quinta-feira, 2 de abril de 2009

“MOISÉS”

            História do povo de Deus:
Depois da dispersão dos descendentes de Noé e a multiplicação dos povos, as pessoas esqueceram-se do Senhor e em seu lugar adoravam o Sol, a Lua, as estrelas, a chuva e inclusive os animais, pois o povo era muito supersticioso (essas coisas eram consideradas deuses). Somente Abrão manteve-se fiel a um só Deus invisível. Através da oração, Abrão falava com Deus. Obedecia a Deus em tudo, por isso Deus o amava muito.
Um dia Deus disse a Abrão: Deixa tua terra, tua família, e a casa de teu pai e vai para um país distante chamado Canaã, e eu te farei uma grande nação, e sempre te abençoarei.
            Abrão obedeceu a Deus e partiu. Saiu de sua terra levando sua mulher Sarai, seu sobrinho Lot, seus escravos e todos os seus bens. Andou por toda a terra de Canaã que seria futuramente a terra escolhida por Deus para seu povo habitar.

A Aliança com Abraão

            Abrão e Sarai já eram velhos e não tinham filhos. Isso era causa de muito sofrimento na vida deles. Mas Deus prometeu a ele que teria uma descendência numerosa.
Quando Abrão tinha 99 anos, e Sarai 90, Deus falou com ele: Nunca me abandone, farei de você um povo numeroso. Da tua descendência sairão reis. E a eles darei toda a terra de Canaã. E te darei um filho com Sara.
            (Nessa hora Deus mudou seu nome para Abraão e de Sarai para Sara)

Nasceu Isaque, deste veio Jacó que gerou a José, que mais tarde foi vendido pelos irmãos, como escravo ao faraó, rei do Egito. (mentiram ao pai que um animal matou José)
José era fiel a Deus e não foi desamparado pelo Senhor. Tornou-se um homem querido pelo faraó e foi promovido a governador do Egito. Trouxe os seus familiares de Canaã onde havia uma grande fome. Do faraó receberam terras, para que as cultivassem. Assim começaram a prosperar.  Este povo começou a ser chamado de “hebreus ou israelitas”
Ali foram abençoados por Deus de uma forma extraordinária: prosperaram tanto e se tornaram tão ricos e tão numerosos que assustaram o reino egípcio.
O rei tinha medo que numa guerra os israelitas ficasse do lado dos inimigos e derrotassem o Egito. Então os reduziu a escravos. Maltratava os israelitas com serviços forçados de todo tipo, mesmo assim o povo continuava aumentando.
Então o rei mandou as parteiras matar as crianças que fossem homens. Se fosse mulher podia viver. As parteiras não obedeceram, temendo a Deus. Disseram ao rei que as hebréias eram muito fortes e davam à luz sozinhas. Então o rei mandou jogar no rio Nilo todos os meninos que tinham nascido.
-       Por que o faraó mandou matar os meninos? Como as parteiras resistiram?

O menino no cesto

Uma hebréia teve um menino muito lindo, e escondeu por três meses. Depois não podia mais esconder. Fez um cesto de junco (tipo de planta), pôs nele o menino e colocou no rio Nilo e Maria, sua irmã, ficou olhando.
            Desceu a filha do faraó banhar-se no rio e viu o cesto e mandou sua criada pegar. A irmã do menino aproveitando a ocasião aproximou-se da princesa e perguntou-lhe: “Queres que procure uma ama hebréia para amamentá-lo”? A princesa concordou e Maria foi chamar a própria mãe.
Quando o menino cresceu, sua mãe tornou a levá-lo à princesa que o adotou como filho e lhe deu o nome de Moisés (que em egípcio significa: salvo das águas). Moisés foi instruído nas ciências pelos egípcios e teve uma educação primorosa. Mas mesmo assim conservou a fé no Deus de seus pais. Sendo Moisés grande saiu para visitar as construções e viu um egípcio espancando um hebreu do seu povo, se revoltou com tanta injustiça e matou o egípcio. O faraó ficou sabendo e procurou matar Moisés, que fugiu para o deserto. Lá se casou com zípora.
- Como Moisés foi salvo da “matança” decretada pelo faraó?

O rei morre, mas a escravidão continua.

Muito tempo depois o rei morreu. E os israelitas continuavam sofrendo na escravidão. Mas Deus tinha feito uma aliança com Abraão e seus descendentes e não podia aceitar que seu povo vivesse escravizado.

Hoje, o povo também é escravizado:
No mundo do trabalho, na família, na escola, na sociedade, os Índios... Há também a escravidão da preguiça, ganância, ódio, poder, vícios, orgulho, doenças, dinheiro, vingança...

Sarça ardente
Um dia Moisés em que conduzira o rebanho para além do deserto, chegou até a montanha de Deus, Horeb (ou Sinai). O Senhor apareceu-lhe numa chama (que saía) do meio a uma sarça. Moisés olhava: a sarça ardia, mas não se consumia. "Vou me aproximar, disse ele consigo, para contemplar esse extraordinário espetáculo, e saber porque a sarça não se consome."
Vendo o Senhor que ele se aproximou para ver, chamou-o do meio da sarça: "Moisés, Não te aproximes daqui. Tira as sandálias dos teus pés, porque o lugar em que te encontras é uma terra santa. Eu sou, o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó".
Moisés escondeu o rosto, e não ousava olhar para Deus.
A presença de Deus no Monte Sinai tornou o monte santo, da mesma forma que a presença de Deus tornou santo o chão ao redor da sarça ardente. Para mostrar respeito a Deus, Moisés tirou suas sandálias enquanto estava próxima à sarça ardente.
            Moisés não viu Deus e, sim, um fenômeno misterioso: um fogo que não consumia a sarça.

Deus envia Moisés
E Deus acrescentou: “Eu vi a opressão do meu povo no Egito, ouvi os gritos de aflição e de seus sofrimentos. Vou livrá-los da mão dos egípcios e darei a eles uma terra fértil e espaçosa, uma terra que mana leite e mel (Canaã). E agora vai, que eu te envio ao faraó para que libertes o meu povo, os hebreus, do Egito”.
Moisés pergunta então qual o Seu nome. Deus diz: EU SOU AQUELE QUE SOU, ou seja: Eu existo, Eu estou presente.
            E Moisés disse ao Senhor:  “Quem sou eu para ir ao faraó e libertar os israelitas do Egito? Pobre de mim, Senhor, nunca fui bom orador. A minha pronuncia  e a minha fala são pesadas”.
             Então Deus deu poder a Moisés que estava com um cajado na mão. Mandou Moisés jogar a vara, e ela se transformou em uma cobra, pegou novamente e era uma vara. Colocou a mão no peito e a tirou leprosa, colocou novamente e estava limpa e Moisés creu em Deus. (Deus deu o Espírito Santo para guia-lo, poderia fazer maravilhas)
E Deus mandou levar consigo seu irmão Aarão, (estava no Egito) para ajudá-lo.
            Moisés volta para o Egito e leva consigo a vara de Deus (poder de Deus, amor).
- Que proposta Deus faz a Moisés?    R: libertar o povo do Egito.

Moisés foi escolhido por Deus para libertar seu povo da escravidão, do sofrimento e maus tratos. Hoje ele chama cada um para que nos libertemos da escravidão do pecado e vivamos na liberdade dos filhos de Deus. A exemplo de Moisés, façamos o mesmo.
· Bíblia:
· Atividades.
Aarão e Moisés são irmãos e são encarregados de tirar o povo do Egito. Sarça: símbolo da experiência que Moisés fez de Deus: o amor que queima, é forte, e não se consome.

“NO EGITO MOISÉS PEDE AO REI FARAÓ A LIBERDADE”

Moisés e seu irmão Aarão apresentaram-se ao Faraó e lhe disseram:  “Assim diz o Senhor Deus de Israel: Deixa partir o meu povo, para que me celebre uma festa no deserto” (culto a Deus).
            Mas o rei lhes disse: “Ah! Vocês são os agitadores deste povo? Vão para suas tarefas”.
E naquele mesmo dia, o faraó ordenou aos fiscais da construção: Carreguem esses homens com mais trabalho, para que estejam ocupados e não dêem ouvidos a palavras mentirosas.
            A situação do povo piorou. Alguns se revoltaram contra Moisés. Este pediu paciência: “Nosso Deus está conosco. Ele não nos abandonará. Ele nos dará a terra que nos prometeu. Precisamos ser corajosos”.
-       Qual a atitude do faraó diante do pedido de Moisés e Aarão?
-       Por que a situação do povo piorou?
Deus pediu que Moisés voltasse e dissesse ao rei que se ele não deixasse o povo ir, iriam acontecer coisas terríveis no Egito.
Moisés voltou a insistir com o faraó, mas ele não deixou os hebreus partirem porque o trabalho deles era muito útil na construção de novas cidades.
Então iniciou-se as pragas. A cada vez, Deus avisava o rei, mas ele não dava ouvidos.

As pragas

            1º praga – A água se torna vermelha como sangue. Os peixes morreram, o rio cheirou mal, não tinham água para beber. Ao povo de Israel nada acontecia. Passou sete dias, depois que o Senhor feriu o rio. Mesmo assim o faraó não libertou o povo.
            2º praga – Rãs. O rio produziu rãs que subiam nas suas casas, camas, fornos, assadeiras, de todo o povo do Egito. O faraó disse que libertaria se sumissem as rãs e a água ficasse limpa, mas mentiu.
            3º praga – Piolhos. O piolho invadiu todo o Egito; nos homens, no gado.
4º praga – Moscas. Um enxame de moscas sobre o povo, as casas.
5º praga – Peste nos animais. Os animais egípcios morreram todos de peste; os cavalos, os camelos, os jumentos; as ovelhas.
6º praga – Úlceras. Surgiram feridas no corpo de todos os egípcios.
7º praga – Chuva de pedras. Enormes pedras de gelo devastaram as plantações, morreu mais gado, caiu árvores.
            8º praga – Gafanhotos. A terra ficou escura de tanto gafanhoto, não restou nada verde nas árvores, nem na erva do campo.         
9º praga – Trevas. Houve trevas sobre todo o Egito por três dias, ninguém levantou do seu lugar por três dias, mas nas casas do povo de Israel havia luz.
10º praga – Morte dos primogênitos. Morreu todo primogênito do Egito desde o filho do faraó até o filho de seu escravo mais humilde. Aos filhos dos israelitas nada aconteceu, pois Deus lhes dissera como agir.
Cada família israelita matou um cordeiro naquela noite e espalhou parte do sangue na soleira das portas. Assaram um cordeiro e comeram-no com ervas e pães não fermentado. E a morte não atacou as suas casas.
(Todos os anos, no começo da primavera, os hebreus e seus descendentes se lembram da libertação do Egito e celebram a Páscoa).
-       Qual o sentido das desgraças que começaram a acontecer no país do faraó?

Para você catequista: Não podemos dizer que tudo é explicável como fenômenos naturais. Houve a ação de Deus na história de seu povo.
Água em sangue: Houve o desbarrancamento anormal das margens do Nilo com o conseqüente avermelhamento das águas. Os israelitas moravam em lugares mais baixos e a água deles chegava por rios que se dividiam. Foi um grande milagre ter acontecido em todo Egito, menos no lugar dos israelitas.
Chuva de pedras: Coisa rara no Egito, mas que excepcionalmente ocorrera.
Morte dos primogênitos: Alguma coisa aconteceu e que provocou a morte deles.

O faraó expulsa o povo
Aterrorizado, o faraó mandou chamar a Moisés, suplicando-lhe que partisse. Os próprios egípcios pediam aos hebreus que partissem.
Os hebreus tomaram então apressadamente as amassadeiras que continham a massa de pão, envolvendo-as nos próprios mantos. Segundo a ordem de Moisés, pediram aos egípcios objetos de prata, ouro e vestes. O Senhor fez com que ganhassem tudo.
            Os hebreus tinham permanecido no Egito 430 anos; Deus os livrava finalmente da escravidão. Assim partiram os israelitas.
Deus guia o povo
            Deus guia seu povo pelo deserto; uma nuvem durante o dia, uma coluna de fogo durante a noite e os fez acampar perto do mar Vermelho.
O faraó se arrependeu de deixar o povo ir, pois quem iria fazer os serviços? Reuniu seus oficiais e foram atrás deles.

Mar vermelho

            Os israelitas ficaram aterrorizados: à frente havia somente o mar; atrás os soldados do faraó. Então Moisés pediu a ajuda de Deus e o Senhor enviou um forte vento que soprou durante toda à noite, fazendo abrir as águas e formando uma estrada por onde os israelitas passaram com segurança.
            Quando os egípcios tentaram segui-los, as águas voltaram a fechar-se, afogando todo o exército do faraó.
              (A saída do Egito aconteceu em 1250 a C.)
           
Para você catequista:
O mar vermelho era um banhado onde as águas subiam e desciam de acordo com a maré. Quando os israelitas atravessaram o mar, a maré estava baixa, o vento era favorável e a lua iluminava a passagem. Mais tarde, quando chegou o exército do faraó, a maré subiu e os carros e cavaleiros atolaram.
            Quando a Bíblia fala em águas em forma de muros, quer dizer: inimigos à direita, os egípcios; inimigos à esquerda, povos hostis encontrados no caminho. Todavia, pela força de Deus, o povo conseguiu passar ileso (pé enxuto) por um corredor de perigos.
            Aí também houve um grande milagre: a hora em que Moisés chegou com o povo.
-       Por que os hebreus sentiram medo quando fugiram do Egito? Não confiaram em Deus.

HOJE, O POVO ESTÁ LUTANDO PARA SE LIBERTAR.
            Nós também vamos pedir a Deus que nos liberte dos nossos medos, da falta de fé, do egoísmo, de líderes falsos, da guerra...

“DEUS GUIA MOISÉS E O POVO”

Moisés guiou o povo de Israel, desde as fronteiras do Egito, através do deserto, até o monte Sinai, como Deus ordenou. O próprio Deus mostrava-lhes o caminho. Os israelitas sabiam que Deus estava presente, porque à frente deles, durante o dia, havia uma nuvem e, à noite, uma coluna de fogo.

Águas amargas

            No entanto, assim que ficaram livres dos egípcios, os israelitas se queixavam a Moisés: "Você nos trouxe para este deserto para que morrêssemos. Não temos nem água e nem comida".
Chegando então em Mara, encontraram uma nascente, mas não puderam beber a água porque era amarga. E o povo reclamando. Moisés pegou uma árvore e a lançou nas águas, a qual tornaram-se doces. Nesse lugar, Deus deu ao povo sua doutrina(ensinamento).
O Senhor disse: - “Se ouvires a voz do Senhor, se fizeres o que é reto perante Ele, deres ouvido ao seus mandamentos, nenhuma enfermidade virá sobre ti”. 

Codornas

Mas logo o povo queria comer carne e ficavam se lamentando a saída do Egito, reclamavam de tudo e começaram a murmurar contra Moisés e Aarão dizendo ser melhor ter ficado no Egito, do que ficar no deserto. E blasfemavam contra Deus.
A escravidão acomoda, não implica perigos e riscos. Fora dela é preciso assumir responsabilidades. (muitos são escravos da preguiça, não fazem nada pelo reino de Deus. Acham que trabalhar na igreja atrapalha a sua vida, suas viagens, seus negócios, seu trabalho, seu tempo. Água parada apodrece)
            Deus ouviu as queixas e disse a Moisés: “Diz ao teu povo que eu darei tudo o que eles precisam. Salvei-lhes a vida, e lhes darei comida. Haverá carne hoje à noite, e um novo tipo de pão amanhã, de agora em diante. Exceto às sextas-feiras, que vou dar bastante para dois dias, para que ninguém trabalhe no Sábado, que é meu dia de descanso”.
E ao entardecer um bando de codornas pousou em volta das tendas! E o povo comeu carne.
(aquele dia houve um grande milagre, as aves que estavam passando por ali eram comestíveis).
Maná (Êxodo16)
            Na manhã seguinte, depois que o sol secou o orvalho, os israelitas viram espalhados pelo chão, os pães especiais que Deus tinha prometido. Era como se o chão estivesse coberto de geada. Os israelitas cataram depressa, antes que o sol os derretesse. Chamaram esse pão de “maná” (quer dizer: “O que é isto”). Era muito gostoso, parecia feito com mel. O “maná” era recolhido o suficiente para um dia, exceto na sexta-feira que era recolhido o suficiente para dois dias, para que ninguém trabalhasse no Sábado, que era dia consagrado ao Senhor.
            Maná: é um liquido produzido pela tamareira, através de um processo natural. À noite, o produto líquido se cristaliza e cai. Deve ser recolhido antes do nascer do sol, senão derrete.
            Houve dois grandes milagres: a produção foi maior que a costumeira, para alimentar tantas pessoas; e na sexta feira era recolhido e guardado para sábado sem derreter.
           
Aconteceu que alguns, desobedecendo a Deus, durante a semana recolheram mais para guardar para o outro dia; porém bichou e apodreceu.
            Isso mostra que o espírito de posse não pode existir numa sociedade que pretende viver unida. O acúmulo de riqueza e poder gera desigualdade, exploração, opressão. BICHA E APODRECE A PESSOA.
            Durante 40 anos em que estiveram no deserto, Deus lhes deu “maná”  a cada manhã, e o povo nunca passou fome.

A aliança de Deus com o povo no deserto do Sinai (Êxodo 19,1)

No 3º mês da saída do Egito vieram ao deserto do Sinai, onde acamparam. Ali se estabeleceu Israel em frente ao monte.
Moisés subiu em direção a Deus, no alto da montanha, e o Senhor lhe disse:
_Diga-lhes que eles viram o que Eu fiz aos egípcios e como tenho cuidado deles. Agora, se me obedecerem e cumprirem a minha Aliança, sereis o meu povo particular entre todos os povos. O mundo inteiro é meu. E vocês me servirão como sacerdotes.
Moisés veio e disse ao povo o que Deus ordenara. E o povo disse: Faremos tudo o que o Senhor disse.
Então nessa hora o povo fez aliança com Deus. (A aliança no tempo de Moisés não era um anel, mas um pacto de amor e fidelidade).
Fazer aliança significa comprometer-se com ele. É a promessa do amor de Deus – e o compromisso de fidelidade do povo. Aliança é correspondência de amor.
· O que devemos fazer para sermos fiéis a Aliança que Deus fez conosco?

1ª Tábuas da Lei (Êxodo 19,14)
            Deus disse também para que o povo se purificasse, porque no terceiro dia, ele ia descer sobre o Monte Sinai, onde todos poderiam vê-lo.
Ao amanhecer do 3º dia, houve trovões, relâmpagos; uma espessa nuvem cobria a montanha e o som da trombeta soou com força. Toda a multidão que estava no acampamento tremia porque sabia que Deus estava ali.
(Êxodo 24,12) O Senhor disse a Moisés: “Sobe para mim no monte. Ficarás ali para que eu te dê as tábuas de pedra (Os Dez Mandamentos), que tem os mandamentos que escrevi a fim de que você os ensine ao povo”.
Moisés disse ao povo que esperassem ali, e deixou Aarão, seu irmão, para atendê-los em qualquer situação, e subiu ao monte. A nuvem cobriu o monte por seis dias. No sétimo dia, o Senhor chamou Moisés do seio da nuvem. Moisés penetrou na nuvem e subiu a montanha. Ficou ali 40 dias e 40 noites.
Tendo o Senhor acabado de falar a Moisés sobre o monte Sinai, entregou-lhe as duas tábuas do testemunho, tábuas de pedra, escritas com o dedo de Deus: Sinal da Aliança.

“NOVAS TÁBUAS DA LEI”

Bezerro de ouro

            Vendo que Moisés tardava a descer da montanha, o povo agrupou-se em volta de Aarão dizendo: faça-nos um deus que marche à nossa frente, porque esse Moisés, que nos tirou do Egito, não sabemos o que foi feito dele. Aarão com medo de revolta obedeceu. Pegaram todo ouro, derreteram e fizeram um bezerro de metal e começaram a adorá-lo. Ofereceram-lhe sacrifícios e dançavam em volta dele.

Moisés quebra as pedras
Moisés desceu da montanha segurando nas mãos as duas tábuas da lei. Ouvindo o barulho, viu o bezerro e as danças, ficou muito irado. Jogou as tábuas e quebrou-as ao pé da montanha. Em seguida, tomando o bezerro que tinham feito, queimou-o e esmagou-o até reduzi-lo a pó, que lançou na água.(Êx.32)
Moisés brigou com Aarão por ter deixado o povo fazer isso.(Êxodo 32,21-29)
· Como podemos quebrar a Aliança com Deus?

Moisés pede perdão a Deus

            No dia seguinte Moisés subiu ao monte. E Deus mandou que partissem dali, para a terra que Deus prometera, mas o Senhor não iria, porque esse povo era um povo cabeça dura, o povo ouvindo isso começou a chorar. E Moisés pede perdão a Deus pelo povo.
            Nós também, quando só fazemos coisas erradas, nos afastamos de Deus. Logo percebemos um vazio, aquele desânimo, vontade de chorar.
· O que devemos fazer para voltar à amizade com Deus?

O Senhor disse a Moisés: “Corta duas placas de pedra semelhantes às primeiras: Escreverei nelas as palavras que se encontravam nas primeiras tábuas que quebraste. Estejas pronto pela manhã para subir ao monte Sinai. Esteja diante de mim no topo do monte. Ninguém subirá contigo, e ninguém se mostre em parte alguma: não tenha nem mesmo ovelhas ou bois pastando por perto “.
            Assim fez Moisés, e no outro dia subiu ao monte Sinai, segurando nas mãos as duas tábuas de pedra. O Senhor desceu na nuvem e ficou perto dele e disse: “Deus é compassivo e misericordioso, rico em bondade e em fidelidade, perdoa a rebeldia e o pecado”.

Renovação da aliança

O Senhor disse: “Vou fazer uma aliança contigo. Diante de todo o teu povo farei prodígios (maravilhas, milagres) como nunca se viu em nenhum outro lugar, para que o povo veja as obras do Senhor, que faço por meio de ti”.
            E falou para Moisés as leis sobre: as batalhas que iria enfrentar para conseguir a terra prometida, (porque a terra prometida já estava habitada por outros povos que adoravam outros deuses), para não fazer pacto algum com esses povos, sobre o deus de metal (falso).
Moisés ficou junto do Senhor 40 dias e 40 noites, sem comer e nem beber. E o Senhor escreveu nas tábuas o texto da aliança, as dez palavras. Moisés desceu do monte Sinai, tendo nas mãos as duas tábuas da lei. E transmitiu aos israelitas as ordens recebidas pelo Senhor.

OS dez mandamentos são o recado, a ferramenta que Deus entregou ao povo libertado, para o povo poder continuar na sua marcha para a plena liberdade e conquistar a terra que lhe pertencia. A liberdade não se conquista num dia. É um longo processo, uma luta penosa.
Deus deu Seus dez mandamentos para os israelitas, porque Ele sabia que se eles vivessem de acordo com Seus mandamentos seriam um povo feliz.
Como é possível que a lei signifique liberdade?
Porque é justamente quando nos desviamos da lei de Deus, que nos tornamos escravos: o pecado escraviza, o amor liberta, nos deixa livres uns para os outros e para Deus.
Só que podemos responder ao convite de amor de Deus ou não responder a ele.
OS Dez mandamentos devem ser observados, não só para cada um ter a sua consciência tranqüila diante de Deus, mas também para que cada um comece a lutar junto com seus irmãos, por uma vida digna de gente para todos.
Deus não criou os Dez Mandamentos para nos provar ou nos fazer infelizes. Seus mandamentos nos mostram Seu caráter. Somos mais felizes quando agimos de acordo com as leis de Deus. É guardando Seus mandamentos que podemos agir como  Ele. 
Podemos pensar uma família sem algumas regras de convivência? Podemos pensar em alguma escola, fábrica, hospital, onde não exista nenhuma norma para bem conviver, ou respeitar condições de organização?
Deus precisa de nós para fazer deste mundo uma casa bonita e para todos.
A Bíblia nos conta que, por muito tempo, o povo andou pelo deserto. Foi uma experiência de libertação e, ao mesmo tempo, de purificação e de esvaziamento para se deixar penetrar pelo Deus verdadeiro.
Nos longos 40 anos passados no deserto, o povo fez um longo aprendizado. Foi uma catequese sistemática, não baseada em livros, mas no cotidiano, na convivência. E assim puderam transmitir às gerações que é possível viver numa sociedade onde há possibilidade de se ter dignidade e condições de participação e partilha.
Depois de caminhar 40 anos no deserto o povo chegou a Canaã, a terra prometida. Essa travessia poderia ter sido feita em 2 semanas, mas Deus deixou o seu povo peregrinar pelo deserto a fim de lhe purificar da idolatria e formá-lo segundo as suas leis, especialmente para aprender o monoteísmo (adorar o único Deus).
Vamos nos lembrar de pedir que Deus nos ajude cada dia a guardar Seus mandamentos, para que possamos ser semelhantes a  Ele.
           
Arca da Aliança
Foi feita também uma caixa (Arca da Aliança) com madeira de acácia, por dentro era coberta de ouro e por fora bordada em ouro ao redor. A tampa era de ouro puro. Em cima dois querubins de ouro com asas enormes. Dentro eram guardadas as tábuas da lei, com os 10 mandamentos.
A tenda especial de Deus
            Deus mandou fazer uma tenda especial (Tabenáculo) e construir um pátio em torno da tenda para os sacrifícios (com cordeiros e cabritos) para o perdão dos pecados. O povo alegremente doou tudo: ouro, jóias, prata, bronze, linho e as peles de animais para a tenda. Trouxeram óleo para as lâmpadas e especiarias (droga aromática) para serem queimadas como incenso, perfumando o ar. E os melhores artesãos puseram-se a trabalhar e a tenda ficou linda. Quando as pessoas olhavam a tenda, sabiam que Deus estava por perto. Hoje também temos uma tenda especial para Deus. É a Igreja. Quando olhamos o sacrário, sabemos que Jesus está ali.
Os Dez Mandamentos como estão na Bíblia estão em: Êxodo 20, 1-15

A Igreja reelaborou e atualizou o elenco dos 10 mandamentos para que pudessem estar à altura da nova moral cristã. Por isso é que a lista dos mandamentos da Bíblia não coincide com a que está no nosso catecismo.

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