quarta-feira, 1 de abril de 2009

OS DEZ MANDAMENTOS

          1º MANDAMENTO
AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS
O 1º mandamento convida o homem a crer em Deus, a esperar nele e a amá-lo acima de tudo.
Adorar a Deus, orar-lhe, oferecer-lhe o culto que lhe é devido, cumprir as promessas e os votos que foram feitos a ele são os votos da virtude de religião que relevam da obediência ao primeiro mandamento.
O dever de prestar um culto autêntico a Deus incumbe ao homem, tanto individualmente como em sociedade.
O homem  deve “poder professar livremente a religião, tanto em particular como em público”.
A superstição é um desvio do culto que rendemos ao verdadeiro Deus. Ela se mostra particularmente na idolatria, assim como nas diferentes formas de adivinhação e de magia.
( só Deus conhece o passado, presente e o futuro ).
A ação de tentar a Deus, em palavras ou em atos, o sacrilégio, a simonia são pecados de irreligião proibidos pelo primeiro mandamento.
Enquanto rejeita ou recusa a existência de Deus, o ateísmo é um pecado contra o primeiro mandamento.
O culto às imagens sagradas está fundamentado no mistério da encarnação do Verbo de Deus. Não contraria o primeiro mandamento.

MANDAMENTO
NÃO TOMAR SEU SANTO NOME EM VÃO.
O 2º mandamento proíbe todo uso impróprio do Nome de Deus. A blasfêmia consiste em usar o Nome de Deus, de Jesus Cristo, da Virgem Maria e dos santos de maneira injuriosa.
O juramento  falso invoca Deus como testemunha de uma mentira .O perjúrio é uma falta grave contra o Senhor, sempre fiel a suas promessas.
DEUS CHAMA CADA UM POR SEU NOME.


3º MANDAMENTO
GUARDAR DOMINGOS E FESTAS DE GUARDA
O Sábado, que representa o término da primeira criação, é substituído pelo Domingo,, que lembra a criação nova, inaugurada com a Ressurreição de Cristo.
A Igreja celebra o dia da Ressurreição de Cristo no oitavo dia, que é corretamente chamado dia do Senhor, ou Domingo.
O Domingo...deve ser guardado em toda a Igreja como o dia de festa por excelência”.      
No Domingo e em outros dias de festa de preceito, os fiéis têm obrigação de participar da missa.
No Domingo e nos outros dias de festa de preceito, os fiéis se absterão das atividades e negócios que impeçam o culto a ser prestado a Deus, a alegria própria do dia do Senhor e o devido descanso da mente e do corpo.
A instituição do Domingo contribui para que todos tenham tempo de repouso e de lazer suficiente para lhes permitir cultivar sua vida familiar, cultural, social e religiosa.
Todo cristão deve evitar de impor sem necessidade aos outros aquilo que os impediria de guardar o dia do Senhor.

4º MANDAMENTO
HONRAR PAI E MÃE
De acordo com o 4º mandamento, Deus quis que, depois dele, honrássemos nossos pais e os que ele, para nosso bem, investiu de autoridade.
A comunidade conjugal está fundada na aliança e no consentimento dos esposos. O casamento e a família estão ordenados para o bem dos cônjuges, a procriação e a educação dos filhos.
A salvação da pessoa e da sociedade humana está estreitamente ligada ao bem-estar da comunidade conjugal e familiar.
Os filhos devem a seus pais respeito, gratidão, justa obediência e ajuda. O respeito filial favorece a harmonia de toda a vida familiar.
Os pais são os primeiros responsáveis pela educação de seus filhos na fé, na oração e em todas as virtudes. Têm o dever de prover em toda a medida do possível as necessidades físicas e espirituais de seus filhos.
Os pais devem respeitar e favorecer a vocação de seus filhos. Lembrem-se e ensinem que a primeira vocação do cristão consiste em seguir a Jesus.
A autoridade pública deve respeitar os direitos fundamentais da pessoa humana e as condições de exercício de sua liberdade.
É dever dos cidadãos trabalhar com os poderes civis para a edificação da sociedade num espírito de verdade, de justiça, de solidariedade e de liberdade.
O cidadão está obrigado em consciência a não seguir as prescrições das autoridades civis quando contrárias às exigências da ordem moral.
“É preciso obedecer antes a Deus do que aos homens”. ( Ato 5,29 )

5º MANDAMENTO
NÃO MATAR
Toda vida humana, desde o momento da concepção até a morte, é sagrada porque a pessoa humana foi querida por si mesma à imagem e à semelhança do Deus vivo e santo.
O assassinato de um ser humano é gravemente contrário à dignidade da pessoa e à santidade do Criador.
A proibição de matar não ab-roga o direito de tirar a um opressor injusto a possibilidade de prejudicar. A legítima defesa é um dever grave para quem é responsável pela vida alheia ou pelo bem comum.
Desde a concepção a criança tem o direito à vida. O aborto direto, isto é, o que se quer como um fim ou como um meio, é uma “prática infame” gravemente contrária à lei moral. A Igreja sanciona com pena canônica de excomunhão este delito contra a vida humana.
Visto que deve ser tratado como uma pessoa desde a sua concepção, o embrião deve ser defendido em sua integridade, cuidado e curado como qualquer outro ser humano
A eutanásia voluntária, sejam quais forem as formas e os motivos, constitui um assassinato. É gravemente contrária à dignidade da pessoa humana e ao respeito do Deus vivo, seu Criador.
O suicídio é gravemente contrário à justiça, à esperança e à caridade. É proibido pelo quinto mandamento.
O escândalo constitui uma falta grave quando por ação ou por omissão leva deliberadamente o outro a pecar.
Por causa dos males e injustiças que toda guerra acarreta, devemos fazer tudo o que for razoavelmente possível para evitá-la.
A Igreja ora: “Da fome, da peste e da guerra livrai-nos, Senhor”.
A Igreja e a razão humana declaram a validade permanente da lei moral durante os conflitos armados. As práticas deliberadamente contrárias ao direito dos povos e a seus princípios universais constituem crimes.
“Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus”.

6º MANDAMENTO
NÃO PECAR CONTRA A CASTIDADE
“O amor é a vocação fundamental e originária do ser humano”.
Ao criar o ser humano homem e mulher, Deus dá a dignidade pessoal de uma maneira igual a um e outro. Cada um, homem e mulher, deve chegar a reconhecer e aceitar sua identidade sexual.
Cristo é o modelo da castidade. Todo batizado é chamado a levar uma vida casta, cada um segundo seu estado de vida próprio.
A castidade significa a integração da sexualidade na pessoa. Inclui a aprendizagem do domínio pessoal.
Entre os pecados gravemente contrários à castidade é preciso citar a masturbação, a fornicação, a pornografia e as práticas homossexuais.
A aliança que os esposos contraíram livremente implica um amor fiel. Impõe-lhes a obrigação de guardar seu casamento indissolúvel.
A fecundidade é um bem, um Dom, um fim do casamento. Dando a vida, os esposos participam da paternidade de Deus.
A regulação da natalidade representa um dos aspectos da paternidade e maternidade responsáveis. A legitimidade das intenções dos esposos não justifica o recurso a meios moralmente inadmissíveis (por exemplo a esterilização direta ou a contracepção). O adultério e o divórcio, a poligamia e a união livre são ofensas graves à dignidade do casamento.

7º MANDAMENTO
NÃO FURTAR
Não roubarás (Dt 5,19). “Nem os ladrões, nem os avarentos...nem os injuriosos herdarão o Reino de Deus”( 1Cor 6,10)
O sétimo mandamento prescreve a prática da justiça e da caridade na administração dos bens terrenos e dos frutos do trabalho dos homens.
Os bens da criação são destinados a todo o gênero humano. O direito à propriedade privada não abole a destinação universal dos bens.
O sétimo mandamento proíbe o roubo. O roubo é a usurpação de um bem de outrem contra a vontade razoável do proprietário.
Toda forma de apropriação e uso injusto dos bens de outrem é contrária ao sétimo mandamento. A injustiça cometida exige reparação. A justiça comutativa exige a restituição do bem roubado.
A lei moral proíbe os atos que, visando a fins mercantis ou totalitários, conduzem à servidão dos seres humanos, à sua compra, venda e troca como mercadorias.
O domínio concedido pelo Criador sobre os recursos minerais, vegetais e animais do universo não pode ser separado do respeito às obrigações morais, inclusive para com as gerações futuras.
Os animais são confiados à administração do homem que lhes deve benevolência. Podem servir para a justa satisfação das necessidades do homem.
A Igreja emite um juízo em matéria econômica e social, quando os direitos fundamentais da pessoa ou a salvação das almas o exigem. Preocupa-se com o bem comum temporal dos homens em razão de sua ordenação ao Sumo Bem, nosso fim último.
O próprio homem é o autor, o centro e o fim de toda a vida econômica e social. O ponto decisivo da questão social é que os bens criados por Deus para todos de fato cheguem a todos, conforme a justiça e com a ajuda da caridade.
O valor primordial do trabalho depende do próprio homem, que é seu autor e destinatário. Através de seu trabalho, o homem participa da obra da criação. Unido a Cristo, o trabalho pode ser redentor.
O verdadeiro desenvolvimento abrange o homem inteiro. O que importa é fazer crescer a capacidade de cada pessoa de responder à sua vocação, portanto ao chamamento de Deus.
A esmola dada aos pobres é um testemunho de caridade fraterna: é também uma prática de justiça que agrada a Deus.
Na multidão de seres humanos sem pão, sem teto, sem terra, como não reconhecer Lázaro, mendigo faminto da parábola ?
Como não ouvir Jesus que diz: “foi a mim que o deixastes de fazer”? (Mt 25,45)

8º MANDAMENTO
NÃO LEVANTAR FALSO TESTEMUNHO
“Não levantarás falso testemunho contra teu próximo” ( Ex 20,16 ). Os discípulos de Cristo “revestiram-se do homem novo, criado segundo Deus na justiça e santidade da verdade” ( Ef 4,24 ). A verdade ou veracidade é a virtude que consiste em mostrar-se verdadeiro no agir e no falar, fugindo da duplicidade, da simulação e da hipocrisia.
O cristão não deve “se envergonhar de dar testemunho de Nosso Senhor”( 2Tm 1,8 ) em atos e palavras. O martírio é o supremo testemunho prestado à verdade da fé. O respeito à reputação e à honra das pessoas proíbe toda atitude ou palavra de maledicência ou calúnia.
A mentira consiste em dizer o que é falso com a intenção de enganar o próximo, que tem direito à verdade.
Toda falta cometida contra a verdade exige reparação.
A regra de ouro ajuda a discernir, nas situações concretas, se convém ou não revelar a verdade àquele que a pede.
“O sigilo sacramental é inviolável”. Os segredos profissionais devem ser guardados. As confidências prejudiciais a outros não devem ser divulgadas.
A sociedade tem direito a uma informação fundada na verdade, na liberdade e na justiça. É conveniente que se imponha moderação e disciplina no uso dos meios de comunicação social. As artes, mas sobretudo a arte sacra, têm em vista, “por natureza, exprimir de alguma forma nas obras humanas a beleza infinita de Deus e procuram aumentar seu louvor e sua glória na medida em que não tiverem outro propósito senão o de contribuir poderosamente para encaminhar os corações humanos a Deus”.

9º MANDAMENTO
NÃO DESEJAR A MULHER DO PRÓXIMO
“Todo aquele que olha para uma mulher com desejo libidinoso já cometeu adultério com ela em seu coração” (Mt 5,28).
O nono mandamento adverte contra a cobiça ou com concupiscência carnal.
A luta contra a cobiça carnal passa pela purificação do coração e a prática da temperança.
A pureza do coração nos permitirá ver a Deus e nos permite desde já ver todas as coisas segundo Deus.
A purificação do coração exige a oração, a prática da castidade, a pureza da intenção e do olhar.
A pureza do coração exige o pudor que é paciência, modéstia e discrição. O pudor preserva a intimidade da pessoa.

10º MANDAMENTO
NÃO COBIÇAR AS COISAS ALHEIAS
“Onde está teu tesouro, aí estará teu coração” (Mt 6,21).
O décimo mandamento proíbe a ambição desregrada, nascida da paixão imoderada das riquezas e de seu poder.
A inveja é a tristeza sentida diante do bem de outrem e o desejo imoderado de dele se apropriar. É um vício capital.
O batizado combate a inveja pela benevolência, a humildade e o abandono nas mãos da Providência divina.
Os fiéis de Cristo “crucificaram a carne com suas paixões e com concupiscência” (Gl 5,24); são conduzidos pelo Espírito e seguem seus desejos.
O desapego das riquezas é necessário para entrar no Reino dos Céus. “Bem-aventurados os pobres de coração”.
Eis o verdadeiro desejo do homem: “Quero ver a Deus”. A sede de Deus é saciada pela água da Vida Eterna.




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