quinta-feira, 4 de junho de 2015

Não pergunte o “por quê”, mas o “para que”

Você consegue ver utilidade no sofrimento?
Muitas vezes em nossa vida acontecem situações em que ficamos inconformados e não encontramos explicação para o sofrimento que elas nos causam e então perguntamos por quê isso aconteceu comigo? Por quê justamente eu.
LEIA ESSA HISTÓRIA.
Talvez sim, talvez não

Um dia um fazendeiro da aldeia foi pedir ajuda a um sábio e disse:
- Homem sábio, ajude-me. Uma coisa horrível me aconteceu. Meu boi morreu, e eu não tenho outro animal para me ajudar a arar o campo! Esta não foi a pior coisa que poderia me acontecer?
- O homem sábio respondeu:
- Talvez sim, talvez não.
O fazendeiro correu de volta para a aldeia e contou a seus vizinhos que o homem sábio ficara maluco. Estava claro que aquilo era a pior coisa que podia
ter-lhe acontecido. Por que ele não percebia isso?
No dia seguinte, entretanto, um cavalo jovem e forte foi visto nas proximidades da fazenda do homem. Como ele não tinha nenhum boi para ajuda-lo, teve a idéia de aproveitar o cavalo no lugar do boi. Que felicidade para o fazendeiro!
Arar o campo nunca tinha sido tão fácil. Ele voltou então ao homem sábio para se desculpar:
- Você estava certo, perder meu boi não foi a pior coisa que poderia me acontecer. Foi uma bênção disfarçada! Eu nunca poderia ter capturado o meu novo cavalo se não fosse aquele fato. Você há de concordar que essa foi a melhor coisa que poderia ter acontecido.
O homem sábio tornou a dizer.
- Talvez sim, talvez não.
"De novo não", pensou o fazendeiro. "Agora não há dúvidas de que o homem sábio está enlouquecendo".
Mais uma vez, porém, o fazendeiro não sabia o que o aguardava. Alguns dias mais tarde voltou ao homem sábio com a seguinte notícia:
- Meu filho estava andando a cavalo, caiu e quebrou a perna. Agora não pode mais me ajudar na colheita. O senhor há de concordar comigo que essa foi a pior coisa que me poderia acontecer, não acha?
E o sábio respondeu:
- Talvez sim, talvez não.
O fazendeiro ficou decepcionado com o sábio e pensou: "Coitado! Ele já está velho e não sabe mais aconselhar. Claro que esta foi a pior coisa que me poderia ter acontecido!" Passados uns dias, chegaram tropas no vilarejo para levar todos os homens jovens e saudáveis para uma guerra que tinha acabado de estourar.
O filho do fazendeiro foi o único jovem que não teve que ir. E então o fazendeiro entendeu que aquela também não havia sido a pior coisa que lhe tinha acontecido.


Reflexões:
• Existe algo na sua vida que você ainda não se conformou?
• Na sua vida existiram ou existem situações que por mais que você pergunte "por quê", não encontra resposta?
Conclusão: Se procurarmos a utilidade dos fatos, veremos significado em tudo o que nos acontece. A vida é como um quebra cabeça, cada situação tem seu lugarzinho certo. Às vezes precisamos de paciência para encontrar o lugar certo de cada pecinha. Mas pode ter certeza todas elas têm o seu lugar e formará uma linda figura.
No momento podemos não entender o significado, mas se trocarmos a pergunta do “por quê” pelo “para quê” estaremos abertos à resposta.

História conclusiva:

Tudo concorre para o bem


Um rei tinha um súdito muito fiel que o acompanhava em todas as suas atividades. Esse súdito tinha o costume de por tudo agradecer a Deus.
Certo dia estando o rei e seu fiel súdito numa caçada, uma feroz onça os atacou, na luta contra o animal, o rei acabou perdendo um de seus dedos. Depois de se livrar da onça, o súdito socorreu o rei e ao perceber que o rei estava sem o dedo, levantou as mãos para o céu e deu graças. O rei enfurecido por tal procedimento, mandou chamar os guardas e prender aquele súdito atrevido. Pois, julgara uma afronta tal agradecimento.
Os guardas obedecendo a Sua Majestade, jogaram o pobre súdito na prisão.
O rei recuperado dos ferimentos prosseguiu suas atividades, porém agora sozinho.
Alguns dias depois andando pela floresta, avistou um lugarejo onde uma tribo de índios dançava e cantava. Envolvido por aquele curioso espetáculo foi aproximando-se. Quando de repente aqueles índios o avistaram e vieram em sua direção.
Eram índios canibais e estavam justamente naquele momento fazendo um ritual.
Logo o amarraram e puseram-no deitado na lenha, onde seria oferecido aos deuses. O rei desesperado mexia as mãos amarradas, pedindo que tivessem calma. Neste momento um dos índios notou a falta do dedo do rei e logo anunciou para a tribo, que aquele homem não servia para o sacrifício, pois já havia sido prato de algum outro animal. E assim soltaram o rei.
Este então, percebendo a benção que havia sido perder seu dedo, mandou soltar seu súdito pedindo-lhe perdão.
- Majestade, não me peça perdão, pois eu sou quem devo agradecer-lhe por ter mandado me prender. Se eu não estivesse preso, com certeza estaria com Vossa Majestade naquela tribo e seria eu a ser sacrificado pelos índios, pois a mim não falta dedo algum.



Para entendermos o significado dos acontecimentos, basta ter paciência de esperar o tempo nos revelar.
Dicas práticas como proposta para a semana:
• Procure trocar a pergunta “porquê”por “para que”.
• Quando acontecer situações desagradáveis na sua vida, não reclame, procure escutar o recado que elas trazem.
Não pergunte o “por quê”, mas o “para que”.


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