“A noite abre as flores em segredo e deixa que o dia receba os agradecimentos.” (Rabindranath Tagore)
sexta-feira, 31 de janeiro de 2014
quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
terça-feira, 28 de janeiro de 2014
Retrato de Mulher Triste
"Vestiu-se para um baile que não há.
Sentou-se com suas últimas jóias.
E olha para o lado, imóvel.
Está vendo os salões que se acabaram,
embala-se em valsas que não dançou,
levemente sorri para um homem.
O homem que não existiu.
Se alguém lhe disser que sonha,
levantará com desdém o arco das sobrancelhas,
Pois jamais se viveu com tanta plenitude.
Mas para falar de sua vida
tem de abaixar as quase infantis pestanas,
e esperar que se apaguem duas infinitas lágrimas. ""
Cecília Meireles
sexta-feira, 24 de janeiro de 2014
quarta-feira, 22 de janeiro de 2014
segunda-feira, 20 de janeiro de 2014
domingo, 19 de janeiro de 2014
sexta-feira, 17 de janeiro de 2014
quinta-feira, 16 de janeiro de 2014
quarta-feira, 15 de janeiro de 2014
A verdade grita. Provoca febre, salta aos olhos, desenvolve úlceras. Nosso corpo é a casa da verdade, lá de dentro vêm todas as informações que passarão por uma triagem particular: algumas verdades a gente deixa sair, outras a gente aprisiona e finge esquecer. Mas há uma verdade única: ninguém tem dúvida sobre si mesmo. Martha Medeiros
Poema
Andarilho errante
Na escuridão da noite se agasalha
A se banhar de orvalho.
Sonhador de destino incerto
Dormente das calçadas
Faz do vento cantiga de ninar
Enquanto espera o beijo do sol
Para acordar.
Assim sonha para amar
E ama para sonhar..
por Maria King
terça-feira, 14 de janeiro de 2014
domingo, 12 de janeiro de 2014
Por que Jesus foi batizado?
Pelo Batismo, sacramento, somos assimilados a Jesus, e na pia batismal participamos de sua Morte e a sua Ressurreição para uma vida nova. Renascer da água e do Espírito para tornar-nos, no Filho, filho bem-amado do Pai e “viver em uma vida nova” (Rm 6,4). Assim, a pia batismal é o túmulo do nosso “homem velho” e o berço do nosso “homem novo”. Por isso, todos os dias, eu beijo e venero aquela pia onde eu fui batizado na Catedral de Lorena; e ali renovo, todos os dias, as Promessas do meu Batismo. E no meu escritório, o único Diploma que tenho na parede é a minha Certidão de Batismo, datada de 8 de outubro de 1949; será o bilhete para o meu ingresso no céu.
Mas Jesus não tinha o pecado original; então, por que foi batizado?
Bem, antes de tudo é preciso entender que o batismo ministrado por João Batista não era um sacramento, mas apenas um modo de levar as pessoas ao arrependimento, para esperar Jesus, e com ele a conversão e o Reino de Deus. O Batista é “a voz que clama no deserto” como tinha anunciado o profeta Isaías há 700 anos antes. João Batista proclamava “um batismo de arrependimento para a remissão dos pecados” (Lc 3,3). Uma multidão de pecadores, de publicanos e soldados, fariseus e saduceus e prostitutas vinham para ser batizados por ele. Jesus aparece, o Batista hesita, mas Jesus insiste.
Santo Agostinho diz que Jesus quis fazer o que ordenou que todos fizessem. Santo Ambrósio disse que: “A justiça exige que comecemos por fazer o que queremos que os outros façam, e exortemos os outros a nos imitarem pelo nosso exemplo”. São Tomás de Aquino diz que um objetivo foi a purificação das águas. Citando Santo Ambrósio, diz que o Senhor foi batizado, não por querer purificar-se, mas para purificar as águas… Desse modo, as águas tivessem a virtude de batizar. O mesmo argumento usa São João Crisóstomo (407), doutor da Igreja, de Constantinopla.
Sem dúvida, Jesus quis ser batizado também para nos mostrar a importância do sacramento do Batismo – hoje tão desprezado – como disse a Nicodemos: “Quem não renascer da água e do Espírito não poderá entrar no Reino de Deus”. (Jo 3, 5).
O Batismo de Jesus significa a sua aceitação e inauguração de sua missão de “Servo sofredor” (Is 42,49,50,52). Ele se deixa contar entre os pecadores, se faz solidário com eles porque veio assumir o seu pecado; é, já, “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1,29). Assim, Jesus antecipa já o “Batismo” de sua morte sangrenta. Vem, já, “cumprir toda a justiça” (Mt 3,15), submete-se perfeitamente à vontade de seu Pai: aceita, por amor, este batismo de morte para a remissão de nossos pecados. E o Pai, diante dessa aceitação do Filho, responde: “Este é o meu Filho amado em quem coloco a minha complacência”. E o Espírito Santo, que Jesus possui em plenitude desde a sua concepção, vem “repousar” sobre Ele. Jesus é a fonte do Espírito para toda a humanidade. É Ele quem “batiza no Espírito Santo e no fogo” (Lc 3,16). No Batismo de Jesus, “abriram-se os Céus” (Mt 3,16) que o pecado de Adão havia fechado; e as águas são santificadas pela descida de Jesus e do Espírito, prelúdio da nova criação.
Prof. Felipe Aquino
sábado, 11 de janeiro de 2014
sexta-feira, 10 de janeiro de 2014
terça-feira, 7 de janeiro de 2014
Reis Magos simbologia dos presentes
O ouro, considerado um “metal nobre”, desde os tempos mais antigos, simboliza a realeza: poder, majestade, riqueza… - Oferecendo OURO ao Menino Jesus, os magos reconheciam sua Realeza. Esta Realeza, unida à sua Divindade recorda o Reino de Deus que Ele anunciaria durante os três anos de sua vida pública…
O incenso é uma resina produzida por algumas árvores orientais. Pura ou misturada com outras resinas ou produtos aromáticos, era queimada enchendo o ambiente de agradável aroma. Seu uso era frequente como símbolo de adoração a Deus e das orações que, como a fumaça do incenso, subiam aos céus. Mas também era usado como purificador de espaços fechados, como é o caso do antigo e famoso “Bota fumeiro” da Catedral de Santiago de Compostela (Espanha). Oferecendo INCENSO ao Menino Jesus, os magos reconheciam sua Divindade.
Oferecendo MIRRA ao Menino Jesus, os Magos reconheciam nele o Deus-Homem, que, como ser humano, estava sujeito a todas as incertezas humanas.
A resina que se obtém dos seus caules é usada na preparação de medicamentos, devido a suas propriedades antissépticas.
Os egípcios empregavam a mirra no culto ao deus Sol e como ingrediente na mumificação, uma vez que suas qualidades embalsamadoras já eram conhecidas. Até o século XV, era usada como incenso em funerais e cremações. É também utilizada em algumas celebrações religiosas como a missa. A sua fragrância também pode ser utilizada em incensos para dar um leve aroma de terra ou como aditivo para o vinho, uma prática descrita por Fabius Dorsennus, uma autoridade no assunto durante a Antigüidade.
Atualmente utilizam-se comercialmente os componentes da mirra em produtos como loções, pastas de dente, perfumes e outros cosméticos. A naturopatia ainda recomenda seu uso em cavidades orais no tratamento de infecções causadas por bactérias, fungos e vírus.
O ouro também pode representa a realeza (além da providência divina para sua futura fuga ao Egito). Assim como o incenso pode representar a fé, pois o incenso é usado nos templos para simbolizar a oração que chega a Deus assim como a fumaça sobe ao céu. A mirra, resina antisséptica usada em embalsamamentos desde o Egito antigo, nos remete ao gênero da morte de Jesus, o martírio, sendo que um composto de mirra e óleos foi usado no embalsamamento de Jesus.
segunda-feira, 6 de janeiro de 2014
Os Reis Magos
O Filho de Deus nasceu revestido de nossa miséria humana, escondendo-se sob as feições de um menino comum toda a “plenitude de sua divindade” como disse São Paulo.
Assim quase ninguém pôde suspeitar que naquele Menino chamado Jesus se ocultasse Deus. Mas Deus, de sua maneira, quis manifestar a sua glória, dignidade e a divindade.
Houve a primeira manifestação aos pastores pobres de Belém, os primeiros judeus a reconhecerem o seu Deus; eles contemplaram os Anjos cantando o “Glória in excelsis Deo”. Esses pastores, avisados pelos Anjos, naquela mesma noite reconheceram e adoraram o recém-nascido Salvador do Mundo.
Uma segunda manifestação da divindade de Jesus aconteceu quarenta dias após o nascimento, em sua apresentação no Templo. Simeão e Ana manifestaram a sua glória. Uma terceira vez, ainda mais solene, aconteceu por meio de ilustres personagens, provenientes de longe: é a terceira Epifania (manifestação) de Jesus ao mundo, mas agora aos pagãos.
Enquanto os anjos, com seus cânticos, anunciavam nos campos de Belém o nascimento de Jesus, uma nova Estrela anunciava-O no Oriente de maneira misteriosa. Os representantes dos pagãos foram os Magos; homens que se ocupavam das ciências, especialmente da astronomia, da medicina e da matemática.
Pouco sabemos sobre esses reis Magos; eram pequenos reis soberanos de tribos primitivas do Oriente, viviam como patriarcas, senhores de rebanhos. Não há consenso sobre o país exato de onde vieram. São Jerônimo (†420) e Santo Agostinho (†430) diziam que os Magos vieram da Caldéia.
Os Padres gregos, a tradição da Síria, vários doutores da Igreja, afirmam que vieram da Pérsia. São Clemente de Alexandria (†215), São João Crisóstomo (†407), Santo Efrém (†373), S. Cirilo de Alexandria (†442), doutores da Igreja, afirmam que vieram da Pérsia, onde eram sacerdotes e pertenciam à uma casta religiosa e científica. Esses têm a seu favor as pinturas das Catacumbas de Roma, dos primeiros séculos, que os representam sempre com roupas persas: chapéus altos com abas caindo sobre os dois lados do rosto; túnica branca e comprida presa na cintura, sobre a qual cai longo manto para trás.
Segundo esses Padres, os reis Magos eram cultos, conheciam os livros dos judeus e professavam uma religião muita acima do paganismo; conheciam a ciência dos astros e liam pergaminhos antigos. De alguma forma conheciam a fé do povo judeu, a espera do Messias que traria salvação não só para Israel, mas também para as demais nação. Não podemos esquecer daquele eunuco etíope, evangelizado e batizado por S. Felipe (At 8,29ss).
E este oriental lia o profeta Isaias, e exatamente o trecho que falava do Servo Sofredor (Is 53,7). Este fato é uma prova de que muitos no oriente conheciam a glória de Israel e a sua fé.
E não podemos esquecer também que: “A rainha de Sabá, tendo ouvido falar de Salomão e da glória do Senhor, veio prová-lo com enigmas.(1Rs 10,1-2).
Ora, se a rainha de Sabá conhecia a fama de Salomão, 900 anos antes de Cristo, então, os reis Magos também podiam conhecer a fé judaica. Eles possuíam os livros dos hebreus deixados no exílio; e neles se falava de um Salvador que nasceria de uma virgem em Israel, e que seria adorado por todas as nações do mundo, e que seria o redentor da humanidade.
Neste tempo muitos no Oriente já usavam o astrolábio para conhecer as estrelas e estudavam atentamente o céu. Não é fantasioso imaginar que no mesmo dia do nascimento de Jesus eles possam ter vislumbrado um astro diferente no céu, de uma beleza singular, que os fez concluir que aparecera a “estrela de Jacó”, que se movia do sul para o norte, em sentido contrário aos demais astros.
Santo Inácio de Antioquia (†107), mártir em Roma, diz na Carta aos Efésios que este astro que guiou os Magos era como aquela coluna de fogo que guiou Israel pelo deserto em sua marcha à Terra Prometida. Enfim, a fé os levou em busca do Salvador, e eles não desanimaram até encontrá-Lo. Segundo uma tradição esses reis magos simbolizavam as três raças humanas: a amarela, a negra a e branca, descendentes dos três filhos de Noé: Sem (Gaspar), Cam (Balthazar) e Jafé (Melchior).
Gaspar que dizer: “ele vai levado pelo amor”; Balthazar quer dizer: “sua vontade é rápida como a flecha e faz a vontade de Deus”; Melchior significa: “Ele penetra docilmente”. Os reis da Abissínia reivindicam a honra de serem descendentes dos reis Magos.
A estrela milagrosa, servindo-lhes de guia, conduziu-os até a Cidade Santa e desapareceu. A tal desaparecimento, pensaram os Magos que o Menino tivesse nascido nessa cidade, razão pela qual perguntaram: “Onde nasceu o Rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos para adorá-Lo.” (Mt 2, 2)
Eles esperavam encontrar Jerusalém exultante e em festa, mas ficaram decepcionados ao perceber que ninguém ali sabia informar sobre o “Rei dos Judeus”. Certamente um desânimo profundo os abateu; mas a fé e a coragem reviveram em seus pobres corações. Quem acendera no firmamento aquela Estrela brilhante e os trouxera de tão longe, não os abandonaria agora que chegaram.
Deus age assim mesmo com os seus escolhidos; é para lhes testar a fé e aumentar ainda mais os seus méritos. Conosco também é assim quando somos guiados por Deus para fazer sua obra.
As caravanas desses reis entraram em Jerusalém e assustaram a cidade; deixando Herodes preocupado e sentindo-se ameaçado por aquele Menino. Isto mostra que não estamos diante de uma lenda ou fantasia, mas algo histórico. Herodes I, chamado o Grande, era descendente de Esaú e não de Jacó, era de Edom, não era judeu. Fez-se eleger rei da Judéia por ser adulador de Julio César.
Os Magos concordaram com a “proposta” de Herodes, saindo da cidade, foram novamente guiados pela estrela até o lugar onde se encontravam José, Maria e o Menino. Aqueles reis compareceram com seus servos diante da Sagrada Família e lhes deram presentes, depois de adorar o Menino. Encontraram e viram o Criador feito Menino, no regaço de Maria, que em sua simplicidade se preparara para receber a singular visita, e, humildemente prostrados a seus pés, cheios de fé e veneração, adoraram-No e se ofereceram a si mesmos juntamente com as suas nações. É incrível que na fé régia os Magos não tivessem se abalado diante da pobreza do Rei dos Judeus. Como pode um rei nascer tão pobre e abandonado?
É um milagre não terem voltado atrás desiludidos; esta é a maior prova de que foram conduzidos por Deus até Belém para em nome dos pagãos de todos os tempos prestarem o culto de adoração ao Menino Deus. Souberam deixar que Deus lhes governasse os corações. Tomaram portanto os vasos preciosos, expostos pelos servos em cima dos tapetes, e, abrindo-os, ofereceram ao Menino, ouro, incenso e mirra: misteriosa oblação em sinal dos profundos sentimentos de fé, amor e veneração que lhes enchiam a alma, e símbolo da divindade do Menino, de sua majestade e de sua missão redentora.
Após os mais vivos agradecimentos, regressaram, e, avisados em sonho pelo Anjo do Senhor para não tornarem a Herodes, por outro caminho voltaram à sua pátria. Estava cumprida a sua missão. Uma bela missão de fé.
Prof. Felipe Aquino
sábado, 4 de janeiro de 2014
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