domingo, 5 de abril de 2009

2º Mandamento

“NÃO TOMAR SEU SANTO NOME EM VÃO”

Qual o sentido deste mandamento? É só uma questão de dominar a língua e de não misturar o nome de Deus em todas as coisas? Ex: Deus te crie! Meu Deus do céu! Vai com Deus! Deus lhe pague! Se Deus quiser! Deus te ajude! Deus é brasileiro!
Será que é só uma questão de maneirar um pouco mais a língua? Não! O segundo mandamento trata de coisa muito mais séria que fazem o povo sofrer e gritar.
O Faraó do Egito dizia ao povo que ele era intermediário de deus e fazia com que o povo o adorasse como um deus. Fazia todas as coisas em nome do seu deus: declarava-se dono das terras, das colheitas, dono do povo, do trabalho e da produção. Fazia as suas guerras para dominar os povos e roubar as suas riquezas. Encobria o roubo, a injustiça, as mordomias e as mentiras.
E hoje, como estão as coisas?
Þ O Nome de Deus e a cruz de Cristo aparecem em todo o canto, até mesmo nos lugares onde se praticam as maiores injustiças. Juizes, sentados debaixo da cruz de Cristo, pronunciam sentenças contra os pobres e a favor dos corruptos.
Þ O Nome de Deus está na boca dos governantes e chefes das nações que oprimem e exploram os outros povos.
Þ O nome de Deus veio junto com os colonizadores do Brasil e em nome dele muitos índios foram exterminados, muitos negros escravizados!
Þ Nas cédulas de dinheiro (ex: Deus seja louvado). Isso é usar o nome de Deus em vão, pois muitas vezes esse dinheiro serve para explorar o trabalho dos outros.
Þ Não podemos usar o poder do nome de Deus e de nossa religião para prejudicar os outros ou falar mal de outras religiões.
Þ Usar o nome de Deus em negócios que exploram (sou cristão, mas vendo cigarro, revistas pornográficas...)
Þ Envolver o nome de Deus em maldições, em piadas sujas, em falsos juramentos, em mentiras, em brincadeiras, em gracejos.
Þ Dar risadinhas na hora da oração etc.
Þ Quando alguém prejudica a Vida (pessoas, natureza, animais) e continua falando de Deus, está dizendo o nome de Deus em vão.
Þ As pessoas que não amam a Deus usam o Seu nome para justificar a sua preguiça ou suas maldades. Dizem: “É Deus que quer assim” e deixam tudo do jeito que está: um mundo cheio de tristeza e de miséria. Deus é o Deus da vida, Ele não quer coisas ruins.

A maneira correta de usar o nome de Deus é para pedir a sua ajuda, orar em favor dos outros, falar do seu amor pelas pessoas, louvar e agradecer pelo que Deus tem feito por nós.
O nome do Senhor é santo, é sagrado, não se pode usar e abusar do nome de Deus. É preciso guarda-lo na memória e no coração com respeito, com amor.
Merece respeito no seu nome, e também no nome da Virgem Maria, dos santos e nos lugares consagrados a Deus.
Os judeus tinham excesso de respeito com o nome de Deus em vão. Então, por medo de usar indevidamente um nome tão sagrado, Javé (Eu sou) eles diziam Edonay (quer dizer, Senhor). Em 1.000 a 1.500 d.C os hebraístas misturaram Javé e Edonay  e ficou: Jeová. Mas a Igreja tomou a decisão de usar sua pronúncia original “Javé” em vez de “Jeová” porque este nome não é nenhuma forma do verbo “ser” e os israelitas do tempo de Moisés nunca disseram “Jeová”. Portanto, Jeová é uma tradução errada de Javé.
· Bíblia: Êxodo 20,7.

Deus está sempre junto com a gente e chama cada um de nós pelo nome. É muito importante que sejamos conhecidos pelo nosso nome, que honremos o nome que usamos. Um dia Deus vai nos dizer: “Entre meu filho, a casa é sua”.

sábado, 4 de abril de 2009

1º Mandamento

“AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS”
O amor de Deus nos torna felizes. Devemos amar a Deus porque Ele é bom; porque nos criou e nos ama e porque está sempre conosco. O Pai deixa bem claro que jamais forçará alguém a amá-lo, como, durante sua pregação na Galiléia, Jesus também nunca forçou a ninguém.
Mas quem desejar ser parte integrante do povo de Deus e optar pelo amor, deverá dar a Deus o primeiro lugar em tudo que envolver sua vida.
O diálogo com o Pai deve ser constante, mais do que a música, mais do que as suas vontades, ou seus direitos, mais do que suas coisas prediletas, mais do que seus ideais terrenos.
O 1° mandamento convida o homem a crer em Deus, a esperar nele e amá-lo acima de tudo. Quer dizer, acreditar no Deus único e verdadeiro sem deixar-se enganar pelos ídolos.
Ídolo é tudo aquilo que nos impede de amar o Deus verdadeiro de todo nosso coração. Ex: colocar em primeiro lugar o dinheiro, a competição, a TV, o computador, a beleza, o futebol...


Quando agimos assim estamos sendo idólatras. Idolatria consiste em divinizar o que não é Deus.
A propaganda, o dinheiro, a competição, a tv, o computador, o futebol, a pescaria, a beleza, a vitória, todos são importantes na nossa vida mas na medida certa, na hora certa e não tomando o lugar de Deus.
            Também a superstição é um desvio do culto que rendemos ao verdadeiro Deus, é uma espécie de idolatria. Quem vive de acordo com superstições está deixando de acreditar no poder de Deus para viver de acordo com que diz o horóscopo, a numerologia, cartomantes...
O Primeiro mandamento pede não adorar nem apoiar o sistema que, em nome de um falso Deus, explora e oprime o povo. Pede para respeitar a Imagem de Deus que é o próximo. Pede para amar a Deus sobre todas as coisas. Você pode amar a Deus, amando seus irmãos.
Qual é hoje o sistema que explora e oprime o povo? A mídia: está a todo vapor tentando explorar os sentimentos humanos com novelas e filmes imorais, revista pornográfica, sexo sem compromisso, incentivando o homossexualismo, induzindo aos deficientes sobre a célula tronco e fazendo com que fiquem contra a Igreja sem saber o por quê, a briga dos políticos em época de eleição, incentivo demasiado para comprar... ter... e poder... E para atingir diretamente as crianças, colocam na tv desenhos violentos, vídeo games com jogos assassinos, baralhos monstruosos...Também a falta de emprego e a má distribuição das rendas, muitas vezes levam a pessoa a se prostituir ou tornar-se bandido.
É hora de decisão. Muitos desistem de seguir Jesus por falta de fé e de medo de se comprometerem. Jesus nos ensina que existem duas maneiras de vivermos:
Segundo a carne, orientando-se apenas pelos valores (bens) materiais.
Segundo o espírito, orientando-se pelos bens espirituais: Fé, amor, partilha, diálogo, compreensão, amizade, carinho, atenção, honestidade, paciência...

O 1º  Mandamento como está na Bíblia: 2"Eu sou o Senhor teu Deus, que te fez sair do Egito, da casa da servidão. 3Não terás outros deuses diante de minha face. 4Não farás para ti escultura, nem figura alguma do que está em cima, nos céus, ou embaixo, sobre a terra, ou nas águas, debaixo da terra.* 5Não te prostrarás diante delas e não lhes prestarás culto.
Antigamente alguns povos representavam a Deus como uma pessoa humana (estátuas humanas). Havia povos também que achavam que seu Deus era parecido com um bicho: boi, por exemplo. Outros ainda viam Deus no sol, na lua, na tempestade, nas montanhas...
Por isso, quando Deus falou a Moisés, Ele nos disse para não fazer imagem dele. Porque nenhuma imagem, por mais bonita que seja, é capaz de mostrar como Deus é, como Ele é bom para seu povo. Deus é sempre maior do que o nosso coração imagina.
Mas em um momento da história, Deus mostrou de forma clara, seu rosto e sua vontade: Fez-se gente em Jesus de Nazaré. Assim a Igreja reconheceu como legítimo que Ele seja representado em imagens sagradas, pois a pessoa que venera a imagem dele “venera nela a pessoa que está pintada”.
Se Moisés voltasse hoje diria: “Não fabriques falsos ídolos no teu coração, destrói os vícios fonte de toda idolatria”. Isto é o que já fizeram os profetas que vieram depois de Moisés. 
Alguns cristãos dizem que o culto que prestamos a imagens é uma idolatria que contraria este mandamento, mas isso não é verdade. As nossas imagens são como fotografias: nos lembram a pessoa amada.
Além disso, no livro do Êxodo, vemos que o próprio Deus mandou que se fizesse imagens de dois querubins para que fossem colocadas sobre a Arca da Aliança.
Também no Evangelho de João, 3,14 vemos a passagem do A.T. onde, por ordem de Deus, Moisés fez uma serpente de bronze e colocou-a sobre um poste. Essa imagem era prefiguração do Cristo, e todos os que para ela olhavam ficavam curados.
Há também, nas catacumbas de Priscila, em Roma, local onde os primeiros cristãos se escondiam dos perseguidores, a pintura da Virgem Maria com o menino Jesus em seus braços. Essa pintura é do século III. Não é possível que os cristãos do ano 200 fossem idólatras.
Um outro aspecto é o fato de este mandamento proibir o culto a deuses estrangeiros. (Hoje ainda existe muita gente que não acredita em nosso Deus).
Jesus é Deus verdadeiro, portanto a veneração de Sua imagem não traz malefício algum.

Javé é um Deus apaixonado e ciumento. Não quer que a gente o divida com a tristeza, com o desânimo, com o pecado. Ele é doido por nós, mas não obriga ninguém. Devemos amar a Deus para retribuir o imenso amor que ele tem por nós.


sexta-feira, 3 de abril de 2009

O Templo.

 Em 960 a.C, Salomão construiu em Jerusalém, um Templo para Deus.  Fez o santuário para colocar a Arca da Aliança com as duas placas de pedra que Moisés ali pusera no Monte Sinai. Em 586 a.C Nabucodonosor rei da Babilônia, conquista Jerusalém, a população foi levada para o exílio e o Templo e a cidade foram destruídos. E a arca foi perdida. Em 539 a.C Ciro, rei da Pérsia conquistou Babilônia e um ano depois permitiu aos exilados judeus voltarem para sua terra e reconstruir Jerusalém e o Templo. O cativeiro durara setenta anos. O templo foi reconstruído em 515 a.C. Em 331 a.C. a palestina inteira é conquistada por Alexandre Magno da Macedônia, já senhor da Grécia, derrotou também Dario III, rei dos persas e dos medos e tornou-se também senhor da Palestina. Empreendeu inúmeras guerras, apoderou-se de muitas cidades e matou muitos reis, impôs seu poderio aos países, às nações e reis, e todos se tornaram seus tributários. Em 198 a.C os Salêucidas da Síria tomaram o território de Israel. Queimaram todos os livros da lei que acharam, proibiu culto no Templo. Derramaram sangue inocente ao redor do Templo e profanaram o Santuário. Iniciou-se então a revolta de Macabeus contra o domínio Sírio e conquistaram independência. No ano 63 a.C., durante uma guerra civil entre dois descendentes dos Macabeus, Roma interveio na Judéia, tornando-se tributária. No ano 40 a.C. o Senado colocou no trono de Jerusalém Herodes, de estirpe estrangeira. Em 20 a.C Herodes reformou o Templo. Em 70 d.C o Templo foi destruído  pelos romanos e nunca mais foi construído. Os árabes construíram uma mesquita no seu lugar. O MURO DAS LAMENTAÇÕES é a base do templo de Salomão, o muro que segurava. São pedras enormes bem talhadas. Única coisa que sobrou.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

“MOISÉS”

            História do povo de Deus:
Depois da dispersão dos descendentes de Noé e a multiplicação dos povos, as pessoas esqueceram-se do Senhor e em seu lugar adoravam o Sol, a Lua, as estrelas, a chuva e inclusive os animais, pois o povo era muito supersticioso (essas coisas eram consideradas deuses). Somente Abrão manteve-se fiel a um só Deus invisível. Através da oração, Abrão falava com Deus. Obedecia a Deus em tudo, por isso Deus o amava muito.
Um dia Deus disse a Abrão: Deixa tua terra, tua família, e a casa de teu pai e vai para um país distante chamado Canaã, e eu te farei uma grande nação, e sempre te abençoarei.
            Abrão obedeceu a Deus e partiu. Saiu de sua terra levando sua mulher Sarai, seu sobrinho Lot, seus escravos e todos os seus bens. Andou por toda a terra de Canaã que seria futuramente a terra escolhida por Deus para seu povo habitar.

A Aliança com Abraão

            Abrão e Sarai já eram velhos e não tinham filhos. Isso era causa de muito sofrimento na vida deles. Mas Deus prometeu a ele que teria uma descendência numerosa.
Quando Abrão tinha 99 anos, e Sarai 90, Deus falou com ele: Nunca me abandone, farei de você um povo numeroso. Da tua descendência sairão reis. E a eles darei toda a terra de Canaã. E te darei um filho com Sara.
            (Nessa hora Deus mudou seu nome para Abraão e de Sarai para Sara)

Nasceu Isaque, deste veio Jacó que gerou a José, que mais tarde foi vendido pelos irmãos, como escravo ao faraó, rei do Egito. (mentiram ao pai que um animal matou José)
José era fiel a Deus e não foi desamparado pelo Senhor. Tornou-se um homem querido pelo faraó e foi promovido a governador do Egito. Trouxe os seus familiares de Canaã onde havia uma grande fome. Do faraó receberam terras, para que as cultivassem. Assim começaram a prosperar.  Este povo começou a ser chamado de “hebreus ou israelitas”
Ali foram abençoados por Deus de uma forma extraordinária: prosperaram tanto e se tornaram tão ricos e tão numerosos que assustaram o reino egípcio.
O rei tinha medo que numa guerra os israelitas ficasse do lado dos inimigos e derrotassem o Egito. Então os reduziu a escravos. Maltratava os israelitas com serviços forçados de todo tipo, mesmo assim o povo continuava aumentando.
Então o rei mandou as parteiras matar as crianças que fossem homens. Se fosse mulher podia viver. As parteiras não obedeceram, temendo a Deus. Disseram ao rei que as hebréias eram muito fortes e davam à luz sozinhas. Então o rei mandou jogar no rio Nilo todos os meninos que tinham nascido.
-       Por que o faraó mandou matar os meninos? Como as parteiras resistiram?

O menino no cesto

Uma hebréia teve um menino muito lindo, e escondeu por três meses. Depois não podia mais esconder. Fez um cesto de junco (tipo de planta), pôs nele o menino e colocou no rio Nilo e Maria, sua irmã, ficou olhando.
            Desceu a filha do faraó banhar-se no rio e viu o cesto e mandou sua criada pegar. A irmã do menino aproveitando a ocasião aproximou-se da princesa e perguntou-lhe: “Queres que procure uma ama hebréia para amamentá-lo”? A princesa concordou e Maria foi chamar a própria mãe.
Quando o menino cresceu, sua mãe tornou a levá-lo à princesa que o adotou como filho e lhe deu o nome de Moisés (que em egípcio significa: salvo das águas). Moisés foi instruído nas ciências pelos egípcios e teve uma educação primorosa. Mas mesmo assim conservou a fé no Deus de seus pais. Sendo Moisés grande saiu para visitar as construções e viu um egípcio espancando um hebreu do seu povo, se revoltou com tanta injustiça e matou o egípcio. O faraó ficou sabendo e procurou matar Moisés, que fugiu para o deserto. Lá se casou com zípora.
- Como Moisés foi salvo da “matança” decretada pelo faraó?

O rei morre, mas a escravidão continua.

Muito tempo depois o rei morreu. E os israelitas continuavam sofrendo na escravidão. Mas Deus tinha feito uma aliança com Abraão e seus descendentes e não podia aceitar que seu povo vivesse escravizado.

Hoje, o povo também é escravizado:
No mundo do trabalho, na família, na escola, na sociedade, os Índios... Há também a escravidão da preguiça, ganância, ódio, poder, vícios, orgulho, doenças, dinheiro, vingança...

Sarça ardente
Um dia Moisés em que conduzira o rebanho para além do deserto, chegou até a montanha de Deus, Horeb (ou Sinai). O Senhor apareceu-lhe numa chama (que saía) do meio a uma sarça. Moisés olhava: a sarça ardia, mas não se consumia. "Vou me aproximar, disse ele consigo, para contemplar esse extraordinário espetáculo, e saber porque a sarça não se consome."
Vendo o Senhor que ele se aproximou para ver, chamou-o do meio da sarça: "Moisés, Não te aproximes daqui. Tira as sandálias dos teus pés, porque o lugar em que te encontras é uma terra santa. Eu sou, o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó".
Moisés escondeu o rosto, e não ousava olhar para Deus.
A presença de Deus no Monte Sinai tornou o monte santo, da mesma forma que a presença de Deus tornou santo o chão ao redor da sarça ardente. Para mostrar respeito a Deus, Moisés tirou suas sandálias enquanto estava próxima à sarça ardente.
            Moisés não viu Deus e, sim, um fenômeno misterioso: um fogo que não consumia a sarça.

Deus envia Moisés
E Deus acrescentou: “Eu vi a opressão do meu povo no Egito, ouvi os gritos de aflição e de seus sofrimentos. Vou livrá-los da mão dos egípcios e darei a eles uma terra fértil e espaçosa, uma terra que mana leite e mel (Canaã). E agora vai, que eu te envio ao faraó para que libertes o meu povo, os hebreus, do Egito”.
Moisés pergunta então qual o Seu nome. Deus diz: EU SOU AQUELE QUE SOU, ou seja: Eu existo, Eu estou presente.
            E Moisés disse ao Senhor:  “Quem sou eu para ir ao faraó e libertar os israelitas do Egito? Pobre de mim, Senhor, nunca fui bom orador. A minha pronuncia  e a minha fala são pesadas”.
             Então Deus deu poder a Moisés que estava com um cajado na mão. Mandou Moisés jogar a vara, e ela se transformou em uma cobra, pegou novamente e era uma vara. Colocou a mão no peito e a tirou leprosa, colocou novamente e estava limpa e Moisés creu em Deus. (Deus deu o Espírito Santo para guia-lo, poderia fazer maravilhas)
E Deus mandou levar consigo seu irmão Aarão, (estava no Egito) para ajudá-lo.
            Moisés volta para o Egito e leva consigo a vara de Deus (poder de Deus, amor).
- Que proposta Deus faz a Moisés?    R: libertar o povo do Egito.

Moisés foi escolhido por Deus para libertar seu povo da escravidão, do sofrimento e maus tratos. Hoje ele chama cada um para que nos libertemos da escravidão do pecado e vivamos na liberdade dos filhos de Deus. A exemplo de Moisés, façamos o mesmo.
· Bíblia:
· Atividades.
Aarão e Moisés são irmãos e são encarregados de tirar o povo do Egito. Sarça: símbolo da experiência que Moisés fez de Deus: o amor que queima, é forte, e não se consome.

“NO EGITO MOISÉS PEDE AO REI FARAÓ A LIBERDADE”

Moisés e seu irmão Aarão apresentaram-se ao Faraó e lhe disseram:  “Assim diz o Senhor Deus de Israel: Deixa partir o meu povo, para que me celebre uma festa no deserto” (culto a Deus).
            Mas o rei lhes disse: “Ah! Vocês são os agitadores deste povo? Vão para suas tarefas”.
E naquele mesmo dia, o faraó ordenou aos fiscais da construção: Carreguem esses homens com mais trabalho, para que estejam ocupados e não dêem ouvidos a palavras mentirosas.
            A situação do povo piorou. Alguns se revoltaram contra Moisés. Este pediu paciência: “Nosso Deus está conosco. Ele não nos abandonará. Ele nos dará a terra que nos prometeu. Precisamos ser corajosos”.
-       Qual a atitude do faraó diante do pedido de Moisés e Aarão?
-       Por que a situação do povo piorou?
Deus pediu que Moisés voltasse e dissesse ao rei que se ele não deixasse o povo ir, iriam acontecer coisas terríveis no Egito.
Moisés voltou a insistir com o faraó, mas ele não deixou os hebreus partirem porque o trabalho deles era muito útil na construção de novas cidades.
Então iniciou-se as pragas. A cada vez, Deus avisava o rei, mas ele não dava ouvidos.

As pragas

            1º praga – A água se torna vermelha como sangue. Os peixes morreram, o rio cheirou mal, não tinham água para beber. Ao povo de Israel nada acontecia. Passou sete dias, depois que o Senhor feriu o rio. Mesmo assim o faraó não libertou o povo.
            2º praga – Rãs. O rio produziu rãs que subiam nas suas casas, camas, fornos, assadeiras, de todo o povo do Egito. O faraó disse que libertaria se sumissem as rãs e a água ficasse limpa, mas mentiu.
            3º praga – Piolhos. O piolho invadiu todo o Egito; nos homens, no gado.
4º praga – Moscas. Um enxame de moscas sobre o povo, as casas.
5º praga – Peste nos animais. Os animais egípcios morreram todos de peste; os cavalos, os camelos, os jumentos; as ovelhas.
6º praga – Úlceras. Surgiram feridas no corpo de todos os egípcios.
7º praga – Chuva de pedras. Enormes pedras de gelo devastaram as plantações, morreu mais gado, caiu árvores.
            8º praga – Gafanhotos. A terra ficou escura de tanto gafanhoto, não restou nada verde nas árvores, nem na erva do campo.         
9º praga – Trevas. Houve trevas sobre todo o Egito por três dias, ninguém levantou do seu lugar por três dias, mas nas casas do povo de Israel havia luz.
10º praga – Morte dos primogênitos. Morreu todo primogênito do Egito desde o filho do faraó até o filho de seu escravo mais humilde. Aos filhos dos israelitas nada aconteceu, pois Deus lhes dissera como agir.
Cada família israelita matou um cordeiro naquela noite e espalhou parte do sangue na soleira das portas. Assaram um cordeiro e comeram-no com ervas e pães não fermentado. E a morte não atacou as suas casas.
(Todos os anos, no começo da primavera, os hebreus e seus descendentes se lembram da libertação do Egito e celebram a Páscoa).
-       Qual o sentido das desgraças que começaram a acontecer no país do faraó?

Para você catequista: Não podemos dizer que tudo é explicável como fenômenos naturais. Houve a ação de Deus na história de seu povo.
Água em sangue: Houve o desbarrancamento anormal das margens do Nilo com o conseqüente avermelhamento das águas. Os israelitas moravam em lugares mais baixos e a água deles chegava por rios que se dividiam. Foi um grande milagre ter acontecido em todo Egito, menos no lugar dos israelitas.
Chuva de pedras: Coisa rara no Egito, mas que excepcionalmente ocorrera.
Morte dos primogênitos: Alguma coisa aconteceu e que provocou a morte deles.

O faraó expulsa o povo
Aterrorizado, o faraó mandou chamar a Moisés, suplicando-lhe que partisse. Os próprios egípcios pediam aos hebreus que partissem.
Os hebreus tomaram então apressadamente as amassadeiras que continham a massa de pão, envolvendo-as nos próprios mantos. Segundo a ordem de Moisés, pediram aos egípcios objetos de prata, ouro e vestes. O Senhor fez com que ganhassem tudo.
            Os hebreus tinham permanecido no Egito 430 anos; Deus os livrava finalmente da escravidão. Assim partiram os israelitas.
Deus guia o povo
            Deus guia seu povo pelo deserto; uma nuvem durante o dia, uma coluna de fogo durante a noite e os fez acampar perto do mar Vermelho.
O faraó se arrependeu de deixar o povo ir, pois quem iria fazer os serviços? Reuniu seus oficiais e foram atrás deles.

Mar vermelho

            Os israelitas ficaram aterrorizados: à frente havia somente o mar; atrás os soldados do faraó. Então Moisés pediu a ajuda de Deus e o Senhor enviou um forte vento que soprou durante toda à noite, fazendo abrir as águas e formando uma estrada por onde os israelitas passaram com segurança.
            Quando os egípcios tentaram segui-los, as águas voltaram a fechar-se, afogando todo o exército do faraó.
              (A saída do Egito aconteceu em 1250 a C.)
           
Para você catequista:
O mar vermelho era um banhado onde as águas subiam e desciam de acordo com a maré. Quando os israelitas atravessaram o mar, a maré estava baixa, o vento era favorável e a lua iluminava a passagem. Mais tarde, quando chegou o exército do faraó, a maré subiu e os carros e cavaleiros atolaram.
            Quando a Bíblia fala em águas em forma de muros, quer dizer: inimigos à direita, os egípcios; inimigos à esquerda, povos hostis encontrados no caminho. Todavia, pela força de Deus, o povo conseguiu passar ileso (pé enxuto) por um corredor de perigos.
            Aí também houve um grande milagre: a hora em que Moisés chegou com o povo.
-       Por que os hebreus sentiram medo quando fugiram do Egito? Não confiaram em Deus.

HOJE, O POVO ESTÁ LUTANDO PARA SE LIBERTAR.
            Nós também vamos pedir a Deus que nos liberte dos nossos medos, da falta de fé, do egoísmo, de líderes falsos, da guerra...

“DEUS GUIA MOISÉS E O POVO”

Moisés guiou o povo de Israel, desde as fronteiras do Egito, através do deserto, até o monte Sinai, como Deus ordenou. O próprio Deus mostrava-lhes o caminho. Os israelitas sabiam que Deus estava presente, porque à frente deles, durante o dia, havia uma nuvem e, à noite, uma coluna de fogo.

Águas amargas

            No entanto, assim que ficaram livres dos egípcios, os israelitas se queixavam a Moisés: "Você nos trouxe para este deserto para que morrêssemos. Não temos nem água e nem comida".
Chegando então em Mara, encontraram uma nascente, mas não puderam beber a água porque era amarga. E o povo reclamando. Moisés pegou uma árvore e a lançou nas águas, a qual tornaram-se doces. Nesse lugar, Deus deu ao povo sua doutrina(ensinamento).
O Senhor disse: - “Se ouvires a voz do Senhor, se fizeres o que é reto perante Ele, deres ouvido ao seus mandamentos, nenhuma enfermidade virá sobre ti”. 

Codornas

Mas logo o povo queria comer carne e ficavam se lamentando a saída do Egito, reclamavam de tudo e começaram a murmurar contra Moisés e Aarão dizendo ser melhor ter ficado no Egito, do que ficar no deserto. E blasfemavam contra Deus.
A escravidão acomoda, não implica perigos e riscos. Fora dela é preciso assumir responsabilidades. (muitos são escravos da preguiça, não fazem nada pelo reino de Deus. Acham que trabalhar na igreja atrapalha a sua vida, suas viagens, seus negócios, seu trabalho, seu tempo. Água parada apodrece)
            Deus ouviu as queixas e disse a Moisés: “Diz ao teu povo que eu darei tudo o que eles precisam. Salvei-lhes a vida, e lhes darei comida. Haverá carne hoje à noite, e um novo tipo de pão amanhã, de agora em diante. Exceto às sextas-feiras, que vou dar bastante para dois dias, para que ninguém trabalhe no Sábado, que é meu dia de descanso”.
E ao entardecer um bando de codornas pousou em volta das tendas! E o povo comeu carne.
(aquele dia houve um grande milagre, as aves que estavam passando por ali eram comestíveis).
Maná (Êxodo16)
            Na manhã seguinte, depois que o sol secou o orvalho, os israelitas viram espalhados pelo chão, os pães especiais que Deus tinha prometido. Era como se o chão estivesse coberto de geada. Os israelitas cataram depressa, antes que o sol os derretesse. Chamaram esse pão de “maná” (quer dizer: “O que é isto”). Era muito gostoso, parecia feito com mel. O “maná” era recolhido o suficiente para um dia, exceto na sexta-feira que era recolhido o suficiente para dois dias, para que ninguém trabalhasse no Sábado, que era dia consagrado ao Senhor.
            Maná: é um liquido produzido pela tamareira, através de um processo natural. À noite, o produto líquido se cristaliza e cai. Deve ser recolhido antes do nascer do sol, senão derrete.
            Houve dois grandes milagres: a produção foi maior que a costumeira, para alimentar tantas pessoas; e na sexta feira era recolhido e guardado para sábado sem derreter.
           
Aconteceu que alguns, desobedecendo a Deus, durante a semana recolheram mais para guardar para o outro dia; porém bichou e apodreceu.
            Isso mostra que o espírito de posse não pode existir numa sociedade que pretende viver unida. O acúmulo de riqueza e poder gera desigualdade, exploração, opressão. BICHA E APODRECE A PESSOA.
            Durante 40 anos em que estiveram no deserto, Deus lhes deu “maná”  a cada manhã, e o povo nunca passou fome.

A aliança de Deus com o povo no deserto do Sinai (Êxodo 19,1)

No 3º mês da saída do Egito vieram ao deserto do Sinai, onde acamparam. Ali se estabeleceu Israel em frente ao monte.
Moisés subiu em direção a Deus, no alto da montanha, e o Senhor lhe disse:
_Diga-lhes que eles viram o que Eu fiz aos egípcios e como tenho cuidado deles. Agora, se me obedecerem e cumprirem a minha Aliança, sereis o meu povo particular entre todos os povos. O mundo inteiro é meu. E vocês me servirão como sacerdotes.
Moisés veio e disse ao povo o que Deus ordenara. E o povo disse: Faremos tudo o que o Senhor disse.
Então nessa hora o povo fez aliança com Deus. (A aliança no tempo de Moisés não era um anel, mas um pacto de amor e fidelidade).
Fazer aliança significa comprometer-se com ele. É a promessa do amor de Deus – e o compromisso de fidelidade do povo. Aliança é correspondência de amor.
· O que devemos fazer para sermos fiéis a Aliança que Deus fez conosco?

1ª Tábuas da Lei (Êxodo 19,14)
            Deus disse também para que o povo se purificasse, porque no terceiro dia, ele ia descer sobre o Monte Sinai, onde todos poderiam vê-lo.
Ao amanhecer do 3º dia, houve trovões, relâmpagos; uma espessa nuvem cobria a montanha e o som da trombeta soou com força. Toda a multidão que estava no acampamento tremia porque sabia que Deus estava ali.
(Êxodo 24,12) O Senhor disse a Moisés: “Sobe para mim no monte. Ficarás ali para que eu te dê as tábuas de pedra (Os Dez Mandamentos), que tem os mandamentos que escrevi a fim de que você os ensine ao povo”.
Moisés disse ao povo que esperassem ali, e deixou Aarão, seu irmão, para atendê-los em qualquer situação, e subiu ao monte. A nuvem cobriu o monte por seis dias. No sétimo dia, o Senhor chamou Moisés do seio da nuvem. Moisés penetrou na nuvem e subiu a montanha. Ficou ali 40 dias e 40 noites.
Tendo o Senhor acabado de falar a Moisés sobre o monte Sinai, entregou-lhe as duas tábuas do testemunho, tábuas de pedra, escritas com o dedo de Deus: Sinal da Aliança.

“NOVAS TÁBUAS DA LEI”

Bezerro de ouro

            Vendo que Moisés tardava a descer da montanha, o povo agrupou-se em volta de Aarão dizendo: faça-nos um deus que marche à nossa frente, porque esse Moisés, que nos tirou do Egito, não sabemos o que foi feito dele. Aarão com medo de revolta obedeceu. Pegaram todo ouro, derreteram e fizeram um bezerro de metal e começaram a adorá-lo. Ofereceram-lhe sacrifícios e dançavam em volta dele.

Moisés quebra as pedras
Moisés desceu da montanha segurando nas mãos as duas tábuas da lei. Ouvindo o barulho, viu o bezerro e as danças, ficou muito irado. Jogou as tábuas e quebrou-as ao pé da montanha. Em seguida, tomando o bezerro que tinham feito, queimou-o e esmagou-o até reduzi-lo a pó, que lançou na água.(Êx.32)
Moisés brigou com Aarão por ter deixado o povo fazer isso.(Êxodo 32,21-29)
· Como podemos quebrar a Aliança com Deus?

Moisés pede perdão a Deus

            No dia seguinte Moisés subiu ao monte. E Deus mandou que partissem dali, para a terra que Deus prometera, mas o Senhor não iria, porque esse povo era um povo cabeça dura, o povo ouvindo isso começou a chorar. E Moisés pede perdão a Deus pelo povo.
            Nós também, quando só fazemos coisas erradas, nos afastamos de Deus. Logo percebemos um vazio, aquele desânimo, vontade de chorar.
· O que devemos fazer para voltar à amizade com Deus?

O Senhor disse a Moisés: “Corta duas placas de pedra semelhantes às primeiras: Escreverei nelas as palavras que se encontravam nas primeiras tábuas que quebraste. Estejas pronto pela manhã para subir ao monte Sinai. Esteja diante de mim no topo do monte. Ninguém subirá contigo, e ninguém se mostre em parte alguma: não tenha nem mesmo ovelhas ou bois pastando por perto “.
            Assim fez Moisés, e no outro dia subiu ao monte Sinai, segurando nas mãos as duas tábuas de pedra. O Senhor desceu na nuvem e ficou perto dele e disse: “Deus é compassivo e misericordioso, rico em bondade e em fidelidade, perdoa a rebeldia e o pecado”.

Renovação da aliança

O Senhor disse: “Vou fazer uma aliança contigo. Diante de todo o teu povo farei prodígios (maravilhas, milagres) como nunca se viu em nenhum outro lugar, para que o povo veja as obras do Senhor, que faço por meio de ti”.
            E falou para Moisés as leis sobre: as batalhas que iria enfrentar para conseguir a terra prometida, (porque a terra prometida já estava habitada por outros povos que adoravam outros deuses), para não fazer pacto algum com esses povos, sobre o deus de metal (falso).
Moisés ficou junto do Senhor 40 dias e 40 noites, sem comer e nem beber. E o Senhor escreveu nas tábuas o texto da aliança, as dez palavras. Moisés desceu do monte Sinai, tendo nas mãos as duas tábuas da lei. E transmitiu aos israelitas as ordens recebidas pelo Senhor.

OS dez mandamentos são o recado, a ferramenta que Deus entregou ao povo libertado, para o povo poder continuar na sua marcha para a plena liberdade e conquistar a terra que lhe pertencia. A liberdade não se conquista num dia. É um longo processo, uma luta penosa.
Deus deu Seus dez mandamentos para os israelitas, porque Ele sabia que se eles vivessem de acordo com Seus mandamentos seriam um povo feliz.
Como é possível que a lei signifique liberdade?
Porque é justamente quando nos desviamos da lei de Deus, que nos tornamos escravos: o pecado escraviza, o amor liberta, nos deixa livres uns para os outros e para Deus.
Só que podemos responder ao convite de amor de Deus ou não responder a ele.
OS Dez mandamentos devem ser observados, não só para cada um ter a sua consciência tranqüila diante de Deus, mas também para que cada um comece a lutar junto com seus irmãos, por uma vida digna de gente para todos.
Deus não criou os Dez Mandamentos para nos provar ou nos fazer infelizes. Seus mandamentos nos mostram Seu caráter. Somos mais felizes quando agimos de acordo com as leis de Deus. É guardando Seus mandamentos que podemos agir como  Ele. 
Podemos pensar uma família sem algumas regras de convivência? Podemos pensar em alguma escola, fábrica, hospital, onde não exista nenhuma norma para bem conviver, ou respeitar condições de organização?
Deus precisa de nós para fazer deste mundo uma casa bonita e para todos.
A Bíblia nos conta que, por muito tempo, o povo andou pelo deserto. Foi uma experiência de libertação e, ao mesmo tempo, de purificação e de esvaziamento para se deixar penetrar pelo Deus verdadeiro.
Nos longos 40 anos passados no deserto, o povo fez um longo aprendizado. Foi uma catequese sistemática, não baseada em livros, mas no cotidiano, na convivência. E assim puderam transmitir às gerações que é possível viver numa sociedade onde há possibilidade de se ter dignidade e condições de participação e partilha.
Depois de caminhar 40 anos no deserto o povo chegou a Canaã, a terra prometida. Essa travessia poderia ter sido feita em 2 semanas, mas Deus deixou o seu povo peregrinar pelo deserto a fim de lhe purificar da idolatria e formá-lo segundo as suas leis, especialmente para aprender o monoteísmo (adorar o único Deus).
Vamos nos lembrar de pedir que Deus nos ajude cada dia a guardar Seus mandamentos, para que possamos ser semelhantes a  Ele.
           
Arca da Aliança
Foi feita também uma caixa (Arca da Aliança) com madeira de acácia, por dentro era coberta de ouro e por fora bordada em ouro ao redor. A tampa era de ouro puro. Em cima dois querubins de ouro com asas enormes. Dentro eram guardadas as tábuas da lei, com os 10 mandamentos.
A tenda especial de Deus
            Deus mandou fazer uma tenda especial (Tabenáculo) e construir um pátio em torno da tenda para os sacrifícios (com cordeiros e cabritos) para o perdão dos pecados. O povo alegremente doou tudo: ouro, jóias, prata, bronze, linho e as peles de animais para a tenda. Trouxeram óleo para as lâmpadas e especiarias (droga aromática) para serem queimadas como incenso, perfumando o ar. E os melhores artesãos puseram-se a trabalhar e a tenda ficou linda. Quando as pessoas olhavam a tenda, sabiam que Deus estava por perto. Hoje também temos uma tenda especial para Deus. É a Igreja. Quando olhamos o sacrário, sabemos que Jesus está ali.
Os Dez Mandamentos como estão na Bíblia estão em: Êxodo 20, 1-15

A Igreja reelaborou e atualizou o elenco dos 10 mandamentos para que pudessem estar à altura da nova moral cristã. Por isso é que a lista dos mandamentos da Bíblia não coincide com a que está no nosso catecismo.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

OS DEZ MANDAMENTOS

          1º MANDAMENTO
AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS
O 1º mandamento convida o homem a crer em Deus, a esperar nele e a amá-lo acima de tudo.
Adorar a Deus, orar-lhe, oferecer-lhe o culto que lhe é devido, cumprir as promessas e os votos que foram feitos a ele são os votos da virtude de religião que relevam da obediência ao primeiro mandamento.
O dever de prestar um culto autêntico a Deus incumbe ao homem, tanto individualmente como em sociedade.
O homem  deve “poder professar livremente a religião, tanto em particular como em público”.
A superstição é um desvio do culto que rendemos ao verdadeiro Deus. Ela se mostra particularmente na idolatria, assim como nas diferentes formas de adivinhação e de magia.
( só Deus conhece o passado, presente e o futuro ).
A ação de tentar a Deus, em palavras ou em atos, o sacrilégio, a simonia são pecados de irreligião proibidos pelo primeiro mandamento.
Enquanto rejeita ou recusa a existência de Deus, o ateísmo é um pecado contra o primeiro mandamento.
O culto às imagens sagradas está fundamentado no mistério da encarnação do Verbo de Deus. Não contraria o primeiro mandamento.

MANDAMENTO
NÃO TOMAR SEU SANTO NOME EM VÃO.
O 2º mandamento proíbe todo uso impróprio do Nome de Deus. A blasfêmia consiste em usar o Nome de Deus, de Jesus Cristo, da Virgem Maria e dos santos de maneira injuriosa.
O juramento  falso invoca Deus como testemunha de uma mentira .O perjúrio é uma falta grave contra o Senhor, sempre fiel a suas promessas.
DEUS CHAMA CADA UM POR SEU NOME.


3º MANDAMENTO
GUARDAR DOMINGOS E FESTAS DE GUARDA
O Sábado, que representa o término da primeira criação, é substituído pelo Domingo,, que lembra a criação nova, inaugurada com a Ressurreição de Cristo.
A Igreja celebra o dia da Ressurreição de Cristo no oitavo dia, que é corretamente chamado dia do Senhor, ou Domingo.
O Domingo...deve ser guardado em toda a Igreja como o dia de festa por excelência”.      
No Domingo e em outros dias de festa de preceito, os fiéis têm obrigação de participar da missa.
No Domingo e nos outros dias de festa de preceito, os fiéis se absterão das atividades e negócios que impeçam o culto a ser prestado a Deus, a alegria própria do dia do Senhor e o devido descanso da mente e do corpo.
A instituição do Domingo contribui para que todos tenham tempo de repouso e de lazer suficiente para lhes permitir cultivar sua vida familiar, cultural, social e religiosa.
Todo cristão deve evitar de impor sem necessidade aos outros aquilo que os impediria de guardar o dia do Senhor.

4º MANDAMENTO
HONRAR PAI E MÃE
De acordo com o 4º mandamento, Deus quis que, depois dele, honrássemos nossos pais e os que ele, para nosso bem, investiu de autoridade.
A comunidade conjugal está fundada na aliança e no consentimento dos esposos. O casamento e a família estão ordenados para o bem dos cônjuges, a procriação e a educação dos filhos.
A salvação da pessoa e da sociedade humana está estreitamente ligada ao bem-estar da comunidade conjugal e familiar.
Os filhos devem a seus pais respeito, gratidão, justa obediência e ajuda. O respeito filial favorece a harmonia de toda a vida familiar.
Os pais são os primeiros responsáveis pela educação de seus filhos na fé, na oração e em todas as virtudes. Têm o dever de prover em toda a medida do possível as necessidades físicas e espirituais de seus filhos.
Os pais devem respeitar e favorecer a vocação de seus filhos. Lembrem-se e ensinem que a primeira vocação do cristão consiste em seguir a Jesus.
A autoridade pública deve respeitar os direitos fundamentais da pessoa humana e as condições de exercício de sua liberdade.
É dever dos cidadãos trabalhar com os poderes civis para a edificação da sociedade num espírito de verdade, de justiça, de solidariedade e de liberdade.
O cidadão está obrigado em consciência a não seguir as prescrições das autoridades civis quando contrárias às exigências da ordem moral.
“É preciso obedecer antes a Deus do que aos homens”. ( Ato 5,29 )

5º MANDAMENTO
NÃO MATAR
Toda vida humana, desde o momento da concepção até a morte, é sagrada porque a pessoa humana foi querida por si mesma à imagem e à semelhança do Deus vivo e santo.
O assassinato de um ser humano é gravemente contrário à dignidade da pessoa e à santidade do Criador.
A proibição de matar não ab-roga o direito de tirar a um opressor injusto a possibilidade de prejudicar. A legítima defesa é um dever grave para quem é responsável pela vida alheia ou pelo bem comum.
Desde a concepção a criança tem o direito à vida. O aborto direto, isto é, o que se quer como um fim ou como um meio, é uma “prática infame” gravemente contrária à lei moral. A Igreja sanciona com pena canônica de excomunhão este delito contra a vida humana.
Visto que deve ser tratado como uma pessoa desde a sua concepção, o embrião deve ser defendido em sua integridade, cuidado e curado como qualquer outro ser humano
A eutanásia voluntária, sejam quais forem as formas e os motivos, constitui um assassinato. É gravemente contrária à dignidade da pessoa humana e ao respeito do Deus vivo, seu Criador.
O suicídio é gravemente contrário à justiça, à esperança e à caridade. É proibido pelo quinto mandamento.
O escândalo constitui uma falta grave quando por ação ou por omissão leva deliberadamente o outro a pecar.
Por causa dos males e injustiças que toda guerra acarreta, devemos fazer tudo o que for razoavelmente possível para evitá-la.
A Igreja ora: “Da fome, da peste e da guerra livrai-nos, Senhor”.
A Igreja e a razão humana declaram a validade permanente da lei moral durante os conflitos armados. As práticas deliberadamente contrárias ao direito dos povos e a seus princípios universais constituem crimes.
“Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus”.

6º MANDAMENTO
NÃO PECAR CONTRA A CASTIDADE
“O amor é a vocação fundamental e originária do ser humano”.
Ao criar o ser humano homem e mulher, Deus dá a dignidade pessoal de uma maneira igual a um e outro. Cada um, homem e mulher, deve chegar a reconhecer e aceitar sua identidade sexual.
Cristo é o modelo da castidade. Todo batizado é chamado a levar uma vida casta, cada um segundo seu estado de vida próprio.
A castidade significa a integração da sexualidade na pessoa. Inclui a aprendizagem do domínio pessoal.
Entre os pecados gravemente contrários à castidade é preciso citar a masturbação, a fornicação, a pornografia e as práticas homossexuais.
A aliança que os esposos contraíram livremente implica um amor fiel. Impõe-lhes a obrigação de guardar seu casamento indissolúvel.
A fecundidade é um bem, um Dom, um fim do casamento. Dando a vida, os esposos participam da paternidade de Deus.
A regulação da natalidade representa um dos aspectos da paternidade e maternidade responsáveis. A legitimidade das intenções dos esposos não justifica o recurso a meios moralmente inadmissíveis (por exemplo a esterilização direta ou a contracepção). O adultério e o divórcio, a poligamia e a união livre são ofensas graves à dignidade do casamento.

7º MANDAMENTO
NÃO FURTAR
Não roubarás (Dt 5,19). “Nem os ladrões, nem os avarentos...nem os injuriosos herdarão o Reino de Deus”( 1Cor 6,10)
O sétimo mandamento prescreve a prática da justiça e da caridade na administração dos bens terrenos e dos frutos do trabalho dos homens.
Os bens da criação são destinados a todo o gênero humano. O direito à propriedade privada não abole a destinação universal dos bens.
O sétimo mandamento proíbe o roubo. O roubo é a usurpação de um bem de outrem contra a vontade razoável do proprietário.
Toda forma de apropriação e uso injusto dos bens de outrem é contrária ao sétimo mandamento. A injustiça cometida exige reparação. A justiça comutativa exige a restituição do bem roubado.
A lei moral proíbe os atos que, visando a fins mercantis ou totalitários, conduzem à servidão dos seres humanos, à sua compra, venda e troca como mercadorias.
O domínio concedido pelo Criador sobre os recursos minerais, vegetais e animais do universo não pode ser separado do respeito às obrigações morais, inclusive para com as gerações futuras.
Os animais são confiados à administração do homem que lhes deve benevolência. Podem servir para a justa satisfação das necessidades do homem.
A Igreja emite um juízo em matéria econômica e social, quando os direitos fundamentais da pessoa ou a salvação das almas o exigem. Preocupa-se com o bem comum temporal dos homens em razão de sua ordenação ao Sumo Bem, nosso fim último.
O próprio homem é o autor, o centro e o fim de toda a vida econômica e social. O ponto decisivo da questão social é que os bens criados por Deus para todos de fato cheguem a todos, conforme a justiça e com a ajuda da caridade.
O valor primordial do trabalho depende do próprio homem, que é seu autor e destinatário. Através de seu trabalho, o homem participa da obra da criação. Unido a Cristo, o trabalho pode ser redentor.
O verdadeiro desenvolvimento abrange o homem inteiro. O que importa é fazer crescer a capacidade de cada pessoa de responder à sua vocação, portanto ao chamamento de Deus.
A esmola dada aos pobres é um testemunho de caridade fraterna: é também uma prática de justiça que agrada a Deus.
Na multidão de seres humanos sem pão, sem teto, sem terra, como não reconhecer Lázaro, mendigo faminto da parábola ?
Como não ouvir Jesus que diz: “foi a mim que o deixastes de fazer”? (Mt 25,45)

8º MANDAMENTO
NÃO LEVANTAR FALSO TESTEMUNHO
“Não levantarás falso testemunho contra teu próximo” ( Ex 20,16 ). Os discípulos de Cristo “revestiram-se do homem novo, criado segundo Deus na justiça e santidade da verdade” ( Ef 4,24 ). A verdade ou veracidade é a virtude que consiste em mostrar-se verdadeiro no agir e no falar, fugindo da duplicidade, da simulação e da hipocrisia.
O cristão não deve “se envergonhar de dar testemunho de Nosso Senhor”( 2Tm 1,8 ) em atos e palavras. O martírio é o supremo testemunho prestado à verdade da fé. O respeito à reputação e à honra das pessoas proíbe toda atitude ou palavra de maledicência ou calúnia.
A mentira consiste em dizer o que é falso com a intenção de enganar o próximo, que tem direito à verdade.
Toda falta cometida contra a verdade exige reparação.
A regra de ouro ajuda a discernir, nas situações concretas, se convém ou não revelar a verdade àquele que a pede.
“O sigilo sacramental é inviolável”. Os segredos profissionais devem ser guardados. As confidências prejudiciais a outros não devem ser divulgadas.
A sociedade tem direito a uma informação fundada na verdade, na liberdade e na justiça. É conveniente que se imponha moderação e disciplina no uso dos meios de comunicação social. As artes, mas sobretudo a arte sacra, têm em vista, “por natureza, exprimir de alguma forma nas obras humanas a beleza infinita de Deus e procuram aumentar seu louvor e sua glória na medida em que não tiverem outro propósito senão o de contribuir poderosamente para encaminhar os corações humanos a Deus”.

9º MANDAMENTO
NÃO DESEJAR A MULHER DO PRÓXIMO
“Todo aquele que olha para uma mulher com desejo libidinoso já cometeu adultério com ela em seu coração” (Mt 5,28).
O nono mandamento adverte contra a cobiça ou com concupiscência carnal.
A luta contra a cobiça carnal passa pela purificação do coração e a prática da temperança.
A pureza do coração nos permitirá ver a Deus e nos permite desde já ver todas as coisas segundo Deus.
A purificação do coração exige a oração, a prática da castidade, a pureza da intenção e do olhar.
A pureza do coração exige o pudor que é paciência, modéstia e discrição. O pudor preserva a intimidade da pessoa.

10º MANDAMENTO
NÃO COBIÇAR AS COISAS ALHEIAS
“Onde está teu tesouro, aí estará teu coração” (Mt 6,21).
O décimo mandamento proíbe a ambição desregrada, nascida da paixão imoderada das riquezas e de seu poder.
A inveja é a tristeza sentida diante do bem de outrem e o desejo imoderado de dele se apropriar. É um vício capital.
O batizado combate a inveja pela benevolência, a humildade e o abandono nas mãos da Providência divina.
Os fiéis de Cristo “crucificaram a carne com suas paixões e com concupiscência” (Gl 5,24); são conduzidos pelo Espírito e seguem seus desejos.
O desapego das riquezas é necessário para entrar no Reino dos Céus. “Bem-aventurados os pobres de coração”.
Eis o verdadeiro desejo do homem: “Quero ver a Deus”. A sede de Deus é saciada pela água da Vida Eterna.