domingo, 20 de novembro de 2011

Estamos com fome de amor

*Arnaldo Jabor

Uma vez Renato Russo disse com uma sabedoria ímpar: 

"Digam o que disserem, o mal do século é a solidão". 

Pretensiosamente digo que assino embaixo sem dúvida alguma. 

Parem pra notar, os sinais estão batendo em nossa cara todos os dias. 
Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes, danças e poses em closes ginecológicos, chegam sozinhas. E saem sozinhas. 
Empresários, advogados, engenheiros que estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos. 
Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos "personal dance", incrível. 
E não é só sexo não, se fosse, era resolvido fácil, alguém duvida? 
Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho sem necessariamente ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico, fazer um jantar pra quem você gosta, sabe, essas coisas simples que perdemos nessa marcha de uma evolução cega. 
Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção. 
Tornamos-nos máquinas e agora estamos desesperados por não saber como voltar a "sentir", só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós. 
Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada no site de relacionamentos Orkut, o número que comunidades como: 
"Quero um amor pra vida toda!", "Eu sou pra casar! " até a desesperançada "Nasci pra ser sozinho!". 
Unindo milhares, ou melhor, milhões de solitários em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Doença não vem de Deus.


"Doença não vem de Deus. Acreditar que a doença vem de Deus é negar toda a idéia que tem a Bíblia e a doutrina da Igreja Católica... a doença é uma afronta a Deus, ela é consequência do pecado pessoal, do pecado comunitário, social".

(pregação: “Vou pensar-lhes as feridas”)

Nesse pequeno trecho, padre Léo nos ensina que a doença não é vontade de Deus, mas sim, resultado de nossas escolhas.



Trago aqui o testemunho emocionante do padre Fábio de Melo: “Recordo-me que nas oportunidades que tive de estar com o padre Léo, em sua enfermidade, ele sempre me dizia:’Nunca pedi a Deus que me curasse. Só peço que Ele me ensine a viver este momento de dor’.

Já o admirava por tantas causas, mas esta o tornou ainda maior diante dos meus olhos. Léo sabia que estava doente, devido às escolhas que fez. Ele mesmo o reconhecia.

Antes do Léo adoecer, muitas vezes ouvia de sua boca: ‘Vou morrer cedo’. E eu perguntava:‘Por que, Léo?’. E ele respondia: ‘Já fumei muito na vida!’

Acompanhei sua mudança. Léo deixou o cigarro e empenhou-se em uma vida regrada e com muita disciplina alimentar, mas infelizmente não deu tempo. Os anos em contato com as toxinas da nicotina falaram mais alto.

Diante de Deus ele resolveu ser inteiro e honesto. Não pediu que Ele revertesse o destino de suas escolhas, mas apenas solicitou ajuda para saber viver bem o tempo da enfermidade. E ele o fez. Escreveu muito, e fez de seu tempo no hospital um tempo de profundo aprendizado e ensinamento.
...nos agraciou com uma pregação que nunca sairá de nosso coração. Ele disse: ‘Não sei por que estou doente. Mas sei para o que fiquei doente. Fiquei doente para ser mais padre, mais amigo, mais filho'. Naquele momento, padre Léo nos ensinou, mais uma vez, um jeito bonito e responsável de crer em Deus. Uma crença que nos coloca na busca das coisas do alto. Uma busca que se desdobra em atitudes concretas de conversão diária. Mudança que começa no que comemos, no que falamos, no que ouvimos, enfim, mudança que abarca a totalidade da vida humana”.
(do livro: “Quando o sofrimento bater à sua porta”)

Assim como pregou, padre Léo foi e está sendo canal de conversão e cura para muitas pessoas:

"A doença nunca é vontade de Deus... mas posso transformar minha doença num caminho para Deus, para mim e para outras pessoas".

Márcia A Bezerra

A LARANJEIRA


          
          Era uma vez um pomar cheio de árvores de frutas de várias espécies. Havia muita água na terra e, por isso, as árvores e as plantas não se preocupavam em afundar as raízes.
Uma laranjeira daquele pomar resolveu porém não seguir o conselho das amigas. À medida que ia crescendo, afundava pouco a pouco as suas raízes. Passaram os meses e, muito antes do tempo previsto, as árvores começaram a dar fruto. Só a laranjeira continuava a crescer lentamente. As outras árvores faziam brincadeiras com ela por não dar frutos:
-      Olhem para ela! Tem mania de dizer que é diferente! – afirmavam algumas.
-          Essa coisa de profundidade já não se usa! – retorquiam outras.
-          És tão curta nas idéias como no tamanho! – exclamavam outras.
Mas a laranjeira sabia dar tempo ao tempo. Preparava-se cuidadosamente para produzir melhor.
Quando o dono do pomar chegou perto dela, ficou intrigado. Mas, como a laranjeira  aparentava boa saúde, decidiu não se preocupar:
-      Este ano não deste fruto, mas tens bom aspecto! Há de chegar a tua hora.
Ao ouvir estas palavras, a laranjeira ficou feliz e continuou a afundar as raízes, até chegar às profundezas, onde a água era mais pura.
Aconteceu que, passado algum tempo, veio uma grande seca. Muitas árvores secaram porque tinham raízes pouco profundas. Vieram vendavais e tempestades, que arrancaram as outras.
A laranjeira foi a única árvore que agüentou tudo. As suas raízes fundas foram mais fortes que todas as dificuldades. O tempo passado de sofrimento, enquanto crescia, deu-lhe muita experiência. E os seus frutos tornaram-se deliciosos.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011



"Já que não tenho o dom de modificar uma pessoa, vou modificar aquilo que eu posso: O meu jeito de olhar para ela!"


Padre Fábio de Melo

terça-feira, 15 de novembro de 2011

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Dificuldades


Um dia ainda quando pequeno, um menino me deixou extremamente aborrecido, me senti injustiçado com aquela dificuldade que me acontecera. Achei que não iria suportar aquilo que aquele menino me fez. Mas em alguns dias, a raiva já havia passado, e percebi que suportei o ocorrido. Meu pai sempre me dizia que Deus sabia a carga de dificuldades que nós poderíamos suportar. Perguntei, então, ao meu pai como Deus sabia a carga de dificuldades em nossa vida.
Diante de minha curiosidade, meu pai, levou-me até a garagem e disse:
- Escolha alguns objetos, mas terá que leva-los de uma só vez e suportar seu peso durante um dado trajeto, que você mesmo irá escolher.
- Escolhi algumas coisas e coloquei num saco.
Então ele disse-me:
- Você acha que suporta o peso dessas coisas?
- Acho que sim - respondi
- Está bem – disse ele – até onde você acha que consegue levar essas coisas?
- Até a casa do vizinho – respondei, já pronto para levar o saco.
Assim o fiz. Chegando até lá ele concluiu:
- Deus faz conosco a mesma coisa que te fiz. Ele pergunta quais as dificuldades que podemos suportar e nos pergunta também até onde podemos levar essas dificuldades. No seu caso as dificuldades eram objetos que você mesmo escolheu e disse que conseguiria suportar, o trajeto que você fez era o caminho de sua vida - que você também escolheu! Na realidade quem escolhe as nossas dificuldades e o trajeto a ser seguido com elas, somos nós mesmos.


domingo, 13 de novembro de 2011

Amigos: Como ter e manter





Amigos não nascem em árvores, nem aparecem
num passe de mágica.
 Boas amizades crescem ao longo do tempo e são resultado do
investimento que fazemos em nossos relacionamentos pessoais.
 Existem alguns princípios básicos que podem ajudar-nos a desenvolver boas amizades.


Eis alguns deles:


1) SEJA AMIGO

Quem deseja ter amigos precisa se fazer um amigo.

Não espere que os outros tomem a iniciativa, mas desde o
princípio mostre-se amigo das outras pessoas.

Para experimentar uma boa amizade é necessário arriscar-se
oferecendo a sua amizade ao seu próximo.

Ainda que você seja tímido, peça a Deus para dar-lhe esta
disposição e lhe direcionar para aqueles que precisam de amigos.

2) IDENTIFIQUE OS SEUS AMIGOS, COLEGAS E CONHECIDOS

a) Conhecidos:
São aqueles que convivem conosco, estudam na mesma sala,
comem na mesma cantina, trabalham na mesma empresa,
moram na mesma rua, etc...

A nossa conversa com eles nunca vai além de informações do tipo:
"Oi! Quanto foi o jogo ontem?"

b) Colegas:
São aqueles que nos conhecem um pouco mais.

O nosso relacionamento com eles é estritamente "profissional".
São amigos em potencial.

Eles convivem um pouco mais conosco, sabem onde moramos,
mas não conhecem os nossos sonhos, dúvidas e aflições.

Nenhum dos dois sente que gostaria, pelo menos no momento,
de investir em um relacionamento mais profundo.

c) Amigos:
Estão conosco na escola e na vida.

Existe uma certa cumplicidade nos sonhos e nas aspirações.

Partilhamos com eles o que nós somos e sentimo-nos aceitos
por isso e apesar disso!

3) EVITE JULGAR PELAS APARÊNCIAS.


Lembre-se que o homem vê o que está diante dos olhos,
porém Deus vê o coração das pessoas.

Procure ver as pessoas como Deus as vê
e você será surpreendido.

Não importa "status" social, beleza, popularidade, etc.
Quem procura um amigo deve começar valorizando o interior.


Quando você encontrar um amigo verdadeiro, a vida
 poderá
levá-los por caminhos diferentes e anos se passarão até que
num reencontro feliz vocês continuem aquela conversa
tão gostosa iniciada "ainda ontem".

sábado, 12 de novembro de 2011

Anedota da criação do homem

Deus criou o Burro e disse:
 -- Obedecerás ao Homem, carregará fardos pesados nas costas e viverás 30 anos. Serás Burro.
O Burro virou-se para Deus e disse:
-- Senhor! Ser Burro, obedecer ao Homem, carregar fardos nas costas e viver 30 anos?
É muito, Senhor! Bastam-me apenas dez.
Deus criou o cachorro e disse:
-- Comerás o osso que jogarem no chão, tomarás conta da casa do Homem e viverás 20 anos! Serás Cachorro.
O Cachorro virou-se para Deus e disse:
-- Senhor! Tomar conta da casa do Homem, comer o que me jogarem no chão e viver 20 anos?
É muito Senhor! Bastam-me dez.
Deus criou o Macaco e disse:
-- Pularás de galho em galho, farás macaquices e viverás 30 anos. Serás Macaco.
O Macaco virou-se para Deus e disse:
-- Senhor! Pular de galho em galho, fazer macaquices e viver 30 anos?
É muito, Senhor! Bastam-me vinte.
E Deus fez o Homem e disse:
-- Serás o Rei dos Animais, dominarás o mundo, serás inteligente e viverás 30 anos.
O Homem virou-se para Deus e disse:
-- Senhor! Ser Rei dos Animais, dominar o mundo e viver apenas 30 anos?
É muito pouco Senhor! - 20 anos que o Burro não quis, 10 anos que o Cachorro recusou e 10 anos que o Macaco não está querendo, dá a mim, Senhor para que eu viva pelo menos 70 anos....E Deus atendeu o Homem.
Até os 30 anos o Homem vive a vida que Deus lhe deu. É Homem.
Dos 30 aos 50 anos, o Homem casa e carrega os fardos nas costas para sustentar a família. É Burro.
Dos 50 aos 60 anos, já cansado, ele passa a tomar conta da casa. É Cachorro.
Dos 60 aos 70 anos, mais cansado ainda ele passa a viver aqui e ali, na casa de um filho ou de outro e faz gracinhas para as crianças rirem. É Macaco. 

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Amor Verdadeiro


O médico então lhe perguntou:

- Por que a pressa?
E ele respondeu:
- Todos os dias neste horário vou visitar minha esposa que está em um asilo.
E o médico comentou:
- Que bacana! Então vocês matam as saudades, batem papo, namoram um pouquinho!
E o velhinho diz:
- Não! Ela não me reconhece mais, por causa de sua doença.
O médico surpreso então pergunta:
- Mas por que então tanta pressa para vê-la, já que não o reconhece mais?
E com um sorriso no rosto, o velhinho responde:
- Mas eu a reconheço! Eu sei quem ela é e o que representa na minha vida há tantos anos. Por isso todos os dias eu a reconquisto, como se cada conquista fosse única e verdadeira. Este é o verdadeiro amor!