Por Padre Zezinho
Eu já tive milhares de companheiros e colegas.
Dentre eles, fiz centenas de bons amigos. Mas nem todas as amizades duraram.
Algumas pareciam sólidas como rochas, mas não resistiram aos tempos às circunstâncias.
Assim sobraram poucos amigos de infância, pouquíssimos amigos de escola, poucos amigos de adolescência, poucos amigos de juventude.
E pensar que a gente brincava todos os dias, via-se todos os dias e não saia da casa um do outro... De repente, outros afetos, outros amigos, outros interesses, outro tipo de vida, longos anos de distância e mil preocupações da vida nos afastaram totalmente.
Agora não sei onde andam e os que vejo aqui e acolá são amigos de "Bom dia"...Mas nada acontece. A gente se respeita e se admira, mas a amizade de infância, de juventude não volta. Mudaram eles ou mudei eu?
Ou foi a vida que nos mudou a todos?
Restam algumas amizades fiéis que resistem a tudo... O que sei é que fiz muitos amigos e não conservei aquelas amizades. De bons amigos que éramos, somos hoje bons conhecidos que se saúdam de passagem e se respeitam.
Às vezes nem isso. Crescemos e nossa amizade ficou lá no passado. E eu digo a mim mesmo:
"Feliz o homem que sabe cultivar sua roseira! Talvez não seja tarde... Roseiras velhas também produzem rosas lindas e viçosas. Basta recultivá-las..."
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