemunho de vida católica; são funções de certo relevo, que não podem ser entregues aos que não vivem integralmente segundo o Evangelho, pois isto poderia suscitar confusão no povo de Deus.
Estas restrições não implicam injusta discriminação, mas são consequências naturais da situação em que se acham os fiéis divorciados recasados.
5) Desde que os divorciados recasados deixem seu estado irregular, separando-se ou vivendo em plena continência, podem ser readmitidos aos sacramentos.
Para receber o sacramento da Reconciliação, que no caso é a única via para a Comunhão Eucarística, requer-se que o fiel faça o propósito de não tornar à vida irregular. Isto implica que o(a) penitente se separe do(a) ilegítimo(a) consorte ou, caso não seja possível (por causa dos filhos ou por outras razões), deixe de ter relações sexuais; cf. Familiaris Consortio nº 84.
No caso de voltarem aos sacramentos, os dois interessados deverão procurar evitar mal-entendidos ou escândalos por parte do povo de Deus.
6) Os divorciados recasados que estão convictos da nulidade de seu precedente casamento, devem regularizar sua situação por vias de foro externo, ou seja, por vias jurídicas.
O casamento é uma realidade pública que afeta tanto a Igreja quanto a sociedade civil. Por
isto o consentimento matrimonial não é um ato meramente privado, mas cria uma situação de caráter social. Por isto não compete à consciência de cada um julgar, na base de suas convicções, se o respectivo casamento foi válido ou não e daí tirar conclusões de ordem pública e prática, contraindo novas núpcias.
isto o consentimento matrimonial não é um ato meramente privado, mas cria uma situação de caráter social. Por isto não compete à consciência de cada um julgar, na base de suas convicções, se o respectivo casamento foi válido ou não e daí tirar conclusões de ordem pública e prática, contraindo novas núpcias.
Por isto a experiência da Igreja atribui aos tribunais eclesiásticos o exame da validade dos casamentos dos fiéis católicos.
7) Os divorciados recasados nunca perdem a esperança de obter a salvação eterna.
Diz Papa João Paulo II em Familiaris Consortio nº 84
“Com firme confiança a Igreja crê que mesmo aqueles que se afastaram dos mandamentos do Senhor e vivem atualmente nesse estado, poderão obter de Deus a graça da conversão e da salvação, se perseverarem na oração, na penitência e na caridade”.
Embora não possa aprovar formas de vida contrastantes com a Palavra do Evangelho, a Igreja não deixa de amar seus filhos em situação matrimonial irregular. Ela compreende seus sofrimentos e dificuldades e acompanha-os com ânimo materno, procurando fortalecê-los na fé e incutir-lhes a confiança na misericórdia de Deus, que tem amplos recursos para levar os homens à salvação eterna.
Faz-se oportuno agora examinar as principais críticas levantadas contra a doutrina da Igreja.
Revista “PERGUNTE E RESPONDEREMOS”
D. Estevão Bettencourt, osb
Nº 431 – 1998 – p. 162
D. Estevão Bettencourt, osb
Nº 431 – 1998 – p. 162
Prof. Felipe Aquino
assessoria@cleofas.com.br
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
Maria de Nazaré
Maria de Nazaré, Maria me cativou
Fez mais forte a minha fé
E por filho me adotou
As vezes eu paro e fico a pensar
E sem perceber, me vejo a rezar
E meu coração se põe a cantar
Pra Vigem de Nazaré
Menina que Deus amou e escolheu
Pra mãe de Jesus, o Filho de Deus
Maria que o povo inteiro elegeu
Senhora e Mãe do Céu
Ave - Maria (3X), Mãe de Jesus!
Maria que eu quero bem, Maria do puro amor
Igual a você, ninguém
Mãe pura do meu Senhor
Em cada mulher que a terra criou
Um traço de Deus Maria deixou
Um sonho de Mãe Maria plantou
Pro mundo encontrar a paz
Maria que fez o Cristo falar
Maria que fez Jesus caminhar
Maria que só viveu pra seu Deus
Maria do povo meu
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