domingo, 1 de novembro de 2009

Todos os santos e Finados

Apesar da Festa de Todos os Santos acontecer no dia 01/11, liturgicamente a sua comemoração é transferida para o domingo imediatamente posterior àquele dia, de modo que, a missa dominical seja o espaço comum de celebração de uma festa para qual todos nós somos convidados. Celebrar a Festa de Todos os Santos é celebrar a festa do céu, que pode ser refletida aqui na terra através desses exemplos de vida, que só nos trazem a certeza de que nós também podemos fazer de nossas vidas santas.

            O que leva alguém a ser santo?
Precisamos assumir o nosso ser cristão. E o que significa trazer no peito o nome de cristãos? Ser cristão não é somente um título bonito, ou uma foto no álbum, ou uma data a ser recordada, mas é algo que caracteriza o nosso modo de viver, de dialogar, de ser e agir na sociedade, na família, na comunidade.
Trata-se de um chamado divino: “Sede santos, porque o vosso Deus é santo”. Mas, em que consiste esse ser santo?
Para alguns significa algo ultrapassado que nem cabe refletir.
Para outros, talvez, seja algo tão distante que não é possível atingir e, por isso, desistem e continuam conformados com uma vida cristã mais acomodada, marcada pela rotina.
Outros acreditam que ser santo está intimamente ligado a um desenfreado esforço humano, caracterizado por jejuns exagerados, horas prolongadas de oração, e especialmente, por um afastamento quase total de tudo o que esteja ligado às “coisas do mundo”.

Ser santo não é nada extraordinário; é simplesmente viver profundamente o nosso ser batizado com suas implicações. Quais? Ser cristão é um dom e tarefa, por isso, ao mesmo tempo em que é uma graça recebida de Deus, este conta também a nossa colaboração: a nossa constante conversão e o nosso desejo renovado de responder ao projeto que Deus tem para nós e para nossos irmãos e irmãs.
 Ser santo é viver a liberdade dos filhos de Deus e, não como escravos/as de interesses mesquinhos, na luta pelo poder, na discriminação das outras pessoas, no individualismo, na falta de perdão, deixando - nos guiar pelas nossas paixões (rancor, ódio, egoísmo).
Antes, ser santo é entregar-se totalmente à vivência do amor mútuo, no total acolhimento do outro, na misericórdia, na solidariedade. Tais gestos e atitudes reproduzem em nós as atitudes de Deus, que é Amor, Justiça, Vida, Solidariedade. É exatamente nisso que consiste a santidade. Trata-se, pois, de algo possível. É um ideal que corresponde ao desejo mais profundo de todo ser humano, de refletir em sua vida a imagem do seu Criador e Senhor.

            Os santos foram pessoas como nós, com qualidades e defeitos também. Mas, com um grande desejo de perfeição que os impeliram a praticar virtudes heróicas e por isso foram canonizados, declarados santos pela Igreja. O amor que eles tinham por Deus fez com superassem seus defeitos.
            Muitos foram perseguidos e torturados. Muitos foram excluídos da sociedade. Muitos, martirizados. Todos, contudo, traziam em seu coração a certeza, a alegria e a paz só conhecidas por aqueles que amam a Deus.
            Ainda hoje encontramos santos no nosso meio. Santos que fazem parte de uma história recente quer já tenham nos deixado ou não. Podemos encontrar nessas pessoas o mesmo ardor que encontramos naqueles santos já reconhecidos. São santos de nossos dias...
           
A intercessão dos santos: "Pelo fato de os habitantes do Céu estarem unidos mais intimamente com Cristo, eles intercedem por nós ao Pai, apresentando os méritos que alcançaram na terra pelo único mediador de Deus e dos homens, Cristo Jesus. Por conseguinte, pela fraterna solicitude deles, nossa fraqueza recebe o mais valioso auxílio".                                                                                                     

Como os Santos e Anjos ficam sabendo de nossos pedidos?
Eles não são oniscientes; somente Deus sabe tudo. A resposta é: através de Deus. Uma vez que eles estão em comunhão com Deus, participam de sua natureza divina, podem através de Deus conhecer nossos pedidos. Mal comparando é com se Deus funcionasse como uma fantástica “central de informações” a todos eles. Por causa dos méritos dos santos Deus ouve as suas preces em nosso favor. Os Santos, mesmo sem serem oniscientes, recebem, através de Deus os nossos pedidos, e nos atendem.
FINADOS
            _ A celebração de Finados é um convite a pensar sobre a vida e no ato de entrega da mesma, que iremos fazer um dia;
_ Recorda a fragilidade e ajuda-nos a trilhar os caminhos do essencial. Nada levamos, apenas fica o bem que fazemos.
            Conforme a promessa, na casa do Pai há muitas moradas, diz Jesus (Jo 14, 2-7).    
           
De volta a casa paterna
A morte coexiste com a vida e consiste num dos grandes mistérios que ao ser humano não é possível desvendar. O depois da morte não sabemos, porque nossos ancestrais, amigos e familiares nunca voltaram e nem deram sinais. Há um silêncio abissal, angustiante e a saudade se prolonga pelo tempo com a esperança do encontro. Então, o conceito de vida pós-morte, não seria apenas um subterfúgio, uma metáfora ou um eufemismo para nos livrar da dura realidade que é a morte? Não, conforme os ensinamentos da fé cristã! A verdade é que a nossa fé arremessa-nos para a crença na vida nova, de modo que a morte não passa a ser o abismo intransponível, mas o desvelamento de um novo ser humano habitante em Deus e que tem nele uma vida nova.
De fato, a morte faz-nos refletir sobre a vida, e quanto mais intensamente vivermos, mais teremos uma existência autêntica perante o mundo que habitamos. Do ponto de vista da fé cristã, viver autenticamente consiste em valorizar a vida como dádiva e vivê-la dignamente, bem como compartilhá-la com o próximo, na sua profunda totalidade. A existência inautêntica é a banalização da vida, desvalorizada, sem sentido, legada ao vazio existencial.
Se afirmamos crer na vida pós-morte e isso professamos, devemos perguntar-nos como estamos preparando-nos para a ressurreição. Caímos no risco de deixá-la para o amanhã e esquecermos das experiências de ressurreição em nosso cotidiano: o sol que a cada dia levanta no horizonte, o despertar de cada dia, a flor que desabrocha, a vida que nasce, o sorriso que se abre, a doença curada, a esperança de um dia melhor, a utopia do amor que dispensamos a quem amamos e perdoamos. Assim, a ressurreição acontece, em primeiro lugar, na simplicidade das pequenas coisas da vida (Fr. Rogério Gomes).

            Ler: Mt 25, 1-13.
            Resta-nos a espera e a prudência das virgens, pois quando o noivo chegar seremos chamados a ir com ele para caminhos desconhecidos, mas de coração tão alegre, porque vivemos tão intensamente a vida nesta terra que agora podemos entregá-la como um grande tesouro ao Criador, que nos criou e, por nos amar incomensuravelmente, nos quer novamente junto Dele.
           
            Por que foi escolhido o dia 02 de novembro?  
Parece que por causa da festa do dia primeiro. Tendo a Igreja celebrada a recordação de todos os que já estão no céu, Festa de Todos os Santos, era natural que logo no dia seguinte os cristãos se lembrassem dos irmãos que ainda se purificam no Purgatório.
           
            Em muitas paróquias continua um costume bastante antigo, de se consagrar cada segunda-feira à oração pelos mortos. Sabe por quê? É que antigamente havia a crença popular segundo a qual, no domingo, as almas do Purgatório não sofriam. Em honra da Ressurreição de Cristo, as pobres almas teriam esse dia de descanso. Mas, segunda-feira pensava o povo, recomeçavam a sofrer. Por isso os sufrágios especiais.
           
            No Dia de Finados os cemitérios cobrem-se de FLORES.
            As flores são um modo carinhoso de demonstrarmos a nossa saudade, o amor que ainda nos une àqueles que Deus já chamou a si.
            As flores, com sua beleza são também um símbolo da vida. Da vida eterna que todos esperamos. A flor nasce mesmo entre as pedras.
             A flor, sobre uma sepultura, é proclamação de fé: acreditamos, temos certeza que da morte iremos desabrochar também para uma vida nova. Como diz S. Paulo, nosso corpo é sepultado como semente confiada a terra.

            VELAS ao pé do Cruzeiro, velas junto aos túmulos. Por quê?
            _ A luz afasta as trevas, é sinal de vida, é sinal de verdade, é sinal de esperança.
            _ A vela é símbolo usado em nosso:
            Batismo: símbolo da fé para a qual renascemos;
            Na primeira comunhão: ela está presente na demonstração de crescimento da fé;
            No leito da agonia: antigamente, colocava-se uma vela na mão do agonizante, numa recomendação de que, com o corpo, entregasse também sua alma a Deus. Nos dias de hoje, elas permanecem, durante o velório, ao lado do morto.
_ No cemitério, a vela continua sendo um modo de mostrarmos nossa fé, nossa esperança.
           
ORAÇÕES: A Bíblia Sagrada nos orienta sobre a importância de rezarmos pelos que partiram, chamando esse procedimento de piedoso, belo e santo 2Mc 12.
Ú E nossa Igreja também orienta que o modo eficaz de rezar por eles é através da Santa Missa, orações, esmolas e outros atos religiosos.

ù A união entre os santos do céu, as almas do purgatório e os fiéis da terra e chamada “Comunhão dos Santos”.
            ù Lembremo-nos de que a Santa Igreja de Deus, considerada como um todo está composta de três segmentos:
ù A Igreja Militante (na Terra), a Igreja Triunfante (no Céu) e a Igreja Padecente (no Purgatório).
ù Essa tríplice Igreja constitui o Corpo Místico de Jesus Cristo, e as almas do Purgatório não são menos seus membros do que os fiéis na Terra e os eleitos no Céu.

            U O estado das almas do purgatório é de absoluta impotência.
            U A Igreja, querendo que não nos esqueçamos das almas, consagrou um dia inteiro todos os anos à oração pelos finados.
            U Determinou que em todas as missas houvesse uma recomendação e um momento especial pelos mortos.
            U Como são esquecidos os mortos! Nos funerais: lágrimas, soluços, flores. Depois, um túmulo e o esquecimento. Morreu... Acabou-se!
            U  Se cremos na vida eterna, cremos no purgatório. E se cremos no purgatório, oremos pelos mortos.
Somente Maria encontra-se com seu corpo ressuscitado no céu. Todos os outros corpos estão na terra esperando a ressurreição. Só a alma está no céu.
A Comunhão dos SantosIntercessão dos Santos: Tb 12,12; 2Mc 15,14; Ap 5,8; 8,4. Milagres operados por intermédio de relíquias: At 5,15; 19,11-12. Orar uns pelos outros: Jr 15,1; At 12,5; Rm 15,30; 2Cor 13,7; Ef 6,18; Cl 4,3; 1Ts 5,25; 2Ts 3,1; Hb 13,18; Tg 5,16. Os Santos estão nos céus: 1Ts 3,13; Hb 11,40; 12,23; 1Pd 3,19; Ap 6,9. Somos rodeados pelos Santos: Hb 12,1. Todos são chamados a serem santos: Ef 1,4-6.12.14. Unidade de todos os cristãos: Jo 15,5; Rm 12,4; 1Cor 6,12-20; 10,17; 12,4-27; Ef 2,19; 5,30; Cl 1,18.24; 2,19; 3,15.

A Alma e sua Imortalidade - A salvação: Tg 1,21; 5,20; 1Pd 1,9. A tentação durante a vida sujeita a alma: 1Pd 2,11; 2Pd 2,14. As almas dos justos herdam os céus: Sb 3,1; Ap 6,9; 8,3; 20,4. Confiada aos cuidados de Deus após a morte: Sl 31,5; At 7,59; 1Pd 4,19. É distinta do corpo material: Mt 10,28; At 2,27; 1Ts 5,23; Hb 4,12. Foi criada à imagem de Deus: Gn 1,26-27; 1Cor 11,7; Cl 3,10. Foi criada por Deus: Gn 2,7; Ecl 12,7; Is 57,16; Zc 12,1. Nada compensa a perda da alma: Mt 16,26; Mc 8,36. Se separa do corpo na hora da morte: Gn 35,18; Ecl 12,7; Lc 12,20. Sobrevive à morte do corpo: Gn 35,18; 1Sm 28,19; 1Rs 17,22; Mt 10,28; Lc 8,55.



sábado, 1 de agosto de 2009

AGOSTO É O MÊS DAS VOCAÇÕES

VOCAÇÃO: Chamado de Deus para uma missão.
Primeiramente somos chamados à vida, a ser gente. No momento da concepção e do nascimento realiza-se esta vocação.
Depois, num determinado momento, somos chamados a seguir Jesus. O momento inicial deste chamado é O batismo, onde recebemos a vocação cristã. No batismo, o cristão assume viver sua fé comunitariamente, e a viver na família de Jesus.
Depois de ter chamado o homem para a vida, Deus torna a chamá-lo, porque há muitas coisas que Deus deseja fazer no mundo através do homem. Deus não quer mais agir sozinho. Por isso, quando Deus chama, Ele chama para pedir alguma coisa, confiar alguma missão.

COMO SE MANIFESTA UMA VOCAÇÃO?
Os fatos falam para quem sabe ouvi-los. Há indivíduos que passam ao longo da vida sem encontrar motivações para viver. Isso porque ficam surdos à voz de Deus que fala no recolhimento da oração e também nos acontecimentos da vida. "Deus fala continuamente, muitas vezes e de muitos modos" (Hb 1,1). É importante saber ler e interpretar tudo aquilo que se passa ao redor, para descobrir o plano de Deus a nosso respeito. Realizar o plano de Deus é realizar a própria felicidade.
Todos nós somos convidados a colaborar com Jesus na construção do Reino: “Ide também vós para a vinha” Mt 20,4 (vinha = mundo). Jesus vai ao encontro das pessoas, lá onde elas se encontram, e ali as convoca para o trabalho da vinha.
Precisamos ser presença de Cristo nas diversas realidades: na família, na política, na economia, na roça, na cidade, no volante, na escola, nas festas, nas associações, isto é, em todos os momentos da vida.

VOCAÇÃO NA IGREJA: Na Igreja existe uma variedade de serviços (ministérios). Cada cristão tem uma função própria a desempenhar dentro da Igreja. Deus deseja que todos sejamos felizes e realizados. Mas, para que isso aconteça, Ele nos chama a partilhar nossos dons e capacidades com a comunidade, mediante a realização de determinado serviço (...). É sempre Ele que nos chama, mas a decisão de responder SIM, Ele deixa por nossa conta. “Por que estais aí o dia inteiro desocupados”?
Cada vocação na igreja é um carisma, isto é, um dom de Deus, que deve ser colocado a serviço de toda a comunidade e de todos os homens. Importa cada um de nós descobrirmos qual o serviço (ministério) que Deus espera de mim. Cada vocacionado tem seu tempo, sua hora.
A Igreja é a mãe das vocações. Precisamos freqüentá-la para descobrir nossa vocação. Nela todos somos convocados, recebemos uma vocação, e somos chamados a agir, para isso precisamos fazer muita oração. 


VOCAÇÃO
Chamado de Deus, para uma missão, que se origina na pessoa como uma reação-aspiração do ser.
Preocupação exclusiva: o “ser”, o amor e o serviço.
É para sempre.
É vivida 24 horas por dia.
Não tem remuneração ou salário.
Não tem aposentadoria.
Quando não é vivida, falta a felicidade.
Na vocação eu vivo.
Vivida na fidelidade e na alegria confere ao exercício da profissão uma beleza particular e é caminho de santidade.

PROFISSÃO
Aptidão ou escolha pessoal para exercer um trabalho.
Preocupação principal: o “ter” o sustento na vida.
Pode ser trocada.
É exercida em determinadas horas.
Tem remuneração.
Tem aposentadoria.
Quando não é exercida, falta o necessário para viver.
Na profissão eu faço.
Dignifica a pessoa quando é exercida com amor, espírito de serviço e responsabilidade.



VOCAÇÃO É UM GRANDE CHAMADO QUE DEUS FAZ A CADA UM DE NÓS. TRATA-SE DE UM CHAMADO À SANTIDADE. DEUS CHAMA E NOS DÁ TAMBÉM OS CARISMAS E AS QUALIDADES DE QUE PRECISAMOS PARA ASSUMIRMOS ESTE CHAMADO.

ALGUNS VOCACIONADOS
VOCACIONADO                                                                                                     MISSÃO
ZACARIAS                                              chamado no templo para ser pai e educador do profeta João batista
IZABEL                                                    chamada para ser mãe e educadora de João batista
MARIA                                                     chamada para ser mãe e educadora de Jesus
JOÃO BATISTA                                      chamado desde o ventre materno para ser profeta e preparar a vinda                                                                  de Jesus
JESUS                                                     chamado a ser o messias, salvador libertador do mundo.
PEDRO                                                    chamado a ser apóstolo de Jesus e liderar a igreja
PAULO                                                     chamado a se tornar um missionário da boa nova.

Na nossa Igreja, NO MÊS DE AGOSTO, dedicamos a cada domingo nossas orações para um tipo de vocação. Vamos ver em qual delas vocês vão se enquadrar.

1º DOMINGO: VOCAÇÃO SACERDOTAL: DIÁCONOS, PADRES E BISPOS.
            São pessoas escolhidas do meio do povo, para servir o próprio povo.
Chamamos o sacerdote de padre, que quer dizer pai.
O padre é nosso pai espiritual. Desde o batismo o sacerdote acompanha seus fiéis (filhos espirituais) durante toda a vida, até a hora da morte.
            A vocação sacerdotal é um chamado ao pastoreio. O pastor ideal é aquele que é capaz de guardar, defender, orientar, santificar, ensinar, acolher e amar profundamente seu rebanho.
Os sacerdotes agem no lugar de Cristo.

A missão do padre:
Þ  Pregar a Palavra de Deus;
Þ  Oferecer o sacrifício da eucaristia;
Þ  Ministrar os sacramentos;
Þ  Colocar-se a serviço da comunidade;
Þ    Animar e encorajar o povo;
Þ Levar as pessoas a Cristo e Cristo às pessoas. O ministro ordenado assume em sua vida o que Jesus disse: "Assim como o Filho do Homem veio, não para ser servido, mas para servir e dar sua vida em resgate por uma multidão". (Mt 20,28)
Y Sem os sacerdotes nossos Sacrários estariam vazios.
Y  Eles vivem com os irmãos na alegria e no sofrimento.
Y O sacerdote é outro Cristo. Eles continuam na terra a missão do Cristo Redentor.
Y Ser padre é servir. É aceitar desafios. É renunciar muitos valores para servir a Deus e aos irmãos com tempo integral e com dedicação completa. É para atender melhor a seus filhos que o padre renuncia ao matrimônio.

            Jesus Cristo é o único e eterno Sacerdote. Na missa, o padre está agindo na pessoa de Cristo. Quando o padre consagra o pão e o vinho é o próprio Jesus que está consagrando. Por isso, o padre tem veste própria para o culto. Para ser sinal de um momento muito especial. Ele é um homem como os outros, mas que consagra a sua vida a Deus pelo Sacramento da Ordem, recebendo daí a missão de presidir o culto divino, a Santa Missa, onde Cristo se torna presente pela Eucaristia.
Em Cristo o ministro ordenado santifica enquanto sacerdote; Anuncia o reino enquanto profeta; E une o povo enquanto rei.
É dever das comunidades darem apoio aos ordenados para vivência de seus ideais, e para o fiel desempenho do mandato divino.
Nosso compromisso para com os nossos padres:
            Þ Rezar pelos sacerdotes, pois são homens e estão sujeitos a provações.
Þ Pedir a Deus para que continuem firmes na sua vocação.
Þ Ter muito respeito para com o nosso sacerdote.
Þ Visitar o sacerdote, nos preocupar com sua saúde, pois nós somos a sua família.

O BOM PASTOR
·         Conduz as ovelhas para onde há águas e bom pasto;
·         Procura manter as ovelhas unidas, avançando juntas para sustentar os perigos, evitar os ataques dos lobos e dos salteadores;
·         Está atento às ovelhas que se perdem;
·         Cura as feridas e anima as vagarosas;
·         Chama a cada uma por seu nome e todas sabem reconhecer a voz dele.

A IMAGEM DO PASTOR: Pode ser muito bem aplicada aos diáconos, presbíteros e bispos. Como bons pastores, devem ter um amor e cuidado especial para com os mais pobres e com os que padecem injustiças.
Mc 3,13-14: “Ele chamou os que desejava escolher. Então Jesus constituiu o grupo dos Doze para que ficassem com ele e para enviá-los a pregar”.
Jesus escolhe um pequeno grupo. A missão deste grupo será: Estar com Ele, anunciar o Reino e libertar de tudo o que escraviza. Jesus continua a chamar até hoje. Escolhe os que Ele quer para uma missão em favor do seu povo.

2º DOMINGO: VOCAÇÃO FAMILIAR: OS PAIS.
Celebramos a vocação de ser pai, de constituir família. Pelo sacramento do matrimônio, os esposos fundam um lar. Prometem amor e fidelidade um ao outro, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença. Colaboram com os planos do Senhor Deus trazendo ao mundo novas vidas. E é nas famílias que crescem os seres humanos e aparecem também as vocações.
A família cristã é fonte de vocações, é o lugar de nascimento de todas as vocações, em especial da Vocação Sacerdotal. As vocações sacerdotais não brotam no vazio. Elas necessitam, normalmente, de um ambiente familiar profundamente cristão. Uma família marcada pelo comodismo, pelo consumismo, pelo desamor, dificilmente produzirá uma vocação sacerdotal. A vocação, assim como a semente, só nasce e cresce onde o terreno está preparado.
O sentido do matrimônio é viver a caridade cristã na sua forma conjugal e viver a responsabilidade humana e cristã de transmitir a vida e educar os filhos. Além disso, os esposos ajudam-se mutuamente, sendo um para o outro e para os filhos, testemunho da fé e do amor de Cristo.
SEGUNDO DOMINGO DE AGOSTO “DIA DOS PAIS”.

SÃO JOSÉ: Deus-Pai confiou-lhe tanto, a ponto de colocar sob sua custódia a VIRGEM SANTÍSSIMA e o SEU PRÓPRIO FILHO.

Nesta passagem terrena demonstrou uma Paternidade Responsável, um Amor Familiar impressionante e um Pai Trabalhador incansável para o lar e a comunidade.
São José: Desde o momento que deixou a Vida Terrena é cultuado como exemplo de Chefe de Família (Sagrada Família). É quem se encontra mais próximo de Deus depois de Maria.
JESUS CRISTO, filho de Deus, tinha grande amor para com ele. Como um filho agradecido, poderia esquecer os Benefícios de um Pai?
Acredita-se que São José morreu depois que Jesus completou 12 anos, pois daí em diante a Bíblia não fala mais dele.

VOCAÇÃO MISSIONÁRIA - “Missão” vem do latim e significa “Enviar”.
Há pessoas, não são muitas, que se sentem chamadas, como Abraão, como os Apóstolos, como Paulo, a deixar tudo para seguir Jesus de Nazaré. Elas sabem o que deixam, mas, geralmente, pouco ou nada sabem daquilo que vão encontrar. Apenas confiam. É uma atração inexplicável. Abraão não sabe bem o porquê, sabe apenas que tem que partir. Mas confia na palavra de Deus que não engana quem a colhe com fé.
Missionários: Þ São aqueles servos de Deus, padres, religiosos, leigos que em nome de toda a Igreja e de todos os fiéis assumem a missão de evangelizar os povos pagãos seguindo o Mestre manso e humilde de coração.
Þ É alguém que, por amor a Deus e aos irmãos, é capaz de deixar tudo: pais, irmãos, amigos, pátria... E caminha tranqüilo nas pegadas do Senhor.
Þ É alguém que entrega vida, tempo e energias pela salvação da humanidade.
Þ É alguém que é capaz de amar os irmãos e irmãs de todas as raças, povos e nações.
Þ É alguém que tem como casa o mundo.
Þ É alguém que nunca desanima diante das dificuldades.
Þ Há missionários, nossos irmãos, arriscando a vida pela Missão dentro e fora do país.

v Todos os vocacionados devem ser missionários. A Igreja é por sua vez, missionária.
v Ser missionário é também re-evangelizar as pessoas que, mesmo batizadas, não estão vivendo como cristãos autênticos.
O PIME (Pontifício Instituto das Missões) nasceu para que a Igreja continuasse fiel ao mandato de Cristo: "Ide pelo mundo inteiro, pregai o Evangelho a todos os povos...". O carisma do instituto, desde a sua origem, é exclusivamente orientado à evangelização dos povos e grupos ainda não cristãos. Por isso, o missionário trabalha para que o anseio missionário que Cristo nos deixou possa ser amplamente difundido, acatado e vivido mesmo que lhe custe à própria vida. As estatísticas atestam que há mais de mil missionários brasileiros trabalhando em outros continentes. Entre eles está o grupo dos missionários brasileiros do PIME que desenvolve suas atividades: no continente asiático (Japão, Tailândia e Índia); no continente africano (Guiné Bissau, na Costa de Marfim e Camarões); no continente europeu (Itália); no continente americano (México, Brasil).
v Podemos também participar da missão, ajudando a manter os missionários, pois a comunidade, ao enviar um missionário, continua responsável por ele.
            v SÃO FRANCISCO XAVIER: Padroeiro da missões;
v SANTA TEREZINHA DE LISIEUX: Padroeira das missões e dos missionários
OUTUBRO: MÊS MISSIONÁRIO

3º DOMINGO: VOCAÇÃO RELIGIOSA: FREIS E FREIRAS
            Alguns cristãos e católicos não sabem para que servem os religiosos. Não sabem e criticam. Ou falam coisas que não correspondem à verdade.
A Vocação Religiosa é também uma maneira de viver a vocação cristã, neste mundo.
            “Religiosos e Religiosas”
Þ São aquelas pessoas que, na Igreja, aceitam viver sua consagração batismal de um modo mais radical.
Þ A exemplo de Maria, Mãe de Deus e nossa, elas se consagram, sem reservas, ao serviço de Deus e ao serviço dos irmãos.
Þ Têm como característica a disponibilidade, vivem em comunidades de vida contemplativa ou ativa.
Þ E tudo por causa do Reino de Deus. Tudo para ser um sinal, ser um testemunho.
Þ Tudo através de uma consagração especial que fazem publicamente com os votos de pobreza, de castidade e de obediência.
Þ O religioso (a) com esse voto reconhecem que Deus é a única e total riqueza, e por isso aceita em sua vida uma renúncia de bens. Trata-se de uma verdadeira liberdade das coisas para maior disponibilidade no serviço de Deus.
Þ O voto de castidade é um grito ao mundo que o único amor total é Cristo.
            Você conhece alguns ou até muitos destes Religiosos e destas Religiosas. Eles e elas enchem o mundo. Vivem evangelizando os pobres. Trabalham nas escolas, nos hospitais, nos orfanatos, nas periferias das cidades, nos leprosários, nas casas de recuperação de drogados e de aidéticos, nos lares de velhinhos, nas Vilas Vicentinas, nos amparos maternais, nos mosteiros, nas comunidades... Procure valorizar, apoiar, agradecer a vocação dos Religiosos. Reze pelo aumento dessa tão importante vocação, no mundo de hoje.

4º DOMINGO: VOCAÇÃO LEIGA: POVO

            Leigo é toda pessoa batizada que segue Jesus Cristo na Igreja e escolhe viver e testemunhar sua fé no mundo secular: na família, na escola, nas profissões, na política etc. O cristão leigo quer viver no mundo à maneira de Jesus Cristo e transformar o mundo à maneira de Jesus Cristo. Ele atua não de fora, mas de dentro das várias instituições do mundo, como o fermento, a luz, o sal (Mt 5,13-16; 13,33).
O leigo é ao mesmo tempo o homem da Igreja no coração do mundo e o homem do mundo no coração da Igreja. Nos lugares onde vive e se relaciona, o leigo é muitas vezes a única presença da Igreja.
Além desta sua presença ativa no mundo, o Espírito Santo distribui entre os leigos dons e carismas para servirem mais diretamente a comunidade eclesial. São os ministérios (catequese, liturgia, ministério da Eucaristia, da palavra, do canto, da saúde, da promoção social etc).
Usamos a expressão “Leiga”, para distinguir entre um povo fiel e um diácono ou sacerdote.
Os leigos são necessários, hoje, mais do que nunca. O serviço do padre é um grande serviço e tem que ser considerado importante e indispensável, pois sem os Padres, os Bispos, o Papa, não há Igreja. Mas também não há Igreja sem o Povo de Deus, sem leigos e leigas co-responsáveis, conscientes, participativos e atuantes.
A Igreja é o povo de Deus. O povo de Deus é constituído do Clero, Religiosos e laicato. Dentro do Plano de Deus, cada qual tem a sua função, mas todos são “protagonistas”.
Todos podem colaborar na Igreja, porque todos são chamados, cada um com sua missão.


QUANDO TEM CINCO DOMINGOS NO MÊS DE AGOSTO, COMEMORAMOS O DIA DO CATEQUISTA NO QUINTO DOMINGO.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

SÃO PEDRO - SÃO PAULO

São para nós hoje personagens muito importantes da história da Igreja. Eles são as duas colunas principais da Igreja católica, e os dois maiores exemplos de fé, de lealdade, fidelidade e amor.

SÃO PEDRO
Quando Jesus começou a vida pública, ele estava passando pelo mar da Galiléia, viu Simão e seu irmão André, que estavam jogando as redes ao mar e Jesus lhes disse: “Sigam-me que eu farei vocês se tornarem pescadores de homens”.
E eles imediatamente deixaram as redes e seguiram Jesus. E foi nessa hora, que Simão conheceu Jesus.  Ele largou tudo que tinha e o seguiu durante toda sua vida pública.

O primado de Pedro
Em Mt 16, 13-19 Jesus fala a Simão: “E eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra eu edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela, e eu te darei as chaves do Reino dos céus, e tudo o que ligares na terra será ligado no céu, e tudo o que desligares na terra será desligado também no céu” (Mt 16, 13-19).
Pedro em latim quer dizer pedra, rocha. Antigamente quando Deus intervinha na vida de uma pessoa Ele mudava o seu nome, indicando que agora, Deus é seu dono. Isso significava que Jesus tinha uma missão para Pedro.
Ter as chaves: símbolo de domínio, potência e poder.
Ligar e desligar: declarar algo como lícito e como ilícito.

Aparição de Jesus aos Apóstolos (João 21)
Depois da ressurreição Jesus apareceu aos seus discípulos junto ao lago de Tiberíades, onde estavam pescando. Naquela noite, nada apanharam. Chegada à manhã, Jesus estava na praia. Perguntou-lhes Jesus: Amigos, não tendes acaso alguma coisa para comer?
Não, responderam-lhe. Disse-lhes ele: Lançai a rede ao lado direito da barca e achareis. Lançaram-na, e já não podiam arrastá-la por causa da grande quantidade de peixes. Ao saltarem em terra, viram umas brasas preparadas e um peixe em cima delas, e pão. Disse-lhes Jesus: Trazei aqui alguns dos peixes que agora apanhastes. Subiu Simão Pedro e puxou a rede para a terra, cheia de cento e cinqüenta e três peixes grandes. Apesar de serem tantos, a rede não se rompeu. Disse-lhes Jesus: Vinde, comei.
Profissão de amor de Pedro:
Tendo eles comido, Jesus perguntou a Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-me mais do que estes? Respondeu ele: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Apascenta os meus cordeiros. Perguntou-lhe outra vez: Simão, filho de João, amas-me? Respondeu-lhe: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Apascenta os meus cordeiros. Perguntou-lhe pela terceira vez: Simão, filho de João, amas-me? Pedro entristeceu-se porque lhe perguntou pela terceira vez: Amas-me? E respondeu-lhe: Senhor, sabes tudo, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Apascenta as minhas ovelhas.
Ovelhas e cordeiros são os cristãos, toda Igreja de Jesus.
Apascentar: significa governar, dirigir, defender, confirmar.

Depois que Jesus subiu aos céus, Pedro dirige e governa a igreja:
- Preside e dirige a escolha de Matias para o lugar de Judas Iscariotes (At 1,1-25).
- É o primeiro a anunciar o Evangelho no dia de Pentecostes (At 2,14).
- Testemunha diante do sinédrio a mensagem de Cristo (quando foi preso juntamente com João, por falar de Cristo Ressuscitado, falou sem medo e foram soltos) (At 4,8).
- Acolhe na Igreja o primeiro pagão, (indivíduo que não foi batizado) Cornélio (At 10,1).
- Fala no Concílio dos Apóstolos, em Jerusalém, e decide sobre a questão da circuncisão (pregadores não aceitaram decisão de Paulo o qual teve que mandá-lo a Pedro At 15,7-12).
- Pedro fundou as principais Igrejas. Ensinou primeiro na Palestina, depois foi para Antioquia e depois para Roma para fixar ali o centro de todas as Igrejas.
- Pedro, em nome de Jesus, fazia muitas curas: Curou um coxo, um paralítico, ressuscita Tábita. Muitas pessoas se convertem com a sua pregação. Muitas pessoas traziam os doentes para as ruas e punham-nos em macas, para que quando Pedro passasse, ao menos a sua sombra cobrisse algum deles.
- Pedro foi muitas vezes perseguido, mas teve muita fé e conseguiu superar todas as perseguições e crueldade daquela época contra os cristãos. (Atos dos apóstolos).

Deus liberta Pedro da prisão
Naqueles dias, o rei Herodes Agripa I, prendeu alguns membros da Igreja, para torturá-los. Mandou matar a espada Tiago, irmão de João. E, vendo que isso agradava aos judeus, mandou também prender a Pedro. Colocaram-no na prisão, guardado por quatro grupos de soldados, com quatro soldados cada um. Herodes tinha intenção de apresentá-lo ao povo, depois da festa da Páscoa. Enquanto Pedro estava na prisão, a Igreja rezava continuamente a Deus por ele.
Naquela mesma noite, Pedro dormia entre dois soldados, preso com duas correntes; e os guardas vigiavam a porta da prisão. Eis que apareceu o anjo do Senhor e uma luz iluminou a cela.
O anjo tocou o ombro de Pedro, acordou-o e disse: “Levanta-te depressa!” As correntes caíram-lhe das mãos. O anjo continuou: “Coloca o cinto e calça tuas sandálias!” Pedro obedeceu e o anjo lhe disse: “Põe tua capa e vem comigo!”
Pedro acompanhou-o, e não sabia que era realidade o que estava acontecendo por meio do anjo, pois pensava que aquilo era uma visão. Depois de passarem pela primeira e segunda guarda, chegaram ao portão de ferro que dá para a cidade. O portão abriu-se sozinho. Eles saíram, caminharam por uma rua e logo depois o anjo o deixou.
Então Pedro caiu em si e disse: “Agora sei, de fato, que o Senhor enviou o seu anjo para me libertar do poder de Herodes e de tudo o que o povo judeu esperava!”.

Morte de são Pedro – Nero foi acusado de ter provocado o incêndio de Roma, no ano de 64, a pretexto do qual moveu intensa perseguição aos cristãos e Pedro foi preso. Naquele tempo, a morte de cruz era a maior humilhação que o povo judeu sofria, mas só os judeus podiam ser crucificados. Pedro foi condenado e levado para fora dos muros de Roma para o martírio. Morreu crucificado de cabeça para baixo, pois não se achava digno morrer na mesma posição de Jesus, seu Mestre. A basílica atual foi construída sobre os alicerces de uma outra, que o imperador Constantino o Grande mandara erguer entre os anos 326 e 333 sobre o túmulo do apóstolo Pedro, na colina do Vaticano, antigo local do circo de Nero.

Os apóstolos receberam os poderes de pregar, ensinar e governar, diretamente de Jesus: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura” Mc16, 15.  
Eles transmitiram esses poderes aos seus sucessores, e estes a outros ainda, até nós, para o bem, a unidade e o aumento da Igreja.
O Papa é o sucessor de Pedro que continua governando e dirigindo a Igreja. Portanto onde há..........................., Aí há a Igreja de Jesus Cristo.
Toda nação deve ter um chefe supremo. Do contrário haverá anarquia. A Igreja de Jesus é a maior organização jamais vista. É o maior povo.
            Os sucessores dos apóstolos atestam claramente a superioridade de Pedro e seus sucessores: Tertuliano disse: A Igreja foi construída sobre Pedro. S.Cipriano disse: Sobre um só foi construída a Igreja: Pedro. S. Ambrósio disse: Onde há Pedro, aí há a Igreja de Jesus Cristo.
Os Bispos são sucessores dos apóstolos. Os Padres são colaboradores.
(A transmissão dos poderes é feita pela imposição das mãos e invocação do Espírito Santo: “Não descures o dom que está em ti e que te foi conferido por designação profética, com a imposição das mãos do colégio dos anciãos” (1Tm4,14).

PAPA BENTO XVI - Benedetto em italiano
Dia 19 de abril de 2005, foi eleito como sucessor de João Paulo II, o cardeal Joseph Ratzinger, que escolheu para si o nome de Bento XVI. Ele nasceu em 16 de abril de 1927, na Baviera, sul da Alemanha, na cidade de Marktl am Inn. Filho de uma família de agricultores, ainda que seu pai fosse policial. No final da guerra de 1939-1945, foi convocado para o serviço militar. Publicou diversas obras teológicas. PAPA BENTO XVI é o 265º sucessor de Pedro.

SÃO PAULO
Seu nome era Saulo e fabricava tendas de tecido de pêlo de cabra.
Saulo conhecia a história de Jesus, que violava a lei, os costumes, acolhia os excluídos da sociedade, se dizia Filho de Deus e tinha morrido na cruz como se fosse um malfeitor.
Um dia ele soube que havia homens, mulheres e crianças seguindo os ensinamentos de Jesus. Começou então uma luta pessoal contra os seguidores de Jesus. Começou a perseguir os cristãos que acreditavam em Jesus Cristo. Prendia-os e tornava-os escravos.
(Atos 9,1-19) Um dia pediu aos sacerdotes, cartas para as sinagogas de Damasco, a fim de levar presos a Jerusalém todos os homens e mulheres que achasse seguindo essa Doutrina. E quando estava a caminho de Damasco, para prendê-los, teve uma visão. Foi cercado por uma luz que veio do céu e caiu por terra. E ouviu uma voz que dizia:
 - Saulo, Saulo, por que me persegues? E Saulo perguntou: Quem és tu Senhor? E a voz lhe respondeu: Eu sou Jesus, a quem você persegue. - Que queres que eu faça? - Levanta-te, entra na cidade, que lhe dirão o que fazer.
E Saulo, naquele momento ficou cego. Os homens que o acompanhavam tomaram-no pelas mãos e o levaram à Damasco, onde ficou três dias sem ver, sem comer nem beber.
Em Damasco, havia um homem chamado Ananias, e Jesus, numa visão lhe disse para ir numa casa ao encontro de Saulo e colocasse as mãos em seus olhos para que ficasse curado.
Mas Ananias disse ao Senhor: - Senhor, eu já ouvi muita gente falar desse homem, e do mal que ele faz aos teus fiéis em Jerusalém, e aqui em Damasco ele irá prender todos os que invocarem teu nome.
Mas Jesus disse a Ananias: Vá porque esse homem é um instrumento que escolhi para anunciar o meu nome aos pagãos, aos reis e ao povo de Israel.
 Ananias entrou na casa de Judas, onde estava Saulo, impôs-lhe as mãos e disse: Saulo, Jesus enviou-me para que recobres a vista e fiques cheio do Espírito Santo. E Saulo ficou curado. Levantou-se, foi batizado e converteu-se ao cristianismo. Conversão de Paulo cerca do ano 33 a 37.

Depois de batizado, Saulo permaneceu alguns dias com os discípulos em Damasco, freqüentando a sinagoga para pregar Jesus e testemunhar: “Ele é o filho de Deus!”
As pessoas que o viam falavam “Não é este o mesmo que veio aqui para prendê-los”?
Saulo, porém, não ligava e continuava pregando.
Para melhor aprofundar a religião Cristã, Saulo dirigiu-se a um lugar solitário. Escolheu o deserto da Arábia, onde permaneceu três anos. Passava os dias entregue à oração e ao estudo da Bíblia. Neste período teve visões e Jesus revelou-lhe diretamente sua doutrina.
Depois de três anos Saulo retornou a Damasco para pregar. Ninguém mais duvidou da sua conversão à Cristo.
Mas logo os judeus começaram ameaçá-lo e teve que fugir de Damasco com a ajuda dos discípulos. Esconderam-no num cesto e desceram-no à noite pelos muros.
Depois Saulo e os discípulos foram para Jerusalém, encontrar-se com os apóstolos e os lugares em que Cristo fora morto e ressuscitara. Em Jerusalém os cristão tinham muito medo dele, mas Barnabé ficou seu amigo e o apresentou aos demais discípulos.
Saulo conheceu Tiago e Pedro, que o acolheram como irmão. Começou a pregar em Jerusalém e as autoridades também começaram a ameaçá-lo de morte. Então Pedro o aconselhou a partir para Tarso.

A Igreja de Cristo começa a espalhar e o Apóstolo é chamado para a missão.
1ª viagem apostólica de dois mil quilômetros (ano 45 – 49) foram: Saulo, Barnabé e Marcos (primo de Barnabé e futuro secretário de Pedro e autor do segundo Evangelho). Evangelizaram várias cidades.
Primeira conversão: Na ilha de Chipre o governador Sérgio Paulo estava disposto a converter-se, mas um mago, tudo fez para desvia-lo de seu propósito. Enquanto Saulo falava, procurava contradize-lo, fazendo com que o governador pensasse que tudo o que Saulo falava era falso. Saulo não agüentando mais disse: Agora a mão do Senhor cairá sobre ti. Hás de ficar cego por tempo indeterminado”. No mesmo instante o mago ficou cego e procurava quem lhe estendesse a mão. Vendo este prodígio, Sérgio Paulo creu. Para recordar esta primeira conversão, Saulo mudou o próprio nome para Paulo.
Em Listra, Paulo cura um paralítico (foram confundidos com divindades e como disseram que não eram deuses, foram apedrejados e arrastados para fora da cidade). Depois retornaram a Jerusalém.

2ª Viagem apostólica (ano 49 – 52): Paulo e Silas conheceram Lucas em Trôade, que resolveu acompanhá-los. Escrevia tudo o que Paulo fazia e dizia.
Muitos se converteram, Paulo expulsava demônios e por isso foram açoitados e presos. Na prisão, começaram a orar e cantar hinos ao Senhor. De repente veio um terremoto que abalou os alicerces da prisão. As portas escancararam-se, mas ninguém quis fugir. O carcereiro vendo o que aconteceu, se converteu e pediu para ser batizado juntamente com toda sua família. Logo depois os magistrados mandaram soltá-los.
E assim continuaram a viagem. Depois Paulo voltou a Jerusalém para fazer penitência no Templo.

3ª Viagem apostólica (ano 53 – 58): Paulo com novos companheiros. Paulo visita muitas cidades e faz muitas curas.  Estando em reunião com os cristãos até altas horas da noite, um jovem que estava assentado em uma janela do andar superior, adormeceu durante o discurso e acabou caindo da janela e morreu. Paulo ao ver a dor dos pais, pegou o cadáver nos braços e o ressuscitou.

Paulo volta a Jerusalém e é preso (ano 58)
Paulo volta a Jerusalém novamente e é recebido com alegria por todos os cristãos. Mas os judeus tendo visto Paulo no Templo, instigaram contra ele o povo, e agarraram-no gritando: “Israelitas, ajudai-nos! Esse é o homem que anda pregando contra a Lei de Moisés”. De fato, pouco antes tinham visto Paulo com pagãos e acharam que ele os tinha introduzido no Templo, o que era proibido pela Lei. Agarraram Paulo e arrastaram para fora do Templo para o matar.
Enquanto o agrediam, outros foram chamar os soldados. Paulo foi algemado e interrogado. Ele dizia que não tinha feito nada de mal, mas o povo gritava: “Mata-o”. Paulo pediu para falar ao povo e foi permitido. Tiraram as algemas e ele contou ao povo como foi a sua conversão e como o Senhor o mandou pregar o Evangelho aos pagãos. Mas os judeus começaram a gritar novamente: “Tiremos do mundo semelhante homem. Não é digno de viver!”
Como tava grande o tumulto, Paulo foi levado para prisão e mandaram açoita-lo. E Paulo disse ao centurião: “Por acaso é lícito açoitar um cidadão romano que não foi ainda julgado?” O centurião correu e contou ao tribuno que Paulo era romano. Ao ouvir isso ficou com medo, pois tinha passado por cima da lei (não era permitido sequer amarrar um cidadão romano antes do julgamento).
Enquanto Paulo estava preso os judeus tramavam contra ele, tendo feito voto de nada comer nem beber enquanto não o tivessem matado. Mas a irmã de Paulo vivia em Jerusalém, e seu filho descobriu a trama dos judeus e foi contar ao tio e ao tribuno.

Paulo é transferido para Cesaréia
Como em Jerusalém ele estava correndo risco contínuo, o tribuno enviou-o a Cesaréia, onde residia o governador Félix. E este compreendeu logo que Paulo era inocente. Cinco dias depois chegaram de Jerusalém alguns sinedritas com um advogado tentando convencer Félix da condenação de Paulo. Ele se defende e Félix diz que vai deixar para resolver a questão depois. E nessa lengalenga se foram dois anos. Paulo, embora preso, gozava de relativa liberdade de movimento, e podia inclusive receber visitas de cristãos e amigos em qualquer hora.
Paulo desejava ser julgado em Roma, por um tribunal nomeado pelo imperador. E o novo governador Festo disse que ia enviá-lo para Roma.

Paulo embarca para a Itália (ano 61)
Depois de algum tempo, Paulo embarcou para a Itália juntamente com outros prisioneiros, sob a vigilância do centurião Júlio, o qual se tornou amigo de Paulo e quando o navio parava em algum porto, deixava-o ir à cidade saudar a comunidade cristã. Continuando viagem, o mar ficou furioso. Lucas que estava acompanhando Paulo foi quem narrou estas coisas.

Tempestade e Naufrágio
Devido à violência das ondas o navio bateu em meio a duas línguas de terra e espedaçou-se. Os soldados queriam matar os prisioneiros para não fugirem, mas o centurião proibiu, porque queria salvar Paulo e mandou que todos que soubessem nadar, se atirassem ao mar para tentar chegar em terra.
Chegaram até a ilha de Malta. Os habitantes os acolheram e acenderam uma fogueira. Paulo foi ajudar e quando ergueu um feixe de lenha, uma víbora enroscou em sua mão. Paulo sacudiu com a maior naturalidade o réptil sobre o fogo. Todos esperavam que ele morresse a qualquer momento, mas como nada aconteceu, começaram a crer que ele era um deus.
Os habitantes da ilha trouxeram então muitas pessoas para serem curadas. A tripulação permaneceu na ilha por três meses.
Com destino a Roma
Depois embarcaram num navio que passara e Paulo chegou a Roma como prisioneiro. Por isso, um guarda o acompanhava sempre, deixando-lhe, porém muita liberdade. Enquanto esperava julgamento, ficou hospedado numa casa onde continuou a pregar por dois anos (ano 63). Os Atos dos Apóstolos, nesta altura terminam a narrativa e nada mais dizem nem de Paulo nem de Pedro.

O QUE ACONTECEU DEPOIS DO ANO 63 É SUPOSIÇÃO E TRADIÇÃO:
Deve ter sido libertado e ido para Espanha, em 63, como está escrito em Romanos 15,28.
Em 65/66 foi para Ásia Menor, passou por Creta e deixou Tito responsável. Passou por Éfeso e deixou Timóteo. Em 66 escreveu na Macedônia a 1Timóteo e Tito. Foi preso pela segunda vez no ano 66 na cidade de Trôade e foi para Roma.
No ano 67 em Roma foi julgado e condenado. Antes escreveu sua última carta: 2Timóteo. 
Paulo não pregava sozinho, teve muitos colaboradores. A equipe principal era Paulo, Timóteo, Silas e Tito. Pregava em sinagogas e em casas. Quando ia embora deixava um líder para a Igreja. Em todas as cidades que passava coletava dinheiro para o Templo de Jerusalém.

Incêndio de Roma e a perseguição romana
Em 19 de julho de 64 teve início um incêndio numa região de trabalhadores de Roma. O incêndio se prolongou por sete dias, consumindo blocos e blocos de conjuntos habitacionais populosos. A lenda nos conta que o imperador romano Nero “tocava” um instrumento musical enquanto Roma era destruída pelas chamas. Muitos de seus contemporâneos achavam que Nero fora o responsável pelo incêndio. Quando a cidade foi reconstruída, mediante o uso de altas somas do dinheiro público, Nero se apoderou de uma grande extensão de terra para si mesmo e construiu ali os Palácios Dourados. O incêndio pode ter sido uma maneira rápida de fazer uma renovação na paisagem urbana. 
Visando tirar a culpa de si mesmo, o imperador criou um conveniente bode expiatório: os cristãos. Eles tinham dado início ao incêndio, acusou o imperador. Como resultado disso, Nero jurou perseguir e matar os cristãos. A primeira onda da perseguição romana se estendeu de um período pouco posterior ao incêndio de Roma até a morte de Nero, em 68 d.C. Com uma enorme sede por sangue, ele crucificou e queimou vários cristãos. Seus corpos foram colocados ao lado das estradas romanas, iluminando-as como tochas. Cristãos vestidos com peles de animais eram afligidos por animais nas arenas. De acordo com a tradição, tanto Pedro quanto Paulo se tornaram mártires da perseguição de Nero: Paulo foi decapitado e Pedro foi crucificado de cabeça para baixo.

Morte de São Paulo – Paulo era judeu, mas havia comprado o título de cidadão romano, então não teve morte de cruz, mas foi decapitado em praça pública em Roma. Pedro morreu provavelmente em 64 e não se encontrou com Paulo em Roma.

          · Paulo quando se refere a seu passado, reconhece ter sido perseguidor da Igreja de Cristo.
          · Paulo foi um trabalhador incansável pela causa de Cristo e da Igreja. Nada, jamais o desviou desse caminho.
· Paulo, como apóstolo dos pagãos, é o maior missionário de todos os tempos. E o maior exemplo de conversão. Escreveu muito sobre o cristianismo e sobre Jesus. Foi também muito perseguido, por ser um cristão e Apóstolo.
· Paulo foi escolhido para fazer com que todos os povos conheçam a Jesus e o proclamem, com a palavra e o testemunho de vida, como o Messias e Filho do Deus vivo.
· São Paulo diz: “Eu trabalhei mais que todos os apóstolos...”, mas também: “Eu sou o menor dos apóstolos... não sou digno de ser chamado de apóstolo”.
· São Paulo foi enviado diretamente por Cristo. É como um dos doze.
· Em poucos segundos de contato direto Jesus o transformou de um ferrenho perseguidor no maior Apóstolo do seu Evangelho em todos os tempos. (25 de Janeiro – conversão de Paulo)


  29 de Junho dia de São Pedro e São Paulo. Também dia do Papa